TO DIE WITH THE SUN; reescrita de harry potter escrita por SWEETBADWOLF


Capítulo 10
Capítulo 10 — O Trio é Formado




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No dia seguinte a aventura com o cão de três cabeças, Sophie e Harry admitiram com bastante felicidade o quão bom havia sido ver o rosto chateadissímo de Malfoy ao ver o Potter mais novo ainda em Hogwarts junto com Rony comendo o café da manhã.

Mas, se ambos fossem bem sinceros, nada se comparava a alegria e adrenalina que sentiram na noite passada. Correndo de Filch e quase sendo mortos por um bicho incrivelmente assustador, foi uma das coisas mais emocionantes que já havia acontecido com eles, e foi incrível. A curiosidade que os atiçava também estava bastante presente em ambas as mentes sobre o que o cão estaria guardando, mas nada que pensavam poderia ser o que estava protegendo.

— Ou é uma coisa realmente perigosa... – começou Jorge.

— ... Ou realmente valiosa. – terminou Rony.

— Ou as duas. – Harry acrescentou. – O que vocês acham, Neville e Hermione?

Nem Neville nem Hermione mostraram o menor interesse pelo que estava sob os pés do cachorro e do alçapão. Neville só estava interessado em quando iria chegar perto do cachorro outra vez. E Hermione, aparentemente estava bastante irritada com todos eles e se recusava a falar com cada um.

Isso decepcionou um pouco a Potter mais velha, pois ela tinha certeza que Hermione seria capaz de ter as idéias certa sobre o que poderia ser.

Quando foi a hora do correio, Edwiges surgiu carregando uma pequena nota a qual entregou para Sophie ao pousar no ombro da ruiva. Sabendo que era de Remus, ela abriu rapidamente e já animada com a possível resposta.

“Moça, seja uma querida e dê uma passada em seu dormitório. Presentes na cama.

Seu adulto favorito, Remus.”

Sophie sorriu e pedindo licença para todos os amigos, e para a coruja em seu ombro que lhe deu uma bicada carinhosa no ouvido e partiu, Sophie correu para o dormitório o mais rápido que podia. Assim que chegou lá, em sua cama ela viu dois grandes pacotes e uma carta em cima de um deles, por mais que já quisesse abrir os maiores, ela se segurou e leu a carta.

“Primeiro de tudo, eu estou extremamente irritado com a ideia desse garoto já estar no time de quadribol! É o primeiro ano dele! Ele é pequeno e magrelo, pelo amor de Deus, um vento forte e ele cai! É muito perigoso e eu estou tanto amaldiçoando aquele veado do seu pai que não cabe mais maldições na minha boca! E aquele cachorro do Sirius também! Os dois são culpados por isso!

Pronto, já deixei claro o quão estou detestando isso. Obrigado.

Agora, você deve estar se perguntando sobre os dois pacotes na sua cama, bem, um deles é seu. Porque, se você achou que eu deixaria você voar nessa vassouras enganosas dessa escola, então você estava muito enganada! Minha afilhada vai voar em uma vassoura boa e segura!

(Eu realmente passei por todos os lugares possíveis para encontrar alguma vassoura com cinto de segurança mas infelizmente não existe. Isso é realmente muito errado, na minha opinião.)

Sendo assim, com bastante esforço e graças a alguns amigos antigos do seu pai relacionados ao quadribol, você tem sua própria e única vassoura feita por Peter Bishop. Realmente única, ela foi feita para você, minha leoa.

Enfim, eu quero ver você voando em uma boa vassoura, afinal, se eu me lembro bem como seu pai voava, então você merece algo a sua altura de talento. Por isso, comprei para você moça. Seja magnífica e acabe com todos eles. Com bondade!

Para o Harry, eu resolvi pegar a Nimbus 2000. O dono da loja disse que seria muito melhor que a outra, então espero que ele goste e que ele seja cuidadoso (é sério, fica de olho nele porque se um vento bater muito forte, ele vai sair voando sem a vassoura e parar na Bulgária). James já jogou como apanhador algumas vezes, e ele era um dos melhores que a escola já teve. Mas, seu amor estava mais em ser artilheiro do que apanhador.

