TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 17
Capítulo 17 — Rua dos Alfeneiros, N°04




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Era dia vinte de julho, e Sophie estava devidamente ansiosa e animada para aquele dia. Era o dia em que ela e Remus iriam, finalmente, buscar Harry da casa dos tios para o garoto passar o resto das férias com eles, os Weasley e as duas irmãs Lovegood que também iriam passar o tempo com eles.

Eram apenas nove da manhã mas a Potter mais velha já estava vestida e pronta para o dia, e agora estava entrando no quarto de seu querido padrinho dorminhoco para acordá-lo.

— Deus os abençoe e lhes dê a paz, alegres lobisomens! – cantou ela alegremente ao passar pela porta. – Remus-remmy, remmy-Remus, vamos levantar jovem lobo pois o dia nasce!

Remus, por sua vez, apenas rosnou e enfiou a cabeça de baixo dos travesseiros, e se cobrindo totalmente com o edredom. Sophie fez uma careta para aquela atitude.

— Moony! – resmungou ela batendo o pé. – Vamos lá, é um dia importante!

— A coroação da Rainha foi anos atrás. – retrucou o lupino. – E este foi o único evento realmente importante que já aconteceu.

— Obrigada pela parte que me toca. – Sophie pegou o travesseiro e bateu na cabeça dele. – Anda logo, temos que buscar Harry!

Remus resmungou novamente e enfim e com bastante preguiça começou a se levantar, inicialmente se sentando na cama e coçando os olhos, então olhou para a afilhada que lhe tinha um sorriso bastante alegre.

— Sabe, as pessoas sentem medo de lobisomens. – comentou ele. – E eu não sei se você esqueceu, mas eu sou um lobisomem.

— Sim, um lobisomem fofinho e que merece todo o amor do mundo. – concordou Sophie. – E que não é capaz nem de matar a mais feias das baratas.

Remus sorriu e se levantou, passando por ela lhe deu um beijo rápido na bochecha antes de seguir para o banheiro para poder se arrumar para o dia, e o encontro com os Dursley.

— Te amo, moça.

Sophie sorriu para as costas do bruxo mais velho com carinho.

— Também te amo, Moony. Vou fazer omelete!

Remus revirou os olhos e riu baixo, sabendo que Sophie iria fazer ovos mexidos.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


— Lembra-se do que eu lhe disse, sim? – Remus perguntou, andando ao lado da afilhada em direção a casa que Harry havia informado que vivia.

Sophie revirou os olhos.

— Eu não sei porquê você tá tão preocupado, sinceramente, eu sou um anjo. – retrucou ela com um sorriso assustadoramente parecido com o de James quando fazia algo travesso.

Remus olhou feio para ela, e apontou o dedo em seu rosto maroto.

— Você, mini-James, é perigosa para a sociedade, é isso que você é. – falou. – E estou falando sério, se comporte, eu conheço muito bem os bichos que seus tios são e não estou nem um pouco afim de agüentá-los por muito tempo.

Eles estavam entrando no terreno da casa, passando pelo jardim em direção da porta bem pintada de branco.

— Pois somos dois, caro padrinho. Também não quero nem um pouco conhece-los. – eles chegaram a porta, Remus batendo delicadamente. – Por isso, irei me comportar.

— Boa menina. – elogio-a sorrindo.

Nesse momento a porta se abriu e uma criatura cheia de massa e gordura pura surgiu em suas frente, tinha olhinhos pequenos e um bigode maior que a boca, o rosto redondo de um jeito feio e cabelos loiros lambidos para o lado.

“O que é isso?” pensou Sophie assustada.

— Sr. Dursley. – cumprimentou Remus com um sorriso amarelo.

“Ah, é o meu tio.” respirou aliviada, colocando o mesmo sorriso amarelo e falso no rosto como o padrinho.

— Quem é você? – questionou o homem de uma forma claramente rude e suspeita.

— Sou Remus Lupin, amigo dos falecidos pais de Harry Potter. – respondeu Remus educamente. – E essa, é Sophie Potter, irmã mais velha de Harry.

— Como você está viva?! – exclamou o Sr. Dursley olhando diretamente para a Sophie. Seu rosto estava se tornando vermelho.

— Agora, isso é uma pergunta que você tem que fazer para Deus, não para mim. Não tenho todas as respostas do universo. – respondeu Sophie dando de ombros. – Você parece feliz em saber que estou viva.

Ele estava olhando para ela com uma cara bastante feia na verdade.

