Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 90
S04Ch31;




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O rosado lentamente acordou. No início as coisas estavam embaçadas, mas começaram a se normalizar assim que usou a mão direita para esfregar seus olhos, então devagar se sentou na cama e olhou em volta o mais devagar possível, assim reparando que encontrava-se no quarto entregue a ele quando aliou-se em definitivo com a gangue, mas depois olhou para o lado esquerdo. Sua atenção foi para a enorme janela aberta do quarto, ou melhor, para o que havia além dela. Seus olhos esverdeados enxergavam o céu levemente alaranjado, ou seja, fim de uma tarde. Sua atenção se voltou para a porta de entrada do quarto assim que algumas vozes passaram por debaixo dela, mas eram abafadas, por isso que ele não soube quem era do outro lado, assim suspirou e levou a mão direita ao cabelo, coçando-o e saindo da cama. Um pouco cambaleante chegou até a porta, abrindo-a e levantando uma das sobrancelhas ao reparar na pessoa do outro lado que assustou-se. Pessoas corriam de um lado para o outro naquele corredor.

— Take? O que está fazendo aqui? — Rin perguntou, levando sua mão disponível para a cabeça ao sentir uma pontada de dor.

— Te protegendo. — Ontake respondeu a pergunta, mas continuou assim que pôs as mãos quentes na cabeça do rosado. — Tá com dor, né? Acho que faz sentido considerando que descansou por menos tempo que o previsto. Você tem que continuar descansando… —

— Em outra ocasião não questionaria esse pedido de descanso, mas agora tenho que me encontrar com… espera, por quantos dias dormi? — Rin perguntou e usou o braço direito para afastar as mãos do rapaz, então cruzou os braços e recostou-se na porta.

— Seis ou sete horas. — Ontake respondeu e olhou para três pessoas com espadas que corriam na mesma direção depois de serem chamados.

— O que está acontecendo? — Rin perguntou.

— Eu não tenho muita certeza. — Ontake respondeu, mas deu continuidade ao perceber o silêncio do rosado e entender como uma sugestão para que prosseguisse. — Tsuyu-sama está se preparando para alguma coisa. Os esquadrões de Hosen e Fushin estão guarnecendo, os de Kanako e Musashi estão sendo preparados. —

— Preparados para o que? — Rin perguntou e lentamente fechou suas mãos em punhos.  

Mas ele não obteve uma resposta. Bom, não do jeito que gostaria. O olhar de Ontake foi o suficiente para que soubesse o planejamento do líder. O rosado levou a mão direita aos olhos, coçando-os e suspirando enquanto sua mão esquerda descansava na cintura. "Eu apago por algumas horas e um problemão aparece, mas que saco" pensou o rosado que removeu a mão de frente dos olhos e voltou a encarar o rapaz que guarnecia seu quarto por sabe-se lá quantas horas.

— E a Rokujūshi? — Rin perguntou.

— Estamos isentos das ordens dele, mas estávamos seguindo os comandos de Kawaita Doro. — Ontake respondeu, mas deu continuidade assim que concentrou seus olhos no rosado. — Você… está bem? —

Rin ficou em silêncio, mas prestou um pouco de atenção em Ontake. O moreno possuía um suave rubor em suas bochechas e seu cabelo estava solto, mas ele girava uma mecha no indicador de sua mão direita. Eles pouco conversaram amigavelmente desde o fim dos confrontos no Coliseu, suas conversas eram sempre a respeito do Iryō Ninjutsu, mas o rosado tinha um pouco de certeza que a amizade com o outro manteve-se na mesma, então isso levou Rin a acreditar que Ontake estava meramente preocupado com ele por serem amigos.

— Passe um recado para todos da Rokujūshi. Diga para não se meterem com os problemas da Mangetsu, para se afastarem de onde foram colocados e se esconderem se acham que não serão capazes de lidarem com muitas pessoas machucadas… — Rin disse e olhou de um lado para o outro antes de coçar o cabelo e continuou. — ...a mesma coisa para você. Eu não quero que um único membro da Rokujūshi seja machucado. O treinamento de vocês sequer começou. —

"Ele está planejando atacar a Shi no Hana?" o rosado pensou e mordeu seus lábios com um pouco de força, então levou sua mão direita a gola da camisa de Ontake e o puxou para perto de si. E ignorou quando o moreno ficou mais envergonhado com toda aquela proximidade.