É isso, eu não gosto mas, não vou proibir duas criaturas de James Potter e Lily Evans a fazerem algo que amam. Não sou louco a este ponto, afinal, cria dos dois, são mais teimosas que os pais em níveis assustadores.

Eu te amo, moça. Boa sorte.”

— Eu tenho o melhor padrinho do mundo. – ela sussurrou encantada, agora olhando para os dois pacotes.

Olhando com atenção para eles, ela viu que acima de cada um tinha o nome dela e de Harry. E deixando o do irmão de lado para deixar no dormitório dele depois, ela partiu para o dela e o abriu, seu coração já betendo loucamente no peito de animação.

Ela não foi capaz de impedir o grito ao ver a vassoura mais linda que já havia visto. Aerodinâmica e reluzente com um cabo vermelho falu, a vassoura tinha uma longa cauda de palhas pretas limpas e retas e escrito “LöwinFire” da vassoura escrita a ouro próximo ao punho.

— Meu Deus... Meu Deus... – ela sussurrava totalmente em choque com o que estava vendo em sua frente.

Não era apenas uma vassoura que estava nas vitrines das lojas. Aquela vassoura era única, totalmente única, feita para ela, com o nome em honra dela.

— EU TENHO O MELHOR PADRINHO DO MUNDO! – ela gritou encantada e dando vários pulinhos.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Mais tarde, depois de Sophie ter avisado para Harry que a vassoura dele estava no dormitório e que ela e Olívio estariam esperando por ele às sete da noite no campo de Quadribol; ela havia chegado mais cedo que os dois, capitão e o novo apanhador, segurando a nova e espetacular vassoura pronta para ver como ela seria no céu.

Ela não havia dito para os amigos sobre a nova vassoura, mantendo-a escondida deles para surpreendê-los no dia do primeiro jogo. Mas, ela não perderia a oportunidade de voar com essa belezura nos treinos durante a noite com Olívio, para ajudá-lo nos treinos com o Potter mais novo.

Olhando em volta para ter certeza que não tinha nenhum aluno intrometido por perto, ela subiu na vassoura, respirou fundo para acalmar a excitação que subia em seu sangue, e então deu o impulso. E, oh, a risada que subiu em sua garganta, soando pelo céu enquanto ela voava naquela vassoura foi impossível de conter.

Era uma vassoura rápida, claramente a frente do tempo, e em sincronia com a virada da terra, aquela vassoura era algo saído dos sonhos mais selvagens dos melhores jogadores de quadribol do mundo. Ela era rápida, ela de alguma forma estava em sinfonia com a mente de Sophie, e até mesmo com o corpo dela. O objeto vivo sentia a excitação da  pessoa que voava nela e demonstrava isso de forma atrevida, fazendo com que ela fizesse movimentos que seria impossível de se fazer com as vassouras da escola ou qualquer outra que ela conhecesse.

— SOPHIE!

Com apenas o pensamento de se acalmar, a vassoura parou de forma suave e elegante, Sophie riu e acariciou o cabo enquanto olhava para baixo onde via Olívio dando pulos com Harry ao lado dele segurando a Nimbus 2000. Sorrindo, já animada para mostrar a nova vassoura para o capitão e o irmão, ela partiu até eles, pousando com elegância.

— Isso foi incrível! – exclamou Olívio chegando mais perto dela e com os olhos brilhando na LöwinFire. – Que vassoura é essa?!

— Feita especialmente para mim! – Sophie disse de forma pomposa. – Essa, meus queridos amigos, é a LöwinFire, a única que existe no mundo.

— Uau. – Harry sussurrou tão encantado quanto Olívio olhando para a vassoura vermelha. – Ela é magnífica! E você também, você voa como se pertencesse lá em cima!

— Obrigada, Harry.

— Uma vassoura magnífica para minha artilheira magnífica. – Olívio falou arrogantemente. – Vamos vencer fácil este ano. Uma LöwinFire e uma Nimbus 2000, oh vai ser lindo!

Os dois Potter se olharam e sorriram brilhantemente, eles não tinham dúvidas disso.

