TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 15
Capítulo 15 — O Confronto




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— Finalmente! Livres! – gritou Harriet jogando a mochila no ar e sem se importar de deixar cair tudo no gramado. – Férias, estou pronta!

Fred e Jorge pularam e jogaram os materiais no gramado também, se jogando na grama com suspiros dramáticos. Sophie, por sua vez, apenas revirou os olhos carinhosamente para eles e colocou o material gentilmente no solo, se sentando ao lado de seu querido leão que já estava curado e forte como sempre.

Haviam sido semanas difíceis, ver Aslan tão machucado e mancando na hora de andar, porém, ele era um leão forte e não muito tempo depois, estava andando como novo. E Sophie, estava engatinhando, com calma e ainda tropeçando em suas dores e medos, porém, estava engatinhando e não parando, isso era o mais importante. Persistir.

— Não sei porquê vocês estão tão animados com o fim desse ano, o próximo será o quarto e então o quinto, e devo lembrar o que tem o quinto? – perguntou a ruiva sorrindo com a sobrancelha esquerda levantada para os três amigos.

— Não, não, não se atreva a atrapalhar meu humor, Sophie Potter! – resmungou Harriet atacando um pedaço de graveto nela. – Vai demorar até chegarmos naqueles exames infernais, por agora, vamos viver o presente.

— Aprovado! Aprovado! – gritaram os gêmeos rindo.

Sophie riu também e se deixou deitar-se no corpo firme de Aslan, observando os outros alunos saindo de seus próprios exames também.

— Olha o trio de ouro lá. – comentou Fred batendo de leve no braço de Sophie e apontando na direção de Harry, Rony e Mione.

Os três estavam mais afastados de onde eles estavam. Rony estava deitado na grama do mesmo jeito que os gêmeos, Hermione estava lendo um livro – como sempre –, e Harry estava coçando demais a cicatriz.

— Que que ele tem? – perguntou Jorge sobre Harry.

— Eu não sei, mas eu sinto que ele não está me contando alguma coisa. – resmungou a Potter mais velha olhando o irmão atentamente. – Ele é igual a mamãe e eu, não sabe mentir muito bem, com isso, já notei que ele me contou pelo menos cinco mentiras até agora sobre a pesquisa deles sobre Nicolau Flamel.

— Por que ele mentiria? – perguntou Harriet.

— Tenho um palpite. – resmungou ela. – E se eu estiver certa, então eu culpo nosso pai.

— O que o seu...

— Lupin.

Os quatro pularam de susto com a chegada repentina da Profª Minerva.

— Sim, professora? – perguntou a Potter acariciando a parte de cima do peito para acalmar o coração pelo susto.

— O diretor Dumbledore precisa de você, assunto urgente. – informou a professora séria. – Agora, vamos.

Sophie trocou olhares rápidos com os amigos antes de se levantar e seguir a professora que andava rápido. Aslan vinha logo atrás dela – desde do evento na floresta, ele dificilmente se afastava dela –.

No caminho, ela desejou, pediu com todas as forças que não fosse nada muito ruim.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

— Eu gostaria de saber o que significa isso! – explodiu Harry aborrecido. – Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta frequência.

 

 

— Procure Madame Pomfrey – sugeriu Hermione.

 

 

— Eu não estou doente – respondeu Harry. – Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando...

 

 

Rony não conseguiu se preocupar, estava quente demais para isso.

 

 

— Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Neville vai jogar quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

 

 

Harry concordou, mas não conseguiu se livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:

 

 

— Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

 

 

Harry tinha certeza de que a sensação de inquietude não tinha nada a ver com os estudos.

 

 

— E eu ainda acho que você deveria dizer a Sophie sobre o que você descobriu. – continuou a garota. – Sabe, sobre Você–Sabe–Quem.

 

 

— Já disse, não vou preocupar Sophie com o retorno de Voldemort. – retrucou ele sem se importa com o olhar que recebeu de Rony. – Ela já passou por muita dor de cabeça esse ano para aguentar mais essa.

 

 

“Isso, e eu temo que ela não acredite em mim.” pensou ele.

 

 

Acompanhou com os olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico. Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... jamais... mas...

 

 

Harry pôs-se de pé de um salto.

