TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 16
Capítulo 16 — Harry e Sophie, os Irmãos Potter




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— ...Sua maldita irmã...

— ...E você, Harry Potter, estará morto sem que Sophie me atrapalhe...

— ...Ela poderia ter fugido, dei essa chance para ela, fuja para sua pequena filha...

— ...Sophie Potter...

Harry abriu os olhos assustado, seu coração batia com força, e sua testa latejava fracamente. Devagar, ele tocou na cicatriz em sua testa, e ao fazer isso, se lembrou com clareza os eventos que havia passado. Passando pelo Fofo, chaves voando, um enorme tabuleiro de xadrez de bruxo... Quirrell, Voldemort... Sophie...

— Boa tarde, Harry.

Harry olhou em volta assustado e viu Dumbledore parado ao pé da cama em que estava deitado, com um sorriso suave em seu rosto. Olhando em volta, ele reconheceu o lugar sendo a Ala Hospitalar, e deitada, na cama ao lado da dele, estava Sophie, totalmente desacordada.

— Sophie... – ele sussurrou em meio a um suspiro. – O que aconteceu? – ele perguntou, voltando a olhar para o diretor.

— Tudo foi resolvido. – foi a resposta que recebeu.

— Mas, e a Pedra? Quirrell! Era ele o tempo todo! Ele conseguiu pegar a Pedra? Foi ele que fez isso com a Sophie?! Voldemort!

— Acalme-se, menino, você está um pouco atrasado. Quirrell não apanhou a Pedra. – Dumbledore o tranquilizou, se aproximando e se sentando na cadeira ao lado da cama. – E sim, foi ele que atingiu Sophie mas...

— Ela está bem? Não foi nada sério, foi?

— Harry, por favor, relaxe ou Madame Pomfrey vai mandar me expulsar.

Harry engoliu em seco e olhou a sua volta novamente. Então ele percebeu que a mesa que separava sua cama com a de Sophie, estava atulhada do que parecia ser a metade da loja de doces.

— Presentes dos seus amigos e admiradores – esclareceu Dumbledore, sorrindo. – Aquilo que aconteceu nas masmorras entre você, Sophie e o professor Quirrell é segredo absoluto, por isso, é claro, a escola inteira já sabe. – ele piscou para Harry. – Acredito que os nossos amigos, os Srs. Fred e Jorge Weasley, foram os responsáveis pela tentativa de lhes mandar um assento de vaso sanitário. Com certeza acharam que vocês iam achar engraçado. Madame Pomfrey, porém, achou que poderia ser pouco higiênico e o confiscou.

— Há quanto tempo estamos aqui? – perguntou o Potter voltando a olhar para o rosto sereno de Sophie.

— Três dias. – respondeu. – Mas, de acordo com as previsões da Madame Pomfrey, Sophie vai permanecer desacordada durante o resto da semana.

Harry arregalou os olhos e a boca, se sentindo mais preocupado com a ruiva.

— Ela está bem, Harry. Eu prometo. Apenas está descansando agora. – Dumbledore tocou gentilmente em seu ombro.

— Mas, professor, a Pedra...

— Já vi que você não se deixa distrair. Muito bem. A Pedra. O Prof. Quirrell não conseguiu tirá-la de você. Sophie foi rápida o suficiente para impedir.  Infelizmente, cheguei tarde demais para impedir o golpe fatal de Quirrell nela.

— Vocês receberam a coruja de Hermione?

— Devemos ter cruzado no ar. Assim que cheguei a Londres, tornou-se claro para mim que o lugar onde deveria estar era aquele de onde acabara de sair. Como disse, Sophie chegou a tempo de tirar Quirrell de cima de você...

— O que aconteceu depois? Tudo está nebuloso...

— Como deveria. O seu esforço feriu mais ainda sua cicatriz, e isso foi o suficiente para te fazer desmaiar. – explicou Dumbledore sério. – Sophie lutou contra Quirrell e ele a feriu com uma adaga. – o diretor olhou para Sophie. – Receei que tivesse chegado tarde demais, quando cheguei, ela estava ferida caída no chão. Por um instante, receei que ela estivesse morta, assim como você.

Dumbledore voltou a olhar para Harry.

— Mas, vocês são mais fortes do que parecem. – ele sorriu. – E, enquanto a Pedra, bem, ela foi destruída.

