Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 52
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Por aquele Rasengan ter sido feito sem o auxílio de um Kage Bunshin, sua eficácia foi bem inferior ao planejado pela Yamanaka que reparou nos primeiros instantes. A roupa de seu inimigo se rasgou no abdômen, marcas circulares tomaram forma no peito desnudo. Ela fechou sua mão direita em punho ao vê-lo sorrir, diversão rondando naqueles olhos azuis como o mar, maldade naquele sorriso cruel e malicioso. Ela não tinha a mesma força que Rin, mas um soco ainda era um soco. Só tinha que ser dado o lugar certo para encontrar a brecha para escapar daquela caverna. Ela executou um soco de baixo para cima no queixo do moreno, mas fracassou. Seu punho parou a centímetros de fazer contato com o moreno.

Então, percebeu o sorriso cínico retornando para os lábios dele, um brilho de diversão rondando naqueles olhos azuis marinhos, quase como se triunfasse em algo que nem se esforçou tanto. Seu corpo estava paralisado novamente, por isso considerou que o mesmo programou um Genjutsu para quando tentasse atacá-lo, mas estranhou já que o mesmo não se ativou quando usou o Rasengan. Ou seja, ele não elaborou um bom plano para caso ela se libertasse e resolvesse confrontá-lo. Aquela paralisia aconteceu por pura sorte dele e desleixo seu, mas estava preparada para aquilo.

No momento em que Dante girou a faca na mão para golpeá-la no antebraço direito, seu corpo recebeu o impacto de um chute vindo direto de suas costas. Da entrada da caverna e mais precisamente de um Kage Bunshin de Misa, a cópia exibia um sorriso provocativo enquanto um selo familiar ocupava as duas mãos, desta forma liberando a original do Genjutsu de Paralisia. Por causa do impacto, Dante foi jogado mais ao interior da caverna, rolando por alguns metros até seu corpo se chocar com uma estalagmite. Misa olhou para o lado esquerdo, desta forma encarando sua Kage Bunshin que levantava o braço esquerdo com a palma aberta, convidando-a para um cumprimento vitorioso, mas a Yamanaka original só suspirou, balançou sua cabeça e retornou sua atenção ao inimigo imóvel a metros de distância. Ela só conseguirá se livrar do Genjutsu de Paralisia, o de Sensibilidade parecia um pouco mais complexo, ou seja, levaria um pouco mais de tempo para desfazê-lo, por isso tomaria cuidado com os ferimentos que recebesse. 

— Você preparou duas armadilhas? — Dante perguntou. Sua cabeça antes baixa foi erguida, seus olhos azuis se concentraram nas figuras distantes e um sorriso largo surgiu em seus lábios. Ele começou a gargalhar, levando a mão direita ao cabelo e puxando algumas mechas. — Gyahahaha!!! —

Misa mordeu os lábios. Tudo o que pensou na ausência de Dante já tinha sido usado. Desde o primeiro Kage Bunshin para servir de armadilha enquanto formava um Rasengan, ao segundo fora da caverna que atacaria no momento em que acontecesse alguma coisa. Ela não conseguiu tempo para planejar, mas aquele era o momento de mostrar que não era frágil. Dante devagar se levantou, mas a parte superior de seu corpo manteve-se curvada e os braços moles, mas a faca continuava na mão esquerda. Sua respiração começava a ficar mais rápida, seus olhos não se desconcentraram da loira que parecia disposta a enfrentá-lo. Então, começou a sussurrar uma música que elaborou a muito, muito tempo. Por estarem numa caverna a música era ouvida por Misa.

— Este é o fim. Belo amigo. Este é o fim. Meu único amigo, o fim. Dos nossos planos elaborados, o fim. De tudo o que resta, o fim. Sem salvação ou surpresa, o fim. Eu nunca olharei em seus olhos de novo. Você pode imaginar o que será? Tão sem limites e livres. Desesperadamente precisando de uma mão estranha. Numa terra desesperada? — Ele pausou a canção por um momento.