 

 

— Onde é que você está indo? – perguntou Rony sonolento.

 

 

— Acabei de me lembrar de uma coisa. – Estava branco. – Temos que ver Hagrid agora.

 

 

— Por quê? – ofegou Hermione, correndo para alcançá-lo.

 

 

— Vocês não acham um pouco estranho – disse Harry, subindo, às carreiras, a encosta gramada – que o que Hagrid mais queria na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Hagrid, não acham? Por que não percebi isto antes?

 

 

— Do que é que você está falando? – perguntou Rony, mas Harry, correndo pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.

 

 

Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

 

 

— Olá – disse, sorrindo. – Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?

 

 

— Temos, obrigado – disse Rony, mas Harry o interrompeu.

 

 

— Não, estamos com pressa, Hagrid, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas?

 

 

— Não lembro – respondeu Hagrid com displicência –, ele não quis tirar a capa...

 

 

Viu os três fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas.

 

 

— Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no Cabeça de Javali, o pub do povoado. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

 

 

Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas.

 

 

— O que foi que você conversou com ele, Hagrid? Chegou a mencionar Hogwarts?

 

 

— Talvez – disse Hagrid, franzindo a;testa, tentando se lembrar. – É... ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... então eu disse... e disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... então... não me lembro muito bem... porque ele não parava de pagar bebidas para mim... Deixa eu ver... ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse... mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos... Então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza...

 

 

— E ele pareceu interessado no Fofo? – perguntou Harry, tentando manter a voz calma.

 

 

— Bom... pareceu... quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por aí, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono...

 

 

Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.

 

 

— Eu não devia ter-lhe dito isto! – exclamou. – Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?

 

 

Harry, Rony e Hermione não se falaram até parar no saguão de entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins.

 

 

— Temos de procurar Dumbledore – falou Harry. – Hagrid contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era ou o Snape ou o Voldemort, deve ter sido fácil, depois que embebedou Hagrid. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Firenze talvez confirme, se Agouro não o impedir. Onde é a sala de Dumbledore?

 

 

Eles olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.

 

 

— Acho que teremos de... – começou Harry, mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do saguão.

 

 

— Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?

 

 

Era a Profª. Minerva McGonagall, carregando uma pilha de livros.

 

 

— Queremos ver o Prof. Dumbledore – disse Hermione enchendo-se de coragem, pensaram Harry e Rony.

 

 

— Ver o Prof. Dumbledore? – a Profª. Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer. – Por quê?

 

 

Harry engoliu em seco – e agora?

 

 

— É uma espécie de segredo. – disse, mas desejou na mesma hora que não tivesse dito, porque as narinas da Profª. Minerva se alargaram.

 

 

— O Prof. Dumbledore saiu faz dez minutos, com a Srta. Lupin. – informou ela secamente. – Recebeu uma coruja urgente do ministro da Magia e partiram em seguida para Londres.

 

 

— Ele saiu?!— exclamou Rony com os olhos arregalados.

 

 

— Sophie foi com ele? – Harry perguntou tão chocado quanto os amigos. — Mas...

 

 

— Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o ministro da Magia, Potter?

 

 

— Olhe – disse Harry, mandando a cautela às favas. –, professora... é sobre a Pedra Filosofal...

 

 

Seja o que for que a Profª. Minerva esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou.

 

 

— Como é que vocês sabem? – deixou escapar.

 

 

— Professora, acho... sei... que Sn... que alguém vai tentar roubar a pedra. Preciso falar com o Prof. Dumbledore.

 

 

Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.

 

 

— O Prof. Dumbledore, e Lupin voltam amanhã. – disse finalmente. – Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranquilo, não é possível ninguém roubá-la, está muitíssimo bem protegida.

 

 

— Mas, professora...

 

 

— Potter, sei do que estou falando. – Curvou-se e recolheu os livros caídos. – Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol.

 

 

Mas eles não voltaram.

 

 

— É hoje à noite – disse Harry, quando teve certeza de que a Profª. Minerva não podia mais ouvi-los. – Snape vai entrar no alçapão hoje à noite. Ele já descobriu tudo o que precisa e agora tirou, não só Dumbledore, mas por algum motivo, Sophie também do caminho. Foi ele quem mandou aquela carta, aposto que o ministro da Magia vai levar um choque quando Dumbledore e Sophie aparecerem.

