Nascida no Inverno escrita por Sara


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá Oláaa
Mais uma capítulo fresquinho



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Bella olhou à deliciosa para a peça de artesanato enquanto ele pagava. Sentia-se tão comovida pelo gesto, em especial desde que Jasper lhe disse que Edward era um egoísta.

— Obrigado - disse quando ele retornou a seu lado.

— De nada.

Sorrindo ainda mais, ela ficou nas pontas dos pés e lhe deu um casto beijo na bochecha.

— Segues fazendo isso - lhe sussurrou ele ao seu ouvido. - E te levarei pra cima e te despirei rapidamente.

Uma irresistível onda de desejo embargou todo o corpo da Bella. Era a pantera nela que queria alimentar-se dele. Tinham conversado bastante e sua parte selvagem agora queria satisfação também.

— Não me importaria - sussurrou ela.

Isso foi tudo. Um segundo estavam na multidão e ao seguinte, estavam em um lugar onde ninguém podia vê-los e apareceram de repente em uma suíte.

— É o teu quarto? -perguntou ela, quando olhou o elegante alojamento.

— Nosso quarto - disse ele, enquanto se aproximava como o faminto predador que era.

Ela ficou rígida ante seu tom.

— É uma ordem?

—Não, Bella. Mas enquanto sejamos companheiros, tudo o que é meu é teu.

— É estranhamente complacente para ser a pantera egoísta que Jasper disse que não tinha nenhum interesse em uma companheira.

Edward deteve-se ante isso. Era verdade. Nunca tinha querido estar preso a nada, especialmente a uma companheira. Não obstante, por alguma razão, Bella não lhe incomodava no absoluto.

— As Parcas não me perguntaram quem ou o que queria para mim - levantou a palma marcada da Bella para que ambos pudessem vê-la. - Mas lhe escolheram como minha e eu cuido do que me pertence.

— E se não quiser te pertencer?

— Não te forçarei a que te unas a mim, Bella, já sabes. És livre de abandonar meu amparo quando quiser e ir aonde desejes.

Bella tragou ante a ideia. Sim, ela podia. Mas aonde iria? A viagem a Atlanta tinha sido tão horripilante e carregada do temor que uma manada a encontrasse e abusasse dela ou de que os humanos descobrissem que era uma mulher-pantera e a encerrassem.

Muitas coisas ordinárias a tinham desconcertado.

Como comprar uma passagem de ônibus. Como pedir comida. Essas coisas eram totalmente distintas em sua época. Tudo se fazia com cartões de crédito universais. Não havia dinheiro em seu mundo. Nem veículos a gasolina.

Os transportes de seu século eram mais semelhantes aos metros e pagava sua passagem com a impressão de sua palma. Tudo em seu lar estava automatizado e frio. Ela não sabia como sobreviver no mundo humano atual. Não sabia como usar seus poderes.

Este lugar era aterrador.

Salvo por Edward. Oferecia-lhe mais do que ninguém lhe tinha devotado. Amparo e educação. Ele era sua segurança.

E foi designado seu companheiro. O emparelhamento com um homem era um ato físico. A cerimônia de união era a emocional. Ela podia facilmente emparelhar-se e logo ter seu amparo. Seu coração ainda seguiria pertencendo somente a ela.

Mas se negava a unir-se a Edward, ele não teria nenhuma razão para protegê-la ou educá-la. E por que o faria? Seu rechaço o deixaria impotente. Tudo que estava segura não a faria querida para ele.

— Dares-me total liberdade sem nenhuma restrição? -perguntou ela.

— Não conheço outro caminho.

Nesse momento, ela se deu conta que poderia amar a esta pantera que estava de pé frente a ela. Ele não tinha que lhe dar nada. Em teoria, ele podia tirar dela o que quisesse. As outras panteras o fizeram.

Se uma mulher não se unia a uma pantera da manada Katagaria, mantinham-na de todas as formas e a usavam como rameira para todos eles. Mas Edward e lhe oferecia o mundo e não lhe pedia nada em troca. Nada, exceto umas poucas palavras que uniriam seus corpos físicos.

— E nossos filhos? -perguntou-lhe ela.

— Temos uma grande creche para eles em Forks.

Ela levantou a cabeça.

— Sabes que provavelmente a maioria serão humanos e não panteras bebes.

Ele pareceu perplexo ante isso.

— Então levarei ao senhor Spock.

Bella riu.

— Ele é o personagem do Star Trek não um perito em meninos. Não é de se admirar que esteja aqui.

Afastou-lhe o cabelo de seu rosto e lhe deu um sincero e ardente olhar que a derreteu.

— Farei tudo o que tenha que fazer para cuidar deles. Prometo-te isso. Sejam humanos ou panteras, eles serão protegidos como minha ninhada e terão tudo o que necessitem para crescer fortes e saudáveis.

Ela pressionou sua palma marcada contra a dele.

— Então me unirei a ti, Edward Masen.

Edward não pôde respirar quando a olhou e essas benditas palavras soavam em seus ouvidos. Deveria escapar pela porta. Mas se o fizesse, nunca voltaria a ter sexo.

Sexo somente com uma mulher. De verdade que estava sofrendo as consequências por todos os anos que atormentou ao Jasper por estar emparelhado. E, não obstante, não podia mostrar-se verdadeiramente temeroso. Uma parte oculta nele gostava da ideia de que Bella fosse dele.