Dante avançou. A lâmina passou por sua língua antes de ajustá-la na mão. Ele disparou daquela estalagmite até a Yamanaka do lado esquerdo. Seus olhos transmitiam aquela vontade assassina que pouco fazia questão de controlá-la. A aproximação foi rápida, quando parou já começou a execução de seu ataque com a faca. O corte foi na barriga da garota e fundo o suficiente para fazer com que suas tripas saíssem, mas o mesmo estalou sua língua quando a garota desapareceu. Ele acertou de forma mortal um Kage Bunshin, mas ao menos agora tinha certeza de que a única que sobrou era a original, por isso manteve a firmeza na faca e girou seu corpo em 360° para repetir o mesmo movimento, mas Misa interceptou o fatal golpe ao segurar seu pulso e usar o joelho direito para um golpe bem dado no cotovelo, desta forma fazendo-o largar a arma que foi segurada pela outra mão da garota, que não perdeu tempo e tentou acertá-lo no rosto, mas Dante moveu sua cabeça o suficiente para que o ataque causasse só um arranhão na bochecha, aproveitou o deslize da garota e abocanhou o braço que a mesma usou para atacar com a faca. 

Misa sentiu aquela dor. Por causa do Genjutsu de Sentidos, a mordida se assemelhava a cavalos puxando seus braços e pernas em quatro direções opostas. Mas ela aguentou aquela sensação, sorriu pelo canto esquerdo dos lábios e inclinou sua cabeça para frente, desta forma dando uma cabeçada em Dante que recuou alguns passos. A dor de cabeça era como martelarem seu cérebro ininterruptas vezes. Por causa daquele ataque, Dante parou de mordê-la e pareceu um pouco confuso. Agora ela tinha a chance de continuar com o combate ali dentro ou escapar para fora da caverna e lutar num ambiente ainda desconhecido. Ela sentiu vontade de morder os lábios, no entanto não fez isso porque sabia que a dor seria pior do que imaginava. Ela optou por fugir da caverna.

Ela nem ao menos olhou para trás. Não queria olhar para trás, mas escutava a melodia que era cantada por Dante refém recuperado da cabeçada.

— O assassino acordou antes do amanhecer, e pôs suas botas. Ele pegou um rosto da antiga galeria e andou pelo corredor. Ele entrou no quarto que sua irmã vivia, e então ele… — Uma pausa. Seus olhos azuis continuam concentrados na moça em fuga. — …visitou o seu irmão, e então ele… — Outra pausa. 

Misa conseguiu escapar da caverna. E olhou em volta depressa. O lugar em que estavam era uma floresta com árvores altas e vegetação densa, a caverna da qual escapou era coberta pela vegetação, desta forma tornando seu encontro impossível a olhos desavisados. Não havia um único som animal. Com certeza a presença intimidadora de Dante era suficiente para afugentar qualquer animal. Não havia som algum também naquela floresta. Nem mesmo o farfalhar das folhas por causa de um vento. A garota engoliu em seco, mas não olhou para trás e seguiu em frente. Dante saiu da caverna, mas não se distanciou. Sua cabeça se moveu de um lado ao outro muito, muito devagar enquanto seus olhos buscavam qualquer movimento errado.

— Andou pelo corredor, e chegou até uma porta e ele olhou para dentro. Pai? — Dante continuou cantando naquela melodia. Ele sabia que não deu tempo o suficiente de Misa se distanciar daquela caverna, por isso deve escutá-lo ainda. — Sim, filho? — Dante passou a língua devagar por seus lábios. — Eu quero te matar. Mãe, eu quero… — Uma pausa.

Misa ouvia atentamente. Ela estava atrás de uma árvore larga o suficiente para escondê-la. Ela não tinha ideia de quanto tempo teria para desfazer o Genjutsu de Sentidos, mas precisava começar imediatamente se não quisesse que aquilo se tornasse um empecilho. Ela formou um selo com suas mãos, se concentrando o suficiente como fizera para se livrar do Genjutsu de Paralisia. Suor escorria vagaroso por seu rosto, seu coração acelerava com violência dentro de seu peito. Ela não queria admitir, mas estava com medo.