— Bem, vamos começar explicando um pouco para você, Harry. – Sophie começou enquanto Olívio se voltava para o baú onde as bolas estavam. – O quadribol é muito fácil de entender, mesmo que não seja fácil de jogar. Tem sete jogadores de cada lado. Três deles são artilheiros.

— Três artilheiros. – repetiu o garoto com bastante atenção.

— Isso. Eu, Angelina Johnsson e Kátia Bell, somos as artilheiras da Grifinória.

Olívio voltou para eles segurando a goles.

— Esta bola se chama goles. – explicou Olívio. – Os artilheiros atiram a goles um para o outro e tentam metê-la em um dos aros para marcar um gol. Dez pontos todas as vezes que a goles passa por um dos arcos. Está me acompanhando?

— Os artilheiros atiram a goles pelos aros para marcar pontos – repetiu Harry. – Então é como um basquete com seis cestas e vassouras, não é?

— Exatamente. – concordou Sophie ao mesmo tempo em que Olívio perguntava:

— O que é basquete?

— Agora, tem outro jogador, um para cada lado, que é chamado goleiro. Olívio é o goleiro de Grifinória. Ele tem que voar em volta dos aros para impedir que o outro time marque pontos. – Sophie continuou.

— Três artilheiros, um goleiro. – disse Harry, que parecia decidido a decorar tudo. – E jogam uma goles. OK, entendi. E essas para que servem? – apontou para as três bolas restantes na caixa.

— Olive vai mostrar. Eu sou péssima com os balaços. – respondeu Sophie enquanto Olívio voltava para o baú.

Ela entregou um pequeno bastão a Harry, meio parecido com um bastão de beisebol.

— Vou lhe mostrar o que os balaços fazem. Essas duas aqui são os balaços.

Ele mostrou a Harry duas bolas iguais, pretas e ligeiramente menores do que a goles vermelha. Harry reparou que elas pareciam estar fazendo força para se livrar das correias que as prendiam na caixa.

— Fique longe – Olívio preveniu Harry.

Ele se curvou e soltou um dos balaços.
Na mesma hora, a bola preta saiu voando e em seguida desceu direto contra o rosto de Harry.

Harry golpeou-a com o bastão para impedi-la de quebrar o seu nariz e mandou-a ziguezagueando para longe – ela passou veloz pelas cabeças deles e, em seguida, atirou-se contra Olívio, que mergulhou sobre ela e conseguiu imobilizá-la no chão.

— Muito bom, Harry. – ela o elogiou.

— Está vendo? – Olívio ofegou, forçando o balaço indócil de volta à caixa e passando a correia para prendê-lo. – Os balaços voam pelo ar tentando derrubar os jogadores das vassouras. É por isso que tem dois batedores em cada time. Os gêmeos Weasley são os nossos. A função deles é proteger o time dos balaços e tentar rebatê-los para o outro time. Então: acha que guardou tudo?

— Três artilheiros tentam marcar pontos com a goles; o goleiro guarda as balizas; os batedores afastam os balaços do seu time – Harry repetiu como um gravador.

— Muito bem.

— Hum... os balaços já mataram alguém? – perguntou Harry, esperando parecer displicente mas claramente falhando.

— Nunca em Hogwarts. Já tivemos uns queixos quebrados mas nada mais sério. Agora, o último membro da equipe é o apanhador. Você. E você não tem que se preocupar com a goles nem com os balaços.

— A não ser que rachem a minha cabeça.

— Não se preocupe, Fred e Jorge são uma parada para os balaços. – falou Sophie batendo levemente nas costas do irmão.

— Claro, eles parecem uns balaços humanos. – comentou Olívio piscando para Sophie que riu.

Olívio então meteu a mão no caixote e tirou a quarta e última bola. Comparada com a goles e os balaços, era pequenininha, mais ou menos do tamanho de uma noz. Era de ouro polido e tinha asinhas de prata que se agitavam.

