Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 37
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Kofuku Ishi lentamente deixou sua cama pela manhã. E faria sua habitual rotina se não imaginasse, ou melhor, soubesse de alguma coisa que invadiu sua fazenda pela madrugada. Assim que deixou sua cama, seguiu para o armário de roupas e afastou algumas peças, revelando uma espada em formato de agulha e a pegando com sua mão direita. Ele poderia ser um fazendeiro, mas assim mesmo anos atrás era um ninja que fez uma jura a si mesmo. 

"Eu juro que se sair vivo dessa porra, vou construir uma fazenda"

Foram suas palavras na guerra anterior. Justamente no momento em que pensou que morreria para um grandioso ataque do Dez Caudas, mas alguma divindade o escutou e todos foram protegidos com o aparecimento dos Kages — da Folha — anteriores, que deveriam estar mortos. Então, quando a guerra terminou… ali ele dedicou um novo capítulo de sua vida. Deixou o quarto assim que se armou com aquela espada, seu olhar era calmo apesar de desconhecer o que habitava seu celeiro desde a madrugada. Saiu de casa pouco depois de deixar o quarto, olhou em volta procurando por qualquer coisa errada, mas estava tudo na mais perfeita ordem. Uma de suas vacas parou de se alimentar, levantou a cabeça e o olhou com desinteresse, balançando as orelhas e a cauda para se livrar de moscas, e mugiu para seu cuidador como se aquilo fosse um cumprimento para o novo dia, mas voltou a baixar a cabeça e retornou a sua alimentação. Ele estava acostumado com as personalidades típicas de seus animais, por isso não estranhava mais que aquela vaca em particular o cumprimentasse daquela forma diariamente. A algumas semanas torcia para acordar e saber que ela e algumas outras sobreviveram a noite anterior. Seu olhar se desviou da vaca para o celeiro, forçou um pouco sua vista e conseguiu reparar numa das portas abertas. Ele tinha fechado antes de se retirar para a cama. Seguiu para a construção em que guardava feno e outras ferramentas, usando seu Chakra para afiar a lâmina da arma que empunhava, tornando-a mais mortal. Ele poderia estar enferrujado em habilidades físicas, mas com certeza machucaria a pessoa que invadirá seu terreno. 

Ele chegou na entrada do celeiro e olhou para o interior. Luminosidade era o que não faltava por causa das inúmeras aberturas. Ele se concentrou num amontoado de feno, ou melhor, em algo que havia se acomodado e mantinha-se sentado e abraçando as pernas, nem parecia se importar com sua presença ou a ameaça de vida. "E mais essa agora?" pensou e se aproximou devagar, olhando em volta como se pudesse ver qualquer eventual armadilha preparada para ele, mas não tinha nada. Ele ficou de frente para o invasor que escondia seu rosto pelo capuz de um manto negro e velho, levou sua mão livre para o tecido da cabeça e o puxou para que visse a fisionomia de seu invasor.

E deu um passo para trás não muito depois. E depois mais outro passo até cair de bunda no chão. Ele se lembrava daquele rosto de algum tempo atrás. E se lembrava do nome também, mas não conseguia balbuciar. Ele estava em choque por causa da aparência do garoto de cabelos róseos. Os olhos de Rin estavam distantes demais, desconcentrados de qualquer coisa em seu redor, apáticos como se não ligasse para mais nada, um rastro de lágrimas manchava seu rosto e os aquecedores em seus pulsos, seus olhos ainda eram esverdeados, mas perderam completamente aquele brilho de alegria que o mesmo demonstrou quando esteve na fazenda. Era como enxergar alguém que não tinha mais uma razão para continuar. Não tinha um objetivo, não tinha mais nada. De alguma forma, aquele garoto estava completamente destruído. E ele chorou até dormir. 

— O que fizeram com você, garoto? — Ishi sussurrou aquela pergunta. Ele não esperava que fosse respondido naquele momento. 

E realmente não foi respondido. Nenhuma reação veio do garoto, nem mesmo parou de abraçar suas pernas. Ishi soltou a espada, jogando-a para qualquer lugar, depois retornou a se aproximar do garoto e com cuidado o pegou e o jogou nos ombros. Ele não poderia deixá-lo no celeiro depois de toda ajuda que recebeu do grupo. Podia não mostrar, mas era justo e possuía uma dívida enorme com aquele garoto. Não com Konoha, mas com o garoto em seu ombro que arriscou a vida para ajudá-lo. De forma apressada deixou o celeiro e retornou para sua casa, ignorando os olhares de duas ou três vacas que pararam de se alimentar e mugiram para ele. Assim que entrou em casa seguiu para o quarto que havia locado para o grupo, colocou o rosado com cuidado no colchão e olhou novamente, mas dessa vez com mais cuidado. Ele não tinha um único machucado sério, mas alguns pelo rosto indicavam que tropeçou inúmeras vezes até chegar ali, suas mãos também estavam machucadas, como se tivesse socado alguma coisa por muito, muito tempo. Além disso, Rin estava fedendo a suor, como se não tivesse usado toda sua energia física para correr por horas. Ishi removeu o manto escuro do garoto, depois seus aquecedores de pulso cada peça de roupa até deixá-lo com a cueca Boxer. 

