Scream escrita por Mayara Silva


Capítulo 8
The Jacksons - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente ♡ Então... eu sei que eu devia aparecer só nas quartas, mas aconteceram mtas coisas na minha vida pessoal, infelizmente talvez eu não esteja disponível nos dias específicos, por isso eu vou ficar postando quando der, ok? Isso vale pra todas as minhas fics!

Eu também vou postar uma nova já já, pfv acompanhem ♡



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Salão principal, Rancho Santa Fe - 14:10 hrs

 

Michael estava em uma situação crítica. O ferimento no seu braço era, de longe, o mais impactante, pois o objeto cortante emperrou entre a carne e por pouco não danificou o osso, isso sem contar os riscos por infecção. Milagrosamente não foi necessário amputar e o cantor levou apenas alguns pontos. A cirurgia foi feita em um ambiente apropriado, porém, quanto ao resto do tratamento, optou por fazê-lo na casa da irmã. Ele implorou para que sua situação não chegasse nas mídias e nem nos próprios pais, e, por isso, também não quis chamar as autoridades policiais ou sequer contar o que havia acontecido em Neverland. Por mais que Janet implorasse, Michael estava relutante. Ela resolveu chamar alguns dos seus irmãos para que ajudassem na situação, pensou que talvez uma conversa de homem para homem o deixasse mais à vontade para contar. Nem todos puderam comparecer, mas lá estavam Jermaine, Marlon e Tito. La Toya acabou vindo de penetra, estava curiosa. Quando todos chegaram, já haviam se passado 2 dias.

Todos estavam reunidos na sala principal. Michael concordou em contar o que houve, desde que esse assunto morresse entre eles. As crianças não aguentavam ficar por mais de 2 horas longe do pai, então elas estavam junto a ele, na sala, desenhando e se distraindo enquanto os adultos dialogavam.

 

— Meu irmão, foi sua primeira briga.

 

Comentou Tito. Janet suspirou.

 

— A ideia é ajudar o Mike, não parabenizá-lo pelo que quer que seja...

 

— Eu sei, mas, cara… Você foi fazer o quê, enfrentar um ladrão sozinho?!

 

Michael suspirou.

 

— Eu não queria precisar falar sobre isso, mas eu não sei o que fazer. Pela primeira vez… eu não sei. Eu preciso que confiem em mim.

 

— Nós vamos, irmão. Nós estamos aqui.

 

Disse Jermaine, o que fez o cantor arquear a sobrancelha.

 

— Incluindo você?

 

— Opa, opa, não vamos mudar de assunto, tá?

 

Janet interviu. La Toya chegou logo em seguida e abraçou Michael com força, levando o rosto dele ao seu ombro e acariciando os seus cabelos negros.

 

— Onw, irmãozinho! Quem fez isso com você? Conte-nos logo!

 

Janet revirou os olhos ao ver a cena dramática, enquanto Michael sufocava naquele abraço.

 

— Michael, se você não contar, não dá pra te ajudar. Fim de papo.

 

— Eu sei! Só… Vocês vão acreditar em tudo o que eu falar?? Eu preciso que digam que sim!

 

Eles se entreolharam e concordaram. O cantor suspirou mais uma vez, não tinha sentido confiança naquela afirmativa, mas não tinha muito o que fazer.

 

— Okay…

 

Ele passou as duas mãos nos cabelos, enquanto tentava reorganizar seus pensamentos.

 

— Eu estava em casa com as crianças. Todos os funcionários estavam lá, tudo estava normal. Quando… eu vi… um sósia. Oh boy… era um homem parecido comigo, muito idêntico, pra falar a verdade.

 

— Um sósia invadiu sua casa e te atacou?

 

Indagou Marlon.

 

— Putz, até onde vai a loucura de um fã.

 

— Esse era o meu palpite, mas é bem mais complexo do que isso. Ele conseguiu entrar, acho que os seguranças o confundiram comigo, não sei… Ele estava acompanhado.

 

Michael encarou seus irmãos pela primeira vez, o que os fez redobrar a atenção. Os seus olhos negros percorreram por cada um até pararem na caçula Janet.

 

— Ela parecia com você. Ela era idêntica a você.

 

— O quê?

 

— Eles ameaçaram os meus filhos, forçaram os funcionários a irem embora, e… eles tentaram nos matar.