Esta é o pomo de ouro, e é a bola mais importante de todas. É muito difícil de se apanhar porque é veloz e pouco visível. A função dos apanhadores é agarrá-la. Eles têm que se meter entre os artilheiros, batedores, balaços e a goles para agarrá-lo antes do apanhador do time contrário, porque o apanhador que agarra o pomo ganha para o seu time mais cento e cinquenta pontos, o que praticamente lhe dá a vitória. É por isso que os apanhadores levam tantas faltas. Um jogo de quadribol só termina quando o pomo é apanhado, o que pode demorar uma eternidade. Acho que o recorde é três meses, e precisaram arranjar substitutos para os jogadores poderem dormir um pouco – explicou Olívio. – É isso aí, alguma pergunta?

Harry sacudiu a cabeça. Compreendeu muito bem o que tinha de fazer. Fazer é que ia ser o problema.

— Não vamos praticar com o pomo – disse Olívio, guardando-o cuidadosamente de volta na caixa. – Está escuro demais e poderíamos perdê-lo. Vamos experimentar com outras bolas. E depois vamos brincar um pouco com Sophie para ver o desempenho dela nessa belezura de vassoura.

Ele tirou do bolso um saco de bolas comuns de golfe e alguns minutos depois os três estavam no ar, Olívio e Sophie atirando as bolas com toda a força para todos os lados e Harry apanhando-as. Harry não perdeu nenhuma, e Olívio ficou encantado. Após algumas horas, Olívio e Harry jogavam a goles para Sophie e tentavam apanhar dela, enquanto ela fazia os pontos. Não foi surpresa que ela fez gols a cada poucos minutos.

Passou-se meia hora, a noite chegou e eles não puderam continuar.

— Aquela taça de quadribol terá o nosso nome este ano – disse Olívio feliz quando voltavam cansados ao castelo. – Eu não me espantaria se você se saísse melhor que Carlinhos, e ele poderia ter jogado na seleção da Inglaterra se não tivesse ido embora caçar dragões.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Talvez fosse porque agora andava muito ocupado com o treino de quadribol três noites por semana além dos deveres de casa, mas Harry nem acreditou quando se deu conta de que já estava em Hogwarts havia dois meses. O castelo parecia mais sua casa do que a casa da rua dos Alfeneiros. As aulas, também, estavam se tornando cada dia mais interessantes, agora que dominara os conhecimentos básicos.

Na manhã do Dia das Bruxas eles acordaram com um delicioso cheiro de abóbora assada que se espalhava pelos corredores. E, o que era ainda melhor, o Prof. Flitwick anunciou na aula de Feitiços que, em sua opinião, os alunos estavam prontos para começar a fazer objetos voarem, uma coisa que andavam morrendo de vontade de experimentar desde que viram o professor fazer o sapo de Neville sair voando pela sala. O Prof. Flitwick dividiu a turma em pares para praticar. O parceiro de Harry foi Simas Finnigan (um alívio, porque Neville tinha
tentado atrair sua atenção). Mas Rony teria que trabalhar com Hermione Granger. Era difícil dizer se era Rony ou Hermione que estava mais aborrecido com isso. Ela não falava com nenhum dos dois desde o dia em que escutou sobre a nova vassoura que havia ganhado da professora Minerva.

— Agora, não se esqueçam daquele movimento com o pulso que praticamos! – falou esganiçado o Prof. Flitwick, como sempre empoleirado no alto da pilha de livros. – Gira e sacode, lembrem-se, gira e sacode. E digam as palavras mágicas corretamente, é muito importante, também, lembrem-se do bruxo Barrufo, que disse “s” em vez de “f” e quando viu estava no chão com um búfalo em cima do peito.

Era muito difícil. Harry e Simas giraram e sacudiram o pulso, mas a pena que deviam mandar para o alto continuava parada em cima da mesa. Simas ficou tão impaciente que a empurrou com a varinha e tocou fogo nela – Harry teve que apagar o fogo com o chapéu.

Rony, na mesa ao lado, não estava tendo muita sorte.

Wingardium leviosa!— ordenou, sacudindo os braços compridos como pás de moinho.

— Você está dizendo o feitiço errado – Harry ouviu Hermione corrigir aborrecida. – É Wing-gar-dium levi-o-sa, o “gar” é bem pronunciado e longo.

