ORDO DEORUM - O Legado Divino escrita por luniwrites


Capítulo 6
Capítulo VI - Arthur


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha! Como vocês estão? Espero que estejam bem!
Venho aqui deixar um capítulo narrado do ponto de vista do meu querido Arthur Cervero, espero que gostem!
Ah, e eu peço que leiam as notas finais, tenho algo importante a falar com vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803116/chapter/6

Arthur Cervero corria a toda velocidade, tentando alcançar a fera que tinha escapado.

Olhando na direção pela qual o animal fugiu, o garoto conseguiu ver um grupo parado de pé. Ele tentou gritar, mas era tarde.

Um deles foi derrubado.

Arthur continuou correndo e logo os alcançou.

— Lupi! Cão-infernal malvado, sai de cima do Luciano!

Lupi, o cão-infernal de quase dois metros de altura, olhou para Arthur com as orelhas caídas e choramingou.

— Lupi! Levanta agora! — Mia falou ao lado de Arthur, com a respiração descompassada.

Derrotado, Lupi se levantou e caminhou em direção à dona, que o acariciou atrás da orelha. Arthur se virou para Luciano e estendeu a mão em sua direção.

— Quer uma ajudinha?

O mais velho o olhou e suspirou, segurando em sua mão, no que Arthur o ergueu sem muita dificuldade.

— Desculpa, Luciano. — Mia pediu.

— Tudo bem, sei que o Lupi não fez por mal. — Ele deu de ombros.

Arthur sorriu, contente por ter recuperado o cão e por saber que Luciano estava bem, quando olhou para trás do garoto e viu o grupo ali de pé. De todos os cinco, ele apenas reconheceu dois.

— Erin! Tristan! Pensei que estivessem caçando aquele ciclope que tava rondando a região.

— E a gente tava, Tutu. — Tristan respondeu. — Mas o bendito ficou fugindo o dia todo, aí a gente foi parar quase que no centro da cidade.

— É, e apareceu uma harpia e tudo mais no meio do caminho. — Erin acrescentou.

— E nós encontramos uns novatos pro acampamento. Estavamos apresentando eles ao lugar quando o Lupi decidiu fazer uma surpresinha. — Tristan sorriu, e Arthur voltou a observar os recém chegados.

Atrás de Luciano estava um rapaz negro com algumas manchas claras pela pele. Ele era alto e os longos dreads o deixavam muito bonito. Ele parecia extremamente nervoso enquanto olhava na direção de Lupi, com os olhos arregalados.

Ao lado de Tristan estava uma menina que era um pouco mais alta que Arthur, o que não era lá algo muito difícil, visto que o garoto tinha pouco mais de um e sessenta de altura. A menina tinha o rosto repleto de sardas e os cabelos castanhos eram curtos. Sobre o ombro dela estava um tipo de pássaro que Arthur nunca vira antes, parecia até ser de mentira por conta das dimensões exageradas dos olhos e da boca.

Mais ao fundo do grupo estava um garoto com longos cabelos loiros. Ele parecia nervoso, quase desconfortável. Arthur imaginou que ele estivesse nervoso com aquilo tudo, e o deu um sorriso, tentando animá-lo. O garoto olhou para Arthur e desviou o olhar, olhando para o chão.

Uma parte de Arthur, a parte otimista, imaginou que fosse só nervosismo. Já a outra, imaginou que ele desviara o olhar por conta das enormes cicatrizes no rosto dele, ou até mesmo por conta de não ter um dos braços.

Arthur tentou focar na parte otimista.

— Sejam bem-vindos! Sei como tudo pode ser muito confuso no início, mas depois de um tempo vocês se acostumam, eu prometo. — Ele sorriu, tentando ignorar seus pensamentos.

— Mia! Arthur! Cês conseguiram segurar o sarnento? — Uma voz aguda e infantil falou e Arthur se virou, dando de cara com Agatha.

A menina se aproximava deles com passos rápidos, enquanto tentava regular a respiração. Ela parou de pé ao lado de Arthur, que parecia um gigante ao seu lado. 