— Onde ele está? — Rin perguntou com aspereza em sua voz.

— Tsuyu-sama? — Ontake perguntou, dando continuidade assim que recebeu um silêncio como confirmação. — No segundo andar, na sala de reunião. Porque? —

Rin não deu uma resposta, em vez disso se virou e saiu correndo, afastando-se do quarto e imaginando que deixaria o moreno para trás, mas isso não aconteceu. Ele sentiu quando Ontake tentou agarrá-lo puxando sua roupa e firmando os pés no chão. Era um momento um pouco… cômico apesar de toda a situação. O rosado parou de tentar correr e cruzou os braços. Eles não haviam se distanciado o suficiente do quarto. Ele ignorou parcialmente que mais pessoas corriam ao lado deles em ambas as direções.

— O que foi? — Rin perguntou.

— Eu não tive a oportunidade de agradecer ainda. — Ontake comentou e devagar soltou a roupa do rosado, então levou os braços para suas costas e entrelaçou as mãos. Ele sorria com gentileza e o rubor de suas bochechas era mantido. — Agradecer por ter salvo a minha vida. —

— Eu não salvei a sua vida. — Rin disse e cruzou os braços enquanto levantava uma das sobrancelhas. 

— Eu soube dos acordos. — Ontake disse, mas continuou ao levantar um pouco sua cabeça. — Tenho certeza que não estaria aqui hoje se tivesse que enfrentar Kanako sem você, ou Musashi. —

"Onde ele quer chegar? Que os aliados de Tsuyu são… merda, eu também sou um aliado dele, mas qual é o ponto dele?" pensou o rosado, distraindo-se um pouco enquanto o moreno continuava falando, sequer percebendo como o rosado ignorava completamente sua forma de agradecê-lo. "Quero dizer… Kanako e Musashi eram perigosos, mas dava para lidar com eles se todo mundo trabalhasse em equipe…" continuou pensando e levando a mão direita em seu queixo, coçando-o um pouco e inclinando sua cabeça para o lado direito. Sua distração só acabou no momento em que Ontake se aproximou mais dele com os braços agora encostados no abdômen com os punhos fechados.

— Então, o que me diz? — Ontake perguntou.

"...o que eu digo o que? O que ele acabou de perguntar? Merda, merda, merda… eu me distraí? O que digo? Será que o silêncio é a melhor resposta? Não! Sem chance, não é mesmo! O que eu faço?" continuou pensando e assumindo um breve desespero, mas acabou sorrindo pelo canto esquerdo dos lábios enquanto suava frio por ter que oferecer uma resposta para algo que não tinha a mínima ideia, mas não parecia algo sério por conta da expressão do moreno a frente dele.

— Tá, pode ser… — Rin disse e engoliu em seco. Iria se preocupar mais tarde com as consequências daquela resposta. Ele deu continuidade assim que apontou para a escada. — Eu tenho que ir agora, Take… —

Rin não esperou por uma resposta do moreno, simplesmente correu e afastou-se dele e se aproximou da escada que levaria ao andar inferior. Seu quarto era no terceiro andar, por isso a viagem seria bem rápida.

[ ۝ ]

Tsuyu não estava sozinho em sua sala de reunião. Os assentos da mesa eram ocupados por Musashi que não mudará o lugar que costumava se sentar, por Doro que escolheu sentar-se próxima dele, Fushin que possuía bandagens em volta de sua garganta e uma máscara em sua boca para esconder o resultado da explosão, por fim Shiro que, mesmo machucado, disse-lhe que gostaria de estar naquela reunião.

— Três pessoas… — Musashi sussurrou ao se dar conta de quantos lugares desocupados havia-se na mesa. 

— Como está o posicionamento dos esquadrões de Hosen e Fushin? — Tsuyu perguntou.

Era nítido como ele se abalou nas últimas horas, afinal a Mangetsu perdeu forças consideráveis no encontro com um dos membros da Shi no Hana, enquanto outros saíram machucados, mas de alguma forma ele sabia que deveria sentir-se agradecido por nada pior do que aquilo ter acontecido. No entanto… era incapaz de perder aquele olhar sombrio e odioso. Todos naquele cômodo compartilham do sentimento de ódio, até mesmo Fushin que havia se medicado para suportar a dor que sentia. 