— Destruída! – exclamou Harry sem entender. – Mas o seu amigo... Nicolau Flamel...

— Ah, você já ouviu falar no Nicolau? – perguntou Dumbledore, parecendo encantado. – Você fez mesmo a coisa certa, não foi? Bom, Nicolau e eu tivemos uma conversinha e concordamos que assim era melhor.

— Mas isto quer dizer que ele e a mulher vão morrer, não é?

— Eles têm elixir suficiente para deixar os negócios em ordem e então, é, eles vão morrer.

Dumbledore sorriu mais ainda ao ver a expressão de surpresa no rosto de Harry.

— Para alguém jovem como você, tenho certeza de que isto parece incrível, mas para Nicolau e Perenelle, na verdade, é como se fossem deitar depois de um dia muito, muito longo. Afinal, para a mente bem estruturada, a morte é apenas a grande aventura seguinte. Você sabe, a Pedra não foi uma coisa tão boa assim. Todo o dinheiro e a vida que a pessoa poderia querer! As duas coisas que a maioria dos seres humanos escolheriam em primeiro lugar. O problema é que os humanos têm o condão de escolher exatamente as coisas que são piores para eles.

Harry ficou ali deitado, sem encontrar o que responder. Dumbledore cantarolou um pouquinho e sorriu para o teto.

— Professor? – disse Harry. – Estive pensando... professor. Mesmo que a Pedra tenha sido destruída, Vol... quero dizer, o Senhor-Sabe-Quem...

— Chame-o de Voldemort. Sempre chame as coisas pelo nome que têm. O medo de um nome aumenta o medo da coisa em si.

— Sim, senhor. Bem, Voldemort vai tentar outras maneiras de voltar, não vai? Quero dizer, ele não foi de vez, foi? E ele... Ele disse que voltaria.

— Sim, Harry, ele vai voltar. Continua por aí em algum lugar, talvez procurando outro corpo para compartir... sem estar propriamente vivo, ele não pode ser morto. Abandonou Quirrell à morte; ele demonstra a mesma falta de piedade tanto com os amigos quanto com os inimigos. No entanto, Harry, embora você talvez tenha apenas retardado a volta dele ao poder, da próxima vez só precisaremos de outro alguém que esteja preparado para lutar o que parece ser uma batalha perdida. E se ele for retardado repetidamente, ora, talvez nunca retome o poder.

Harry concordou com um gesto, mas parou na mesma hora, porque o aceno fez-lhe doer a cabeça. Então disse:

— Professor, há outras coisas que gostaria de saber, se o senhor puder me dizer... coisas que eu gostaria de saber a verdade...

— A verdade – suspirou Dumbledore – é uma coisa bela e terrível, e portanto deve ser tratada com grande cautela. Mas, vou responder às suas perguntas, a não ser que haja uma boa razão para não fazê-lo, caso em que eu peço que me perdoe. Não vou, é claro, mentir.

— Bom... Voldemort disse que só matou minha mãe porque ela tentou impedi-lo de me matar. Mas por quê, afinal, ele iria querer me matar?

Dumbledore suspirou muito profundamente desta vez.

— Que pena, a primeira coisa que você me pergunta, eu não vou poder responder. Não hoje. Não agora. Você vai saber, um dia... por ora tire isso da cabeça, Harry. Quando você for mais velho... Sei que detesta ouvir isso... mas quando estiver pronto, você vai saber.

E Harry entendeu que não ia adiantar insistir.

— Mas por que Quirrell não podia me tocar?

— Sua mãe morreu para salvar você. Se existe uma coisa que Voldemort não consegue compreender é o amor. Ele não entende que um amor forte como o de sua mãe por você deixa uma marca própria. Não é uma cicatriz, não é um sinal visível... ter sido amado tão profundamente, mesmo que a pessoa que nos amou já tenha morrido, nos confere uma proteção eterna. Está entranhada em nossa pele. Por isso Quirrell, cheio de ódio, avareza e ambição, compartindo a alma com Voldemort, não podia tocá-lo. Era uma agonia tocar uma pessoa marcada por algo tão bom. Mesmo quando ele tocou Sophie, ele teve suas mãos queimando, mas persisitiu em tirar-lhe a vida, o que ele teria feito com você caso ela não tivesse chegado a tempo.

