Missão Cupido escrita por annaoneannatwo, Kacchako Project


Capítulo 6
A missão - Parte 2




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Ochako se divide entre manter-se o mais estoica que consegue, tentando bancar a patinadora profissional enquanto desliza suavemente ao lado do Bakugou, e dar risada cada vez que o garoto olha feio pra ela quando se desequilibra. Ela não quer rir dele, parece errado considerando o esforço que ele tá fazendo em nome de seus amigos —  ela incluída —  mas… é difícil, ver o garoto explosivo que é amplamente conhecido por ser bom em basicamente tudo que faz parecendo um gatinho tentando se equilibrar num lago congelado é engraçado, e Ochako não contém uma risadinha quando os joelhos do Bakugou tremem, ameaçam ceder até que… ele não cai, balança um pouco, mas não cai.

—  Tá rindo de quê, sua maldita?

—  Nada, nada! Você só… não precisa se concentrar tanto. —  ela se aproxima, levando uma mão na direção dele, que estreita os olhos em suspeita —  Eu não vou usar minha individualidade em você! Eu só… —  Ochako leva a mão à lombar dele, empurrando gentilmente —  Coluna reta, se curvar só deixa mais difícil, flexiona os joelhos um pouquinho e… —  ela vai conduzindo-o com delicadeza, até que por fim o solta e observa ele se mover algumas passadas sozinho —  Isso! Muito bem, Bakugou-kun!

—  Vai se foder. —  ele resmunga, parando logo depois. A postura ainda está meio torta, mas ele parece estar se equilibrando bem mais —  Tsk, por que esses com as rodinhas de carro são assim? Não são os outros que deviam ser mais difíceis?

—  Rodinhas de carro…? Ah tá, você tá falando do modelo quad… bom, eles são mais fáceis de se equilibrar, mas não pegam muita velocidade, por isso você tem a impressão de que não tá aprendendo rápido. O tipo inline, que tem as rodinhas alinhadas numa fila só vão muito mais rápido, mas é mais difícil se equilibrar. Você estaria voando pela pista, mas… com certeza ia cair muito mais.

—  O caralho que eu ia! —  ele ajusta sua postura —  E como raios você sabe tanto disso?

—  De patins? Ah... Eu tinha um emprego de meio-período na época do Fundamental, e tinha que usar patins pra servir as mesas e tal. Aí acabei aprendendo. Eu nem era muito boa, ainda não sou, mas consigo andar mais rápido agora que melhorei minha resistência a movimentos bruscos com minha individualidade.

—  Você quer usar patins pra trabalhar de heroína? —  ele questiona como se fosse um completo ultraje ao trabalho de herói. Ochako entende que é porque ele não sabe andar, então acha a ideia absurda. Ela talvez acharia também… se sequer tivesse pensado nisso antes.

—  Nunca nem passou pela minha cabeça… —  ela admite —  Mas… não seria má ideia, eu me moveria mais rápido no chão e conseguiria pegar alguém de surpresa mudando minha trajetória…

—  Só acoplar umas rodinhas naquelas botas feias que você usa. —  ele dá de ombros.

—  Sim, eu… Ei, minhas botas não são feias! —  ela se dá conta do que ele disse e o olha feio.

—  Parece um par de bexigas, você já tem essa cara redonda, já é tudo redondo, fica parecendo um balão gigante voando por aí!

—  O q- eu não pareço um… ah, e você com esse cabelo espetado, aquela máscara, tudo… fica parecendo um… um… estalinho ambulante!

—  Um o quê?

—  Estalinho! 

—  Ah é? Pois você vai ver só, sua cara de lua maldita, eu vou- —  ele bem na direção dela, Ochako patina graciosamente na direção contrária, alternando os pés de maneira tranquila. Ela olha pra trás e o encontra muito mais perto do que o esperado, então acelera um pouco e troca de direção. A garota já imagina que ele não conseguiu controlar a velocidade para mudar de rumo e se estabacou no chão, mas ao olhar pra trás de novo, ela percebe que não.

Ochako continua costurando a pista, evitando as partes mais movimentadas para não correr o risco de esbarrar em ninguém. Nenhuma das pessoas está andando rápido como ela, mais concentradas em curtirem a música pop tocando ao fundo ou só patinando devagarinho ao lado de alguém… não são só a Kyouka e o Kaminari num encontro aqui hoje, aparentemente, e ela não se perdoaria se atrapalhasse o clima entre qualquer pessoa enquanto foge do Bakugou, e ele… ué?