— Misa. — Dante cantarolou o nome da garota. Ele levou as mãos novamente para sua boca no momento em que começou a rir, mas as afastou e tornou a gargalhada estridente. — GYAHAHAH!!!!! —

Misa abriu seus olhos quando escutou aquela risada. Claro que arrepiou seus cabelos e pelos adicionais, mas aquele não era mais o momento de sentir medo. Lutaria com unhas e dentes, chegou longe demais para desistir e se intimidar por aquela pessoa. Aquela era a razão pela qual estava treinando. Ela não queria ser considerada uma frágil garota nas sombras de seu namorado. Não, queria acompanhá-lo. 

Ela inspirou uma última vez, esvaziando seus pulmões antes de se levantar e disparar para o lado direito, seus olhos se moveram o suficiente para enxergar Dante que parou com a gargalhada, mas mantinha um sorriso sínico nos lábios. Ela ficou um pouco mais séria e jogou cinco objetos pequenos que catou do chão, mas ao mesmo tempo concluiu os selos de um Jutsu e parou de andar.

— Katon: Hosenka no Jutsu! — Comentou.

Cinco bolas de fogo pequenas. Foi isso que ela criou em pouco tempo. E essas mesmas cinco se entrelaçam às pedras lançadas. Dante estalou sua língua novamente e evitou aquele golpe relativamente simples jogando seu corpo para o lado direito, mantendo o sorriso quando as famigeradas bolas de fogo se colidem com o chão e uma poeira suave subiu. Ele se aprontou para correr por dentro da poeira e surpreender Misa, mas a garota acabou por se adiantar, ou pensando o mesmo que ele. Ela saia de dentro da poeira com um Rasengan na palma direita e corria até ele. Se fosse um ataque a curta distância não teria como evitar, mas daquele jeito qualquer coisa era possível. Ele aproveitou que ainda segurava a faca para correr também em sua direção, mas se moveu alguns centímetros, desta forma evitando o Rasengan e perfurando a barriga da garota com sua faca.

— Acabou para você. — Dante sussurrou.

— Idiota. — Misa sussurrou também.

Então, ele percebeu. O Rasengan havia se transformado numa pedra qualquer e a garota à sua frente logo desapareceu. Era uma combinação de Henge no Jutsu com Kage Bunshin. Ele ouviu um galho estalando e olhou para o lado direito, sendo surpreendido por outra Misa que apontou para cima antes de desaparecer. Então, olhou para o céu quando uma sombra surgiu. E foi nesse momento em que recebeu uma voadora da Yamanaka que vinha de cima. Os dois pés da garota acertaram o rosto do surpreso Dante, jogando-o para longe. O corpo do assassino rolou pelo chão por alguns metros, parando só porque se chocou com uma árvore. Misa endireitou sua postura, passando o antebraço direito por seu rosto para secar com todo aquele suor.

Dante estava de cabeça baixa, sentindo ter quebrado alguns ossos com aquela brincadeira, sangue misturado à saliva escorria de seus lábios e pingava no abdômen desnudo com as marcas do primeiro Rasengan. Ele fechou seus olhos por um momento, mas voltou a abri-los e os concentrou na garota que não escondia um satisfatório sorriso por uma estratégia incomum ter funcionado, no entanto ele também se permitiu sorrir e moveu sua mão esquerda devagar ao bolso da calça, puxando do interior uma segunda faça com um papel enrolado. Ele começou a gargalhar enquanto se levantava e usava o tronco da árvore como apoio para essa árdua tarefa. Só levantou as sobrancelhas quando reparou que seu ombro direito sairá do lugar quando houve o impacto, mas ele o ajeitou na mesma hora e gargalhou um pouco mais alto quando sentiu a pontada de dor. Sua mão direita se moveu aos lábios sujos de sangue, limpando-os e depois cuspindo na grama.

— Cansou de se esconder? Quanto Chakra restante ainda têm, Misa? — Dante perguntou e devagar passou a lâmina em sua língua antes de dar continuidade. — Usou um Rasengan, quatro Kage Bunshin no Jutsu, um Henge no Jutsu, um Katon: Hosenka no Jutsu. Não deve ter muito Chakra sobrando, mas aqui estamos frente a frente, Misa. —

Ele estava certo. Não importava o quão boa fosse sua quantidade de Chakra, naqueles minutos gastou uma quantidade até que exagerada. Então, Dante lançou aquela faca em sua direção, mas ela nem precisou se mover já que o objeto cortante passou do seu lado esquerdo e se cravou no gramado. Ela levantou as sobrancelhas, incrédula que o assassino tinha errado a mira, mas ele parecia calmo demais. Nem mesmo incomodado por fracassar numa coisa tão simples. Ela deu um passo adiante, depois outro com um selo já se formando, mas parou quando viu o selo formado na mão de Dante.