Então, Dumbledore se interessou muito por um passarinho no peitoril da janela, o que deu tempo a Harry para enxugar os olhos com o lençol. Quando recuperou a voz, disse:

— Sophie... – ele respirou fundo e fez a perguntava que lhe queimava a mente para ser finalmente feita. – Professor, Voldemort se referiu a ela... Como... Como Sophie Potter. E eu preciso saber... quem ela realmente é?

Dumbledore sorriu carinhosamente para Sophie, antes de se voltar para Harry, o sorriso persistindo em seu rosto.

— Você já sabe, Harry, quem ela é. Não tenha medo de dizer em voz alta. – ele respondeu. – Vamos, diga quem Sophie é.

Harry olhou para a garota desacordada e disse, com um sorriso cheio de descrença, alegria e carinho para ela:

— Ela é minha irmã. Sophie Potter... Minha irmã mais velha.

Dumbledore riu feliz e bagunçou os cabelos do Potter mais novo, que ainda estava olhando para a irmã.

— Só uma filha de Lily Evans seria capaz de amar e proteger um parente como ela te ama e te protege. – comentou Dumbledore. – Não tenho dúvidas que, ela estaria orgulhosa. De vocês dois.

Dessa vez, Harry não secou a lágrima emocionada do rosto.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Sophie abriu os olhos com um suspiro preguiçoso, nos primeiros piscares, tudo estava borrado, mas logo, o foco voltou a vista e ela estava agora encarando o teto familiar da Ala Hospitalar.

— Hum... – ela resmungou, e se mexeu para poder se sentar, mas logo se arrependeu pela dor afiada que sentiu vindo de sua costela. – Au...

— Tem uma história trouxa de princesa chamado “Bela Adormecida”, uma princesa que passa o livro todo dormindo, sinceramente estava começando a pensar que você resolveu se tornar ela.

Sophie franziu a testa mal humorada, mas então arregalou os olhos ao reconhecer a voz, olhou na direção que veio e viu Harry, sentado ao lado de onde ela estava deitada, com um livro no colo.

— Você está bem? – ela perguntou, já se esquecendo da dor.

— Você está na cama da Ala Hospitalar e está perguntar para mim se estou bem? – perguntou Harry rindo com carinho. – Dumbledore estava certo, ela estaria muito orgulhosa.

Sophie o encarou confusa mas o garoto apenas continuou sorrindo.

— Certo, fique com seus segredos. – resmungou ela. – O que aconteceu?

— O que você se lembra?

— Pulando em cima de Quirrell... Olhando nos olhos de um Voldemort sem nariz...

Harry riu.

— ... Eu fui esfaqueada? – ela perguntou, passando a mão no local que mais doía.

— Quirrell tinha uma adaga com ele. Te esfaqueou na costela, você escapou por pouco, a Madame Pomfrey disse. – respondeu Harry a olhando preocupado. – Todos estão morrendo de preocupação com você. Harriet e Hermione não param de chorar um segundo quando vem aqui te visitar.

— Que amor. – ela riu pensando com carinho nas duas garotas. Deixando os olhos vagarem, ela viu que a mesa ao lado estava cheia de doces, cartas e flores. – Harry, relatório aqui.

— Admiradores, minha cara Sophie. Como eu disse, muitos estão preocupados, e eu quero dizer metade da escola. – Harry riu pegando uma carta da mesa. – Felipe Diagon, lhe manda os melhores cuidados, com muito amor e beijos. – leu ele, rindo.

— Me dá isso aqui! – ela pegou a carta, corando até as orelhas. – Por quanto tempo estou aqui, em?

Harry ficou sério, voltando a olhar para ela com preocupação.

— Uma semana.

A Potter tornou a arregalar os olhos em acreditar.

— Uma semana?!— exclamou ela. – Caramba, não é atoa que Harriet está chorando, ela deve estar pensando que eu vou morrer ou algo assim.

— Isso aí. – concordou Harry. – Como você está se sentindo? Alguma dor?

— Um pouquinho, sim. Mas nada comparado com a de quando eu fui atingida. – respondeu ela. – Quirrell... Ele foi pego?

— Ele morreu, na verdade. – respondeu Harry. – Voldemort o deixou para morrer, e ele não conseguiu se manter vivo por mais tempo. Ah, e a Pedra foi destruída.

Sophie não conseguiu parar a risada surpresa.