— Vinte e cinco disfarçados como civis em torno da base, setenta e cinco espalhados por cinco quarteirões, mas prontos para servirem e protegerem. — O especialista em Kenjutsu que divulgou aquela informação enquanto mantinha os braços cruzados. — Tem certeza que é isso que está querendo? —

Tsuyu ficou em silêncio, mas olhou de relance para Shiro que acenou positivamente com a cabeça.

— "Devemos devolver para eles o que fizeram conosco. Nesse momento acreditam que nos encolhemos por causa das perdas recentes, por isso usaremos a oportunidade para atacá-los." — Taiyo declarou.

Antes que Musashi pudesse dizer-lhe alguma coisa, uma batida soou na porta e a atenção da maioria foi para a mesma. Taiyo estava para dizer alguma coisa, mas se assustou, calando-se, no momento em que a porta foi parar no meio da mesa. E olharam para quem havia educadamente batido na porta. O próprio especialista em Kenjutsu sorriu pelo canto dos lábios ao ver o rosado com o braço direito à frente do corpo com o punho fechado. Rin abaixou seu braço direito, suspirou e deu um passo adiante, assim entrando no cômodo e olhando para cada uma daquelas pessoas.

— Cancele. — Rin disse.

— Eu não vou cancelar. — Taiyo disse com seriedade enquanto colocava os cotovelos na mesa e entrelaçou seus dedos. — E você não tem autorização para estar aqui. —

— Você acordou cedo. Está tudo bem? — Doro perguntou.

— Retire-se, garoto. Tsuyu-sama não o quer por aqui. — Shiro disse.

— Ah, cala a boca. — Rin dirigiu aquele comentário para o albino, mas retornou sua atenção para o moreno. — Você está colocando em risco muitas pessoas. E isso pode dar muito errado. —

— Não estou não. Doro e seu pequeno esquadros de médicos podem… — Taiyo começou a dizer, mas foi interrompido.

— Não coloque a Doro nesse assunto. — O rosado disse, mas deu continuidade assim que cruzou os braços. — Ela não pode se esforçar. E isso são ordens médicas. Ela tem que repousar o máximo de tempo que puder. Então, Doro… para a cama, agora. —

— Rakun, eu tô… — Doro tentou dizer, mas foi interrompida.

— Você não dá ordens aqui. — Taiyo interrompeu a garota, aumentando um pouco de sua voz e olhando mais sério para o rosado. — Saia daqui. —

— Tudo bem, eu não dou ordens, mas quer botar a gravidez dela em risco? — O rosado perguntou e dirigiu sua atenção para a kunoichi de Sunagakure antes de dar continuidade. — Desculpe, mas não é mais um segredo. —

Doro ficou em silêncio, mas surpresa. E suas bochechas se esquentaram violentamente quando sentiu a atenção de todos, sem exceção, para ela e depois para sua barriga, como se pudessem enxergar o pedaço de vida em desenvolvimento no seu útero.

— Grávida? — Tsuyu sussurrou. Ele perderá todo aquele tom sombrio de seus olhos que tornaram-se úmidos e surpresos. — Você está… —

— Parabéns! — Fushin disse e estendeu seu corpo na mesa com o braço direito estendido com a palma aberta para um comprimento. 

— A quanto tempo vocês… — Musashi tentou formular uma pergunta, mas não conseguiu.

— Sim… — Doro disse assim que olhou para o moreno, mas depois voltou sua atenção para Fushin e bateu sua palma esquerda na palma direita dela. — Obrigada… —

Shiro ficou em silêncio, mas obviamente surpreso. E o rosado percebeu aquela mudança, mas ficou em silêncio e voltou sua atenção para a kunoichi de Sunagakure que levava a mão direita para a barriga enquanto soltava um riso divertido. O rosado lembrou-se da estadia no hotel antes de tudo aquilo acontecer, lembrando-se de como a amiga estava triste por causa da reclusão, mas agora estava contente por muitas coisas que aconteciam.