 

 

— Mas o que é que podemos...

 

 

Hermione perdeu a fala. Harry e Rony se viraram. Snape estava parado ali.

 

 

— Boa-tarde. – disse com suavidade.

 

 

Eles o encararam.

 

 

— Vocês não deviam estar dentro do castelo num dia como este – falou com um sorriso estranho e torto.

 

 

— Estávamos... – começou Harry, sem fazer ideia do que ia dizer.

 

 

— Vocês precisam ter mais cuidado. Andando por aqui assim, as pessoas vão pensar que estão armando alguma coisa. E a Grifinória realmente não pode se dar ao luxo de perder mais nenhum ponto, não é mesmo?

 

 

Harry corou. Viraram-se para sair, mas Snape os chamou de volta.

 

 

— E fique avisado, Potter, se ficar perambulando outra vez à noite, vou providenciar pessoalmente para que seja expulso. Bom dia para vocês.

 

 

E saiu em direção à sala dos professores.

 

 

Lá fora, nos degraus de pedra, Harry virou-se para os outros.

 

 

— Certo, isto é o que vamos fazer – cochichou com urgência. – Um de nós tem que ficar de olho no Snape, esperar do lado de fora da sala de professores e segui-lo se ele sair.

 

 

Hermione, é melhor você fazer isso.

 

 

— Por que eu?

 

 

— É óbvio – disse Rony. – Você pode fingir que está esperando pelo Prof. Flitwick, sabe, como é. – E fazendo voz de falsete: – “Ah, Prof. Flitwick. Estou tão preocupada, acho que errei a questão quatorze b...”

 

 

— Ah, cala a boca – disse Hermione, mas concordou em vigiar Snape.

 

 

— E é melhor ficarmos no corredor do terceiro andar – disse Harry a Rony. – Vamos.

 

 

Mas aquela parte do plano não funcionou. Assim que chegaram à porta que separava Fofo do resto da escola, a Profª. Minerva apareceu de novo, e desta vez perdeu as estribeiras.

 

 

— Suponho que você ache que é mais difícil alguém passar por você do que por um pacote de feitiços! – esbravejou. – Chega de bobagens! E se eu souber que você voltou aqui outra vez, vou descontar mais cinquenta pontos de Grifinória! É, Weasley, da minha própria casa!

 

 

Harry e Rony voltaram à sala comunal. Harry acabara de dizer “pelo menos Hermione está na cola de Snape”, quando o retrato da Mulher Gorda se abriu e Hermione entrou.

 

 

— Sinto muito, Harry! – lamentou-se. – Snape saiu e me perguntou o que eu estava fazendo, então disse que estava esperando Flitwick, e Snape foi buscá-lo, e me mandei, não sei aonde ele foi.

 

 

— Bom, então acabou-se, não é? – disse Harry.

 

 

Os outros dois olharam para ele. Estava pálido e seus olhos brilhavam.

 

 

— Vou sair daqui hoje à noite e vou tentar apanhar a Pedra primeiro.

 

 

— Você ficou maluco! – exclamou Rony.

 

 

— Você não pode! – disse Hermione. – Depois do que a Profª. Minerva e Snape disseram? Vai ser expulso!

 

 

— E DAÍ? – gritou Harry. – Vocês não percebem? Se Snape apanhar a pedra, Voldemort vai voltar! Vocês não ouviram contar como era quando ele estava tentando conquistar o poder! Não vai haver manhã seguinte para melhorarmos! Não vai haver Hogwarts para nos expulsar! Ele vai arrasar Hogwarts, ou transformá-la numa escola de magia negra! Perder pontos não importa mais, vocês não entendem? Acham que ele vai deixar vocês e suas famílias em paz se Grifinória ganhar o campeonato das casas? Se eu for pego antes de conseguir a pedra, bem, vou ter que voltar para os Dursley e esperar Voldemort me encontrar lá. É só uma questão de morrer um pouquinho depois do que teria morrido, porque eu nunca vou me aliar aos partidários da magia negra! Vou entrar naquele alçapão hoje à noite e nada que vocês dois disserem vai me impedir Voldemort matou minha família, estão lembrados? Matou... Matou mais do que a minha família, matou centenas.

