Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 89
S04Ch30;




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— Você parece um pouco confiante, mas olhe à sua volta… — Taiyo sugeriu.

Rin não obedeceu, desta maneira continuou olhando seriamente para o loiro, mas ele sabia o que o mesmo queria lhe dizer. As pessoas que se machucaram com aquele pequeno encontro, os olhares incrédulos e medrosos, mas também angustiados, era tudo responsabilidade dele, de mais ninguém. O rosado fechou suas mãos com mais força, assim como seu olhar tornou-se levemente mais sério, mas acabou sorrindo pelo canto esquerdo de seus lábios.

— Eu aposto que você tem baixa autoestima. Está querendo elevá-la com o medo que essas pessoas sentem por você, quem sabe o que vai acontecer com sua autoestima quando Ashram parabenizá-lo, né? Bom… — Rin disse, mas aparentemente não havia terminado seu diálogo. Enfim, olhou em volta e sua atenção parou no loiro. — ...eu não me importo. Já passou do tempo em que me intimidava por alguém que machucava por diversão as pessoas. Eu tenho ódio por esse tipo de gente, mas você… — O rosado soltou um risinho curto e debochado enquanto colocava a mão esquerda no bolso, mas mantendo-se atento nele antes de dar continuidade. — ...não é uma pessoa, mas uma barata que vive a partir de migalhas. Não dá nem para sentir ódio de alguém que tenta se engrandecer. Que tenta trazer os mortos de volta para… — O rosado soltou outro risinho e levou a mão direita ao cabelo, alisando-o para trás antes de dar continuidade, mas dessa vez perdendo qualquer "bom" humor em seu tom. — ...não adianta de nada conversar com uma barata. Não é você o responsável por essa bagunça, mas não vai demorar tanto assim para encontrá-lo. —

— Parece que gosta de ouvir a sua voz. — Taiyo disse. Ele tentava não parecer abalado pela comparação com uma barata, mas fracassou. 

— Vamos lá para dentro, Tsuyu. Não há mais nada para fazer por aqui. — Rin sugeriu e voltou sua atenção para o moreno, dando continuidade assim que mexeu sua cabeça como se indicasse o loiro alado. — Essa barata oportunista vai escapar quando perceber que não tem a menor chance. —

"Que mudança de personalidade é essa?" tanto Tsuyu quanto Doro pensaram na mesma coisa. A kunoichi de Sunagakure estava bem curiosa a respeito do rosado que não dava a mínima para o adversário que lidou com Kanako Urai, chamando-o de barata algumas vezes. Taiyo não permitiria que as ofensas continuassem, por isso voou de encontro ao chão, ou melhor, ao encontro do rosado que inicialmente parecia distraído com as duas outras pessoas, mas não estava. A última coisa que o rosado teria naquele combate seria distração, por isso que o loiro não foi capaz de atingi-lo quando tentou aquele rasante. O rosado saltou por cima do corpo alado, levando a palma de sua mão direita para as costas do loiro durante o salto, desta forma um símbolo surgiu naquela área. Taiyo retornou a voar relativamente alto e olhando para o garoto que exibia-se sério ainda, mas também parecia um pouco tranquilo com toda aquela situação.

— Eu já lidei com muitas pessoas. Com um cara que era bom em Kugutsu e invocava lobos. E o matei. Com um cara que não teve a chance de se mostrar, mas que controlava insetos. Sabe porque não se mostrou? Porque o matei. — Rin disse. Ele moveu seu braço esquerdo com o punho quase totalmente fechado, exceto pelo indicador que apontava para o corpo de Kanako. — Eu lidei com ela. — E depois apontou para Musashi. — E com ele. — E depois apontou para Taiyo e usou um tom cheio de deboche que foi acompanhado de um risinho. — Eu posso lidar com você, barata voadora. —

— Você até agora só falou. — Taiyo disse, continuando assim que entendeu os braços aos lados de seu corpo enquanto as asas de papel se mexiam. — Mas duvido que consiga me machucar. —

— Tudo bem. Então, vou demonstrar. — Rin disse logo em seguida e fechou suas mãos em punhos com um pouco mais de força.