Ele reparou no físico de Rin, em como sua musculatura se desenvolveu naquele período em que não tinha o visto mais. E nem esperava encontrá-lo novamente, mas ali estava o garoto. Seus olhos rubros se concentraram nas únicas cicatrizes que marcavam o corpo do garoto inconsciente. Ele suspirou, então se levantou e com as roupas nas mãos saiu do quarto. Cuidaria do garoto e de suas roupas e o alimentaria como parte da imensa dívida que tinha e, se ele estivesse disposto mais tarde, questionaria sobre o que aconteceu. "Esse garoto está quebrado" pensou antes de deixar o quarto e olhar uma última vez para o rosado no colchão em sono profundo, mas apático de maneiras inimagináveis e indescritíveis. 

Rin abriu seus olhos. Silenciosamente, olhou para o teto do quarto um pouco familiar. Ele não moveu seu rosto para identificar melhor o aposento. Não se importava com aquilo ou com a falta de roupa. Ele só fechou seus olhos, assumiu uma posição fetal quando moveu seu corpo para a direita e regressou ao cochilo, mas aquilo não durou muito tempo já que ouviu uma porta sendo aberta, com isso aquele cômodo pequeno ganhou um pouco mais de luz. Ele escutou passos, mas não estava afim de se mexer e descobrir quem se aproximava dele ou se segurava uma arma. Ele ouviu quando os passos cessaram do lado direito de seu corpo e algo foi deixado daquele lado. E novamente ouviu os passos se afastando e a porta se fechando, mas ficando encostada para ter um pouco de claridade. Rin tentou se concentrar e voltar a dormir, mas um cheiro gostoso preenchia o cômodo e seu estômago o alertou de algo importante. De que ele não tinha feito uma única refeição no dia anterior. Ele abandonou sua postura e devagar se sentou, moveu seu rosto para o lado direito e olhou para o prato de arroz com ovo e verduras e legumes que aguardavam por ele. 

Ele novamente sentiu seu estômago roncar. Levou seus olhos apáticos para a porta, mas os retornou para a comida que lhe era servida. Ele engoliu em seco antes de pegar os hashis e degustar com vontade toda aquela refeição. Ele só parou de comer quando a porta foi aberta novamente, o hashi continuava em sua boca enquanto seus olhos se concentravam no fazendeiro que conhecerá a algumas semanas. Kofuku Ishi se encostou na entrada da porta, cruzou os braços enquanto olhava para o garoto que se alimentava e um sorriso de satisfação tomou seus lábios, mas não durou muito tempo ao reparar naquele olhar que o garoto exibia. 

— Ishi-san. — Rin murmurou o nome do fazendeiro depois de retirar o hashi de sua boca. 

— Garoto. — Kofuku Ishi comentou, acenando sua cabeça com casualidade e indicando o lado de fora do quarto com o polegar da mão direita. — Estou lavando suas roupas nesse instante. —

Rin não disse uma única palavra. Nem mesmo um agradecimento para aquela bondade do mais velho. Ele nem mesmo se lembrava de como foi parar no terreno de Ishi, mas assim mesmo se lembrava de tudo o que aconteceu no dia anterior. O fazendeiro não se incomodou pelo silêncio, ou pelo olhar do garoto ficar um pouco mais distante. Ele coçou seu pescoço com a mão direita, sua mão esquerda descansava na cintura.

— Fique o tempo que precisar. — Ishi murmurou e olhou para outro lado, para fora do quarto enquanto cruzava os braços e suspirou. — Só tenho que saber se você é fugitivo. Você matou ou roubou de alguém? —

Novamente, Rin não disse uma única palavra. De alguma forma era um fugitivo, mas não tinha matado ou roubado alguém. Era algo um pouco mais específico, mas também completamente confuso. Ele abaixou sua cabeça, seus olhos esverdeados se perderam completamente em algum lugar na sua mente. Novamente, uma lágrima escorreu pelo canto do olho direito dele. E o mesmo mordeu com sutileza seus lábios.

