Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 192
S08Ch24;




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Passaram-se três dias desde que assistiram aquela peça. Não passavam das oito da manhã com um clima ameno, ou seja, uma temperatura certa, mas que certamente diminuiria com o seguimento daquele dia. A Yamanaka, que encontrava-se no quarto que partilhava com seu noivo em treinamento, ganhou consciência e lentamente abriu seus olhos azuis e cheios de preguiça, assim reparando no travesseiro — pertencente ao rosado — mantido praticamente colado ao corpo. Ela abriu a boca, assim bocejando por longos segundos e sentando-se na cama e estendendo para cima os braços com as mãos fechadas em punhos, assim se espreguiçando e rindo no momento que um canídeo de pelagem escura e olhos carmesins pulou em sua cama. A Yamanaka abaixou seus braços e levou a mão direita para a cabeça do animal, assim fazendo carícias suaves que pareciam deixá-lo mais alegre.

— Bom dia, Sírius. — Misa sussurrou e levou a mão esquerda para a barriga, assim acariciando e sorrindo de maneira suave antes de continuar. — Bom dia para você também. —

Sírius levou o focinho para a barriga da loira, um pouco ao lado da onde a mão dela repousava, levantou as orelhas e depois direcionou a atenção para a dona e uma certa animação tomou seus olhos carmesins, por isso deitou-se na cama e ficou se esfregando de barriga para cima, assim rendendo alguns risinhos da Yamanaka que não demorou para sair da cama e se aproximar do armário enquanto removia a camisola vermelha suave e a jogava na cama e usou o antebraço esquerdo para cobrir os seios enquanto usava a mão direita para abrir o armário e observou as roupas e pegou uma camiseta branca que possuía o símbolo de Konohagakure no peito com mangas azuis e uma saia jeans e sandálias pretas com abertura para os dedos. Apesar da rápida escolha, continuou verificando suas roupas até ver algo brilhante em seu armário, por isso se ajoelhou e levou a mão para o bolso da jaqueta vermelha que estava dobrada e não demorou para descobrir o que era o algo brilhante.

— A bandana dele? — A Yamanaka sussurrou com uma ligeira surpresa e levantou as sobrancelhas. Ela não se lembrava de ter guardado a parte metálica da bandana de seu noivo, mas também não se lembrava de vê-la a um certo tempo.

Aquela bandana tinha uma simbologia para ela. O alcance de um poder que poucos têm a chance, todo o treinamento que passou naquele ano, a meta de alcançar seu noivo para lutar ao lado dele. A Yamanaka jogou a bandana em cima da cama e não demorou para se levantar e pôs as mãos em sua cintura e olhou para o cachorro que agora farejava o objeto metálico e parecia surpreso ao sentir o enfraquecido odor do rosado, assim rendendo para a garota um breve sorriso antes de seguir em direção ao banheiro adjacente para que pudesse se banhar e assim dar início ao seu dia.

[ ۝ ]

A Yamanaka, com a roupa escolhida para aquele dia e a bandana presa na manga direita, sairá do quarto meia hora depois com a companhia de Sirius que decidirá gastar um pouco de energia, por isso acompanhava sua dona. Misa mal sairá do quarto e já olhava para o lado esquerdo, assim reparando em Musashi que continuava com parte do serviço de proteger o quarto do líder, no entanto Ryūsei o acompanhava naquela manhã e ambos conversavam sobre alguma coisa, mas param quando a mesma se aproximou com um sorriso tipicamente divertido e malicioso, algo que o usuário de machados percebeu e, por isso, assumiu uma expressão mais séria e cruzou os braços.

— Bom dia. — Ryūsei disse ao mesmo tempo que acenava com a mão esquerda para a amiga, então continuou. — Dormiu bem? —

Musashi se ajoelhou com a repentina aproximação de Sirius e levou as mãos para a cabeça e o queixo do animal, assim acariciando-o e sorrindo um pouco ao ver a pata traseira esquerda do canídeo se mexer em aprovação não gesto afetuoso.