— Tanto pela preocupação de vocês com aquela pedra... – brincou ela. – Mas, estou feliz que tenha tido esse final. Viver para sempre deve ser horrível.

— Sim, foi mais ou menos o que Dumbledore disse. Algo sobre a morte ser uma grande aventura seguinte...

— Provavelmente ele tem razão. – concordou Sophie. – Você sabia, não sabia? Que era Voldemort por trás de tudo.

— Descobri da Floresta Proibida, sim. – concordou ele acariciando o livro que segurava.

— Por que não me disse?

— Aslan quase foi morto, você claramente não estava passando por um bom momento... Eu não queria te dar mais dor de cabeça. – respondeu ele, olhando para ela. – Isso, e... Tinha medo que não acreditasse em mim.

— Harry. – ela suspirou. – Eu sempre vou acreditar em você.

Harry sorriu para ela e tornou a olhar para o livro em seu colo.

— Que livro é esse que você tem aí? – ela questionou, bastante curiosa sobre o objeto.

— Um presente que Hagrid me deu quando eu acordei. – respondeu. – Você tinha que ter visto, estava todo choroso e se culpando pelo que havia acontecido com a gente. Acho que ele pediu desculpas para você umas dez vezes.

Sophie sorriu, pensando com carinho no meio gigante que assim que pudesse, daria um grande e forte abraço.

— Enfim, é um álbum de fotos. – Harry continuou, abrindo o livro. – Dos meus parentes, e mesmo eu quando bebê.

A Potter mais velha sentiu o coração apertar de vontade para ver aquelas fotos.

— Oh... – ela sussurrou, sem saber mais o que dizer.

— Sim. – concordou Harry sorrindo. – Eu tenho que dizer, eu era um bebezinho muito lindo.

Sophie revirou os olhos, fazendo o Potter mais novo rir.

— Mas – ele continuou, virando outra página. –, você, minha irmã, era a garotinha mais adorável que já vi na vida.

— Oh, bem obrigada, eu sei que sou um colírio... – ela parou de se gabar, e olhou entre confusão e surpresa para o garoto que claramente estava segurando o riso. –... Uh... O que?

— O que, o que?

— O que você disse?

— Garotinha mais adorável que eu já vi na vida?

— Engraçadinho, antes disso.

— Oh, você está querendo dizer de eu ter te chamado de “minha irmã”? – perguntou Harry.

Sophie concordou, piscando várias vezes na direção dele, totalmente surpresa.

— Como você...

— Dumbledore me contou. – explicou Harry. – Ele me contou que você não podia me dizer por mais que você quisesse. Ele disse também que era melhor assim, manter esse segredo estava te machucando.

— Estava mesmo. – ela concordou.

— Bem, agora não precisa mais. – disse Harry, colocando o álbum aberto no colo de Sophie. – E como você pode ver, eu não menti sobre você ter sido uma garotinha adorável.

Ela olhou para as fotos e seus olhos se encheram de lágrimas que ela não fez questão de impedir que caíssem. Ela estava olhando para uma foto em que seus pais estavam com ela e Harry no colo, ela no de seu pai e seu irmão no da mãe. Ela, e seus pais tinham grandes sorrisos nos rostos e acenavam para a câmera, Harry, um bebê claramente bastante curioso, estava olhando tudo em volta.

— Eu não estou preocupado se Voldemort voltar. – disse Harry, fazendo Sophie o encarar. – Afinal, eu tenho uma irmã incrível, e com isso, não estou sozinho. Já ele, ele não tem ninguém de verdade, e está sozinho.

Sophie sorriu emocionada para ele.

— Eu sou sua irmã. – ela sussurrou ainda sorrindo.

— Sim, Sophie Potter, você é minha irmã. – concordou Harry. – E eu prometo, que serei o irmão mais chato da sua vida.

Sophie riu feliz e o puxou para um abraço apertado, qual ele foi de bom grado, tomando cuidado para não machucá-la. Os dois se sentindo extremamente felizes e aliviados, por pelo menos, ainda existir pontos felizes em suas trágicas vidas.

— Eu te amo, Harry.

— Eu também te amo, Sophie. E obrigado, por tudo.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

As últimas semanas que se seguiram foram uma loucura tanto para Sophie quanto para Harry.

