Harry Potter e Percy Jackson - O Ritual do escrita por Cupido Diabólico


Capítulo 10
Dragões




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Calipso

Antes de sairmos do Acampamento Meio Sangue, Quíron também me entregou quatro livros - Advinhação, Alquimia, Artes das Trevas e Herbologia - e entregou um diário de bordo para Piper, que começou a escrever nele e disse que todas nós teríamos que fazer a mesma coisa.

 

Eu, particularmente, já tive alguns (lê-se muitos) diários em Ogígia, mas considerando a monotonia do lugar, o diário servia apenas para sonhar com um mundo onde os meus heróis não partiam. E uma vez que a tristeza era superada, eu abandonava o diário e voltava a cuidar do meu jardim.

Porém desde que eu saí com Leo, tenho experimentado tantas novidades nos últimos anos que andei tentando misturar todos esses acontecimentos da história com os quais estudei num livro para os deuses lerem e talvez se identificarem com a minha sensação de desespero pelas várias mudanças de costume da humanidade. Talvez com uma dedicatória beeem grande, eu tenha direito à explicação da falta dos meus poderes originais.

 

Acho que divaguei um pouco sobre mim, de volta à história.

 

O testrálio pousou numa pequena floresta, em alguma região da Europa, e por uma mensagem de Íris, Quíron nos avisou que ainda precisávamos treinar e que a nossa presença em Londres agora poderia gerar consequências catastróficas. Não certa do que ele quis dizer com isso, parei para comer e deixar Blackjack e o testrálio descansarem, enquanto tentava explodir algumas pedras com feitiços explosivos.

 

— Não vamos ficar com um aprendizado deficiente por estudar apenas o mais útil em batalha, ao invés de toda a matéria? - Piper perguntou apreensiva, se afastando de mim enquanto eu apontava para um pedregulho à uns vinte metros de distância.

 

— Reducto! - elevei um pouco a minha voz, mantive a mão firme na varinha e, para a minha felicidade, um jato alaranjado vindo da ponta atingiu a pedra, detonando-a como se tivesse sido atingida por uma bala de canhão.

 

Depois daquela explosão nada silenciosa e vários grasnados vindo das aves da floresta, Rachel respondeu Piper, um pouco irritada.

 

— Sim, mas não temos sete anos para estudar corretamente. - o Oráculo explicou. - Só precisamos aprender o que pode nos ajudar a conhecer com o universo dos bruxos, motivo pelo qual Quíron te deu esse livro explicando sobre o funcionamento da sociedade bruxa.

 

— Imagino eu que Hécate sabia que eu gostaria de saber. - Piper deduziu, com o livro na mão. - Pelo pouco que eu consegui ler, a fisionomia bruxa é diferente dos outros, chamados por eles de trouxas ou não-majs - ela explicou, guardando o livro na mochila. - Acho que isso também vale pra nós, considerando que o nosso cérebro entende melhor o grego antigo, fora as habilidades dos filhos de Atena.

 

— Já houveram filhos de Atena ainda mais poderosos na Grécia Antiga, com poder de expandir suas habilidades mentais a níveis extraordinários e até mesmo ler a mente dos outros. - Revelei, lembrando das poucas imagens que os deuses me mostraram em sua Era de Ouro. - Acho que um deles já foi capaz de mover objetos com a mente, mas acho que estou misturando o passado com os filmes do presente.

 

— Eu já ouvi algumas profecias bem estranhas de Ella, mas uma em particular, envolvendo um filho de Atena, me deixou bem confusa.

 

— Você lembra como é? - Piper perguntou, enquanto sutilmente fazia flores nascerem ao redor de uma pedra, como um contorno florido. Eu diria que foi o feitiço Orchideous não-verbal, prática boa de se desenvolver para enfeitiçar mais rápido e com maior discrição.

 

— Acho que era algo como...

O menino do Leste, com seus olhos cinzentos

Encontrará o demônio ao buscar conhecimentos

Preso na própria mente, condenado a assistir

Àqueles que ama, por suas mãos vão cair

— Espero eu que esse garoto nunca tenha ouvido a sua profecia. - Piper disse, um pouco encolhida com a sua varinha.

— O problema sobre profecias é que elas nunca aparecem sem propósito e mesmo quando escritas no passado, podem ter muito significado no futuro. - Rachel explicou.

— À leste dos Estados Unidos há a Europa. - eu me lembrei, ligando os pontos e fazendo uma terrível descoberta. - O lugar para o qual estão indo nossos amigos e namorados e lugar que talvez abrigue um filho de Atena possuído!

— Mais um motivo pra a gente ficar e praticar, Calipso. Até porque, a ilha é bem tranqui... - Rachel se interrompeu ao ver alguma coisa no céu.

Me virei e empalideci com as figuras acima. Dezenas de dragões indo em direção à nossa ilha (que eu não devo ter escrito, mas quase não tem vegetação e é coberta de fuligem, mesmo tendo apenas alguns gêiseres ao invés de vulcões) e todos pareciam levar um filhote consigo. Talvez fosse esse o lugar de criação de bebês dragões, mas no momento, eu estava com medo demais pra lembrar.

— Ou a gente treina em outro lugar e o ministério nos leva pelo mesmo motivo que levou o Nico... - Piper apontou pra a própria varinha. - ou a gente se arrisca com os dragões e usa um ou dois como cobaias de transfiguração.

— Você tem quantos parafusos faltando, McLean? - perguntei já desesperada pra sair da Ilha de Dragões. - Me diz que eu compro, mas para com essas ideias, pelos deuses!

— Ela não está muito errada, filha de Atlas. - Rachel mais uma vez me desbundou naquele dia. - Dragões vão nos ajudar com feitiços de fogo, feitiços contra fogo, feitiços com animais e até mesmo com o entendimento de criaturas mágicas.

— E o risco iminente de vida não deixa vocês nervosas não? - perguntei, esperando a resposta óbvia.

— Sou uma semideusa, Cali. Tô acostumada com o perigo. - Ela explicou, como se fosse muito lógico. Do que jeito que falava, parecia que a jornada pra deter Gaia havia sido a melhor coisa do mundo. -  Vamos, liberte a Zoë Doce-Amarga dentro de você! - e com essa comparação final à minha finada irmã, eu me irritei o suficiente pra querer transformar os dragões e Piper em sapos.

— Vamos logo com esse troço, antes que você vire a minha cobaia, McLean. - resmunguei com raiva. - E acho melhor que vocês tomem a dianteira. Se os dragões ficarem irritados, eu quero estar bem longe. - zombei, tentando me sentir menos nervosa por estar numa ilha cheia de dragões.


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