Olhando pra trás, ela não o encontra. Cadê ele? Ah não, será que caiu e ela nem viu? Será que trombou com alguém? Ou será que ele… uma ideia muito boba lhe passa pela cabeça, e Ochako de repente se pergunta se ele não ficou simplesmente de saco cheio e decidiu ir embora. Ela não acha que seja muito a cara dele fazer isso, e até seria capaz de entender, deve ser chato ficar aqui fazendo algo que ele nem tava a fim de fazer de verdade, mas… a ideia de ele só ir embora lhe deixa meio chateada, sabe-se lá o porquê.

—  Te peguei. —   uma voz rouca surge bem em frente a ela, e Ochako dá um pulinho pra trás quando volta se virar pra frente, encontrando o Bakugou parado bem ali, dando um de seus sorrisos triunfantemente maníacos.

—  B-Bakugou-kun! Você… você tá aqui!

—  Hã? —  ele franze o cenho.

—  Você… digo, como você- —  ela olha pra trás de novo, tentando entender como ele apareceu bem em sua frente se era ela quem estava na dianteira antes.

—  Você tava toda se achando zanzando pra lá e pra cá, eu só vim em linha reta pelo outro lado, idiota. —  ele ri desdenhosamente, agora com certeza sendo ele quem tá se achando.

—  Ah é? —  mas Ochako não encara isso como uma derrota, ela apenas sorri e se inclina na direção dele.

—  Tsk, qual é a sua? —  ele recua um pouco, com certeza esperando por uma reação um pouco diferente vindo dela.

—  Você tá andando de patins. —  ela observa o que nem ele parecia ter notado ainda, a julgar pelo modo como olha pros próprios pés e depois pra pista como um todo —  Sabia que você ia pegar o jeito rapidinho, mas é incrível como é mais rápido quando é na força do ódio, né?

—  Tanto faz. —  ele murmura e desvia o olhar —  Suas botas ainda são feias. —  e dispara rumo ao lado oposto quando ela o olha feio e sai patinando atrás dele.

E assim eles seguem por um bom tempo, até que ambos meio que esquecem porque estavam se perseguindo pela pista —  quer dizer, ela não esqueceu que ele falou mal da roupa de heroína dela, mas optou por deixar pra lá depois de um tempo, mesmo que tenha continuado nessa brincadeira aleatória de pega pega sem qualquer objeção —  e se apoiam contra a barra de segurança que contorna toda a pista, ambos ofegantes e olhando para os patinadores que continuam a deslizar despreocupadamente.

—  Sabe… não que patinar seja um hobby que todo mundo tem, mas… nunca imaginei que você não saberia. —  ela diz depois de se recuperar um pouco.

—  É minha obrigação saber agora?

—  Não, claro que não. Mas é que… é como eu falei, você é tão bom em tudo, então sei lá, eu meio que imaginei que você só… sabe fazer qualquer coisa.

—  “Qualquer coisa” é muita coisa, Cara de Lua. —  ele responde, e não é bem o que ela estava esperando. Ochako imaginou que ele entraria na defensiva e diria algo do tipo “É lógico que eu sei fazer tudo, só preciso tentar pelo menos uma vez pra ficar bom” e ela não conseguiria discordar, mas não, ele disse indiretamente que existem muitas coisas no mundo e, sendo muitas, devem ter algumas que nem mesmo ele sabe fazer. Ochako o observa atentamente, e isso acaba por fazê-lo questioná-la —  Que foi?

—  Você… mudou bastante. —  é o que ela conclui diante da última resposta dele —  Do que eu me lembrava do nosso primeiro ano e… das poucas vezes que a gente conversou. 

—  Já você não mudou nada.

—  Você acha? —  isso também a pega de surpresa, não só porque ela não sabe o que ele quer dizer, como também não imaginava que ele sequer teria parâmetro pra avaliar a personalidade dela. 