 

 

Todos os dias ela precisava acalmar Hermione ou Harriet de que ela estava bem e de que não iria cair morta em nenhum lugar. E não importava o quanto dissesse para Aslan que estava bem, seu querido leão estava grudado com ela todos os dias até o último dia daquele ano em Hogwarts.

 

 

Sem surpresa, o fato de Sophie Lupin, ser na verdade, Sophie Potter, a filha mais velha de James e Lily e irmã do menino que sobreviveu, se espalhou por todo o castelo, e logo, todos já sabiam quem ela realmente era. E cada uma hora, alguém perguntaria como poderia ser possível, ou por que ela teve que manter segredo de seu nome, ou a favorita, como você pode ser irmã dele, você linda demais.

 

 

Essa última era a favorita dela pois a cara que Harry fazia quando ouvia era a melhor parte.

 

 

Mas, de fato, o mais divertido seria ver Malfoy claramente irritado por existir outro Potter e sempre fazendo comentários sem graças que nem ele mesmo dava risada.

 

 

De fato, foram as semanas mais divertidas daquele ano, sem dúvidas alguma. A única parte ruim, era que a Grifinória estava em último lugar para receber a Taça das Casas, e a Sonserina, infelizmente, estava em primeiro.

 

 

— O importante é ter saúde, é o que dizem. – brincou Fred fazendo Sophie rir. – Ano que vem damos a volta por cima.

 

 

— Isso aí. – concordou Sophie sorrindo.

 

 

Os dois estavam andando juntos pelo gramado, o sol já estava quase indo embora, e daqui a algumas horas, a última ceia daquele ano aconteceria, e assim a vitória da Sonserina seria declarada. Aslan, estava descansando próximo ao lago mas com os olhos nunca saindo dela.

 

 

— Mas, vem cá, como Quirrell e Voldemort souberam quem você é? Digo, irmã do Harry. – questionou Fred atacando uma pedrinha no lago.

 

 

— Dumbledore acredita que Quirrell tenha ouvida alguma conversa dele com Minerva ou outro professor de sua confiança por trás das portas. – respondeu Sophie. – E ele pode ter descoberto sobre isso durante um bom tempo.

 

 

— Hum, bom que ele não tentou nada antes.

 

 

— Ele não tinha um motivo real para isso. Eu não sou o Harry, nada realmente importante para ele. – retrucou Sophie pensativa.

 

 

Eu vejo claramente você, Sophie Potter... Meu futuro.”

 

 

Ela franziu a testa, seu corpo se arrepiou por completo ao se lembrar daquelas palavras que Voldemort havia lhe dito quando finalmente a viu, cara a cara. Dumbledore não havia comentado nada sobre isso, e ela preferia não pensar também. Ela não era importante para aquele monstro.

 

 

— De qualquer forma, e aí, o que você queria me dizer que era tão importante para sermos só nós dois? – perguntou ela para Weasley.

 

 

Fred corou e evitou olhar para ela, o que Sophie achou devidamente estranho.

 

 

— Fred? Ta tudo bem?

 

 

— Sim, sim... Eu... – ele suspirou e olhou para ela. – Queria saber como você está. Não foi um ano exatamente bom para você desde do início – apontou para a corrente que ela tinha no pescoço, indicando que estava falando sobre a saída de David da escola. –, e com todo esse segredo do seu nome, Aslan sendo atacado e agora...

 

 

— Vamos lá amigo, diga o nome dele. Prometo que ele não vai aparecer. – ela incentivou orgulhosa.

 

 

— ... Voldemort – ele estremeceu. –, agora com ele de volta. Eu queria, ter certeza que você está bem.

 

 

— Obrigada. – ela tocou levemente no braço dele. – E eu, bem, em relação a saída de David eu já estou bem. Sabendo que ele está viajando por ai, tendo uma grande aventura e que um dia eu irei vê-lo novamente, alivia toda a tristeza que senti quando vi que ele não estaria mais aqui. Sobre o resto... Bem, nada que eu não possa superar. No fim, tudo acabou bem, e Harry não desapareceu, então, é, eu vou ficar muito bem logo, logo. E pronta para o próximo ano.

 

 

Fred sorriu, colocando as mãos nos ombros dela.

 

 

— Estou muito feliz em saber disso, Sophie Potter. – ele disse, e a puxou para um abraço forte. – Você é a garota mais forte que já conheci.

