A Conselheira escrita por Julie Kress


Capítulo 9
Traidor


Notas iniciais do capítulo

O título do capítulo já diz tudo...

Espero que gostem.

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Beck

Fiz todo o ritual que Elvira me ensinou durante 6 dias, o sétimo dia era o dia de repouso esperitual. Apenas limpei a mente e passei horas meditando. Eu já me sentia mais leve, com pensamentos positivos e cheio de boas expectativas, fui trabalhar naquela manhã de quinta-feira de bom-humor e todo animado. E quando cheguei no serviço, tudo desandou, parecia até que eu tinha pego uma maré de azar em plena sexta-feira 13, mas não era sexta e muito menos dia 13.

— O patrão está te chamando lá em cima, Beckão! - George me avisou.

Beckão era meu apelido, ganhei no primeiro dia em que coloquei os pés ali.

Uma sensação boa tomou conta de mim, eu com certeza seria promovido. O Sr. Landon não iria me chamar à toa. Podia ser durão, mas sabia reconhecer o esforço de cada funcionário.

Subi a escada de ferro giratória, o meu patrão estava me aguardando em sua sala. Bati na porta de metal.

— Entre, Oliver! - Ordenou.

— Bom dia, Sr. Landon! - Obedeci adentrando o seu pequeno escritório.

O velho de 67 anos estava sentado e expressava sua típica cara de poucos amigos.

— Sente-se, precisamos ter uma conversa séria! - Estremeci só pelo seu tom.

Os próximos minutos prosseguiram em torno de broncas, gritos e exclamações furiosas.

— Mas Sr. Landon essas acusações não procedem! - Tentei me defender.

E tudo foi em vão.

— Aqui estão os relatórios do supervisor, Oliver! - Ele praticamente jogou em minha cara.

Apanhei os papéis tremendo.

Tudo descrito ali era um baita absurdo. Eu não tinha feito nada daquilo.

Havia uma lista com falsas acusações contra mim.

"Péssima conduta para com os clientes.
Trabalho mal feito.
Conduta de má índole contra clientes do sexo feminino.
Furto de peças caras.
Faltas excessivas..."

Havia mais coisas ali, porém, eu nem quis ler.

Fui injustamente boicotado.

O supervisor da Oficina de Auto-peças era meu amigo.

Bruce Collins.

Aquele maldito traidor.

Eu sempre dividia minhas marmitas com ele.

[...]

Fui demitido após armar o maior barraco lá na oficina. Só não bati no Bruce porque meu amigo Moose acabou me segurando. Mas o desgraçado do traidor ainda me acertou em cheio. Isso bem antes de eu partir para cima dele.

Se eu o pegasse, eu teria arrebentado aquele filho da mãe na porrada.

E daí se ele tem 1,90 de altura e pesa o dobro do meu peso?

— Ele vai me pagar, escuta só Moose, eu vou meter o processo no rabo dele! - Exclamei possesso de raiva.

— Até agora não entendo porque ele te caluniou daquele jeito. Que filho da mãe! - Também estava indignado.

— Fica esperto, ele também pode passar a perna em você! - Avisei.

Moose era um rapaz muito legal e trabalhador.

— Isso que dá ser tão charmoso e ter o cabelo como o seu. Se não foi por pura inveja, pode ter sido por ciúmes... Não foi você que atendeu a namorada dele semana retrasada? - Moose cogitou.

Lembrei da bela morena libanesa. Ela estava de saia jeans e saltos. Sentou no capô do carro e algumas vezes empinou a bunda para mim propositalmente.

Mas eu não flertei com ela. Tenho amor à vida.

— Eu tenho culpa se a garota dele deu mole pra mim? - Me indignei.

— Eu teria passado o carro por cima de você se minha garota te paquerasse! - Quanta consideração.

— Muito engraçado! Tô indo pra casa, cara, a gente marca de ir no bar do Paul na sua folga. Foi bom trabalhar com você. - Comecei a me despedir.

Moose era um loiro alto com corpo de atleta.

— Vou sentir sua falta, irmão! - Me abraçou aos prantos.

Uma das revelações das cartas se concretizou. Fui traido por um amigo. Ele arruinou o meu trabalho.

[...]

Eu precisava sair para relaxar, esfriar a cabeça. Moose não bebia às quintas-feiras. Vasculhei a minha agenda. Rolei o dedo pelos meus contatos. Quem toparia sair para tomar umas cervejas comigo?

Jade.

Quando ficamos tão íntimos?

Já nos chamávamos por apelidos.

Será que ela topa sair comigo?

Claro que não seria um encontro... De jeito nenhum.

Decidi arriscar. Liguei para ela. A minha conselheira atendeu no terceiro toque.

— Fala, Oliver! - Uau, tão direta.

— Tá a fim de tomar umas cervejas? Por minha conta! - Convidei sendo objetivo antes que perdesse a coragem.

— Eu ainda nem jantei... Eu ia pedir uma pizza e...

— A gente janta pizza e toma umas geladas. Aposto que você tá livre essa noite. - Isso, boa garoto!

— Como sabe que tô livre? Pode ter um gostosão pelado no meu banheiro! - Até parece.

— Se tivesse ocupada não teria me atendido! - Mandei bem.

— Onde te encontro? - Saltei da cama quando ela perguntou.

— Se arrume. Depois te mando o endereço. - Eu mal conseguia acreditar.

Jadelyn West havia topado.

Por quê diabos tô tão animadinho?

Aquilo não era um encontro. Não mesmo.

Fui olhar o hematoma em meu rosto. Tive sorte do Bruce não ter quebrado o meu nariz.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Pobre Beckão, foi boicotado kkkkkkkkk

Gostaram da participação do Moose nesse capítulo???

Parece que as cartas nunca mentem...

E não é que o doido tomou coragem para convidar a West pra sair???

Veremos no que vai dar. Bjs



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