Taiyo estava para dizer alguma coisa, mas se calou no momento em que o garoto desapareceu de seu campo de visão. E ele sentiu um peso a mais, ou melhor, algo que o puxava para trás, por isso que moveu um pouco seu rosto e não escondeu a surpresa ao ver o rosado em suas costas. A mão esquerda do garoto lhe segurando o ombro esquerdo, porém o braço direito para trás, entretanto por pouquíssimo tempo. Isso porque o rosado moveu seu braço direito e levou o punho de encontro ao rosto do loiro, desta forma acertando-o. O rosto de Taiyo se moveu para o lado oposto quando recebeu aquele soco, além disso a saliva escapou de seus lábios. O loiro foi lançado para longe por conta daquele único soco, seu corpo moderadamente magro quicou pelo chão inúmeras vezes. O rosado retornou ao chão, mantendo-se agachado por alguns segundos e olhando para baixo naquele tempo disponível que encontrou, mas logo ergueu sua cabeça quando percebeu que uma pessoa havia se aproximado. Era a kunoichi de Sunagakure que parecia cheia de perguntas.

— Você está sofrendo com… — Doro tentou concluir seu comentário, mas foi interrompida pelo rosado.

— Não. — Rin se adiantou. Ele levou a mão direita ao cabelo, coçando-o e suspirando antes de dar continuidade. — Múltiplas personalidades? Não mesmo. Eu só queria baixar a guarda dele, por isso que tentei machucar um pouco do seu precioso ego. — E ainda continuou depois que se colocou de pé e levou sua mão direita ao cabelo da garota, afagando-a. — Bom trabalho com Fushin. —

— Quem eram aquelas pessoas? E para onde foram? — Doro perguntou enquanto suas bochechas ruborizaram pelo afeto recebido, mas continuou ao prestar atenção nos olhos do amigo. — Seus olhos estão diferentes. —

— Estão? — Rin perguntou. Ele ignorou completamente as perguntas feitas por sua amiga, dando continuidade assim que pegou do chão um pedaço da lâmina quebrada do machado de Musashi, assim tendo a chance de ver seus olhos diferenciados. — Estão mesmo. —

"Desde que isso não me mude, está ótimo" o rosado pensou e soltou o pedaço da lâmina de machado, depois levantou seus braços e se espreguiçou com as mãos entrelaçadas, assim como também jogou a parte superior de seu corpo para trás e depois aos lados. Sua atenção se voltou na específica direção em que o corpo do loiro foi jogado por aquele único soco, suspirando e agitando os ombros e balançando a cabeça de um lado a outro, sua intenção era demonstrar uma leve decepção. E ele continuou observando quando o loiro enfim mostrou sinais de que, por enquanto, estava vivo. Taiyo começou a se levantar e levou a mão direita para onde recebeu aquele único soco. Então, olhou para o rosado que também olhava para ele, mas foi o loiro quem agiu primeiro. 

— Seu desgraçado! Você ousa me machucar!? — Taiyo vociferou no momento que papéis saíram de seu corpo e seguiram na direção do rosado. 

"Estou prevendo melhor do que antes" pensou o rosado que abriu um sorriso pelo canto esquerdo dos lábios, observando cautelosamente os papéis explosivos seguirem em sua direção. "Isso daqui gasta muito do meu chakra, por isso é melhor que eu não não use ninjutsu" continuou pensando, sentindo-se agradecido por aquela segunda reserva de chakra que continuava sendo alimentada ao mesmo tempo em que era consumida. O rosado disparou de encontro aos papéis explosivos, então habilmente saltou por cima dos mesmos como fizera anteriormente com o loiro, desta forma chegando bem perto de Taiyo que recuou um passo com tanta proximidade, mas o loiro não teve a chance de atacá-lo naquele momento. Rin acertou o abdômen de Taiyo com um soco, mas não parou no primeiro. Ele emendou com um segundo e depois um terceiro. Os dois primeiros socos acertaram as costelas de Taiyo, dessa maneira quebrando duas, e o último soco acertou um dos pulmões dele, assim fazendo-o perder o fôlego por um breve instante. E os três ataques foram o suficiente para tirarem o loiro do chão, assim o rosado girou seu corpo em 360° usando a perna esquerda como apoio enquanto a direita estava bem levantada, mas não causou tanto dano como gostaria. Isso porque o loiro conseguiu se proteger daquele último ataque usando os antebraços para receberem a maior parte do dano, mas ele ainda foi afastado do rosado por conta do impacto recebido.

