Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 7
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"A explosão de antes que alertou esses bichos?" foram os únicos pensamentos de Rin que mordia os lábios inferiores ao ver os animais se aproximarem. Seus olhos esverdeados se voltam para a Hyuga que, em poucos segundos, tomou a dianteira com uma posição clássica de seu clã e acertou o lobo mais próximo com um golpe de palma aberta e, desta forma, jogou o animal para longe. O rosado parou de morder os lábios para sorrir e olhou para Li que arremessou uma das suas espadas contra um lobo de boca aberta o finalizando e depois puxando a arma por um fio resistente que era amarrado na mesma, girou em volta de seu corpo e arremessou contra outro lobo que caiu com o primeiro golpe. Rin retornou com sua atenção para um animal que havia se aproximado demais dele e já abria a boca para uma mordida feroz, mas o rosado levou o punho direito de encontro ao rosto do lobo que foi arremessado longe com o impacto, no entanto se recuperou e balançou a cabeça e correu de volta para os inimigos.

— O que aconteceu? Porque aquele lobo não morreu? — Li quem perguntou assim que assistiu à breve demonstração de violência do rosado.

— Eu quero poupar minha força. — Rin o respondeu, mas olhou para os animais que continuavam vindo e suspirou antes de fechar sua mão direita com mais força e olhar para a Hyuga. — Professora, me jogue para cima com o Punho Gentil. E tomem um pouco de distância. —

A Hyuga só olhou para o rosado por alguns segundos. "O que está pensando em fazer?" a Jounin pensou, mas balançou a cabeça de acordo com o pedido do rapaz que, com aquela afirmação, correu na sua direção e depois pulou, mas não o suficiente para passar por cima da mulher que moveu suas mãos de baixo para cima até que as palmas tocaram a sola dos pés do rapaz e, desta forma, jogando-o a incontáveis metros acima do chão. Li olhou para Rin no ar e, por causa disso, se distraiu o suficiente para receber a mordida de um lobo no ombro direito. Uma mordida forte e ele grunhiu antes de atravessar o crânio do animal com a lâmina de uma de suas espadas, mas assim que se livrou de uma foi pego por outra que, desta vez, foi na coxa esquerda. Ele finalizou o animal da mesma forma que o anterior e se distanciou com a Hyuga o ajudando. Rin começou a sua queda rápida de volta para o chão e sorriu um pouco mais enquanto fechava mais forte seu punho direito. 

— SHANNARO, KUSO BAKA! — O rosado gritou com todo o ar de seus pulmões.

Ele acertou o chão. Num primeiro momento tudo, numa zona de dez metros, tremeu antes de desabar, ou seja, o chão o afundou por alguns metros. Lentamente, seu olhar que estava fixo no punho encostado no chão, subiu e olhou para os seis lobos que foram pegos por aquele ataque e um sorriso tomou seus lábios antes dele sair da cratera recém formada e correr de volta para a Hyuga e Li que pareciam surpresos num primeiro instante. Rin olhou para o lado direito enquanto corria e abaixou a cabeça um instante depois para evitar o ataque, ou melhor, a mordida de um lobo que aproveitou da fumaça para atacá-lo, mas assim mesmo as garras do animal passaram por sua bochecha esquerda. Ele fechou o punho direito uma segunda vez e socou o lobo acinzentado e, desta forma, o jogou a uma boa distância, mas ainda vivo. Rin já havia retornado para o lado de Li e olhou para os ferimentos do espadachim que evitava demonstrar um pouco de dor. "Eu preciso cuidar disso" pensou e depois olhou para a Hyuga que sorriu e tomou a dianteira novamente.

— Você é um suporte. Cuide dele, Rin. — Foram as únicas palavras da morena antes de assumir a posição de luta clássica de seu clã.

Li perdeu por um momento a força de suas pernas e, por isso, foi parar no chão enquanto sangue escorria por seus recentes ferimentos, manchando inclusive sua roupa. Ele olhou para o lado assim que sentiu um toque gentil no ombro direito e ficou em silêncio por ver o rosado o encarando com algo que ele não soube identificar. O espadachim continuou em silêncio quando uma energia esverdeada deixou a mão do rosado e uma reação tomou conta de seus ferimentos que devagar se fechavam. "Tomar cuidado com tudo que a mordida acertou" Rin pensou enquanto mantinha seus olhos concentrados no espadachim e continuava a curá-lo. Enquanto isso, Suitai habilmente enfrentava os animais selvagens, partindo para o próximo lobo quando mandava um para longe com seu Punho Gentil.

— Olha que agilidade. — Foram as únicas palavras de Rin enquanto o mesmo olhava para a Hyuga e curava o espadachim.