— Liberar. — Ele comentou.

Ela olhou para trás naquele momento. Encarou o que estava amarrado em volta da faca. Era um papel explosivo que liberava um pouco de fumaça. Ela moveu seu rosto para outra direção, cobrindo seus olhos com os antebraços no momento em que houve a explosão. E fragmentos da faca voaram em todas as direções, mas o que deveria causar mesmo dano crítico era a explosão. Misa, por causa da própria explosão, foi jogada para frente, desta forma ficando mais próxima de Dante e sentia um zunido em seus ouvidos, mas ainda podia ouvi-lo cantar por mais confusa que estivesse. Ela sentia uma leve dor na coxa direita, o motivo para isso era um pedaço da faca que voará para lá durante a explosão, mas não era nada que prejudicaria sua locomoção quando se recuperasse, no entanto ficaria uma cicatriz de alguns centímetros. Dante devagar se aproximou da garota.

— Que pena que se livrou do Genjutsu de Sentidos. — Dante comentou. Ele então chutou o rosto da garota não uma, mas três vezes e depois repetiu isso na barriga dela. — Custava muito ter ficado na caverna? Custava, Misa? —

Misa não respondeu. Perdia o foco por alguns momentos, mas sabia que aquilo era por causa da explosão que ainda a deixava confusa. Ela voltou a escutar a canção de Dante que a chutou três vezes no abdômen. No fim, sangue escorria por um ferimento na cabeça da garota levemente desnorteada, que assumia uma posição fetal depois daqueles chutes. Com certeza uma costela se quebrou com toda aquela agressividade.

— Este é o fim, belo amigo. Este é o fim, meu belo amigo, o fim. Dói te libertar. Mas você nunca vai me seguir. O fim das risadas e das mentiras suaves. O fim das noites que tentamos morrer. Este é o fim. — Dante terminou de cantar.

Então, um sorriso retornou para seus lábios. Um sorriso capaz de rasgar seus lábios, mas que mostrava o quão motivado com a loucura, o quão prazeroso com a morte, era Dante. Ele começou a se afastar de Misa, mas sussurrando um "morra, morra, morra, morra, morra, morra" enquanto girava uma nova faca na mão direita. Então, quando estava a quinze metros da Yamanaka, correu em sua direção e pulou enquanto ela levava a mão direita e ensanguentada ao chão.

— KUCHIYOSE NO JUTSU! — Misa gritou.

No mesmo instante um símbolo surgiu embaixo de sua palma. E houve uma explosão, mas nada se destruiu, apenas uma fumaça branca subiu. Dante percebeu que não atingiu Misa e que alguma coisa tinha interceptado.

Quando a fumaça cessou, ali se encontrava um sapo de pele esverdeada como musgo, olhos azuis, equipado com um peitoral de ferro no abdômen e dois escudos do mesmo material presos nas suas mãos. Mãos estas que seguravam foices, que naquele momento se ligavam em "X" para impedir o último ataque. O sapo, com uma diferença de quatro metros a mais que sua invocadora, piscou o olho direito, depois de segundos o esquerdo, então coaxou e um sorriso tomou forma. Misa sentiu um alívio por ser um sapo mesmo, não um girino gigante ou coisa do tipo.

— Você gosta de cantar, né? Vamos ver se conhece essa… — O sapo falou. Havia um pouco de diversão no tom de sua voz, mas ao mesmo tempo a gentileza era o que deixava sua invocadora calma. 

O sapo moveu seus braços para os dois lados, desta forma criando uma abertura quando Dante levantou o braço que segurava sua faca. O sapo aproveitou a brecha para apoiar seu corpo num pé enquanto usava o outro para chutar o assassino para longe. Ele voltou a coaxar, mas aquilo pareceu mais com uma risada.