— Demorei para pegar no sono por ainda me preocupar com ele, mas sim. Ao menos sinto que pude dormir bem, além disso estou me cansando com mais facilidade, então todo sono é bem vindo. — Misa respondeu e sentiu as bochechas se esquentarem um pouco enquanto guiava a mão esquerda para a barriga, assim não demorando em continuar quando indicou o quarto com a mão direita. — Tem mais uma pessoa nesse quarto. Estou sentindo o chakra de Tsuyu, Doro e uma terceira pessoa. Quem é? —

— Devíamos ter um esquadrão sensorial. — Musashi sussurrou e fechou seu olho esquerdo quando o cachorro de pelagem escura levou a língua para sua bochecha esquerda e ficou lambendo-o, mas não demorou em continuar. — Assim não seríamos surpreendidos por eventuais inimigos. —

— Konohagakure tem isso, mas chamamos de Corpo Sensorial. Eles são responsáveis por manter a barreira de detecção em torno da aldeia, detectar intrusos, e interceptação. — A Yamanaka disse e não demorou para levar a mão direita para o queixo e parecer um pouco pensativa antes de dar continuidade. — O clã Yamanaka está sob os cuidados dessa parte. —

— O clã Yamanaka tem muita importância em Konohagakure. — Ryūsei disse ao mesmo tempo que cruzava seus braços e direcionava a atenção para o usuário de machados que divertia-se com o cachorro, então retornou a atenção para a Yamanaka e deu continuidade. — É um alfaiate que está ali dentro. Ele foi chamado para que Tsuyu-sama tirasse as medidas necessárias para a preparação da vestimenta de Amekage. —

— Meu clã é mais especializado em controle da mente que nos torna bons em reunião de inteligência e espionagem. Também mostramos habilidades sensoriais e nossas técnicas incluem a transferência de consciência, ler mentes e comunicação telepática. É ao acaso essa importância. — A Yamanaka disse e sentiu as bochechas se esquentarem um pouco, mas não demorou para que voltasse a atenção para a porta do quarto. — Não vou incomodar sabendo que está ocupado. —

— Que assunto tem com ele tão cedo? — O usuário de machados perguntou ao mesmo tempo que colocava-se de pé e levava as mãos para trás da cabeça e mantinha a atenção na Yamanaka.

— Que fosse conosco para Konoha. Estou curiosa com a falta de informação de meu irmão, por isso queria alguém o seguindo enquanto administro minha aula. E quem melhor para segui-lo do que alguém com um longo alcance de visão? — Misa perguntou, mas obviamente que a pergunta era retórica.

— Alguém que pode desaparecer num piscar de olhos? — Musashi perguntou e semicerrou suas sobrancelhas, assim parecendo um pouco irritado pela falta de reconhecimento. — Eu posso ajudá-la com esse assunto. —

— Não há problema? — A Yamanaka perguntou e levantou um pouco as sobrancelhas, então retornou a atenção para a espadachim e continuou. — Eu posso roubá-lo por algumas horas? —

Ryūsei sentiu as bochechas se esquentarem um pouco, além disso pareceu momentaneamente surpresa pela amiga estar lhe pedindo permissão para levar o usuário de machados para uma breve aventura.

— Como se eu precisasse da permissão de uma mulher para isso. — Musashi disse com aspereza, ou melhor, com certo orgulho masculino pela própria independência, porém não demorou em prestar atenção em Ryūsei quando a mesma lhe chutou a canela direita. — Não bastava meu ombro, agora será a canela? Qual o seu problema com o meu corpo? —

— Você é um estúpido. — Misa e Ryūsei dizem em uníssono, num óbvio tom reprovativo pelas ações do usuário de machados. 

O usuário de machados rangeu seus dentes, por um momento odiando a relação que as duas tinham, mas acabou suspirando e direcionando seus olhos agressivos para a Yamanaka que não se sentiu intimidada. Ele levou a mão direita para trás da cabeça e usou a ponta dos dedos para coçar uma região. "A Mangetsu está sendo controlada por demônios que se parecem com mulheres…" pensou com um pouco de desgosto.