— Argh… — Taiyo disse enquanto levava a mão direita ao abdômen e sentia uma forte pontada de dor. — ...porque todo mundo que aparece… tem a coragem de me machucar? Eu vou te matar por ter encostado em mim… —

— Todo mundo que aparece? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas, obviamente demonstrando dúvida com o comentário. — Não está apanhando apenas de mim? —

— Fale direito comigo. Sou superior a você em todos os sentidos. — Taiyo disse e novamente estendeu os braços à frente do corpo, assim as asas de papel regressam e ele saiu do chão por alguns metros. — Eu vou te matar com algo que estava guardando para Yuki Kori, então… sinta-se honrado. —

"Yuki Kori?" pensou o rosado que sentia um pouco de familiaridade com aquele nome, então acabou se lembrando de onde escutou aquele nome. "War! Um membro da Mokushiroku no Kishu está aqui? E trabalhando ao lado da Shi no Hana?" pensou o rosado que assumiu uma expressão de surpresa. "Eu tenho que descobrir mais sobre isso…" o rosado pensou novamente e levou a mão direita ao cabelo, desta forma esfregando-o para trás enquanto olhava para o que Taiyo pretendia fazer, tentando ao menos entender sua intenção. Os papéis saíram do corpo levemente machucado do loiro e seguiram de encontro ao rosado, mas não acertaram-no. Os papéis giravam em torno dele e cada vez mais daquele material se unia para alguma coisa bem planejada pelo loiro. "Ele pretende me deixar sem saída? Se eu tentar atacar esses papéis, vão se grudar em mim e explodir, essa é a ideia dele? Ele está querendo que eu consuma chakra?" o rosado continuou pensando. E levantou sua cabeça, desta forma enxergando o "olho" daquele círculo de papéis explosivos; uma abertura que era sua única saída, mas que imediatamente foi coberta por alguns papéis. 

Mesmo naquele domo de papéis, podia ouvir a gargalhada de Taiyo no lado de fora. O loiro planejava usar aquela técnica para quebrar o jutsu de Hyouton relacionado a defesa, matando-o junto de sua querida técnica, mas também queria acabar de uma vez por todas com aquelas pessoas da Mangetsu. 

— Eu sou o anjo de Amegakure! Sou aquele mais próximo a deus! Eu não aceito… — Taiyo começou a dizer, mas foi interrompido.

Rin apareceu a sua frente. Ele havia usado o Hiraishin no Jutsu, aproveitando-se de uma marca deixada no abdômen do loiro quando o socou naquela região. O rosado fechou seu punho direito e novamente levou-o de encontro ao rosto do adversário, acertando-o e jogando-o para trás. O nariz de Taiyo se quebrou depois daquele último ataque, assim sangue começou a escorrer dele. E o domo de papel começou a ser desfeito por causa da perda de foco do loiro. O rosado suspirou enquanto levava a mão esquerda ao pulso direito, massageando-o.

— Você fala demais. — Rin disse, mas deu continuidade enquanto se aproximava do corpo caído. — Você pode ser isso tudo mesmo, mas só para aquelas pessoas sob o comando de Ashram ou aquelas que tem medo dele, mas não estou dando a mínima para quem é. A única coisa que sei… — Rin disse e se agachou ao lado de Taiyo e segurou-lhe pelo cabelo, puxando-o e erguendo a parte superior do corpo do loiro antes de dar continuidade. — ...é que vou matá-lo. —

Taiyo abriu um pouco seus olhos rubros, assim enxergando os olhos do garoto próximo a ele. Rin olhava para ele de um jeito sério e bem concentrado, ignorando tudo o que acontecia ao redor deles. Os olhos ônix com detalhes avermelhados não pareciam carregar a costumeira gentileza do rosado. Não, não havia porque ser gentil naquela situação. Os olhos do rosado não mostravam sua intenção assassina, mas isso era perceptível de alguma forma que ninguém era capaz de explicar. Aquela concentração, foco, assemelhava-se ao olhar de um predador reservado, esperando pela oportunidade de um ataque mortal em sua presa. A própria respiração calma do rosado tornava-o amedrontador.