 

 

— Obrigada. – ela sussurrou com carinho.

 

 

Eles se separaram, sorrindo um para o outro.

 

 

— Agora, vamos lá, é hora de perdemos com as cabeças erguidas. – falou Fred num tom falsamente sério, um tanto parecido como Percy.

 

 

Sophie riu e acenou para Aslan vir também, e logo o leão estava ao lado deles. Ela olhou para o céu, vendo uma estrela cadente passar.

 

 

“Obrigada”, pensou em seus pais com um sorriso.

 

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

— Mais um ano que passou! – disse Dumbledore alegremente. – E preciso incomodar vocês com a falação asmática de um velho antes de cairmos de boca nesse delicioso banquete. E que ano tivemos! Espero que as suas cabeças estejam um pouquinho menos ocas do que antes... vocês têm o verão inteiro para esvaziá-las muito bem, antes do próximo ano letivo.
“Agora, pelo que entendi, a taça das casas deve ser entregue e a contagem de pontos é a seguinte: em quarto lugar Grifinória, com trezentos e doze pontos; em terceiro, Lufa-Lufa, com trezentos e cinquenta e dois pontos; Corvinal, com quatrocentos e vinte e seis; e Sonserina com quatrocentos e setenta e dois pontos.”

 

 

E uma tempestade de pés e mãos batendo irrompeu da mesa de Sonserina. Dean Winchester lançou um sorriso arrogante para Sophie que lhe respondeu com um gesto rude com o dedo, fazendo o loiro gargalhar.

 

 

— Sim, senhores, Sonserina está de parabéns. No entanto, temos de levar em conta os recentes acontecimentos.

 

 

A sala mergulhou em profundo silêncio.

 

 

— Tenho alguns pontos de última hora para conferir. Vejamos. Sim...
“Primeiro: ao Sr. Ronald Weasley...”

 

 

O rosto de Rony se coloriu de vermelho-vivo; parecia um rabanete que apanhara sol demais na praia.

 

 

— ... pelo melhor jogo de xadrez presenciado por Hogwarts em muitos anos, eu confiro à Grifinória cinquenta pontos.

 

 

Os vivas da Grifinória quase levantaram o teto encantado; as estrelas lá no alto pareceram estremecer. Fred e Jorge se jogaram em cima de Rony enquanto Percy dizia aos outros monitores: “É o meu irmão, sabem! O meu irmão caçula! Venceu uma partida no jogo vivo de xadrez de McGonagall!”

 

 

Finalmente voltaram a fazer silêncio.

 

 

— Segundo: à Srta. Hermione Granger... pelo uso de lógica inabalável diante do fogo, concedo à Grifinória cinquenta pontos.

 

 

Hermione escondeu o rosto nos braços; Sophie e Harry tiveram a forte suspeita de que caíra no choro.

 

 

Os alunos da Grifinória por toda a mesa não cabiam em si de contentes – tinham subido cem pontos.

 

 

— Terceiro: ao Sr. Harry Potter. – a sala ficou mortalmente silenciosa. Sophie olhou orgulhosa para o irmão chocolate. – Pela frieza e excepcional coragem, concedo à Grifinória sessenta pontos.

 

 

A balbúrdia foi ensurdecedora. Os que conseguiam somar enquanto berravam de ficar roucos sabiam que Grifinória agora chegara a quatrocentos e setenta e dois pontos – exatamente o mesmo que Sonserina. Precisariam sortear a taça das casas – se ao menos Dumbledore tivesse dado a Harry mais um pontinho.

 

 

Dumbledore ergueu a mão. A sala gradualmente se aquietou.


— Existem muitos tipos de amores no mundo, e todos eles são importantes, todos eles de alguma forma salvam a vida de alguém, deixam alguém feliz, todo amor, de todas as raças, credos, de todas as vidas neste vasto mundo, é o que nos faz ser uma raça milenar. Faz valer a pena sermos seres humanos. – Dumbledore olhava para todos os alunos com um sorrindo iluminado e feliz em seu rosto. – Amar alguém é o ato mais lindo que existe dentro de nós, amar um desconhecido, um amante, um amigo, um filho, os pais. Amar um irmão, protegê-lo como uma leoa protege seus filhotes, superar toda a dor apenas para cuidar dele, isso, mostrou para mim mais do que nunca, o quão lindo nós somos. Então, como forma de agradecimento a Sophie Potter, eu concedo à casa Grifinória cem pontos. Sua mãe está orgulhosa, minha querida amiga.