— Diz você então, que é tão sabichona – retrucou Rony.

Hermione enrolou as mangas das vestes, bateu a varinha e disse:

— Wingardium leviosa!

A pena se ergueu da mesa e pairou a mais de um metro acima da cabeça deles.

— Ah, muito bem! – exclamou o professor Flitwick, batendo palmas. – Pessoal, olhe aqui, a Hermione Granger conseguiu!

Rony estava de muito mau humor na altura em que a aula terminou.

— Não admira que ninguém suporte ela – disse a Harry quando procuravam chegar ao corredor. – Francamente, ela é um pesadelo. É por isso que não tem amigos.

Alguém deu um esbarrão em Harry ao passar. Era Hermione. Harry viu seu rosto de relance – e ficou assustado ao ver que ela estava chorando.

— Acho que ela ouviu o que você disse. – comentou o Potter olhando preocupado para as costas da garota que avançava cada vez maia rápido para longe deles.

— E daí? – retrucou o Weasley, parecendo meio sem graça. – Ninguém mandou ela escutar a conversa dos outros.

Harry olhou com uma careta para o amigo mas não seguiu Hermione para saber se ela estava bem.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


— Castiel você é um salva vidas! – Sophie exclamou abraçando o amigo lufano. – Eu estava quase tendo um ataque sem saber o que fazer com ele.

Castiel sorriu largo para ela enquanto acariciava a juba de Aslan que começava a ficar melhor.

— Sempre bom ajudar, Sophie. Realmente não foi nada, Aslan aqui só precisa tomar cuidado com o que anda comendo. – falou o Collins ainda sorrindo. – Ainda bem que eu estava por perto, caso contrário, até chegar na Ala Hospitalar ele estaria pior.

— Não gosto nem de imaginar. – Sophie disse com um suspiro. – Você, sua criatura peluda, se eu souber que você está indo na Floresta Proibida para comer as bizarrices de lá novamente, a gente vai ter uma conversa séria!

Aslan ronronou triste, ainda sentindo-se doente.

— Manhoso. – resmungou a Potter, mas acariciando a juba do felino.

— Agora ele só vai querer o amor de mãe por um tempo. – Castiel comentou rindo. – Aqui, tome mais de Daslta, caso ele fique ruim novamente, sempre útil.

Sophie pegou o saco de pequenas plantinhas curadoras de dores estomacais para os animais e guardou no bolso.

— Obrigada novamente, Cas, você é um anjo! – ela disse beijando a bochecha dele e sorrindo ao vê-lo corar.

— Não seja exagerada. – resmungou ele revirando os olhos mas de forma carinhosa. – Enfim, como tem estado este ano? Quase não nos falamos.

— A culpa é das lições. Os professores estão achando que somos super humanos para fazer o tanto de lições que estão passando. – Sophie falou cansada. – Mas estou bem, está sendo um ano muito bom eu diria... Só uma coisa não está certa mas... Bem, é a vida, nunca é cem por cento certo.

— Está falando do David? – perguntou Castiel deixando a cabeça cair no próprio ombro, olhando-a com curiosidade.

— Como você...

— Bem, Sophie, vocês viviam interagindo nos horários de comida, onde todos os alunos estavam por perto. É meio óbvio que todos percebessem o seus olhares e brincadeiras. – comentou o Collins com uma sobrancelha levantada para ela. – Acho que chegou até ter uma aposta...

— Uma aposta?! – exclamou a pergunta a ruiva surpresa. – Sobre o que?

— Quem falaria com o outro primeiro. – respondeu o de olhos azuis sorrindo.

— E no que você apostou?

— Que seria ele. – respondeu dando de ombros. – Sinto muito que não houve tempo.

Sophie suspirou e tocou na corrente.

— Eu também sinto muito. – ela sorriu para ele. – Mas, enfim, e você? Como está sendo?

— Bem... Você está olhando para o mais novo artilheiro da Lufa-Lufa, então eu diria que está sendo incrível.

Sophie gritou alegre e abraçou Castiel novamente, realmente feliz pelo garoto.