— A quanto tempo? — Tsuyu perguntou. Ele não sabia exatamente para quem olhar, por isso optou olhar o rosado que havia invadido a reunião. 

— Eu tô sabendo desde de manhã. — Rin respondeu a pergunta, dando continuidade assim que levou as mãos aos bolsos. — Pretende colocá-la em risco agora que sabe o que está acontecendo com seu corpo? —

Tsuyu ficou em silêncio. Lembrando-se do perigo daquele único dia. Não querendo imaginar o que poderia acontecer caso a mesma tivesse enfrentado Taiyo diretamente. Ele voltou sua atenção para a garota que olhava para ele com gentileza.

— Minha menstruação está uma semana atrasada. Poderia até não ser nada, mas nos últimos três dias comecei a sentir algumas coisas. A vomitar de manhã… — Doro sussurrou.

"Ah, era a menstruação que havia atrasado então?" pensou o rosado que optou pelo seu silêncio. Rin olhava para Shiro que parecia agitado em seu assento, quase como se estivesse querendo deixar seu lugar, ou melhor, afastar-se daquela reunião. O rosado aproximou-se do albino e pôs a mão direita em seu ombro no momento em que ele tentou se levantar enquanto a sua amiga era metralhada por perguntas vindas de Tsuyu e Fushin. O albino levantou sua cabeça, desta maneira olhando para o rosado que sorria amigavelmente para ele enquanto apertava-lhe o ombro, sequer percebendo ou sentindo quando um símbolo surgiu em sua nuca.

— Vai para algum lugar… — Rin cantarolou, dando continuidade ao apertar mais ainda o ombro do albino. — ...traidor? —

— Traidor? — Musashi perguntou.

Aquela palavra chamou a atenção dos outros três. O albino ficou em silêncio por alguns segundos, mas então começou a rir como se considerasse aquele comentário um pouco divertido.

— Vou buscar o champagne. Esse é um momento que tem de ser comemorado, nosso querido Tsuyu-sama será pai. — Shiro disse.

— Uma ova que vai. — Rin disse.

— Rakun, o que está acontecendo? — Doro perguntou.

— Rin… — Tsuyu o chamou, dando continuidade assim que assumiu novamente um olhar sério. — ...o que aconteceu? —

— Shiro está se encontrando com Ashram e passando informações. — Rin respondeu a pergunta do moreno sem desviar sua atenção do albino que segurava o ombro. — Vi isso nas memórias de Taiyo. Shiro disse para Ashram que vocês estavam duvidando dele, por isso que aconteceu esse ataque, assim como também ele saiu levemente machucado, por mais que Taiyo pudesse matá-lo a qualquer momento. —

 — Você não tem provas. — Shiro disse, mantendo um humor em sua voz, então olhando agora Tsuyu e prosseguindo. — Você acha mesmo que eu me encontraria com eles? E o pior… que aceitaria que me machucassem? —

— Eu… — Tsuyu começou a dizer, mas foi interrompido.

— Não tenho? Certeza disso? Porque posso colocar todo mundo nessa sala numa ilusão para que vejam tudo o que vi nas memórias de Taiyo. Ah… tem mais uma coisa… — Rin disse e seus olhos passaram do costumeiro esverdeado para o avermelhado com três tomoes em volta da pupila. — ...qual era o conteúdo da carta que você recebeu de Konoha? —

— Que carta? — Tsuyu perguntou.

— Adivinha só… eu também não sabia que uma carta chegou nas mãos dele. — Rin disse e apertou um pouco mais o ombro de Shiro antes de dar continuidade. — Quando essa carta chegou? —

— A um mês… — Shiro sussurrou. Ele sentia suor frio escorrendo por seu rosto e seu coração bem disparado.

— E porque não entregou essa carta? — Tsuyu perguntou e levantou as sobrancelhas.

Podia não parecer, mas cada um dentro da sala estava preparando-se para alguma coisa. Doro lentamente puxava o aquecedor de braço, desta forma revelando o disparador de Senbon. E Tsuyu parecia disposto a proteger sua namorada a qualquer custo caso alguma coisa desse errado, por mais que Fushin e Musashi estivessem por ali. 