Alguém que estivesse do lado de fora do Salão Principal poderia ter pensado que ocorrera uma explosão, tão alta foi a barulheira que irrompeu na mesa da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal. Harry, Rony e Hermione se levantaram para gritar e dar vivas junto com Fred, Jorge e Harriet que se juntou a eles, enquanto Sophie, extremamente chocada, desaparecia debaixo de uma montanha de gente que a abraçava.

Harry, ainda gritando, cutucou Rony nas costelas indicando Malfoy, que não poderia ter feito uma cara mais perplexa e horrorizada se tivesse acabado de ser encantado com o Feitiço do Corpo Preso.

— O que significa – continuou Dumbledore procurando se sobrepor à tempestade de aplausos, porque até Corvinal e Lufa-Lufa estavam comemorando a derrota de Sonserina. –, que precisamos fazer uma pequena mudança na decoração.

E, dizendo isto, bateu palmas. Num instante, os panos verdes se tornaram vermelhos e, os prateados, dourados; a grande serpente de Sonserina desapareceu e o imponente leão da Grifinória tomou o seu lugar. Snape apertou a mão da Profª. Minerva, com um horrível sorriso amarelo, Sophie e Harry gargalharam alto com a cena.

Foi a melhor noite da vida de Harry, melhor do que a vitória no quadribol ou a ceia de Natal ou o encontro com o trasgo... jamais esqueceria esta noite.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Na manhã seguinte, antes de pegarem o trem, Sophie correu para a sala do diretor Dumbledore.

 

 

— Sophie, que surpresa! – exclamou o bruxo mais velho. – O que faz...

 

 

— Não tive tempo ontem.

 

 

Nisso, a Potter correu até o diretor o abraçando com força. Dumbledore respirou surpreso com aquele abraço, e um tanto sem jeito, envolveu os braços sobre os ombros da jovem aluna. Nunca havia recebido um abraço como aquele.

 

 

— Obrigada, senhor. – falou Sophie ao se afastar dele.

 

 

— Pelos pontos? Sophie...

 

 

— Não, não pelos pontos. Mas sim por me lembrar que vale a pena ser humana e sentir todas essas emoções. Obrigada por me fazer continuar lutando. – ela disse séria, mas com a voz carregada de carinho.

 

 

Dumbledore tinha os olhos brilhando quando lhe sorriu.

 

 

— De nada, minha querida amiga.

 

 

Com um aceno, ela se virou para ir embora, mas então se voltou para ele novamente.

 

 

— Sobre o seu afilhado, não se sinta culpado por não ter conseguido ajudá-lo. Talvez, ele realmente não estivesse pronto para isso. – ela falou. – Quem sabe, não era pra ser você a fazê-lo parar de correr, mas sim outra pessoa.

 

 

— Nunca pensei dessa forma. Obrigado, Sophie.

 

 

Com um último sorriso, ela saiu da sala.


Logo, ela, o irmão e os amigos estavam embarcando no trem, prontos para voltarem para Londres, onde havia um certo bruxo que Sophie estava morrendo de saudades e louca para abraçá-lo apertado – para acalmá-lo também, se a última carta que ele lhe mandou fosse alguma indicação do quão desesperado ele estava –.

— Então – começou Sophie após todos se acomodarem na cabine. – crianças do meu coração – olhou para o trio de ouro que fez uma careta para ela, qual ela ignorou. –, já que vocês estão planejando passar as férias em minha humilde residência, eu preciso contar para vocês sobre o probleminha peludo do meu padrinho...

— Que ele é um lobisomem? – perguntou Hermione fazendo todos a encararem chocados. – O que?

— Como você sabe?! – questionou Sophie chocada.

— É meio óbvio.

— Não é não. – retrucou Rony surpreso.

— Ah... Bem, pra mim é óbvio.

— Poxa, cortou o meu barato super, em Mione. – resmungou a Potter mais velha.

— Espera. – Harry disse parecendo confuso. – Quem é lobisomem?

Todos olharam para o garoto confuso. Jorge riu e bateu nas costas de Sophie, que estava com a mão no rosto e negando com a cabeça.

— Ele é lerdo igual a você, Sophie! Deve ser coisa de Potter.


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