— Eu quero acreditar que a resposta para a pergunta é não para os dois casos. — Ishi sussurrou. Nos últimos dias escutou boatos de um garoto que cuidou gratuitamente dos enfermos num vilarejo próximo, a descrição combinava com o garoto apático ali. Por isso, queria acreditar que o mesmo não faz mal a ninguém. — Eu tô com uma vaca com a pata machucada. Pode me ajudar? —

Rin novamente não respondeu, mas fechou seus olhos e percebeu que de forma automática ainda acumulava Chakra como foi instruído. Ele abriu seus olhos e encarou o fazendeiro, mas não o respondeu verbalmente. Acenou sua cabeça em confirmação aquela pergunta, voltou a abrir sua boca e levou um pouco de arroz com cenoura para dentro. "Que ótima conversa" pensou e o olhou uma última vez, mas imaginou que nada aconteceria se insistisse na conversa, por isso se virou e deixou a entrada do quarto e seguiu para outro lugar de sua casa. Rin só abaixou seu olhar, concentrando-se na refeição e a comeu vagarosamente. 

Meia hora depois terminou de comer e passou a mão direita por sua boca para remover qualquer sujeira, se levantou e pegou os pratos e saiu do quarto. Ele só olhou para o lado esquerdo ao sentir o cheiro agradável de chá. E manteve a boca fechada ao olhar o fazendeiro sentado numa cadeira e lendo uma revista, mas subindo o olhar para vê-lo. A imaginação do garoto o enganou e a imagem de Kofuku Ishi foi substituída pela de seu pai — Katsuryoku Akami. Ele balançou a cabeça, mordeu seus lábios e usou um pouco de força nos pratos que segurava, desta forma os mesmos se estilhaçam e a imagem retorna a ser do fazendeiro. E ele olhou para o chão em que os pedaços dos pratos estavam junto de um pouco de seu sangue. Ele olhou para o fazendeiro novamente.

— Desculpe. — O rosado sussurrou, mas manteve o mesmo olhar abatido antes de abaixar sua cabeça.

— O que aconteceu? — Ishi perguntou, mas não obteve uma resposta. Ele só olhou para o rosado se aproximando da porta para sair de casa.

Rin ignorou completamente. Ele saiu da casa e levantou sua cabeça, olhou em volta e caminhou com lentidão para perto de uma vaca que mancava. O animal só parou de se alimentar, levantou a cabeça e olhou para o garoto apático que seguia para perto dela. A vaca mugiu, mas Rin suspirou antes de tropeçar e cair perto do animal. E ele ficou por ali durante alguns segundos, só olhando para a grama com zero interesse enquanto a vaca se aproximou e lambeu seu cabelo algumas vezes. Ele moveu seu rosto e mexeu seu braço direito, olhou para a palma de sua mão com alguns cortes por causa dos pratos. O sangue continuava escorrendo, mas ele não deu a mínima.

Ele se sentou e depois se levantou e andou um pouco até alcançar onde a vaca estava machucada. Ele olhou para o ferimento por um longo tempo, mas qualquer um perceberia que sua mente tinha viajado novamente. Quando piscou, retornou para aquele lugar e levou sua mão esquerda para o ferimento do animal e se concentrou. Ele olhou para o lado direito quando sentiu o cheiro de chá, e moveu a cabeça um pouco ao reparar que o fazendeiro estava logo atrás dele com uma xícara daquela bebida, mas ele abaixou novamente o olhar.

— É uma luxação. Mais alguns dias e ela teria que perder a pata. — Rin murmurou.

Antes que Ishi comentasse alguma coisa, Rin ajeitou aquele machucado. Colocou o osso no lugar na base da força. E não se importou ao ouvir o mugido doloroso da vaca que parou de se alimentar ao sentir aquela dor. Rin voltou a se levantar e virou seu rosto para o fazendeiro.

— Vou tomar um banho. E depois vou embora. — Rin murmurou.

— Vai voltar para Konoha? — Ishi perguntou.

Rin não respondeu. Ele nem mesmo voltou a olhar para o homem, seguindo novamente para a casa e empurrando com naturalidade a porta. A única coisa que reparou foi que os estilhaços já foram pegos e jogados em algum lugar. Ele se lembrava da onde era o banheiro naquela casa, por isso seguiu naquela direção sem dizer uma única palavra. Ele se despiu e deixou que a água gelada escorresse por seu corpo, removendo qualquer sujeira e o odor desagradável foi tratado com um shampoo. Quando terminou seu banho, vestiu novamente a cueca Boxer e saiu do banheiro, olhando com brevidade para o fazendeiro que olhava para ele, mas Rin não diria mais nada. Não sentia vontade de dizer uma única palavra ou de fazer qualquer coisa, exceto andar para longe continuamente. Ele retornou ao quarto de hóspedes e olhou para o único colchão, ou melhor, para suas roupas dobradas. Vestiu sua bermuda preta, depois as sandálias, os aquecedores de pulso que foram presentes de Misa, a camisa preta e o manto entregue por Sasuke e ajeitou o capuz para encobrir seu rosto. E depois colocou sua mochila nas costas.