— Petúnia e eu sempre pensávamos que você havia morrido.

— Bom, que bom que não é o caso não é mesmo? Eu seria uma criatura muito triste e patética se fosse o caso, acredite. – retrucou Remus se sentindo um tanto irritado com a imagem que o Sr. Dursley estava lhe passando de sua afilhada morta.

— Válter? Válter, querido, quem é que você está...

Petúnia Dursley apareceu na porta, ficando ao lado do marido, e a pergunta que estava fazendo morreu assim que seus olhos caíram sobre Sophie. A mulher trouxa ficou pálida, um olhar desacreditado e cheio de saudade lhe preencheu totalmente deixando a Potter um tanto confusa.

Petúnia era uma mulher magra e bem alta, um longo pescoço, e cabelos loiros. Seu rosto, em dias normais, era sempre descrito como de alguém severo e esnobe.

— Lily? – perguntou Petúnia, sua voz um tanto falha.

Sophie arregalou os olhos e Remus prendeu a respiração.

A Potter sentiu como se tivesse lhe sido dado o maior elogio sobre sua aparência, mas ao mesmo tempo, sentia a dor da saudade bater sobre si, e claramente, sentia a dor de uma vontade gigantesca vindo de sua tia. Uma vontade de que, ela fosse de fato sua irmã perdida.

— Eu... – Sophie começou mas teve que respirar fundo antes de continuar, olhando diretamente nos olhos de Petúnia. – Eu sinto muito, tia Petúnia, mas eu não sou minha mãe.

— Mas... – a mulher trouxa estava confusa agora.

— Sou Sophie Potter.

Petúnia colocou as mãos na boca, bastante surpresa agora.

— Você sobreviveu. – sussurrou ela.

— Sim, eu não poderia deixar esse pedaço de torta de maracujá sozinho, poderia? – perguntou ela apontando para Remus que lhe sorriu carinhosamente. – Enfim, podemos entrar? Estou ficando com frio.

E assim, o casal os deixou entrar. Afilhada e padrinho se sentaram em um sofá de dois enquanto os dois trouxas se sentaram no sofá maior, de frente para eles. Um silêncio um tanto constrangedor tomou conta do cômodo, Sophie observava o redor e repremiu o estremecimento ao ver o quão tudo era perfeitinho demais.

— Então... – Remus começou, mas passos apressados o enterrompeu.

Todos olharam na para o corredor que dava as escadas para os quartos, e tanto Sophie quanto Remus abriram largos sorrisos com o garoto parado ali os olhando com seus olhos verdes arregalados e um sorriso enorme no rosto.

— Vocês estão aqui! – exclamou Harry alegre.

— É claro que estamos, prometemos que viriamos te buscar. – retrucou Sophie tão alegre quanto o irmão, já se levantando e o puxando para um abraço, qual ele retornou com força. – Bom te ver, Harry.

Seria mentira se ela dissesse que não teve medo daquele período de tempo em que estavam separados, de que seu irmão iria desaparecer, como seus pesadelos abordam. Mesmo que os tais pesadelos tenham diminuído após toda a conversa com Dumbledore, eles ainda surgiam vez ou outra. Ela ainda estava engatinhando para fora deles.

— Senti sua falta. – respondeu Harry baixinho. – Obrigado por vir.

Eles se separaram e Sophie lhe deu uma piscadela antes de voltar a se sentar ao lado de Remus, que se levantou para dar um abraço rápido em Harry também.

— Eu disse que eles viriam. – falou o Potter mais novo olhando para os tios.

Válter resmungou algo inaudível enquanto Petúnia lançou um olhar bastante ameaçador para Harry.

— Eu não entendo, se você esteve viva todo esse tempo sendo cuidada por outra pessoa que não é seu parente, por que deixar esse moleque aqui? – perguntou o Sr. Dursley, cruzando os braços. – Francamente, só não o joguei na rua por respeito a minha esposa.

— O senhor é uma criatura muito doce, querido tio. – falou Sophie com um sorriso cheio de irônica e fazendo Harry rir.

— Sophie. – repreendeu Remus olhando para ela, e então olhando para Harry. – Não a incentive. – voltou-se para os Dursley, ignorando os dois irmãos segurando os risos. – Peço perdão pelo comportamento de minha afilhada. Ela puxou muito o pai em vários sentidos. Um perigo para a sociedade, realmente. – Sophie sorriu largo para os tios que agora a olhavam assustados. – E, respondendo a sua pergunta Sr. Dursley, Sophie estava sobre minha proteção na noite em que seus pais foram mortos e como eu sou o padrinho legal, é minha obrigação e dever cuidar dela.