 

 

E olhou zangado para eles.

 

 

— Você tem razão, Harry – disse Hermione com uma vozinha fraca.

 

 

— Vou usar a capa da invisibilidade. Foi uma sorte tê-la recuperado.

 

 

— Mas ela dá para esconder nós três? – perguntou Rony.

 

 

— Nós... nós três?

 

 

— Ah, corta essa, você não acha que vamos deixar você ir sozinho?

 

 

— Claro que não – disse Hermione com energia. – Como acha que vai chegar à Pedra sem nós? É melhor eu dar uma olhada nos meus livros, talvez encontre alguma coisa útil...

 

 

— Mas se formos pegos, vocês dois vão ser expulsos também.

 

 

— Não se eu puder evitar. – disse Hermione, séria. – Flitwick me disse em segredo que tirei cento e vinte por cento no exame. Não vão me expulsar depois disso.

 

 

Harry sorriu para os dois.

 

 

— Obrigado. – ele sussurrou, e dois sorriram para ele.

 

 

Ele só desejou, que Sophie estivesse ali, apenas para ele prometer para ela a chance de um amanhã para melhorar, e dizer adeus, porque ele duvidava quer iria sair vivo daquele confronto.

 

 

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— O senhor é um ótimo voador, professor. – Sophie comentou sorrindo assim que eles pousaram no beco próximo a entrada do Ministério da Magia.

— Voei muito em minha juventude, minha cara. – respondeu Dumbledore sorrindo, deixando a vassoura de lado. – Nada profissional como Minerva, mas tenho meus truques.

Sophie deixou a PhoenixFire ao lado da vassoura do diretor, e lhe lançou um olhar preocupado, não querendo realmente deixar a vassoura naquele beco.

— Ninguém ira encontrá-las, Sophie. Eu prometo. – Dumbledore a acalmou, já saindo do beco. – Lembre-se, uma vassoura é apenas uma vassoura para os trouxas.

Lançando um último olhar cheio de saudade para sua amada vassoura, Sophie partiu atrás do diretor. Olhando em volta, viu que o movimento na rua não estava grande naquele fim de tarde. O sol já começava a se pôr.

— Eu ainda não entendo, o que o Ministro quer comigo? – perguntou a Potter, andando ao lado do bruxo mais velho.

— Admito que também estou curioso, Sophie. E, até mesmo um tanto temeroso. – respondeu Dumbledore com um suspiro. – Torça para não ter nada haver com seu padrinho.

Sophie engoliu em seco. Ela sabia que era devidamente proibido pelo Ministério, um lobisomem criar uma criança como Remus fez, e que ele provavelmente seria mandado para Azkaban se descobrissem. A sorte, era que Amos Diggory, do Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, que havia mantido a licantropia de Remus em segredo de todos do Ministério.

Eles foram andando com tranquilidade e em silêncio, e quando entraram no Ministério da Mágia, Sophie se permitiu observar o enorme saguão de entrada com atenção. Era enorme, cheio de portas, e pequenas lojinhas como os trouxas tinham nas ruas, vários bruxos indo e vindo para todos os lados, as redes de flú uma ao lado da outra de forma organizada os bruxos saiam delas. Mas por mais incrível que fosse, Sophie não gostou nenhum pouco daquele lugar.

Era tão frio e sem cor, um lugar que parecia estar devidamente carregado de pensamentos frios e ruins, de pessoas que viviam por tanto tempo trabalhando lá, que já nem mais se lembravam de terem pensamentos bons.

— Eu sei, eu também não gosto daqui. – comentou Dumbledore observando a reação de Sophie para com o local. – E ainda me perguntam o motivo de eu não ter aceitado o cargo de Ministro da Magia.

Sophie sorriu admirada para o bruxo ao seu lado. Estava prestes a fazer um comentário espirituoso quando alguém chamou pelo nome do diretor:

— Professor Dumbledore!

A Potter e o diretor se viraram na direção de quem o chamava. Era um homem alto, negro e careca, de rosto grave e mandíbula afiada. Sophie não pode deixar de pensar que era assim que ela sempre imaginou que um Ministro da Magia se parecia.