— Onde pretende ir? — Ishi perguntou. O fazendeiro encontrava-se na entrada do quarto e de braços cruzados.

— Não sei. — Rin respondeu.

— O que pretende fazer? — Ishi novamente perguntou. Um pouco satisfeito pelo garoto estar lhe respondendo. Por mais que as respostas não fossem boas.

— Não sei. — Rin respondeu.

— Você está bem? — Ishi novamente perguntou. Ele olhou para as mãos de Rin se fechando em punho e suspirou. — "Não sei"? —

Rin ficou em silêncio. Acreditou que aquilo servia como uma resposta para a pergunta. Ele caminhou em direção a porta, o fazendeiro saiu do lugar para que o garoto pudesse passar sem problema.

— Porque está fazendo isso? — Ishi novamente perguntou. As perguntas anteriores foram sem sucesso, por isso acreditou que a quarta seria a mesma coisa.

— Quero saber quem sou. — Rin sussurrou aquela resposta. A sussurrou no momento em que passou do lado do fazendeiro.

Ishi não entendeu a resposta, mas era suficiente de alguma maneira. Ele não sabia o que tinha acontecido para o garoto ficar daquele jeito, mas sabia que já estava mais do que na hora de parar com as perguntas. Ele ainda tinha uma dívida com o garoto, no entanto não impediria ele de sair de sua casa.

— Você é bem vindo sempre. — Ishi comentou e tomou a frente do garoto, se aproximando da porta e abrindo para que ele passasse. — Coloquei água e comida na sua mochila pensando que você retornaria para Konoha. —

Rin não respondeu. Não sentia aquela vontade de agradecer ou de olhar para o fazendeiro. Ele só manteve sua cabeça baixa, coberta pelo capuz do manto enquanto deixava a casa de Kofuku Ishi, e seguia para a estrada que o levaria para qualquer lugar, exceto Konoha. Ele queria distância por algum tempo, necessitava de um tempo só para ele com o intuito de pensar, organizar sua mente e outras coisas. Sua caminhada era lenta, mas isso dava a oportunidade dele conhecer paisagens que não veria se estivesse com pressa. E sua mente mantinha-se longe, da mesma forma que seus olhos esverdeados se distanciaram novamente enquanto uma lágrima escorria pelo olho esquerdo desta vez.

[ ۝ ]

Chishiki andava pelo vilarejo. Ele tinha acabado de sair do hospital que começaria sua reforma em alguns dias. O escritor ajeitou seus óculos e continuou caminhando, mas parou por um momento ao ver um movimento na entrada. Por alguns segundos era só uma pessoa vagando solitária com um manto escondendo seu corpo, mas um vento foi o suficiente para descobrir o rosto e revelar o cabelo róseo e o olhar distante. "O que esse paspalho faz por aqui?" pensou e depressa se aproximou da entrada, mas se desviou para a direita e olhou para a estrada, ou melhor, para o garoto andando e se aproximou dele.

— Rin. É você, Rin? — Chishiki perguntou, mas ao não obter sua resposta se aproximou mais dele e levou a mão direita ao ombro do rapaz. — Oh, idiota! Tô falando com você. —

Então, Chishiki voou. Rin se apoiou com o pé esquerdo, usou o direito para acertar um único chute no estômago do escritor. O loiro foi jogado para longe por aquele solitário golpe do desconcertado garoto. Chishiki rolou no chão por alguns metros e encolheu seu corpo, tossindo enquanto as mãos iam para a região em que levou aquele chute, mas olhando para Rin que continuou andando sem dar importância ao que acabara de fazer. O rosado manteve sua cabeça baixa, seu olhar completamente distante, enquanto o loiro a alguns metros perdia sua consciência.

[ ۝ ]

Rin continuou caminhando. Não se tinha ideia de quanto tempo passou, mas pouco se importava. No entanto, sabia em que lugar estava. Na ponte que separava o país do fogo com o do vento. Ele não sentia dor nos pés já que costumava descansar por algumas horas quando anoitecia, mas sua situação não mudava. Ele ainda sentia-se quebrado de formas que não era capaz de explicar ou detalhar. Levou a mão direita para sua camisa e sentiu o emblema de Konoha no capuz dela e, sem dificuldade, removeu a peça de metal e a jogou em qualquer direção. Seus olhos mantiveram-se distantes, sua mente tão longe quanto, mas de alguma forma sabia que aquela coisa jogada fora só iria atrapalhar. Ele cruzou a ponte e abaixou sua cabeça, ajeitou melhor o capuz do manto e continuou andando sem um rumo certo.


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