— Isso é perfeito, Cas! – exclamou ela animada. – Oh! Você vai acabar com o Winchester!

— Sophie, ele entrou ano passado no time da Sonserina, ele é claramente melhor que eu. – retrucou o Collins exasperado.

— Não se subestime, Castiel Cadfael Collins! – ordenou ela apontando o dedo no rosto do garoto. – Você vai ser perfeito!

— Bem, quem sou eu para negar a leoa do quadribol? – ele perguntou sorrindo.

— Isso mesmo. – ela concordou de forma arrogante. – Agora, vamos lá, o campo está vazio hoje, vamos brincar um pouco no céu antes do jantar de Halloween.

O sorriso de Castiel poderia iluminar o céu mais escuro.

 

•°•°•°°•TDWTS•°•°•°°•


Sophie agora estava parada na entrada do Grande Salão observando todos os efeitos para aquela noite. Estava lindo como sempre, mas ela não podia negar a outra parte dela que detestava. Halloween nunca seria o dia favorito dela, francamente a única coisa que fazia ele ser realmente suportável nos dias de hoje era por conta de Aslan, que chegou até ela na noite daquela data.

Mesmo antes de entrar para Hogwarts, ela e Remus nunca comemoravam, fizeram parte do Halloween. Na verdade, aquelas eram as noites em que eles ficavam mais perto um do outro, como forma de proteção contra a noite amaldiçoada.

— Tudo bem?

Sophie se virou e sorriu para Fred que a olhava com preocupação.

— Claro, estou sempre bem, Fred Weasley. – ela respondeu sorrindo. – Vamos lá, estou morrendo de fome.

Assim, os dois entraram e se sentaram ao lado dos amigos. Como sempre, Sophie ficando de frente para Harry, que olhava encantado para a decoração.

— Espere até ver a decoração de natal, consegue ser mais linda. – Harriet comentou sorrindo.

Não muito tempo depois, Aslan, já melhor da dor estomacal, chegou e se sentou ao lado dela – Olívio foi mais esperto e saiu do acento antes que fosse derrubado –. Eles ficaram comendo e conversando tranquilamente quando o Prof. Quirrell entrou correndo no salão, o turbante torto na cabeça e o terror estampado no rosto. Todos olharam quando ele se aproximou da cadeira de Dumbledore, escorou-se na mesa e ofegou:

— Trasgo... nas masmorras... achei que devia lhe dizer.

Em seguida desabou no chão desmaiado.

Houve um alvoroço. Foi preciso explodirem várias bombinhas da ponta da varinha do Prof. Dumbledore para as pessoas fazerem silêncio.

— Monitores – disse ele com voz grave e retumbante –, levem os alunos de suas casas de volta aos dormitórios, imediatamente!

Por um momento, Sophie achou que Percy iria saudar o diretor, mas ele apenas estufou mais o peito.

— Me acompanhem! Fiquem juntos, alunos do primeiro ano! Não precisam ter medo do trasgo se seguirem as minhas ordens! Agora fiquem bem atrás de mim. Abram caminho para os
alunos do primeiro ano passarem! Com licença, sou o monitor!

Sophie revirou os olhos e se levantou, Aslan bem ao lado dela olhando com atenção para todos os lados pronto para atacar quem quer ousasse machucar sua humana.

Andando ao lado dos amigos, Sophie sentia um formigamento atrás de sua mente como se estivesse esquecendo algo realmente importante, porém ela não conseguia se lembrar o que poderia ser.

Chorando...

Alguém estava chorando?

No banheiro chorando...

Alguém estava chorando no banheiro. Quem?

Hermione passou a tarde inteira no banheiro chorando.

— Maldito inferno! – ela exclamou parando e assustando os três amigos com ela.

— O que? O que foi? Cadê ele? – Jorge exclamou assustado olhando em volta.

— Hermione!

— O que tem a Hermione? – Fred perguntou confuso.

— Ela está no banheiro das meninas! Ela não sabe sobre o trasgo.

Eles partiram correndo em direção ao banheiro das meninas, com Aslan os liderando e então, pela segunda vez naquele ano, Sophie bateu de frente com Harry que corria na direção oposta.