— E onde se encontra o padrinho desse moleque? – perguntou Válter recebendo um olhar de reprovação de Petúnia, qual ele ignorou.

— Bem o padrinho de Harry sumiu. Ele desapareceu em meio a guerra em que estávamos na época. Não sabemos se ele está morto ou não. – mentiu Remus evitando os olhares curiosos de Harry.

— Guerra? – perguntou o Sr. Dursley. – Contra quem? – parecia bastante interessado agora e Sophie percebeu que aquele homem gostava de assuntos que envolviam guerras.

Sophie sentiu uma irritação sem fim por aquele homem mesquinho.

— Pessoas muito ruins. – retrucou Sophie encerrando o assunto ali. – Não foi por isso que viemos aqui Sr. e Sra. Dursley, viemos aqui com o intuito de levar Harry para passar as férias conosco e com os amigos dele.

— Hunf – resmungou o trouxa. –, podem levá-lo. Como eu disse, eu não me importo com ele. – então virou-se para Petúnia que estava olhando com curiosidade para Remus. – Querida, tem algo contra?

— Não. – respondeu ela franzindo a testa. – Eu conheço o senhor?

— Nos encontramos uma vez, muito tempo atrás. – respondeu o Lupin lembrando-se do dia. – Fico surpreso que se lembre de mim, até. Eu era um homem diferente.

— Sim... você tinha mais cabelo. – sussurrou Sophie sorrindo de lado e levando um beliscão do padrinho que lhe sorriu. – Enfim, já que está autorizado, Harry? Está com as malas prontas?

— Sim, vou pegá-las. – respondeu Harry se levantando todo alegre e saindo da sala correndo.

— Não tem como ele viver com vocês? – Petúnia perguntou de repente.

Tanto o Lupin quanto a Potter fizeram caretas.

— Por mais que seja meu desejo trazê-lo para morar conosco, legalmente não sou padrinho dele, nosso governo tem uma lei clara que o bruxo menor de idade deve passar pelo menos duas semanas com os cuidadores legais antes de visitarem amigos para passar as férias. – respondeu Remus.

— Vocês tem um governo? – Válter perguntou visivelmente surpreso.

— Não somos animais como você insiste em acreditar, querido tio. – retrucou Sophie sorrindo.

— Só faltam me dizer que vocês também tem uma rainha, hunf, quero que saibam que a rainha Elizabeth é superior a sua. – falou Válter batendo na mesa como se estivesse encerrando um caso.

Sophie e Remus reprimiram os sorrisos.

— Estou pronto. – Harry informou, entrando na sala e puxando o malão e a gaiola com Edwiges com ele.

— Cadê sua vassoura? – perguntou Remus pegando o malão do garoto.

Harry encarou irritado os dois tios.

— Vou pegar. – informou Petúnia saindo da sala.

— Vocês confiscaram a vassoura dele?! – perguntou Sophie olhando irritada para Válter que deu de ombros.

— Não vou ter esse moleque voando em uma vassoura igual um passarinho pirado dentro desta casa. – respondeu o trouxa.

Sophie e Remus reviraram os olhos enquanto Harry olhava para o tio com os olhos cheios de raiva.

— Deixar seu filho jogar os pratos no chão e fazer coisas que só um porco faria, você deixa a vontade não é? – questionou o Potter mais novo.

Válter virou a cabeça na direção dele, seu rosto mais vermelho que nunca e seus olhos cheios de raiva, ele se levantou com uma rapidez que Sophie não achou que seria possível por seu tamanho. Harry arregalou os olhos e saiu correndo para fora da casa, nesse momento Petúnia apareceu com a vassoura, qual Sophie pegou e com um adeus gritado correu atrás do irmão deixando Remus com um sorriso alegre.

— Jovens.

E com isso ele partiu atrás dos dois afilhados, levando o malão junto. Os três iam rindo, descendo a rua para longe e longe daquela casa.

— Por um breve momento, eu quis muito contar para eles que a rainha Elizabeth também é a nossa rainha. – comentou Remus sorrindo. – E que ela é bruxa também, assim como toda a família real.

— Deus salve à rainha! – gritou Sophie rindo.

Harry gargalhava junto, pronto para as férias de verdade começarem, ao lado de sua pequena família que ele encontrou.


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