— O sapo não lava o pé porque ele tá chutando um idiota. — Ele cantou, mas depois moveu sua cabeça e olhou para a garota atrás dele que ainda parecia surpresa. — Porque esta surpresa? — 

— Sapos falam? — Misa perguntou. Ela reuniu um pouco de força para conseguir se levantar e levou as mãos para o rosto do sapo. Os olhos azuis dela brilhavam de alegria por ter invocado um sapo. — Você me salvou. Como posso te chamar? —

O sapo coaxou novamente. Ao mesmo tempo, um rubor incomum surgiu em seu rosto. Era um sapo que se envergonhou por ter mãos tão macias no seu rosto. Ele até poderia responder aquela pergunta da garota, mas notou o movimento de Dante. Por isso usou sua mão direita para empurrar a garota um pouco para longe, a esquerda interceptou o ataque de faca não usando suas foices, mas a proteção que ali tinha. E a pequena lâmina de Dante não serviu para causar nenhum tipo de estrago na proteção. O sapo voltou a coaxar, mas dessa vez com malícia.

— Que lâmina pequena, humano. — O sapo contou. Era óbvio o duplo sentido na sua frase.

— Eu vou te matar. E vou te cozinhar, sapo desgraçado! — Dante gritou e depois rangeu seus dentes. 

— Vai ser divertido se tentar. — O sapo contou, mas moveu o braço esquerdo. Desta forma, desestabilizou Dante e voltou a chutá-lo para longe. O sapo aproveitou aquele momento para voltar sua atenção para a invocadora que estava sentada no chão. Ele fez um sinal positivo com a mão direita antes de responder a pergunta dela. — Eu sou Gamarito. —

— Yamanaka Misa… — Ela sussurrou seu nome. Não acreditava que estava se apresentando formalmente para um sapo, mas tudo tem sua primeira vez.

Uma coisa que Misa percebeu? Gamarito, desde o momento em que foi invocado, não saiu de seu lugar.

O sapo retornou sua atenção para Dante que voltava a sair do chão depois de ser derrubado por outro chute. O assassino rangia os dentes, apertava a lâmina na mão direita a ponto de se machucar, mas não se importava com isso ou com o sangue que escorria. Seus olhos azuis marinhos se concentram no sapo que parecia zombar dele. Gamarito percebeu o leve descontrole emocional do inimigo, por isso mudou sua postura. Desta vez, o sapo parecia disposto a avançar e atacar com as foices, não ficando apenas se defendendo de ataques ridiculamente fracos. Dante deu um passo adiante. E Gamarito se virou nesse momento, guardando as foices nas costas, se aproximando de Misa, mas o assassino foi mais ágil. Ele lançou sua faca que cortou maravilhosamente bem o ar, passou por baixo do braço direito do sapo e acertou o lado esquerdo da barriga da Yamanaka num corte razoavelmente fundo, mas por sorte a faca continuou sua viagem enquanto sangue começou a escorrer do novo ferimento. O sapo pôs a garota no colo e, sem qualquer tipo de dificuldade, pulou para longe daquela batalha. Seus saltos levaram-no com facilidade para acima das árvores, ele olhou para a invocadora que tinha as mãos no novo ferimento, mas depois olhou para trás, para o inimigo que alargou um sorriso com a fuga deles. 

O sapo poderia lutar com Dante, mas deveria primeiro se preocupar com sua invocada que estava cansada e levemente machucada. Por isso, optou por escapar daquele confronto e não sentia-se mal por aquilo.

[ ۝ ]

— Hoje o dia está tranquilo… tão normal. — Shiawase comentou depois de deixar o hospital para um descanso de alguns minutos.

A médica levantou os braços para se espreguiçar, tentando sumir com aquela preguiça de um dia comum. Ela só olhou para o céu quando notou uma sombra no chão. E ficou em silêncio quando um sapo verde gigante caiu não muito longe dela e coaxou. O anfíbio estava com uma pessoa no colo, o abraçando com vontade ou medo de uma eventual queda, mas moveu seu rosto enjoado para que encarasse a médica. Shiawase ainda continuou em silêncio quando viu que era Yamanaka Misa sendo carregada por um sapo que piscou o olho direito, depois o esquerdo. 

O anfíbio enfim desapareceu numa fumaça branca. Desta forma, Misa caiu de bunda no chão e olhou para Shiawase que ainda não tinha compreendido a situação.


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