— Kingsley! – cumprimentou Dumbledore sorrindo suavemente para o bruxo. – Jovem amigo, que bom lhe ver. Já faz um tempo.

— Estive viajando para os Estados. – respondeu Kingsley. – Ajudei um pouco com a guerra contra Dominus, finalmente ele teve sua queda.

— Sim, sim, fiquei sabendo. – falou Dumbledore. – Um Capitão do Exército Bruxo Americano o derrotou, não foi?

— Capitão Jack Harkness. – concordou Kingsley. – Um bom bruxo e capitão, mas um perigo para qualquer criatura com pernas, se é que o senhor me entende.

Dumbledore riu e acenou com a cabeça. Sophie estava totalmente perdida, porque o capitão seria perigoso para tudo que tenha pernas? Uma pergunta que ela só teria a resposta em seu sexto ano.

— Ah, Kingsley, essa é minha adorável amiga Sophie Potter. – falou Dumbledore com a mão nas costas de Sophie. – Acredito que ela lhe pareça familiar.

— Ah sim. – concordou o outro bruxo agora com a atenção voltada para Sophie. – Você se parece muito com sua mãe, exceto pelos olhos, eu vejo James nesses olhos.

Sophie sorriu orgulhosa para Kingsley.

— Sou Kingsley Shacklebolt, e é uma honra lhe conhecer, Srta. Potter. – disse ele fazendo uma leve reverência. – Conheci seus pais e lutei com eles, bruxos cheios de honra.

— Obrigado, Sr. Shacklebolt, é sempre bom ouvir um pouco sobre eles. – disse ela sorrindo.

Ele lhe deu um aceno gentil e então se voltou para Dumbledore.

— O que fazem aqui, se eu posso perguntar? – questionou Kingsley para o diretor.

— Recebi uma carta do Cornélio, querendo falar comigo e com Sophie. Um assunto bastante urgente, pelo o que ele disse na carta. – respondeu o diretor. – Sabe o que pode ser?

Kingsley parecia extremamente confuso, olhando tanto para Dumbledore quanto para Sophie. O diretor endireitou sua postura, ficando mais alto que o normal, e com o rosto gravemente sério.

— Ele não está aqui, está? – perguntou o Dumbledore num tom de voz de alguém que temia a resposta.

— Ele teve que voar para o Japão ontem, em uma reunião com o ministro Tenno Ren. – respondeu Kingsley. – Quem que tenha lhe enviado essa carta, Dumbledore, com toda certeza não foi Fudge.

Sophie encarou o diretor confusa, este por sua vez, parecia devidamente pálido. Algo estava muito errado.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

O senhor! – exclamou Harry.

 

 

Depois de tudo que ele havia passado para chegar até o final, voando para pegar a chave certa, jogando um gigante xadrez de bruxo, sendo uma das peças e permitindo que Rony se ferisse no próximo para poderem seguir em frente, e então, deixar Hermione para trás para ir embora e buscar ajuda. Quem ele estava esperando encontrar no fim, era Snape, mas quem estava em sua frente, era Quirrell.

 

 

O professor de Defesa Contra as Artes das Trevas sorriu para ele.

 

 

— Eu – disse calmamente. – estive me perguntando se encontraria você aqui, Potter.

 

 

— Mas pensei... Snape...

 

 

— Severus? – Quirrell deu uma gargalhada e não era aquela gargalhadinha tremida de sempre, era fria e cortante. – É, Severus faz o tipo, não faz? Tão útil tê-lo esvoaçando por aí como um morcegão. Perto dele, quem suspeitaria do c-c-coitado do ga-gaguinho do P-Prof. Quirrell?

 

 

Harry não conseguia assimilar. Isto não podia ser verdade, não podia.

 

 

— Mas Snape tentou me matar!

 

 

— Não, não, não. Eu tentei matá-lo, meu caro. Sua amiga Hermione Granger, por acaso, me empurrou quando estava correndo para tocar fogo no Snape naquela partida de quadribol. Ela interrompeu o meu contato visual com você. Mais uns segundos e eu o teria derrubado daquela vassoura. Teria conseguido isso antes se Snape não ficasse murmurando um antifeitiço, tentando salvá-lo. Mas não teria adiantado muito, não é? Com a nossa querida Sophie lá para te pegar.