— Quer minha ajuda ou não? — Musashi perguntou.

— Tudo bem, eu aceito. — A Yamanaka disse e cruzou os braços abaixo dos seios antes de dar continuidade. — Pode me levar agora para Konoha? Combinei ontem com meus pais que tomaríamos café da manhã. —

— Não tenho nenhum compromisso, então dá sim. — Musashi disse e levou a mão direita para a barriga, ou melhor, ao estômago quando o mesmo fez um barulho particular que o deixou um pouco envergonhado, assim não demorando em continuar. — Me dá quinze minutos para comer alguma coisa, então podemos ir para Konohagakure. —

— Sem essa. Pode comer na casa dos meus pais. — A Yamanaka disse e se esforçou para não rir do barulho que fazia o estômago do usuário de machados, assim não demorando em continuar quando prestou atenção na espadachim. — Quer nos acompanhar? —

— Alguém tem que ficar para trás. Eu tenho negócios com a Rokujūshi, lembra-se? Há membros que necessitam de treinamento em Kenjutsu. — Ryūsei disse e balançou a cabeça de um lado a outro como se o gesto servisse para apoio de sua resposta.

— Cuide das coisas na minha ausência. — Musashi sussurrou e olhou de maneira gentil para a ruiva, então continuou quando pôs a mão direita na cabeça de Sirius e a esquerda no ombro direito da Yamanaka. — Até mais tarde. —

Num piscar de olhos o cenário em volta dos três — Musashi, Misa e Sirius — mudou, assim transformando-se numa vizinhança agradável com o céu azul da manhã bem acima de suas cabeças, muito diferente da momentânea paisagem de Amegakure. Os três repentinamente encontravam-se em Konohagakure, mais precisamente num muro branco que ficava ao lado da casa dos pais de Yamanaka Misa. O usuário de machados afastou suas mãos e as levou aos bolsos e direcionou sua atenção para a loira que o acompanhava. A garota o tinha forçado a marcar aquele lugar para que as rápidas visitas aos pais. "Ele está em casa" Misa pensou após sentir o chakra de seu irmão dentro da residência e levantou um pouco as sobrancelhas enquanto desviava sua atenção para o canídeo que latia animadamente com a agradável paisagem.

— Sirius, não precisamos de todo esse barulho, então silêncio. — A Yamanaka sussurrou e levou a mão direita para a cabeça do canídeo, assim fazendo uma agradável carícia e calando-o e dando continuidade. — Bom cachorro. —

A Yamanaka seguiu em direção a porta da casa, um pouco atrás dela encontrava-se o usuário de machados que olhava em volta com um certo interesse, mas então voltou a atenção para Misa.

— Então, acha que ele está bem? — Musashi perguntou enquanto continuava com a pequena caminhada até a porta da casa, mas não demorou para continuar quando recebeu um olhar de dúvida da garota. — Rin. Acha que ele está bem? —

— Eu não sabia que se preocupava com ele, Musashi… — A Yamanaka sussurrou com um ligeiro divertimento, porém não demorou em continuar quando levou a mão direita para a barriga e acariciou com suavidade. — …sim, ele está bem. —

[ ۝ ]

Enquanto isso, na dimensão de gravidade aumentada em setenta e cinco vezes e de terreno triangular, Rin estava a dez metros acima do chão e colocava os braços à frente do rosto, assim usando-os para se proteger efetivamente do chute que sua versão adulta tentava nele, então moveu a cabeça para o lado esquerdo e reparou noutro que aproximava-se para acertá-lo com um chute bem dado no rosto, depois olhou para o lado direito e notou mais um para acerta-lo da mesma forma, ou seja, deixando-o encurralado. E ele sabia que aqueles nada mais eram do que Kage Bunshin. O rosado mais jovem não demorou para usar o Hiraishin no Jutsu, dessa maneira desaparecendo do alcance daqueles ataques e aparecendo no chão e mantendo-se momentaneamente de joelhos, mas com a cabeça erguida e seus olhos — Mangekyou Sharingan — concentrados nos três indivíduos que pousavam no terreno triangular a uns dez metros dele após os fracassados ataques. Suor escorria por seu rosto que beirava a exaustão e não demorou para ranger seus dentes e usar dois dedos da mão direita — indicador e médio — para fazer o sinal da cruz.