E Tsuyu sabia o porquê daquele comentário do rosado. Aquela promessa antes de tudo aquilo ter começado, aquele "Se machuca-lá, vou matá-lo" seria realizada. "Eu preciso descobrir um pouco mais do que está acontecendo na Shi no Hana. Então, tenho que invadir suas memórias" o rosado pensou, lembrando-se de já ter feito algo semelhante, mas com outra pessoa. Com aquele senhor do hotel que frequentaram por um curto período, mas naquela época ficou absurdamente nervoso com o rapto de sua amiga, desta forma deixando as emoções falarem mais alto. "Eu tenho que invadir sua mente. Ver suas memórias…" o rosado continuou pensando. E lentamente sangue começou a escorrer de seu olho direito, deslizando por seu rosto e pingando no chão. Um momento antes daquilo acontecer, Rin sentirá uma grande perda em sua segunda reserva de chakra. 

[ ۝ ]

Rin piscou e olhou em volta. Não reconhecendo aquele lugar que encontrava-se, mas sentindo um pouco de familiaridade. Inicialmente era uma área escura, mas então algo surgiu à sua frente. Como alguém que estudava Iryō Ninjutsu, não foi difícil reconhecer que o recém aparecimento era um cérebro, além disso haviam os impulsos elétricos do mesmo para clarear um pouco daquele ambiente escuro, mas ele continuou sem entender como foi parar naquele tipo de lugar. 

O rosado engoliu em seco e devagar aproximou-se daquele cérebro e pôs sua mão direita no mesmo, então recuou a mão no momento que imagens apareceram ao redor dele e em todas uma voz diferente, como se fossem conversas, mas desapareceram quando houve o afastamento da mão. Rin levou alguns segundos para tomar coragem e encostar a mão novamente ao cérebro, então gargalhou e pôs a mão esquerda na cintura. 

— Eu não tenho a mínima ideia do que tá acontecendo, mas tudo bem. — Rin disse e levou a mão esquerda ao cabelo, coçando-o antes de dar continuidade. — Vamos ver se eu entendo esse negócio. —

Mais imagens voltaram a aparecer, mas dessa vez começaram a se mexer. Era como se o rosado estivesse numa sala de cinema com dezenas de televisões e cada uma passando um filme diferente. "Isso são… memórias?" pensou e firmou sua mão direita naquele cérebro.

— As últimas lembranças. — Rin disse. 

E os telões param com as transmissões de antigas memórias, então começam a transmitir cenas de horas antes do encontro na base da Mangetsu. E o rosado levantou uma das sobrancelhas ao reparar numa cena em particular que o loiro encontrava-se com um falcão negro. Ele estava para dizer alguma coisa, mas então ouviu a voz de alguém um pouco familiar.

— Eles estão desconfiados de mim. — Era a voz de Shiro. 

Rin olhou para o telão em particular e cruzou os braços, assistindo bem concentrado ao que passava naquela cena.

[ ۝ ]

— Eles estão desconfiados de mim. — Shiro disse.

Ele estava em pé. De frente para Ashram Chinoike que comia um delicioso bacon com queijo derretido, parando com o garfo em sua boca no momento em que subiu seu olhar, desta forma enxergando o albino. Ao lado dele encontrava-se Taiyo que girava uma taça chique de vinho em sua mão direita e mantinha seus olhos em Kori logo a sua frente na mesa, mas desviou seus olhos para enxergar o albino quando o escutou.