— Deixei Taiyo paraplégico. — Rin disse com severidade e apertando o ombro do albino com mais força ainda, desta vez ao ponto de doer. — Ele estará numa cama ou numa cadeira para o resto da vida e dependerá da bondade de outras pessoas para sobreviver. Se não quiser que o mesmo aconteça com você… — 

— Porque era parte do plano de Ashram com um novato na Shi no Hana. A ideia era de fazê-lo sofrer ao ponto de optar por se matar. — Shiro respondeu.

Naquele momento foi-se confirmada a traição. O rosado parou de exercer força no ombro do albino.

— E qual era o conteúdo da carta? — Rin perguntou.

— Seu… seu pai… — Shiro começou a dizer e sentiu que suava mais do que antes e seu coração estava mais rápido também. — ...câncer em estágio dois nos pulmões… nega-negando tratamento. Foi uma garota quem… —

Shiro não concluiu seu comentário. Ele simplesmente saiu de sua cadeira quando o rosado o puxou e o jogou contra uma das paredes. O impacto foi o suficiente para criar algumas rachaduras naquela mesma parede. Todo mundo ficou em silêncio ao observar o olhar completamente sombrio e odioso do garoto de cabelos rosados, as veias de seus braços e rosto bem nítidos, o mesmo rangendo os dentes. Uma intenção assassina emanava do corpo do ninja médico. Tanta vontade que aquilo assustou até mesmo Musashi que não costumava se sentir intimidado, assustando até mesmo Doro que ainda não tinha presenciado aquele lado obscuro… aquele lado Uchiha… do companheiro de equipe. O rosado aproximou-se de Shiro que mal havia se recuperado do impacto quando seu rosto recebeu um soco com o punho direito do garoto. Não havia aquela força sobre humana que estavam acostumados a verem dele. Não, era um soco comum. O rosado levou seu punho esquerdo ao rosto de Shiro, acertando-o novamente com a mesma gama de força. 

O som de cada um daqueles socos era alto, o rosnado de raiva do rosado acompanhava como uma melodia nada agradável. 

O rosado acertou com outro soco. E depois outro. E mais outro. Cada um daqueles socos era direcionado no rosto de Shiro, nunca abaixo disso. A intenção assassina não diminuía, apenas crescia quando o rosado percebia como o albino não possuía remorso. Ele acertou um sexto soco, depois um sétimo e um oitavo. Sangue escorria do rosto do albino, misturando-se a saliva que escorria também de seus lábios severamente machucados. Rin acertou um nono, um décimo e um décimo primeiro soco naquele rosto, deixando-o com mais hematomas, cada vez mais deformado do que antes. Os punhos do rosado começaram a doer, mas ele facilmente ignorava aquela dor ao sobrepuja-la com a raiva que sentia. Ele acertou um décimo segundo, décimo terceiro e décimo quarto soco naquele rosto desgraçado. 

As pessoas no corredor paravam de andar e assistiam o que acontecia ali dentro, sem saber se deveriam ou não intervir. Tsuyu ficou parado em seu lugar, mas assim como todos os outros, seu corpo saltava quando havia outro soco, eles sentiam o ódio que o rosado sentia.

Rin parou de acertar Shiro depois do vigésimo segundo soco, mas não foi opção dele. Doro saiu de seu assento e caminhou para o seu lado e segurou-lhe o braço direito, olhando para os punhos levemente machucados do rosado e engolindo em seco. 

— Já chega… — Doro sussurrou. 

— Não… — Rin disse enquanto sua mão esquerda era coberta por chakra afiado. Ele deu continuidade. — ...agora já chega. —

Ele só moveu o braço esquerdo à frente do corpo. E o bisturi de chakra acertou o abdômen do albino, mas não apenas isso. A mão encoberta daquela energia seguiu para dentro do peito do albino, criando um caminho até o coração do mesmo e perfurando-o, ou melhor, dividindo-o. Sangue escorreu da boca de Shiro, assim como também daquele ferimento mortal e manchando o chão. O bisturi de chakra foi cancelado e Rin olhou para onde Tsuyu continuava sentado.

— Vamos acabar com a Shi no Hana hoje, entendeu? Mas usaremos uma ideia minha. Já chega de inocentes serem feridos. — Rin disse áspero.


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