 

De repente, tudo ficou em silêncio. Michael levou as mãos ao rosto, tentando tirar as cenas de terror que havia em sua mente, principalmente as cenas onde os seus filhos corriam perigo. Felizmente as crianças estavam distraídas demais no mp4 e nos desenhos para ouvir aquela conversa.

Tito quebrou aquele silêncio.

 

— A polícia. Vamos chamar a polícia.

 

Disse, num tom de voz sério e decidido, típico de irmão mais velho. Pegou o celular e já ia fazer a ligação quando o seu irmão reagiu.

 

— Não, Tito!! Por favor, não faça isso!!

 

Todos ali se entreolharam, confusos com a reação do irmão.

 

— Michael, um sósia maluco invadiu sua casa. Vamos chamar a polícia! A mídia vai ficar sabendo, mas é melhor do que…

 

— A polícia não vai ajudar… não vai…

 

— Não…?

 

Ele suspirou.

 

— Eu preciso que acreditem em mim. O sósia… ele… ele se transforma em qualquer coisa.

 

La Toya arqueou a sobrancelha.

 

— Qualquer coisa, qualquer coisa? Tipo… um sapato?

 

Marlon deixou uma risada curta escapar, porém se conteve rapidamente.

 

— Um sapato…

 

Michael estava congelado, os encarando com incredulidade. Ele realmente não esperava que eles acreditassem, contudo também não imaginava que fossem brincar com isso. Ele e seus filhos estavam feridos fisicamente e isso era mais do que suficiente para provar que algo aconteceu naquela casa, algo sério.

 

— Sim… e vocês não acreditam.

 

Ele murmurou. Janet estava confusa, mas tentou fazer o irmão continuar falando, queria ver até onde esse assunto iria.

 

— Eu acredito, Mike. No que ele se transformou? O que aconteceu?

 

— Tá falando sér…!

 

Marlon levou uma cotovelada no braço e percebeu que deveria ficar calado. Michael prosseguiu.

 

— Bom, primeiro, ele se transformou em mim… com a mesma roupa e tudo. Depois, tentou copiar os meus filhos. Ele também se transformou em um carro, e depois em uns objetos afiados. Ele transformou a própria mão em uma serra circular e cortou o meu braço.

 

Todos ficaram em silêncio, sem entender absolutamente nada. Eles estavam acostumados com os devaneios do irmão, mas sabiam que, dessa vez, isso não era comum.

Janet continuou tentando arrancar mais informações, já estava na hora de falar a mesma língua.

 

— Hum… É tipo o T-1000 do…

 

— … Exterminador do Futuro 2! Isso! Você acertou em cheio, não tem descrição melhor.

 

Um pouco satisfeito por ter ao menos um apoio naquela sala, Michael se levantou e se sentiu mais confortável para contar os demais detalhes.

 

— Acho que a sósia da Jan não tem essa habilidade, mas o meu sósia tem. Se chamarmos a polícia, uma carnificina pode acontecer. Eu nem sei se arma de fogo é capaz de destruir uma criatura como aquela, pelo menos no filme não era.

 

— Tá… e o que você quer que a gente faça, então? Se a polícia não é páreo, porque nós, civis, seríamos?

 

Indagou Marlon. Jermaine prosseguiu.

 

— É, Michael. Se quer meu palpite, de coração, a ideia não é crível. Se formos explicar isso pra alguma patente maior que a polícia… não sei… as forças armadas, eles iriam rir da gente.

 

— E eu não vou quebrar minha unha com esses marginais que roubaram a sua casa.

 

Comentou La Toya, cruzando os braços. Tito comentou em seguida.

 

— Que você se machucou, isso não dá pra negar, mas vamos trabalhar com a hipótese de que sua casa foi invadida, tudo bem? Talvez ele tenha te golpeado muito forte e você imaginou essas coisas...

 

— Não, Tito! Eu vi os meus filhos quase morrerem na minha frente! Eu não posso ter imaginado isso!

 

Janet cruzou os braços e começou a pensar naquela história maluca. Ela percebeu como tanto seu irmão quanto seus sobrinhos estavam alterados pelo que aconteceu há 2 dias atrás, sabia que não podia ter sido um simples incidente, mas confessava que as palavras do Michael eram pouco palpáveis, eles jamais conseguiriam ajuda de terceiros se o depoimento dele continuasse assim.