Agatha tinha pouco mais de dez anos e era uma garota pequena, tendo pouco mais de um metro e trinta. Seu braço direito era repleto de cicatrizes, das quais ela nunca falava sobre, e o esquerdo estava rabiscado com o que devia ser caneta permanente preta, imitando tatuagens.

— Agatha, não fala assim dele! — Arthur repreendeu a menina, que olhou para ele fazendo bico.

— Deixa eu apostar, ele tava fugindo de você, né Agathinha? — Erin perguntou a ela com um sorriso.

— Não é culpa minha que ele é um medroso! Eu só precisava de um pouco do pêlo dele pra testar umas paradas. — Ela sorriu, um sorriso bizarro que faria Arthur estremecer se já não tivesse se acostumado com o jeito excêntrico da menina.

— Só que você não falou nada que ia arrancar o pêlo dele! Eu achei que você fosse cortar só uns fios, por isso que deixei. — Mia disse à ela. — Se eu soubesse que ia machucar o Lupi não teria deixado.

Agatha cruzou os braços e revirou os olhos, quando olhou na direção da garota morena e sorriu, dando um pulo.

— Ei, esse teu pássaro aí, posso arrancar umas penas dele?

A dona do pássaro deu um passo para trás, enquanto colocava uma das mãos na frente dele.

— Não, você não vai encostar um dedo no Orpheu.

— Ah, qualé! Só umas peninhas, pô. — Agatha reclamou, tentando se aproximar da garota e seu pássaro.

— Agatha, deixa ela e o passarinho, vai? — Arthur pediu e a menina parou, se virando para ele. — Depois eu te arrumo algum outro ingrediente, qualquer um, pode ser?

— Tudo bem, Arthur. — Ela respondeu. — Mas só porque foi você que pediu.

Arthur sorriu para Agatha, que desviou o olhar.

O mais velho teve vontade de bagunçar o cabelo repicado da menina, mas sabia que não era uma boa ideia.

Pobre Tristan, quem diria que ela mordia tão forte?

— Arthurzão, meu amigo. — Tristan chamou o garoto, que voltou a olhar para ele. — Será que você pode terminar de mostrar o lugar pro pessoal? Eu tomei um golpe feio hoje, e mesmo com a ambrósia não curou cem por cento.

— Tristan! Você devia ter avisado a gente, seu doido! — Erin reclamou e deu um tapa no ombro dele, que riu fraco.

— Ai, eu tô bem, só tenho que dar um pulinho na Marcela.  — Ele respondeu e se virou para Arthur enquanto colocava uma mão sobre o ombro direito. — Você dá conta deles por mim?

— Uhum. Vai lá que eu sigo daqui.

— Eu vou contigo, Tristan. — Mia disse e deu um tapinha nas costas de Lupi, que entendeu e se levantou.

Juntos, os três seguiram adiante, deixando para trás o grupo com os novatos.

— Bom, eu vou nessa, tenho que resolver uns trecos pro véio. — Agatha falou com um suspiro entediado.

— Tudo bem, Agatha, a gente se vê mais tarde, beleza? — Arthur sorriu e deu um tapinha nas costas da menina que sorriu sem jeito.

Ela logo voltou a ficar séria e balançou a cabeça.

— Belê. — Ela respondeu e deu as costas ao grupo, voltando pelo caminho de onde veio.

— Bom, — Arthur sorriu e voltou a olhar para os novatos. — antes de continuarem a ver o lugar eu preciso saber de uma coisa, quais são os seus nomes?

A menina de cabelo curto deu um sorriso tímido.

— Beatrice, mas pode me chamar de Bea, se quiser. — Ela estendeu a mão até o pássaro e fez carinho em suas penas. — E esse é o Orpheu.

Arthur sorriu para ela e viu o garoto alto acenar para ele e os outros.

— Meu nome é Fernando, prazer. — Ele falou, sorrindo fraco.

Arthur sorriu mais uma vez e se virou para o rapaz de cabelos loiros, que segurava um livro nas mãos com tanto afinco que sua vida parecia depender disso.

— E o seu nome é?

— Dante.