— Jura? — Taiyo disse. Havia um pouco de divertimento em sua voz, mas dando continuidade assim que bebeu da taça. — É uma pena. Bom, tchau. —

— Onde está o original? — Ashram perguntou e pôs o garfo com pedaço de bacon no prato, depois colocou os cotovelos na mesa e apoiou o queixo nas mãos entrelaçadas. — Tenho uma ideia para diminuir as suspeitas. —

— Passeando com Tsuko. No lado norte de Amegakure. — Shiro respondeu, mas deu continuidade ao cruzar os braços. — Que idéia? —

— Taiyo-kun irá atacá-lo. E machucá-lo bastante, assim parecerá uma emboscada. E servirá para dizer que não tem relação alguma conosco. — Ashram disse com calma para o albino, mas depois olhou para o loiro ao seu lado e suspirou. — Capture Tsuko-chan com vida, traga-a até aqui e depois leve-a para a Mangetsu. —

— Em que está pensando? — Kori perguntou.

— Pelo que Shiro passou nos últimos relatórios… — Ashram começou a falar, dando continuidade assim que olhou para o albino. — ...os dois se aproximaram, aparentemente há uma relação de sangue, ou coisa do tipo. —

— Novamente, em que está pensando? — Kori perguntou novamente.

— Ashram-sama usará o Ketsuryugan, assim explodiremos a garota que tanto me incomoda. — Taiyo disse.

— Primeiro aquela carta de Konohagakure, depois ela… — Shiro comentou e levou a mão esquerda ao bolso da calça e puxou de dentro um isqueiro. — ...tá certo. —

— Não permita que desconfiem novamente. — Ashram disse e levou o pedaço de bacon para sua boca antes de dar continuidade, mas dessa vez não era direcionado para o albino. — Taiyo-kun, está dispensado também. —

O loiro não era tolo de desobedecer, por isso saiu de seu assento no momento em que foi dispensado. Ele olhou para Kori que parecia agir distraído, talvez confiante demais em suas habilidades, mas depois olhou para Ashram que parecia ainda mais distraído enquanto se alimentava e acreditava que aquela conversa havia se encerrado. O loiro nem mesmo olhou para o albino que fez um selo, desta forma seu corpo desapareceu e um pouco de fumaça surgiu no lugar. O loiro começou a tomar distância.

— Taiyo-kun… — Ashram o chamou, desta forma fazendo com que o loiro parasse e olhasse em sua direção. — ...não falhe. Estará levando as invocações de Kori, por isso não estará sozinho. —

— Obrigado pela confiança. — Taiyo disse.

Ashram não disse uma única palavra, nem mesmo Kori. O loiro entendeu aquilo como o momento de sua partida, por isso deixou o local enquanto caminhava de forma elegante e exageradamente confiante. 

[ ۝ ]

Rin ficou em silêncio. E talvez um pouco surpreso por Shiro estar do lado inimigo, mas também sentindo-se agradecido por ter acesso a aquelas informações. "Uma carta de Konohagakure?" ele pensou enquanto afastava sua mão daquele cérebro, desta forma as imagens que o cercaram em telões simplesmente desapareceram. 

[ ۝ ]

Rin piscou. E de alguma forma havia retornado. Seu olhar continuava atento em Taiyo, mas este parecia ter apagado temporariamente. O rosado suspirou e sentiu um cansaço chegando em seu corpo, mas imaginava que não poderia deixar aquilo sem um encerramento. Uma parte dele queria sair dali com a morte de Taiyo, mas havia outra parte — um pouco bondosa — que gostaria de deixá-lo com vida. "Eu não sou como eles" o rosado pensou e levou sua mão direita encoberta de chakra para os ombros do adversário inconsciente, desta forma rompendo os tendões que ali estavam, assim tornando seus braços inúteis, mas ele também não parou com aquilo. Ele levou a mesma mão para as costas do loiro e deslizou por alguns centímetros até chegar ao ponto certo — C5 — e causou um dano severo com o bisturi de chakra. "Dependerá das pessoas para tudo a partir de agora. Alguém orgulhoso como você, sem dúvida, merece mais isso do que a morte" o rosado pensou e afastou sua mão do corpo de Taiyo, então lentamente colocou-se de pé, mas não durou muito tempo. Seus olhos regressam ao tom esverdeado costumeiro e o cansaço acompanhou aquela mudança. O rosado percebeu como tudo estava escurecendo e girando antes de desmaiar.

— Oh, merda... — Foi tudo o que ele disse.


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