Eles nunca conversaram muito, e nas poucas vezes em que se falaram de fato, o assunto sempre foi o mesmo: Deku. A iniciativa quase sempre partiu dela, Ochako sempre percebeu que o que parecia ser um ódio sem fundamento por parte do loiro tinha raízes em algo diferente, quando ela disse isso pra ele, apontando que parecia que o Bakugou tinha medo do Deku e de seu crescimento, nem a própria acreditou na própria honestidade, e passou dias pensando que era melhor ter ficado quieta. Quando o Bakugou por fim pediu desculpas pro Deku na frente de todo mundo e assumiu exatamente isso, a garota ficou mais tranquila por saber que não estava tão errada. A forma dela de ver o loiro explosivo não mudou, mas com certeza a fez respeitá-lo ainda mais. Não deve ter sido fácil pra ele, e ele segue crescendo e se mostrando mais e mais confiável a cada dia.

Esse encontro é a maior prova disso, não é?

—  Tsk, aquieta o cu aí, vai. —  ele estala a língua e a traz de volta à realidade.

—  Hã?

—  Não acho que você mudou nada, mas isso não é uma coisa ruim.

—  Ah… ah, eu não tinha pensado assim, de verdade. —  ela balança a cabeça.

—  Melhor mesmo. 

—  Você achou que tinha me magoado agora? —  ele a olha com um misto de raiva e surpresa, o que a faz rir —  Tá tudo bem, tudo mesmo! Até porque você acabou de dizer que eu não mudei e isso é bom, né?

—  Não vai se achando, Cara de Lua. Você ainda tem a mesma cara redonda e é a mesma boba alegre que cresce pra cima só de mim, só isso.

—  Ok, ok… —  ela ergue as mãos como se estivesse se rendendo —  Mas eu… eu tô realmente feliz que você não me odeia, Bakugou-kun.

—  E por que caralhos eu te odiaria?

—  Ué, porque… —  ela gesticula pro ar, tentando apontar na direção em que acha que o Kaminari e a Kyouka estão —  É culpa minha, eu não disse a verdade quando tive a chance, me acovardei… foi errado.

—  E daí? Se a gente sair odiando todo mundo por causa de toda besteira que fazem, aí- enfim, para de bobeira. —  ele não conclui o pensamento, mas não precisa. Se qualquer besteira fosse motivo para odiar alguém, ele seria muito odiado, é o que o Bakugou quer dizer. Realmente, ele mudou muito.

E isso também não é uma coisa ruim.

 

***

 

Tsk, que porra tá acontecendo aqui?

O plano não era esse. Katsuki não tinha a mínima intenção de deixar um desses trouxas descobrirem que ele não sabe —  ou não sabia —  andar de patins, a ideia era só enrolar um tempinho até os dois bobocas da Orelhuda e do Pikachu ficarem ocupados demais e se mandar daqui, depois mudou um pouco porque um fodido inventou de querer passar a mão na Cara de Lua e ele meio que se viu na necessidade de não fazê-la perder a viagem, mas isso não incluía ele mesmo botar os patins no pé e sair brincando de pega pega com a Uraraka, e com certeza não incluía ficar de papo com ela depois de ambos terem se cansado de deslizar por aí.

O plano não incluía ele se divertir com essa palhaçada toda, principalmente com ela querendo dar uma de esperta e tentar analisá-lo exatamente como fez aquela vez no primeiro ano deles. Uraraka tem dessa de estar sempre por perto, ele sempre a nota por aí, mas não é sempre que a atenção dela se volta diretamente pra ele. Quando acontece, normalmente é algo relacionado ao Izuku, a estranha amizade cheia de percalços que os dois têm, percalços que ela sempre percebeu e nunca teve a mínima decência de não apontar, apontar na cara dele “Ó, tá errado isso aqui, hein? Tem certeza que é assim que você quer tratá-lo?”. É isso que ela faz, fica de risadinha nos seus arredores, mas quando é pra falar com ele, não se intimida, sempre é direta, e o deixa completamente perdido. Hoje não tá sendo diferente.

Ou talvez esteja, porque não tá incomodando tanto quanto o de costume. Por mais que o irrite, mais uma vez ela tá certa na leitura que fez dele: Katsuki mudou. Só isso explica ele topar ir na onda dessa menina tão facilmente.

Uraraka ajeita a franja, provavelmente procurando sinais de suor que poderiam ter bagunçado seus cabelos, e ajeita sua postura sobre os patins.