 

 

— Snape estava tentando me salvar?

 

 

— É claro – disse Quirrell calmamente. – Por que você acha que ele queria apitar o próximo jogo? Ele estava tentando garantir que eu não repetisse aquilo. O que na realidade é engraçado... ele nem precisava ter se dado ao trabalho. Eu não poderia fazer nada com Dumbledore assistindo. Todos os outros professores acharam que Snape estava tentando impedir Grifinória de ganhar, ele conseguiu realmente se tornar impopular... e que perda de tempo, se depois disso vou matá-lo esta noite.

 

 

Quirrell estalou os dedos. Surgiram no ar cordas que amarraram Harry bem apertado.

 

 

— Você é muito metido para continuar vivo, Potter. Sair correndo pela escola no Dia das Bruxas daquele jeito e, pelo que imaginei, me viu descobrir o que é que estava guardando a pedra.

 

 

— O senhor deixou o trasgo entrar?

 

 

— Claro que sim. Tenho um talento especial para lidar com trasgos. Você deve ter visto o que fiz com aquele na câmara lá atrás? Infelizmente, enquanto o resto do pessoal estava procurando o trasgo, Snape, que já desconfiava de mim, foi direto ao terceiro andar para me afastar, e não só o meu trasgo não conseguiu matar você e sua maldita irmã de pancada, como o cachorro de três cabeças nem sequer conseguiu morder a perna de Snape direito. Agora espere aí quieto. Preciso examinar este espelho curioso.

 

 

Foi somente então que Harry percebeu o que estava parado atrás de Quirrell. Era o Espelho de Ojesed.


— Este espelho é a chave para encontrar a pedra. – murmurou Quirrell, batendo de leve na moldura. – Pode-se confiar em Dumbledore para inventar uma coisa dessas... mas ele está em Londres junto com Sophie... E estarei bem longe quando voltar. E você, Harry Potter, estará morto sem que Sophie me atrapalhe.

A única coisa que ocorreu a Harry foi manter Quirrell falando para impedi-lo de se concentrar no espelho.

— Vi o senhor e Snape na floresta. – falou de um fôlego só.

— Sei. – disse Quirrell indiferente, dando a volta ao espelho para examinar o avesso. – Naquela altura ele já percebera minhas intenções, e tentava descobrir até onde eu tinha ido. Suspeitou de mim o tempo todo. Tentou me assustar, como se fosse possível, quando tenho Lorde Voldemort do meu lado...

Quirrell saiu de trás do espelho e mirou-o cheio de cobiça.

— Estou vendo a Pedra... Eu a estou apresentando ao meu mestre... mas onde é que ela está?

Harry forçou as cordas que o prendiam, mas elas não cederam. Tinha que impedir Quirrell de dedicar toda a atenção ao espelho.

— Mas Snape sempre pareceu me odiar tanto.

— Ah, e odeia mesmo – disse Quirrell, displicente. –, e como odeia. Ele estudou em Hogwarts com o seu pai, você não sabia? Os dois se detestavam. Mas, pelo que parece ele não quer ver você morto. O seu pai foi o suficiente.

— Mas ouvi o senhor soluçando, há uns dias. Pensei que Snape estava ameaçando o senhor...

Pela primeira vez, um espasmo de medo passou pelo rosto de Quirrell.

— Às vezes, eu tenho dificuldade em seguir as instruções do meu mestre. Ele é um grande mago e eu sou fraco.

— O senhor quer dizer que ele estava na sala de aula com o senhor?! – exclamou Harry, admirado.

— Está comigo aonde quer que eu vá. – disse Quirrell em voz baixa. – Conheci-o quando estava viajando pelo mundo. Eu era um rapaz tolo naquela época, cheio de ideias ridículas sobre o bem e o mal. Lorde Voldemort me mostrou como eu estava errado. Não existe bem nem mal, só existe o poder, e aqueles que são demasiado fracos para o desejarem... Desde então, eu o tenho servido com fidelidade, embora o desaponte muitas vezes. Por isso tem precisado ser muito severo comigo. – Quirrell estremeceu de repente. – Não perdoa erros com muita facilidade. Quando não consegui roubar a pedra de Gringotes, ele ficou muito aborrecido. Me castigou... resolveu me vigiar mais de perto...