— Harry? – a Potter mais velha perguntou confusa.

— O que estão fazendo aqui? – perguntou Jorge ao lado de Sophie, mas olhando para Rony que também estava ao lado de Harry. 

— Estávamos indo atrás da Hermione, mas então encontramos o trasgo no meio do caminho... – começo Harry arfando.

— Sim, e ele entrou naquela sala lá atrás, nós o trancamos. – falou Rony apontando para o banheiro das meninas. 

— Naquela... sala? – Sophie perguntou olhando para onde o ruivo apontava com os olhos arregalados. – E a Hermione? 

— Estamos indo atrás dela agora no banheiro das meninas. – respondeu Harry.

Se a situação não fosse séria, Sophie teria dado uma boa gargalhada. Aqueles dois patetas, um sendo o próprio irmão dela, prendeu o trasgo no banheiro das meninas onde Hermione estava, e agora estavam... Oh como os garotos era estúpidos!

— Seus patetas! – exclamou Harriet assustada. – Aquele é o banheiro das meninas! 

Dito isso, todos correram até o banheiro e ouviram, o grito assustado de Hermione. Fred rapidamente abriu a porta e todos entraram, Hermione estava agachada na parede oposta parecendo que iria desmaiar enquanto o trasgo avançava até ela quebrando todas as pias. Aslan rosnou, em posição de ataque mas Sophie foi mais rápida e com o coração pesado, lançou o feitiço de dormir no leão que caiu desacordado no chão.

— Desculpe, querido. – ela sussurrou, empurrando o leão um pouco mais para longe do banheiro gentilemente. – Você pode brigar comigo depois.

— TEMOS QUE DISTRAIR ELE! – gritou o Potter mais novo pegando pedaços da pia e jogando no enorme trasgo.

Os cinco assim fizeram também.

Ao sentir os objetos na cabeça, o trasgo parou e se virou devagar na direção dos seis que ainda estavam parados a porta. E seus olhinhos brilharam malvados na direção deles. Ele ergueu o bastão que segurava e partiu na direção deles, Fred puxou Rony para o outro lado banheiro, assim como Harriet e Jorge partiram para o outro, os quatro atacando os pedaços quebrados no monstro. Harry e Sophie permaneceram onde estavam, ambos gritando para Hermione sair de onde estava escondida.

— Você precisa sair, Hermione! – Sophie gritou preocupada.

— Vamos Hermione, corra! – gritou Harry para a garota que ainda estava em estado de choque. 

Os outros quatro ainda estavam atingindo o trasgo que agora estava girando sem saber quem atacar primeiro, quando Rony gritou bem alto balançando a varinha. 

— WINGARDIUM LEVIOSA! 

Na mesma hora o bastão voou da mão do trasgo, ergueu-se no ar, foi subindo, subindo, virou-se lentamente – e caiu, com um barulho feio, na cabeça do seu dono. O trasgo cambaleou e, em seguida, caiu de cara no chão, com um baque que fez o banheiro todo sacudir, os dois Potter perderam o equilíbrio e caíram de bunda no chão, próximo ao rosto desacordado do monstro.

Eles se levantaram rapidamente. Tremia sem fôlego. Rony continuava parado com a varinha no ar, espantado com o que fizera, os gêmeos olhavam encantados para o irmão e Harriet ainda segurava um pedaço de pia de forma ameaçadora. 

Foi Hermione quem falou primeiro.

— Ele está morto?

— Não... Acho que só desacordado. – respondeu Harry. – Você está bem?

— Vou sobreviver. – ela respondeu sorrindo levemente.

Harry sorriu de volta. De repente o barulho de portas batendo e passos pesados fizeram os três erguerem a cabeça. Não haviam percebido a confusão que tinham aprontado, mas com certeza alguém lá embaixo ouvira a pancadaria e os urros do trasgo. Um instante depois a Profª Minerva adentrou o banheiro, seguida de perto por Filch e Quirrell, que fechava a fila.