—  Eu preciso ir no banheiro. —   é o que ela diz depois de olhá-lo por alguns segundos.

—  É, eu também. Tá com sede?

—  Um pouco. Vi que tem um bebedouro ali perto dos armários.

— Ou a gente pode sentar naquela lanchonete ali fora. —  ela não responde, e talvez seja só impressão, mas ele nota as bochechas dela um pouco mais vermelhas que o normal —  Ou você já quer ir embora?

—  Oh… é verdade, a gente… —  ela olha ao redor, procurando a Orelhuda e o Pikachu —  A gente ia embora assim que os dois se entendessem, né? Você tá vendo eles?

—  Não.

A verdade é que ele nem se lembra qual foi a última vez que checou onde estavam os outros dois. Katsuki acha que se lembra que foi um pouco antes de sair patinando pra pegar a Uraraka, mas não tem certeza. Ele ficou tão entretido em ir atrás dela e depois em vê-la vindo com tudo atrás dele que acabou se esquecendo de verificar se o cabeçudo do Kaminari já não tinha fodido com tudo.

A julgar pela cara da Uraraka de leve pavor, ela também acabou se esquecendo. Isso o faz sentir uma inesperada e estranha satisfação. Ele queria que ela tacasse o foda-se por conta do que aconteceu no trem, mas não achou que iria conseguir fazê-la parar com o chororô sobre ser culpa dela eles estarem aqui e o escambau. Katsuki tá um pouco contente por tê-la feito se concentrar só nele por todos esses minutos.

—  Será que eles já saíram? —  ela pergunta.

—  Acho que sim. —  ele não consegue ver nenhuma cabeça loira ou roxa por entre as pessoas que passeiam pela pista —  Vai ver eles foram comer alguma coisa, o Pikachu não dá conta de ficar fazendo muito esforço por aí por muito tempo sem querer comer ou beber alguma coisa, aquele molenga do caralho.

—  Não fala assim dele. —  ela o repreende fracamente, ainda olhando ao redor —  Vamos procurá-los na lanchonete?

—  Tá. —  Katsuki concorda, e os dois se retiram da pista. 

Ele fala pra Uraraka sentar em uma das banquetas e esperar que ele pegue as coisas deles no armário. Patinar na superfície um pouco menos lisa que a da pista acaba por ser inesperadamente mais fácil, e ele olha pra onde a Uraraka tá pra ver se ela está olhando. Não tá, e isso é bom, ele não a quer reparando no jeito meio desengonçado dele de andar nessa merda. Tsk, ela deve se achar muito esperta porque praticamente o forçou a aprender, e Katsuki não quer dar essa satisfação pra essa Cara de Lua maldita.

Ele volta com seus pertences, e ambos são rápidos em tirarem os patins e calçarem seus sapatos. O loiro a observa de canto de olho rapidamente, não sabendo o porquê, mas sendo incapaz de desviar o olhar quando a vê apoiar a perna sobre o banco para amarrar seu tênis, o shorts dela tá mais curto ou ele que não tinha reparado antes? Dá pra ver toda a extensão da coxa e a leve curva que leva ao…

Tsk, que diabos ele tá fazendo? Katsuki balança a cabeça e se levanta quando termina, nem olhando pra ela quando fala pra eles irem logo. 

Por conta da pista ser em um galpão fechado, não dava pra ter noção de como tava o céu aqui fora, e ele não consegue não franzir o cenho quando sai e nota que tá um pouco escuro demais pra esse meio de tarde. Nuvens cinza claro cobrem o puta sol forte que tava fazendo quando eles chegaram, o que dá a impressão de ser um pouco mais tarde do que realmente é.

— Nem sinal deles. —  Uraraka diz, olhando para as mesas da lanchonete —  Vou ligar pra Kyouka-chan.

—  E se eles tiverem ido pra outro lugar pra ficarem sozinhos?

— Oh… eu não tinha pensado nisso… —  ela parece um pouco envergonhada.

—  O Pikachu deve ter pensado num outro rolê pra ficar a sós com a Orelhuda. —  é a cara do panaca fazer algo assim. Se o encontro desse muito certo, ele daria um jeito de dar um perdido com a Orelhuda. Katsuki acha meio babaca, mas que se foda! O intuito dessa palhaçada toda era o encontro dar certo, então é melhor que dê certo mesmo.