A menina de cabelos castanhos ergueu uma sobrancelha em direção ao garoto e o fitou com uma expressão como a de quem tenta se lembrar de algo, e logo balançou a cabeça.

Arthur decidiu ignorar aquilo e deu um breve sorriso em direção ao grupo.

— É um prazer conhecer vocês, Bea, Fernando e Dante! Ah, e Orpheu! Meu nome é Arthur Cervero, mas podem me chamar por apelidos se quiserem, eu até gosto, na verdade. — Arthur se virou na direção de Luciano. — Sabe dizer o que ficou faltando o Tristan mostrar?

— A casa grande. — Ele respondeu e Arthur assentiu.

— Então vamos lá, vou mostrar o lugar pra vocês. — O garoto falou e começou a caminhar, sendo seguido pelo grupo.

O caminho para a casa grande era rápido, e logo se aproximaram da enorme construção de paredes cinzentas, cercada por diversas árvores.

Conforme se aproximavam da construção, diversos semideuses passavam pelo grupo e cumprimentavam os novatos, alguns com sorrisos outros com olhares aguçados, tentando analisá-los. Quando estavam diante da casa, Arthur percebeu que havia alguém de pé diante dela, virado de costas para eles.

— Kaiser! Kaiser! — Arthur o chamou com um sorriso no rosto.

O garoto de longos cabelos pretos se virou e deu um breve sorriso na direção do mais baixo.

— Eai, Arthur.

A forma como Kaiser cumprimentara Arthur podia parecer fria para alguns, principalmente em comparação com o entusiasmo do mais novo, mas Arthur conhecia Kaiser há muito tempo, e sabia que o garoto se importava de verdade com ele, mesmo que não demonstrasse muito.

— Você parece cansado, amigão, não tá conseguindo dormir, é? — Arthur perguntou enquanto se aproximava e percebeu as olheiras fundas sob os olhos de Kaiser, muito mais escuras que o normal.

— É, tipo isso. — Kaiser respondeu, suspirando, quando olhou para trás de Arthur. — São novatos aí com você? Não sabia que tinha ido em missão hoje.

Arthur olhou para trás de si e deu um sorriso na direção de Kaiser. 

— Ah, não fui, a equipe brasa é que foi. Parece que encontraram esses três semideuses no meio do caminho e os trouxeram pra cá.

Kaiser se virou para eles e assentiu.

— Entendi. Veio apresentar eles pro Velocímetro, é?

— Uhum. — Arthur respondeu enquanto segurava uma risada. — E você, tá fazendo o que aqui?

Arthur sabia que havia algo errado, pois Kaiser enrijeceu a postura e olhou para o chão.

— Nada.

O mais novo franziu as sobrancelhas. Kaiser estava mentindo e Arthur sabia disso.

— Hm, tudo bem então. — Arthur respondeu e colocou a mão sobre o ombro do mais alto. — Sabe que pode me contar qualquer coisa, né? Sou seu amigo, e tô aqui pra isso.

Kaiser assentiu de leve com a cabeça e olhou rapidamente nos olhos de Arthur, que sorriu.

— Bom, hora de conhecerem o atual diretor e um dos fundadores do lugar! — Arthur se virou para o grupo atrás de si e sorriu.

Ele se aproximou da porta e bateu na madeira, quando ouviu a voz do senhor Veríssimo surgir de dentro da casa ele a abriu, dando de cara com alguém que não via há muito tempo.

— Joui?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Não esqueçam de comentar suas opiniões!
E por falar em comentar, já estamos no sexto capítulo da fanfic e não recebi nenhum retorno de vocês :/ um simples comentário como "gostei do capítulo" já seria de grande incentivo, já que eu estou fazendo isso puramente por amor ao universo de Ordem Paranormal e de Percy Jackson, sem lucrar em nada com todas as horas que gasto me empenhando em trazer algo interessante para vocês, e até hoje essa é a única plataforma que não recebi nenhum comentário...
Bom, vou continuar postando a fic aqui, mas se as coisas continuarem desse jeito até o capítulo dez vou deixar de publicar os caps aqui e vou continuar a postar apenas no Wattpad e no Spirit.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "ORDO DEORUM - O Legado Divino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.