 

Logo, começou a caminhar lentamente pela sala, tentando decifrar o que seu irmão havia dito, tentando interpretar o que significava tudo aquilo, porque mesmo ela não conseguia acreditar. Porém, enquanto ouvia as vozes dos seus irmãos discutindo ao fundo, Janet passou pelo seu pequeno sobrinho Blanket que estava rabiscando em alguns papéis que ela havia cedido. Ele tinha lindos e longos cabelos negros, e, quando os virou para o lado, a mulher teve uma visão privilegiada de sua arte.

Era um homem de preto, a pele era tão clara que ele sequer se deu o trabalho de pintá-la. Os cabelos negros foram rabiscados com agressividade e a roupa parecia pontiaguda. Seu rosto era de um aspecto cruel, parecia furioso, e, no lugar de sua mão, havia um círculo com pontas de metal. No lado direito do papel estava o que parecia ser o Michael, com o semblante triste e coberto com muito giz vermelho. Janet sentiu um arrepio intenso e desconfortável na pele ao reparar naquele desenho, como se o seu próprio sobrinho estapeasse seu rosto e lhe mandasse acreditar neles.

 

— Olha, se você contar essa história pra a polícia, vai ficar difícil, né, mano?

 

— E vocês acham que eu não sei? Por que vocês acham que eu pedi pra que essa história morresse com a gente?!

 

— Ei, calem a boca!

 

Exclamou Janet. Ela se aproximou dos irmãos antes que todos ali se estapeassem. Michael não era de briga, mas estava tão alterado que mesmo ela teve esse receio.

 

— Michael, vamos pra polícia, você e eu, nós vamos resolver isso. Meninos, La Toya, muito obrigada de verdade, mas a gente só vai conseguir se resolver por lá mesmo.

 

— Janet!

 

Michael protestou, mas sua irmã também lhe socou o braço, e, para piorar, o que estava se recuperando, o que o fez soltar um gemido de dor e entender imediatamente que precisava ficar calado.

 

— Era só falar…

 

— Eu vou resolver isso. Não sei nem por que eu incomodei vocês…

 

— Que é isso… Se o Michael tá com problema, não incomoda em nada. Você tem certeza que não vai precisar de ajuda?

 

Indagou Tito. Ela assentiu.

 

— Eu tô no controle.

 

— Okay. Nos deixe informados, tá?

 

Pediu La Toya. A mulher assentiu e conduziu os irmãos até a saída. Michael estava desconfiado sobre aquela mudança brusca de comportamento, sua irmãzinha estava tramando alguma coisa.

Assim que todos se retiraram, ela retornou até o seu irmão, o olhar selado no seu.

 

— Eu acredito em você.

 

Michael não conseguiu disfarçar um sincero sorriso de alívio. Logo, Janet começou a caminhar de um lado para o outro.

 

— Se a gente não pode chamar a polícia, então vamos nós mesmos resolver isso.

 

— Quer ir a Neverland? Janet, eles quase nos mataram…

 

— Tem um plano melhor? Vamos deixar as crianças aqui, com os empregados, e vamos enfrentar esses cosplays do inferno.

 

O cantor estava relutante, mas não conseguia pensar em nada melhor. Ninguém acreditaria neles, insistir na ajuda de terceiros só daria mais um motivo para que ele virasse alvo de chacota, como sempre faziam consigo. Todavia, arriscar sua irmã nesse plano lhe incomodava bastante, ele sabia bem o que enfrentariam.

 

— Promete que vamos fugir se a coisa ficar muito feia?

 

— Michael…

 

— Janet…

 

A mulher o encarou com um olhar fatigado.

 

— Okay, como quiser, mas não vamos ceder logo nos primeiros minutos, hein? Se é pra lutar, vamos vencer.

 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:

Mercúrio deu ombros e continuou a observar as imagens das capas.

— Hum… é, albacorianos têm tendência a não mudar muito mesmo. A não ser que ele seja um poliotiano, já pensou?

[...]

— Se você for poliotiano, eu não vou conseguir te matar por fora…

Ele murmurou, em seguida desviou o olhar para o próprio braço e começou a brincar com o seu poder. [...]

— … mas vai ser um prazer tirar a prova… Jackson.



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