—  E eu não quero atrapalhar, se for esse o caso, mas… será que tá tudo bem mesmo? A Kyouka-chan tava nervosa justamente por ter que ficar sozinha com o Kaminari-kun…

—  Ela enfia um daqueles plugues na orelha dele antes que o idiota tente fazer qualquer besteira. Não que ele fosse fazer besteira também, ele não é tão burro assim. —  e o Pikachu gosta mesmo dela, com certeza nem tentaria algo se percebesse que a Orelhuda não tá a fim. Só então Katsuki nota o que acabou de falar, e quer se esmurrar por fazer a Uraraka lembrar do fodido do trem. Aargh, que merda! —  Só… não precisa se encucar com nada, Cara de Lua.

—  Sim, você tem razão. Acho que a Kyouka-chan teria me mandado mensagem pedindo pra gente ir encontrá-los se ela realmente não quisesse ficar a sós com ele. Mas não tem nada. —  ela balança seu celular cor de rosa —  Bom, então… acho que nossa missão acabou, podemos voltar.

—  Você não falou que tava com sede?

—  Hum? Ah é… um pouquinho.

— Não tá com fome também? —  ele não tem certeza se a viu almoçando antes de eles se encontrarem pra irem até a estação. Mesmo se ela tiver comido, isso já tem algumas horas, ele já tá ficando com fome. Agora, se ela nem almoçou… pior ainda! —  Vem, bora comer alguma coisa antes de puxar o carro.

—  M-mas… tem certeza, Bakugou-kun?

—  Se a gente voltar agora, leva uma meia hora até chegar na U.A. A gente tá na frente de uma lanchonete, porra, então melhor comer agora.

—  Bom… é verdade, a gente já tá aqui, né? —  ela acena e sorri, e eles se encaminham à lanchonete.

—  A gente tá com um combo promocional pra casais. —  o atendente, que parece ter quase a mesma idade deles, informa de maneira monótona enquanto aponta pra um combo de dois hambúrgueres, duas batatas e um copo gigante de refrigerante.

—  A-ah, a gente não- —  ela começa a gaguejar e balançar as mãos.

—  Pode me ver um desses. —  mas Katsuki a ignora e já puxa a carteira.

—  B-Bakugou-kun! O que você- a gente não pode- a gente não pode mentir assim.

—  Olha bem pra cara daquele garoto e vê se ele se importa se a gente é ou não é um casal de verdade. —  ele aponta pro atendente olhando com absoluto tédio pra máquina em sua frente enquanto registra os pedidos.

—  M-mas… você vai pagar?

—  Vou, ué. É um combo, tenho que pagar tudo.

—  N-não, você não pode! Eu não posso deixar, eu… —  ela balança a cabeça veementemente.

—  Tsk, para de dar chilique, Uraraka. O combo é mais barato, não é isso que importa? —  ele questiona, lembrando de como ela sugeriu que eles dividissem o armário justamente pra economizar, então por que esse piti todo agora? Ela parece concordar, e por fim vai se acalmando.

—  Eu… depois eu te pago, então. —  ela diz baixinho, encarando-o com firmeza.

—  Tá, tá. —  não faz a mínima diferença pra ele, mas o loiro sabe que ela não vai aquietar enquanto não lhe pagar, foda-se.

Os dois por fim vão se sentar em uma das mesas do lado de fora, já que, mesmo nublado, tá calor pra caralho. Ao olhar nas mesas ao redor, Katsuki vê que outras pessoas também pediram o tal combo, e é só quando vê dois garotos numa mesa ao lado se inclinando pra alcançarem seus canudos dentro do mesmo copo gigante que ele entende porque a Uraraka tava entrando em pânico, não era só por causa do dinheiro.

Porra, será que tá parecendo que eles tão mesmo num encontro?


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Notas finais do capítulo

Uhhhh será que tá parecendo? E o que será que aconteceu com a Jirou e o Kaminari, hein?

Lembrando que essa é uma short fic em parceria com o Kacchako Project, que está com inscrições abertas para beta, capista, escritor e helper. Caso tenha interesse em se juntar a nós, só me chamar PV que eu explico direitinho como faz pra participar.

Espero que esteja curtindo! Próximo capítulo sai em duas ou três semanas!



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