Era verdade. Suitai havia treinado sua agilidade mais do que qualquer outra pessoa naquele novo período de paz. A Hyuga para treinar sempre pôs pesos cada vez mais pesados nos pés e nas suas mãos, suas roupas eram cuidadosamente feitas por um tecido que ficava mais pesado com o tempo — e que ela usava quase que constantemente, exceto por naquele dia — então dava para admitir que sua agilidade, ou melhor, sua mobilidade era altíssima. Assim que a Hyuga graciosamente desviava de um lobo já partia para o ataque com um Punho Gentil na barriga do mesmo animal e, desta forma, mandando-o a uma distância do trio e já virava seu corpo para outro ataque num lobo mais próximo. A morena não expressava nada além de calma, nenhuma mudança em sua expressão enquanto desviava e atacava, desviava e atacava, repetindo o mesmo movimento simultaneamente, mas dava para ver um pouco de suor escorrendo por seu rosto. Ela parou de se movimentar quando seis lobos se aproximaram para atacá-la e um sorriso foi nascendo nos seus lábios.

— Hakkeshō Kaiten. — Foram suas únicas palavras, nada mais que um sussurro quase inaudível.

Então, a morena girou seu corpo para bloquear os seus simultâneos ataques dos canídeos. Desta forma criou um escudo rotativo de Chakra inicialmente pequeno, mas de propósito já que expandiu o escudo em questão de dois segundos quando os lobos ficaram mais próximos e, desta forma, lançou seus atacantes para longe. Ela cancelou a rotação, mas manteve a posição de combate e o próprio sorriso enquanto olhava para os animais restantes. "Porque não estão se retirando?" a Hyuga pensou enquanto liberava um pouco de ar dos pulmões. 

— Rin. — A Hyuga chamou pelo rosado, mas não olhou para trás para saber se o aluno a escutou. — Li. — Chamou pelo espadachim enquanto desfazia o sorriso e sua expressão esfriava. — Sabem alguma combinação de combate? —

— Eu estava pensando nisso. — Rin comentou enquanto andava para o lado direito da Hyuga e bateu seu punho direito na palma esquerda com um olhar calmo. — Mas eu não tenho certeza se isso pode funcionar. —

— O que você está pensando? — Foi Li quem perguntou desta vez ao parar do lado do rosado enquanto segurava duas de suas espadas em formato de agulha. 

— Vamos precisar de um tempo. Consegue? — Rin perguntou e moveu sua cabeça um pouco para olhar a Hyuga que estava concentrada nos animais que se aproximavam.

— É claro. — A Hyuga olhou para Rin e inspirou fundo antes de levar a mão direita ao cabelo do rosado e esfregar um pouco. — Darei 10 segundos para vocês. Brilhem, meus queridos alunos. —

"Até parece uma despedida" Rin pensou e viu a mulher tomando a frente em passos lentos e depois correndo em direção aos lobos que rosnaram e correram também. O rosado voltou sua atenção para Li e depois para a espada que estava na mão direita do espadachim e mordeu os lábios antes de segurar a arma também.

— O que está fazendo? — Li perguntou e percebeu um pouco de Chakra fluindo pela espada. — O que está fazendo? — Ele perguntou novamente.

— Concentrando o elemento relâmpago na sua espada. Então, fique em silêncio para que dê certo e você possa fazer algo incrível. — Foram as únicas palavras do rosado que segurava a arma do outro com um pouco mais de força. — Linha relâmpago. —

Então, aconteceu. Da espada saíram algumas rajadas aleatórias de relâmpagos, mas nenhuma acertou os lobos e, por sorte, não pegou na Hyuga que observou aquilo em silêncio depois de usar a palma gentil em outro lobo. Li imediatamente entendeu a intenção de Rin e, por isso, ajeitou sua postura e a forma que segurava a espada e apontou a lâmina para o lobo mais próximo de Suitai Hyuga e um relâmpago sai da ponta e viajou até o canídeo que foi atingido e ficou inconsciente no chão. "Entendi o que ele está fazendo" Suitai pensou e olhou para Rin que ainda segurava a espada e continuava a concentrar o elemento na mesma, mas também percebia como o rosado estava suado enquanto gastava seu chakra daquela forma. Li sorriu pelo canto dos lábios e fez um movimento com a espada, como se fizesse um corte em horizontal, e o relâmpago deixou sua arma e acertou mais alguns lobos e o próprio chão deixando uma marca escura. De dezoito lobos que apareceram para aquele evento, restavam oito que rosnavam mostrando suas presas para os três ninjas. Um desses canídeos, provavelmente o mais corajoso, correu em direção ao espadachim e desviou das inúmeras rajadas de relâmpago já que não corria em linha reta. "Lobo chato" Rin pensou e olhou para Li que balançou a cabeça como se concordasse com uma sugestão silenciosa.

Então, Rin soltou da espada e os relâmpagos cessaram. Isso aconteceu quando o canídeo já estava próximo para atacar um deles. O rosado fechou sua mão direita em punho e sorriu quando o animal pulou para atacá-lo, reparou em como o lobo salivava e, por causa disso, suas presas pareciam ainda mais mortais para um abate. Mas ele desviou quando o animal atacou e não se esqueceu de sorrir ou de manter a seriedade dos seus olhos quando levou o punho direito ao corpo do animal. E o impacto foi mais do que suficiente para lançar o canídeo para muito, muito longe. Rin sabia que as costelas do animal tinham se quebrado com aquele único golpe. Sabia disso porque ouviu, ou melhor, sentiu na execução do soco. 