— Kage Bunshin no Jutsu! — O rosado disse e não demorou para que duas versões idênticas a ele surgissem e tomassem distância ao correrem um para cada lado, então não demorou para continuar. — Doton: Tōjinbō. —

— Doton: Doryū Taiga. — O Kage Bunshin do lado esquerdo disse assim que concluiu os selos necessários.

— Katon: Gōka Mekkyaku. — O Kage Bunshin do lado direito disse assim que concluiu o selo do cavalo.

A estratégia pensada era simples, mas de certa maneira possuía sua eficácia. Os Kage Bunshin de Rin (Mirai), graças ao Doryū Taiga, ficaram presos com lama um pouco abaixo dos calcanhares, dessa maneira impedindo uma eventual fuga, então as chances de fuga diminuíram mais quando o Doton: Tōjinbō foi usado e inúmeras estalagmites — que nada mais eram parte do terreno triangular — cercam os três Kage Bunshin aprisionados por lama, porém aquele trabalho em equipe não havia acabado, pois ainda se precisava acabar com eles, por isso que o último Kage Bunshin usou a poderosa técnica de Katon, assim expelindo de sua boca uma parede maciça de fogo que colidiu-se com as estalagmites. O que acabara de ser feito nada mais era do que uma fornalha improvisada para acabar com os três adversários. O rosado desfez com os dois Kage Bunshin e ofegou antes de direcionar sua atenção para o lado esquerdo, assim prestando atenção em sua versão mais velha que mantinha-se a uma boa distância e de pernas cruzadas, além disso a cabeça abaixada como se achasse o chão mais interessante do que o desenrolar do confronto.

— Estou desde o começo desse estágio enfrentando seus Kage Bunshin! Já chega dessa palhaçada, não acha? — Rin perguntou e semicerrou as sobrancelhas ao mesmo tempo que se levantava, assim não demorou em continuar com um tom áspero e levemente receoso. — Venha me enfrentar! —

O rosado mais jovem fechou suas mãos com um pouco mais de força ao notar um inconfundível movimento dos ombros de sua contraparte, um movimento que conhecia bem e que o deixou ligeiramente irritado, afinal não demorou para visse toda a ação do mais velho. Rin (Mirai) levantou devagar sua cabeça e direcionou seus olhos para a versão mais jovem enquanto expressava algo que se assemelhava bastante a deboche, até mesmo um sorriso malicioso ou irônico ocupava seus lábios. 

— Lutamos incontáveis vezes, contudo em nenhuma dessas lutas você chegou perto de vencer. Garoto, o que te faz pensar que tem uma real chance comigo? Só porque derrotou meus Kage Bunshin com uma estratégia idiota? Você é idiota demais se pensou nisso. Eles sabem que devem ser gentis com você. — Rin (Mirai) disse e não demorou para se colocar em pé e levar a mão esquerda enfaixada para trás da calça e bater, assim removendo a sujeira e dando continuidade. — Mas você está certo. Devíamos nos enfrentar como parte do terceiro nível desse treinamento. Vou começar leve, está bem? —

Rin (Mirai) não esperou por uma resposta e disparou de encontro a sua versão mais jovem e fechou sua mão direita em punho durante a aproximação, assim tentando um soco que foi desviado pela excelente percepção que o Mangekyou Sharingan garantia ao rosado mais jovem. Rin moveu seu rosto para o lado esquerdo, assim evitando o soco e tentando recuar um pouco para que houvesse uma vantagem, mas sua versão mais velha sorriu e rapidamente girou seu corpo com o pé direito o sustentando, assim levando sua canela esquerda para a contraparte jovem que inclinou-se o suficiente para que a perna passasse por cima dele. Rin (Mirai) sorriu um pouco mais por conta da boa habilidade de esquiva de sua versão mais jovem. Rin pôs as mãos no chão e dessa maneira se impulsionou para trás, ou seja, executando um mortal e ajustando sua postura em pleno ar, mas aquilo não foi a única coisa que fez. "Ele não tem desvantagens, ou se tem são impossíveis de serem vistas em minha atual situação" o rosado pensou e semicerrou suas sobrancelhas.