Enlaçando seus dedos contra os dela, ele caminhou de costas para a cama, levando-a com ele. Utilizou seus poderes para limpar a cama e tirar as roupas antes de deitar de costas e pô-la sobre ele.

O ritual de emparelhamento era mais velho que o tempo. Era instintivo em sua espécie e os uniria pelo resto de suas vidas. A única forma de rompê-lo seria que um deles morresse. Quem sobrevivia à união seria livre para encontrar outro companheiro, se é que houvesse outro.

Era extremamente estranho para os Were-Hunter, Katagaria ou Arcadianos, encontrar um segundo companheiro.

Bella mordeu o lábio nervosamente. Toda sua vida, seus pensamentos e energia se preocuparam pelo verdadeiro ato sexual. Já que ela tivesse sido prometida à manada Katagaria, nunca pensou realmente no ritual de união.

Agora estava quase aterrorizada quando tratou de levar a Edward dentro de seu corpo. Era muito mais difícil do que tinha imaginado. Cada vez que tratava de montá-lo, seu pênis se movia.

Edward sorriu gentilmente.

— Posso ajudar?

Ela afirmou com a cabeça.

Ele moveu os quadris, logo a guiou para ele. Ambos gemeram de prazer quando ela aceitou todo seu pênis até a base em seu corpo. Este era um homem que poderia aterrorizá-la e rechaçá-la e, no entanto, estava a ponto de fazê-la sua companheira. Ela teria seus filhos e de algum modo resolveriam as diferenças de suas culturas e personalidades e se converteriam em sua mútua comodidade física.

Se ela tinha que ter um amante Katagaria, não podia imaginar uma melhor pantera que não fosse Edward.

Bella apenas podia pensar quando o calor chegou das mãos unidas que tinham a marca de união. Ela se moveu contra ele lentamente, logo disse as palavras que os uniriam.

 -Aceito-te como és, e sempre te terei perto de meu coração. Caminharei a seu lado por toda a eternidade.

Edward a olhou com intensidade à medida que sentia cada centímetro de seu corpo com ele. Nunca pensou ter uma companheira no absoluto e se relegou a um futuro privado de filhos. Agora a ideia de ter seus próprios filhos o comovia.

Ela era dele.

Um sentido de posse forte e demandante, diferente a tudo o que tinha conhecido antes, embargou-o quando a olhou cavalgá-lo lenta e facilmente. Não era selvagem como uma pantera.

Humana, mas, entretanto, não era. Quem tivesse pensado que Edward Masen chegaria a ser domado por uma criatura tão pequena? E, não obstante, seu tenro contato o cauterizava com uma humanidade que nunca pensou que fosse possível.

A besta em seu interior estava serena. Não mais buscava, jazia em paz como se ela se ajustasse a uma parte dele que nunca tinha sabido que estava perdida.

Sorrindo, ele colocou sua mão no rosto de Bella, e repetiu seus votos.

Bella gemeu ante a profundidade de sua voz até que uma inesperada dor a atravessou quando suas presas começaram a crescer. Bella gemeu. Isto era o thirio, uma necessidade de ambas as raças de desejar morder-se mutuamente e combinar suas forças vitais para que se um morresse, ambos fizessem.

Como o ritual de emparelhamento em si, a eleição de unir-se era só dela. Edward nunca a obrigaria. Nem o pediria agora. Fiel as suas palavras, ele deixou tudo a ela e só a observou como o cavalgava. Bella beijou a mão que tinha sua marca, logo a levou até seu seio quando sucumbiu ao orgasmo.

Edward não pôde respirar quando seu próprio clímax estalou. Rugiu de satisfação quando seus dentes começaram finalmente a retroceder. Estava feito agora. Não havia volta atrás.

Estavam unidos, mas não vinculados. Entretanto, lhe pertencia. Ele estendeu a mão para tocar o colar que lhe comprou. Via-se formosa, nua em seus braços. Seu corpo ainda envolvia o dele.

— Isabella Masen - sussurrou ele. – Bem-vinda a minha manada.

Com essa ideia em mente, ele tirou um pequeno anel com sinete de seu dedo mindinho, fez-lhe um encantamento, e o passou a ela. Bella estudou a antiga peça. Era formosa, com uma filigrana de ouro rodeando uma enorme pedra de safira, que tinha gravada como adorno "MM".

— O que é isto?

— Um guia para casa para que de onde te encontre, possas sempre retornar a meu lado só pensando em mim.

Ela franziu o cenho ante suas palavras.

— Eu não tenho esses poderes.

— Sei. Essa é a razão pela que te dou o anel. O feitiço funciona por meus poderes e é indestrutível.

Seus lábios tremeram ante sua gentileza. Realmente tinha a intenção quando disse que lhe daria a liberdade. Engolindo em seco, ela deslizou o anel em sua mão esquerda. Ajustava-se perfeito.

— Obrigado.

Ele inclinou a cabeça para ela, logo pôs seus lábios nos dele para poder lhe dar um beijo apaixonado.

Um brilho intenso encheu a quarto.

Bella retrocedeu com um grito quando alguém a agarrou por trás.

Dois segundos depois, armou-se o inferno.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a todos pelo apoio que estão a dar-me pelos comentários que estão a dar, é uma grande motivação para continuar a desenvolver.



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