A voz de Quirrell foi morrendo. Harry lembrou-se de sua viagem ao Beco Diagonal – como podia ter sido tão burro? Ele vira Quirrell lá naquele dia, apertara a mão dele no Caldeirão Furado.

Quirrell praguejou baixinho.

— Eu não entendo... a Pedra está dentro do espelho? Devo quebrá-lo?

A cabeça de Harry pensava a mil.

“O que quero acima de tudo no mundo, neste momento, é encontrar a Pedra antes que Quirrell a encontre. Então se me olhar no espelho, devo me ver encontrando a Pedra – o que quer dizer que verei onde está escondida! Mas como posso me olhar sem Quirrell perceber o que estou tramando?”

Harry tentou se deslocar para a esquerda, para se posicionar diante do espelho sem Quirrell notar, mas as cordas que prendiam seus tornozelos estavam muito apertadas: ele tropeçou e caiu. Quirrell não lhe deu atenção. Continuou falando sozinho.

— O que é que o espelho faz? Como é que ele funciona? Me ajude, mestre.

E para horror de Harry, uma voz respondeu, e a voz parecia vir do próprio Quirrell.

— Use o menino... Use o menino...

Quirrell voltou-se para Harry.

— É... Potter, vem cá.

E bateu palmas uma vez e as cordas que prendiam Harry caíram. Harry se levantou sem pressa.

— Venha cá. – repetiu Quirrell. – Olhe no espelho e me diga o que vê.

Harry foi até ele.

“Preciso mentir”, pensou desesperado. “Preciso olhar e mentir sobre o que vejo, é isso.”

Quirrell aproximou-se de Harry pelas costas. Harry respirou o cheiro esquisito que parecia vir do turbante de Quirrell. Fechou os olhos, adiantou-se para se postar na frente do espelho, e tornou a abri-los.

A princípio viu a sua imagem, pálida e apavorada, e Sophie estava ao lado dele, com um sorriso conhecedor. Então, um segundo depois, a sua própria imagem sorriu para ele. Levou a mão ao bolso e tirou uma pedra cor de sangue. Aí tanto sua imagem quanto a de Sophie piscaram, e ele devolveu a pedra ao bolso – e ao fazer isto, Harry sentiu uma coisa pesada cair dentro do seu bolso de verdade. De alguma forma – inacreditável – estava de posse da Pedra.

— E então? – perguntou Quirrell, impaciente. – O que é que você está vendo?

Harry armou-se de coragem.

— Estou me vendo apertando a mão de Dumbledore – inventou. – Ganhei... o campeonato das casas para Grifinória.

Quirrell xingou outra vez.

— Saia do meu caminho. – disse.

Quando Harry se afastou, sentiu a Pedra Filosofal comprimir sua coxa. Será que tinha coragem para tentar fugir? Mas não dera cinco passos quando uma voz alta falou, embora os lábios de Quirrell não estivessem se mexendo.

— Ele está mentindo... Ele está mentindo...

— Potter, volte aqui! – gritou Quirrell. – Diga-me a verdade! O que foi que você acabou de ver?

A voz alta tornou a falar.

— Deixe-me falar com ele... cara a cara...

— Mestre, o senhor não está bastante forte!

— Estou bastante forte... para isso...

Harry se sentiu como se o visgo do diabo o tivesse pregado no chão. Não conseguia mover nem um músculo. Petrificado, viu Quirrell erguer os braços e começar a desenrolar o turbante. Que estava acontecendo? O turbante caiu. A cabeça de Quirrell parecia estranhamente pequena sem ele. Então ele virou de costas sem sair do lugar.

Harry poderia ter gritado, mas não conseguiu produzir nem um som. Onde deveria estar a parte de trás da cabeça de Quirrell, havia um rosto, o rosto mais horrível que Harry já vira. Era branco-giz com intensos olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas, como uma cobra.

Harry Potter...— falou o rosto.

Harry tentou dar um passo atrás mas suas pernas não obedeceram.