— Kirigakure no Jutsu! — Rin disse após a conclusão do selo do Boi, Cobra e Carneiro, assim liberando uma névoa espessa de sua boca que o escondeu, então deu continuidade quando fez o selo de cruz usando o indicador e médio da mão direita. — Kage Bunshin no Jutsu! —

Rin usou uma boa quantidade de chakra para que aquela névoa se tornasse bem espessa, então usou o Kage Bunshin no Jutsu para que pudesse prejudicar de alguma maneira sua contraparte adulta, afinal de contas ainda era rastreável por aqueles olhos especiais mesmo dentro da névoa. Rin (Mirai) suspirou e olhou para os lados enquanto escutava as passadas que moviam-se em horizontal, diagonal e vertical e riam para distraí-lo ou preocupá-lo, mas ele não seria afetado por aquilo. Ele perdeu aquele sorriso no momento que reparou em múltiplas bolas de fogo — Katon: Gōenka — de todas as direções imagináveis. Ele conhecia as capacidades daquelas bolas de fogo, afinal usava-as de vez em quando. Ele estendeu os braços para que ficassem eretos e sorriu com malícia enquanto as bolas de fogo continuavam se aproximando.

— Shinra Tensei. — Rin (Mirai) disse.

E menos de um segundo depois aquela força invisível repeliu tudo para longe dele, desde aquelas bolas de fogo até mesmo aquela névoa que escondia sua contraparte mais jovem e os sete Kage Bunshin, além disso o terreno triangular recebeu inúmeras rachaduras em decorrência do movimento usado. Rin (Mirai) olhou para o rosado mais jovem que estava debruçado e tossia a uns vinte metros dele, por isso suspirou.

— Já posso considerar como… — Rin (Mirai) não concluiu seu comentário.

Ele só não concluiu o comentário por causa do rosado debruçado que desapareceu, assim comprovando ser um Kage Bunshin, contudo esse não era o único fato interessante no cenário, mas sim a existência de um buraco que era escondido pelo Kage Bunshin. E não levou mais do que dois segundos para que o chão se rachasse abaixo dos pés de Rin (Mirai) e um dedo indicador fosse revelado cheio de eletricidade que foi liberada e se espalhou, assim acertando-o e causando uma momentânea paralisia e seus joelhos cederam após o recebimento da carga elétrica. E foi nesse momento que o rosado mais jovem saiu do chão, bem abaixo de sua versão mais adulta, com a mão direita fechada em punho e executando o próximo movimento, ou seja, um soco que foi de baixo para cima no queixo do mais velho, assim suspendendo-o um pouco. Rin não acabou e depressa direcionou um chute com o pé esquerdo em sua versão mais velha, assim acertando-o e jogando-o para o lado direito. Rin ajustou-se no terreno e ofegou um pouco cansado.

— Adorei ter aprendido o Doton: Moguragakure no Jutsu e o Chidori Nagashi. — Rin disse com um ligeiro divertimento enquanto suor escorria de seu rosto e pingava ao alcançar o queixo, mas não demorou em dar continuidade com um pouco de ironia. — Eu acho que interrompi alguma coisa, né? O que estava tentando me dizer? —

"Ele podia ter usado aquela técnica de novo para me repelir, então porque não fez isso?" o rosado pensou enquanto mantinha sua atenção no mais velho que continuou no chão. "Há um tempo entre cada uso? Se for isso…" o mesmo interrompeu seus pensamentos enquanto prestava atenção na movimentação do mais velho que colocava-se de pé enquanto possuía um leve machucado embaixo do queixo e outro no lado esquerdo do rosto. Rin (Mirai) manteve a cabeça erguida por alguns segundos ao mesmo tempo que seu olho ônix mudava para uma coloração amarelada e a pupila tornava-se vertical com um sombreamento púrpuro em torno deste, além disso chifres substituam suas orelhas. Ele acessou o Sennin Mode das cobras e depressa encostou uma mão na outra.