Kira assistia aquela briga pela janela pequena da casa do fazendeiro que estava do seu lado, assistindo e não escondia a surpresa pelo trabalho da equipe. A ruiva então sentiu algo se aproximando do campo de batalha, olhou para a saída da cozinha e correu para lá enquanto era vigiada pelo homem que não entendia o que aconteceu. Ela seguiu para fora da casa e assobiou para que a atenção dos três se voltasse para ela.

— Tem alguém vindo. — Ela olhou para Rin e, por causa da habilidade sensorial de Chakra, soube como o mesmo estava esgotado e, por isso, se aproximou dele e estendeu ao mesmo seu braço direito. — Me morda. —

— O que? Porque? — Rin perguntou.

— Transferência de Chakra e Vigor. Minha mãe me ensinou durante a infância pensando que minha vida seria de ninja. — A ruiva explicou e moveu os ombros como se não ligasse em dar aquela informação. — Só me morda de uma vez. —

Rin ficou em silêncio, mas obedeceu. Ele segurou o braço da ruiva e levou os lábios para um pedaço aleatório e mordeu. Foi quase uma reação instantânea. Ele sentiu seu corpo ser reabastecido por chakra e o cansaço desapareceu. "Incrível" pensou e voltou seus olhos para Kira que possuía um pouco de rubor nas bochechas. Ele parou de mordê-la e viu quando ela olhou numa direção específica que todo mundo acompanhou. 

— Chegou. — A ruiva sussurrou.

E estava certa. Uma figura encapuzada estava saindo da escuridão que a vegetação selvagem fornecia. O até então desconhecido, ou melhor, conhecido como Gluttony protegia seu corpo com um manto negro com mangas longas até os punhos, a máscara que escondia o rosto era branca, mas possuía detalhes em vermelho e dava para perceber que seu cabelo era escuro. Kira, que possuía mais afinidade sensorial, percebeu imediatamente que aquela pessoa era perigosa. Os lobos que restavam olharam para o quarteto de ninjas e depois para a figura imóvel na entrada da floresta e baixaram seus focinhos antes de se aproximarem do encapuzado que sequer olhou para eles. "Sem armas" a Hyuga pensou ao usar uma das habilidades de seu Byakugan para ver através da roupa de Gluttony e, desta forma, certificou que o mesmo chegou desarmado. 

— Se estão aqui devem saber quem sou. E de qual grupo venho. — Foram as únicas palavras de Gluttony enquanto mantinha sua posição a mais relaxada possível. — Ou isso é um pouco inesperado para vocês. Não acho que a Vila da Folha mandaria ninjas inexperientes para cá. —

— Esses ninjas inexperientes que diz… — Li engoliu em seco depois de soltar aquelas palavras. Ele confiava em suas habilidades como espadachim. — …são o suficiente para lidar com você. —

— Você será o primeiro a morrer. — Gluttony disse após a resposta do espadachim e olhou para os lobos que rosnaram para o garoto. 

— Quais os planos de seu grupo? — A Hyuga perguntou e sentiu um suor escorrendo por seu rosto. Ela sabia que não estava cansada, mas era por outra coisa.

"Estou abastecido de Chakra" Rin pensou e mordeu os lábios enquanto recuava alguns passos. Ele poderia lidar com aquela situação de forma ofensiva ou no suporte. Moveu o rosto o suficiente para olhar Kira que não era capaz de esconder o medo na presença do recém aparecido inimigo. "Até onde chega o seu medo?" o rosado pensou e voltou os olhos para o inimigo mascarado. 

— Kira. — Ele chamou pela ruiva e não olhou para trás para saber se a atenção dela estava nele. — Seja o suporte por enquanto. Tome distância do grupo e se alguém for até você deixe morder seu braço. Nós vamos te proteger, então nos proteja. —

— Ah, certo. — Foram as últimas palavras da ruiva antes dela tomar distância do grupo. 

— Li. — Ele chamou pelo espadachim que segurava firme as duas espadas em formato de agulha e, como anteriormente, não se importou se a atenção do outro estava nele. — Sem vacilar. Não perca nenhuma oportunidade para atacar com essas três espadas. —

— Entendido. — Li sussurrou.

"Ótimo, três ofensivos e uma suporte. Temos uma boa vantagem" o rosado pensou e assobiou para a Hyuga que olhou para ele e seguiu seu olhar, mas Rin olhava para o céu. E a morena entendeu o que ele estava querendo fazer. O rosado tomou distância, ficando a dez metros da equipe, e depois correu e perto da morena pulou e recebeu um grande impulso quando a Hyuga usou na sola de seus pés o Palma Gentil. O rosado foi jogado para cima e mirou sua atenção no desconhecido que também lhe olhou. Ele fechou seu punho direito com toda força enquanto caia na direção de Gluttony.

— SHANNARO, KUSO BAKA! — Ele gritou com todo ar e força que tinha em seus pulmões.

 


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