Está vendo no que me transformei? – disse o rosto. – Apenas uma sombra vaporosa... Só tenho forma quando posso compartir o corpo de alguém... mas sempre houve gente disposta a me deixar entrar no seu coração e na sua mente... O sangue do unicórnio me fortaleceu, nessas últimas semanas... você viu o fiel Quirrell bebendo-o por mim na floresta... e uma vez que eu tenha o elixir da vida, poderei criar um corpo só meu... Agora... por que você não me dá essa pedra no seu bolso?

Então ele sabia. A sensibilidade voltou repentinamente às pernas de Harry. Ele cambaleou para trás.

— Não seja tolo. — rosnou o rosto. – É melhor salvar sua vida e se unir a mim... ou vai ter o mesmo fim dos seus pais... Eles morreram suplicando piedade...

— MENTIROSO! – gritou Harry inesperadamente.

Quirrell estava andando de costas para ele, de modo que Voldemort pudesse vê-lo. O rosto malvado sorria agora.

— Que comovente... – sibilou. – Sempre dei valor à coragem... É, menino, seus pais foram corajosos... Matei seu pai primeiro e ele me enfrentou com coragem... mas sua mãe não precisava ter morrido... estava tentando protegê-lo... Ela poderia ter fugido, dei essa chance para ela, fuja para sua pequena filha... Mas ela não quis ouvir... Agora me dê a pedra, a não ser que queira que a morte dela tenha sido em vão.

— NUNCA!

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•

 

 

Sophie corria como nunca havia corrido em sua vida. Todo o seu corpo já estava tremendo de dor por aquela corrida, e seu coração estava a mil por hora. Dumbledore estava logo atrás dela. Assim que eles entraram no enorme tabuleiro de xadrez de bruxo, eles viram Hermione arrastando um Rony desacordado. Dumbledore parou para vê-los, mas Sophie não.

 

 

Ela continuou correndo, passando pelo trasgo desacordado e descendo pela escadaria quando escutou uma voz fria e cheia de pesadelo soar no ar com força e raiva:

 

 

— AGARRE-O! AGARRE-O!

 

 

Ela viu com horror Quirrell partir para cima de seu irmão, correu mais rápido.

 

 

— NÃO! – ela gritou em desespero. – DEIXE ELE EM PAZ! – percebendo que teria que ser mais rápida, ela deu um salto. – HARRY! – empurrou o irmão de lado e caiu em cima de Quirrell.

 

 

Eles rolaram pelo chão, Quirrell ficando em cima dela e lhe segurando com força no pescoço.

 

 

Sophie Potter...— sussurrou a voz gélida, que claramente não era do professor.

 

 

Ela segurou as duas mãos de Quirrell fazendo o possível para afastá-las, virando o rosto ela viu Harry caído no chão com as mãos na cicatriz, claramente sentindo dor. Voltando-se para Quirrell, e sentindo mais força por seu irmão, ela deu uma joelhada forte no estômago do bruxo que caiu ao lado dela gemendo, e assim, Sophie viu, que havia um rosto na parte de trás de sua cabeça.

 

 

Chocada, ela virou todo o corpo do professor no chão, ficando em cima dele, e enfim olhando para o rosto de um pesadelo. Olhos vermelhos a encararam.

 

 

— Voldemort... – ela sussurrou assustada.

 

 

— Eu vejo você, Sophie Potter.— disse Voldemort sorrindo. — Oh, eu vejo claramente você... Meu futuro.

 

 

Sentindo um ódio gigantesco correr por suas veias, ela colocou as mãos no pescoço daquela coisa, apertando e batendo a cabeça dele no chão com força. Voldemort apenas gargalhava.

 

 

— MORRE! MORRE! – ela gritava, lágrimas carregadas de desespero e ódio saindo de seu rosto.

 

 

— Eu vou voltar...

 

 

Ela estava tão concentrada e acabar com ele, que não percebeu Quirrell tirando uma adaga de suas vestes, e com precisão e rapidez, torceu o próprio braço, conseguindo acertá-la em cheio na costela. Sophie gritou e caiu para trás, uma dor enorme por todo o seu corpo, dolorosa suficiente para deixá-la tonta.

 

 

Caída no chão, ela viu com a visão confusa, Quirrell se levantar e cair novamente. Dumbledore apareceu, em toda a sua altura em sua frente com a varinha apontada na direção daquele monstro.

 

 

E isso foi tudo que viu, antes de apagar em seu próprio sangue.


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