A Conselheira escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Título peculiar, não???
Capítulo pequeno, mas tá legal...
Boa leitura!!!
P.O.V Do Beck
— Quem é a próxima pretendente? - Perguntei a Jade.
Eu já não estava tão animado para o encontro. Eu teria de novo que bancar o Sheik.
— Elvira Rodriguez. É cigana. Tem 24 anos. Gosta de praticar a arte do Tarot. Ama a cultura gótica apesar da própria cultura... Gosta de filmes estrangeiros. Trabalha como vendedora. - Me passou as informações.
Ela me mostrou a foto da Elvira.
— Uau! - Me surpreendi.
E lá estava ela de novo me ajudando a me preparar para o meu próximo encontro.
Seria algo diferente... Num restaurante retrô. Pequeno e íntimo. Comidinha caseira da culinária européia.
Até comecei a me animar. Eu queria conhecer a tal cigana.
Cheguei pontualmente no local marcado. Estava ansioso.
Elvira não demorou, era de fato a moça da foto. Muito exótica e bonita.
Lhe entreguei rosas vermelhas.
— Trouxe para você. - Tirou da bolsa estampada um frasco.
Parecia um vidrinho de perfume trasparente com tampa preta.
— Colônia da sorte. Chama felicidade. - Explicou.
— Obrigado. - Agradeci pelo presente, o guardei no bolso.
Fizemos nossos pedidos, pão de batata e bolinhos de abobrinha como entrada.
— Posso ler sua mão? - Elvira perguntou de repente.
— Oh, claro... - Estendi as duas.
Ela pegou minha mão direita, seu toque era leve e macio. A moça cheirava à sândalo.
Reparei em suas unhas vermelhas. Bonitas.
Passou o dedo pelas linhas da palma da minha mão.
— Vejo desespero, confusão e muito descontrole emocional... Uma mulher vai mexer com sua cabeça e com o seu coração. - Disse me deixando todo arrepiado.
— Essa mulher seria você? - Fiquei animadinho.
— Não, não! - Negou.
— Então, quem é? Me fale mais sobre ela. - Pedi curioso.
— Está bem. Vou jogar as cartas para você. - Concordou.
Ela abriu a bolsa e tirou uma caixinha preta.
Embaralhou as cartas com figuras estranhas e espalhou sobre a mesa.
— Devo escolher? - Fiquei ansioso.
— Eu viro a primeira linha. - Não entendi nada.
Uma por uma, ela desvirou algumas cartas.
— Amor intenso... Brigas. Dinheiro. E aqui está ela... Essa mulher vai roubar seu coração. Ela é como um furação! - Apontou para figura que me deu arrepios. - Você vai ser traído por um amigo. - Avisou. - Ah, uma morte na família. - Sua voz ficou sombria.
Fiz o sinal da cruz tremendo de medo.
— Isso explica o dinheiro. Você vai receber uma herança. - Garantiu.
— É o meu vovôzinho? - Perguntei temeroso.
— Você vai saber quando a hora chegar. - Respondeu.
Socorro.
— Tome muito cuidado! - Me alertou.
Com o susto, eu quase tombei com a cadeira.
— O que foi? Alguém quer me matar? - Me apavorei.
— Não... Tem alguém que tem muita inveja de você. Está de olho no seu cargo. - Avisou séria.
Devia ser algum colega meu.
— Vou te ajudar... Você tem um bom coração. - Tirou uma agenda e uma caneta da bolsa.
Ela começou a escrever depressa.
Mil coisas se passavam por minha cabeça.
— Tome. Siga ao pé da letra. - Elvira arrancou a página da agenda e me entregou.
Tinha feito uma lista de recomendações.
"Jogar sal grosso na casa.
Banho com ervas na lua cheia.
Beber chá de camomila com folhas de laranja 3 vezes ao dia.
Usar cuecas vermelhas às sextas-feiras."
Ritual: Rezar o Pai Nosso 3 vezes e acender velas amarelas para o anjo da guarda clamando por ele.
Eu estava mesmo precisando de proteção?
Meu encontro havia virado uma sessão com uma cigana.
Jantamos e Elvira foi embora sem cobrar nada.
Quem será a misteriosa mulher que vai roubar o meu coração?
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Esse encontro com a cigana rendeu, né???
O destino aguarda coisas para o Oliver...
Será que as cartas mentem???
Me acabei de rir escrevendo esse kkkkkkk
Até o próximo. Bjs