— Senpō: Muki Tensei. — Rin (Mirai) disse.

Estalagmites crescem uma após a outra, direcionando-se para o rosado mais jovem que naquele momento já seguia de encontrei a sua versão mais velha. Graças ao Mangekyou Sharingan o mesmo era capaz de entender a trajetória das estalagmites e evitar cada uma delas, assim movendo-se ininterrupto pelo campo que alterava-se conforme a técnica era mantida. Rin baixou sua cabeça por alguns centímetros, assim desviando de uma estalagmite que o atingiria e depois apressou seus passos enquanto o Chidori era carregado em sua mão direita. Seu olhar tornou-se mais sério conforme mais próximo ficava de sua contraparte, porém não demorou para que recusasse no momento que percebeu algumas cobras em várias daquelas recém formadas estalagmites, mas isso não era tudo. Rin (Mirai) abrirá a boca e dela inúmeras cobras saem — Mandara no Jin — e vagam por aquele terreno. 

Rin suspirou e não demorou para assumir uma expressão mais séria e eletricidade cobriu seu corpo e arrepiou momentaneamente seu cabelo, olhou discretamente para o Chidori que era mantido em sua mão direita e depois para o adversário protegido por estalagmites e incontáveis cobras, então disparou de encontro ao inimigo com aquele aumento em velocidade causado pelo Raiton: Hageshii Senkō e abriu caminho ao estender o braço direito a frente do corpo e assim eliminar o máximo possível de cobras, como também acertando o lado direito do peito do mais velho, ou seja, o coração. A mão direita manteve-se atravessada e suja de sangue ao mesmo tempo que o mais velho lhe encarava com malícia. E não levou muito tempo para que um braço esquerdo e enfaixado saísse de dentro da boca do mais velho, dessa forma causando o recuo imediato do rosado que engolia em seco. Rin (Mirai) saiu por completo de seu antigo corpo e gargalhou enquanto mordia o polegar direito e andava distraidamente pelo ambiente enquanto sangue escorria do dedo e pingava no chão.

— Isso está ficando animado. Claro que não chega aos pés das lutas que participei no futuro, mas me deixa animado vê-lo sério. — Rin (Mirai) disse e olhou para o céu antes de dar continuidade. — Me pegou de jeito com aqueles golpes, viu? Você percebeu algo que o deixou um pouco motivado, né? Diga-me o que foi. —

— Tem um limite de tempo para aquele Shinra Tensei. — Rin respondeu enquanto seguia atentamente seu adversário, então mordeu breve o lábio inferior antes de dar continuidade. — Podia ter me repelido quando notou a movimentação, mas isso não aconteceu. —

— Ah, sim. É uma desvantagem do Shinra Tensei. Depende bastante da forma de usá-lo, mas geralmente são cinco segundos. — Rin (Mirai) disse e levou a mão esquerda para o queixo e pareceu um pouco pensativo, então deu continuidade. — Mas posso compensar esses cinco segundos com incontáveis técnicas. —

— Você está mesmo pegando leve comigo? — Rin perguntou enquanto abria e fechava suas mãos inúmeras vezes e perdia a eletricidade que cobria seu corpo e aumentava sua velocidade.