Quirrell deu uma espiada no trasgo, soltou um gemidinho e sentou-se depressa em um vaso sanitário, apertando o peito. Filch debruçou-se sobre o trasgo. A Profª Minerva ficou olhando para os alunos. Sophie e Harry nunca a vira tão zangada. Seus lábios estavam brancos.

— O que é que vocês estavam pensando? – perguntou a Profª Minerva, com uma fúria reprimida na voz. Cada um deles se olharam, Rony que continuava parado com a varinha no ar. – Vocês tiveram sorte de não serem mortos. Por que é que não estão no dormitório?

Filch lançou a Harry e Sophie um olhar rápido e penetrante. Harry olhou para o chão. Desejou que Rony baixasse a varinha.

Então ouviu-se uma vozinha que veio das sombras.

— Por favor, Profª. Minerva, eles vieram me procurar.

— Srta. Granger!

Hermione conseguira finalmente se levantar.

— Saí procurando o trasgo porque achei que podia enfrentá-lo sozinha. Sabe, já li tudo sobre trasgos.

Rony deixou a varinha cair, os gêmeos e Harriet olhavam para ela com os olhos arregalados. Hermione Granger, contando uma mentira deslavada a um professor?

— Se eles não tivessem me encontrado eu estaria morta agora. Não tiveram tempo de chamar ninguém. O trasgo ia acabar comigo quando eles chegaram.

Os Potter, Weasley e Lovegood tentaram fingir que a história não era novidade para eles.

— Bem... nesse caso... – disse a Profª. Minerva encarando os três –, Srta. Granger, que bobagem, como pôde pensar em enfrentar um trasgo montanhês sozinha?

Hermione baixou a cabeça. Sophie perdera a fala. Hermione era a última pessoa do mundo que desobedeceria ao regulamento, e ali estava fingindo que desobedecera, para tirá-los de uma enrascada. Era o mesmo que Snape começar a distribuir balinhas.

— Hermione Granger, Grifinória vai perder cinco pontos por isso – disse a Profª. Minerva. – Estou muito desapontada. Se não estiver machucada, é melhor ir embora para a torre de Grifinória. Os alunos estão acabando de festejar o Dia das Bruxas em suas casas.

Hermione se retirou.

A Profª. Minerva virou-se para o restante.

— Bem, eu continuo achando que vocês tiveram sorte, mas não há muitos alunos do primeiro e terceiro ano que pudessem enfrentar um trasgo montanhês adulto. Cada um de vocês ganha cinco pontos para Grifinória, e para a Corvinal de sua parte Srta. Lovegood. O Prof. Dumbledore será informado. Podem ir.

Cada um deles seguraram os sorrisos enquanto saiam. Do lado de fora, Sophie viu Aslan começar a acordar e foi até ele para ajudá-lo. O leão lançou um olhar irritado para ela, e ela sentiu as bochechas ficarem vermelhas de vergonha.

— Desculpa, querido, eu simplesmente não podia deixar você atacar aquela coisa. – ela disse baixinho para ele.

Aslan bufou, mas lançou um olhar atento para o corpo dela a procura de ferimentos. Quando não encontrou nada, ele encostou o fucinho no nariz dela e saiu andando na frente deles.

— Foi legal ela ter nos tirado do aperto. – admitiu Rony enquanto seguiam o caminho. – Mas não se esqueça, salvamos a vida dela.

— Talvez ela não precisasse ser salva se não tivéssemos trancado a coisa com ela – lembrou Harry.

Tinham chegado ao retrato da Mulher Gorda, Harriet já havia partido para a própria sala comunal.

— Focinho de porco. – disse Sophie.

A sala comunal estava cheia e barulhenta. Todo o mundo estava comendo o jantar que fora mandado para lá. Hermione, porém, estava parada sozinha do lado da porta, esperando por eles. Houve um silêncio constrangido. Depois, sem se olharem, todos disseram “Obrigado” e correram para apanhar os pratos.

Mas, daquele momento em diante, Hermione Granger tornou-se amiga deles todos, principalmente melhor amiga de Harry e Rony. Afinal, há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura é uma dessas coisas.

Mas o grupo estava longe de estar completo.


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