— Estou lutando com 25% da minha capacidade. Não seria bom tê-lo morto. — Rin (Mirai) disse e olhou para o polegar machucado e suspirou antes de se ajoelhar e espalmar o chão. — Kuchiyose no Jutsu: Slytherin. —

Um símbolo de invocação surge abaixo da mão direita do rosado que acessava o Sennin Mode, assim não demorando para que uma explosão de fumaça acontecesse. Rin tomou uma distância significativa para que pudesse se proteger ou até mesmo atacar de seja lá o que sua contraparte chamava para auxiliá-lo no confronto. Graças ao Mangekyou Sharingan pode perceber uma movimentação naquela fumaça, algo grande que aproximava-se pelo lado esquerdo, por isso que depressa tomou mais distância e assim evitou a abocanhada de uma cobra de olhos verdes como esmeraldas e que possuía um tipo incomum de carapaça espinhenta. O rosado engoliu em seco ao notar outra movimentação do lado direito, por isso saltou para trás e tomou ainda mais distância, dessa maneira evitando outra abocanhada de uma cobra idêntica a aquela que tentou atacá-lo inicialmente. 

— Serão três contra um a partir de agora? — Rin perguntou e aumentou significativamente sua voz para que o outro o escutasse.

— Três contra um? Não. — Rin (Mirai) respondeu de dentro da fumaça que não demorou para ser cessada, então continuou com um pouco de ironia. — Um contra um. —

As duas cobras faziam parte de uma mesma serpente, que na realidade possuía uma terceira cabeça em que o rosado mais velho repousava de pernas cruzadas e já em sua aparência base, ou seja, tendo cancelado o Sennin Mode. A cobra possuía três cabeças idênticas e uma carapaça espinhenta por todo seu corpo colossal — quarenta metros. Rin (Mirai) sorria para sua contraparte mais jovem.

— Faz algum tempo que não me invoca, Rin-sama. Já estava ficando incomodado. — Slytherin, a cabeça do meio, disse e levantou seus olhos por mais que não pudesse enxergar o invocador, então deu continuidade. — Quem é o garoto? —

— Desculpe, Slytherin. Sei como a caverna Ryuchi pode ser um pouco entediante, mas já conversamos sobre isso. — Rin (Mirai) disse e direcionou sua atenção para a cabeça à esquerda dele e estendeu o braço e a cabeça se aproximou e recebeu um pouco de afeto, então deu continuidade. — Esse garoto sou eu. Estamos vinte anos no passado. —

— O que devo fazer, Rin-sama? — Slytherin, a cabeça do lado direito do rosado, perguntou com um pouco de malícia e mostrando suas presas para o garoto.

— O que quiser. Divirta-se, brinque um pouco com ele, Slytherin. — Rin (Mirai) disse com um ligeiro divertimento, então deu continuidade quando prestou atenção no rosado mais jovem. — Sobreviva a alguém que se equipara aos meus 30%. —

As outras duas cabeças abrem simultaneamente suas bocas, assim revelando as presas com veneno escorrendo, ao mesmo tempo o rosado mais jovem engoliu em seco e não demorou para que uma energia escura vazasse de seu corpo e rapidamente algumas costelas tomassem forma. Ele semicerrou suas sobrancelhas e rangeu os dentes enquanto acelerava o processo de desenvolvimento de seu Susano'o, assim dando surgimento ao cavaleiro de armadura púrpura e uma capa negra esvoaçante que estendeu os braços no momento certo, assim agarrando as bocas das cobras que tentavam atacar pela direita e pela esquerda. O choque foi tamanho que a técnica humanóide foi brevemente repelida para trás. O rosado levantou as sobrancelhas quando percebeu um detalhe curioso com aquele toque.

— Está drenando meu chakra. — Rin disse um pouco espantado, afinal não sabia que as invocações possuíam aquela capacidade.

— Você reparou. Bom, em algum momento devia reparar. — Rin (Mirai) disse e não demorou para dar continuidade enquanto cruzava os braços. — Slytherin é um experimento. Ela possui a agradável habilidade da rainha dos vermes da areia, assim como a poderosa resistência, dentre algumas coisas a mais. —

O rosado engoliu em seco e reparou na cabeça do meio que mantinha a boca aberta, mas não o atacava. O rosado mais velho soltou uma maliciosa gargalhada antes de desaparecer de cima da cabeça do meio que balançava-se de um lado a outro e ganhava toda a atenção do rosado mais jovem que mantinha-se seguro dentro de seu Susano'o. Pelo menos era nisso que ele acreditava.


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