Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 191
S08Ch23;




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O interior do teatro era mais do mesmo, ou seja, nos dois andares, e de quase todos os lados, possuíam assentos confortáveis para que assistissem à peça que seria apresentada, além de parte de um palco que era iluminado por holofotes e seu restante sendo escondido por uma elegante e comprida cortina vermelha. O acesso às acomodações se dava por escadarias. Misa ocupou o primeiro assento da fileira em que seu grupo tinha pretensão de ficar, em seguida foi Doro que ocupou o terceiro assento, depois Ryūsei que ocupou o lugar ao lado da kunoichi de Sunagakure e Fushin que teve preferência por sentar-se a uma cadeira a mais de distância de Ryūsei, ou seja, repetindo a mesma coisa que a parceira de seu líder fez, então Musashi ocupou o assento ao lado da ruiva e já manteve os braços cruzados e o olhar sério enquanto um certo rosado escolhia se sentar na lugar disponível que havia entre Misa e Doro, na realidade o rosado até levantou as sobrancelhas quando reparou numa expressão de desgosto de Tsuyu.

— O que foi? — Rin perguntou.

— Hm… eu… — Tsuyu levou a mão direita enfaixada para a nuca, coçando-a e usando o indicador esquerdo para apontar o lugar do rosado, então continuou. — …queria sentar aí. —

— Senta aqui no meu colo. — Rin disse com ironia e bateu ambas as mãos em suas coxas antes de dar continuidade. — Não tem problema. —

Misa e Doro levam as mãos para frente de suas bocas, assim abafando as respectivas gargalhadas por causa daquela resposta. Tsuyu encarou com devida seriedade o rosado que continuou encarando-o, mas o líder da Mangetsu suspirou e levou a mão direita para a cintura e seguiu pelo restante daquela fileira, ou seja, ficando ao lado da especialista em Genjutsu. Era bem óbvio que ele queria sentar-se ao lado da noiva, não longe dela, por isso havia uma certa amargura presente em seus olhos amarelos.

— Eu tenho pena de você. — Fushin disse ao mesmo tempo que levava a mão esquerda para as costas do líder e sorria com gentileza para ele. 

— Obrigado. — Tsuyu sussurrou e não demorou para cruzar os braços, de alguma forma o consolo da especialista em Genjutsu piorava um pouco seu humor.

— Calem suas bocas, isso já deve estar começando. — Rin disse enquanto semicerrava as sobrancelhas e dirigia sua atenção principalmente para o Hyuga antes de continuar. — Seu saco de bosta, pervertido que tem preferência por sentar no colo de homens. —

O rosado tinha ambos os braços dados com as garotas, ou seja, seu braço esquerdo enfaixado estava cruzado com o direito de Yamanaka Misa, enquanto que o seu braço direito estava cruzado com o esquerdo de Kawaita Doro. Tsuyu até pensou em respondê-lo à altura, contudo as luzes repentinamente se apagaram e os os holofotes se concentram no palco ao mesmo tempo que uma música um pouco animada começou a ser tocada, assim como a cortina vermelha se abriu para revelar o restante do palco onde alguns personagens já encontravam-se e prontos para iniciarem com suas cenas num ambiente que parecia ser uma réplica imperfeita de uma das acomodações da Mangetsu, aparentemente a sala de visitações. Enquanto a atenção de muitos era para o palco, a de Yamanaka Misa se desviou por um instante, assim reparando no lado esquerdo e algumas fileiras mais a frente de seu pequeno grupo, lá encontrava-se Rin (Mirai) que estava de braços cruzados e uma expressão terrivelmente séria, mas não demorou para a garota voltar a atenção para o palco.

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— Você é a isca perfeita para que ele venha até mim. — Eram as palavras iniciais de um rapaz alto com cabelo curto e moreno de olhos amarelos, mantendo-se atento na personagem a frente dele. — Foi muito útil que tenha escolhido um quarto perto ao dela, Tsuko. —

— Obrigado, Tsuyu-sama. — Eram as palavras iniciais de uma mulher de uma mulher de belos olhos e cabelos carmesins. Ela manteve-se ajoelhada e de frente para o moreno enquanto recitava seu texto. — Ainda bem que fui informada sobre a pessoa que estava na hospedagem. —

— Meu amado jamais cairia nesse tipo de armadilha! Ele é terrivelmente inteligente e forte, então perceberá que sou uma isca e me deixará. — Era o que uma mulher de cabelo comprido trançado e loiro e de olhos púrpuros dizia. Suas palavras soavam como se fosse uma peça de drama ou suspense.

"Não aconteceu assim…" Tsuyu, Doro, Fushin e Musashi pensam incrédulos, porém continuam prestando atenção na cena quando se escutam batidas de uma porta cenográfica colocada. O Tsuyu da cena abriu bem a sua boca e tentou parecer confuso.

— Quem pode ser? Abra esta porta, Tsuko! Ou taco-a imediatamente para Ashram! — "Tsuyu" disse e estendeu o braço direito com o indicador apontando para a porta.

— Oh, não! Ashram não! — "Tsuko" disse e deu passos firmes e pesados pelo cenário enquanto aproximava-se da porta. 

Mas não teve necessidade de maior aproximação. A porta foi jogada para longe, assim revelando o próximo personagem que deveria ser apresentado para a peça. Um rapaz de cabelos rosados bagunçados e uma expressão séria que mantinha o punho direito onde antes havia uma porta que foi carregada por parte da produção que vestia-se de preto na esperança de se camuflar. No momento que o novo personagem apareceu em cena, um pouco de fumaça surgiu no palco.

— Esse é meu Ninjutsu, gostaram? Vocês tem algo que me pertence, então vou querer de volta, se não sofrerão as consequências… — "Rin" disse áspero e levando a mão direita para o cabelo e o alisando para trás antes de dar continuidade. — …Super Pow, é isso aí. —

"Super Pow?" Rin, tanto o do presente quanto do futuro, pensaram com óbvio desgosto pelo "Shannaro, Kuso Baka" ter se tornado um "Super Pow, é isso aí". Rin olhou para Tsuyu quando escutou-o se engasgar e assim semicerrou as sobrancelhas por vê-lo se divertindo com a sua representação. "Eu vou matá-lo" o rosado pensou e gesticulou ao passar o polegar esquerdo em sua garganta, mas retornou a atenção para a cena.

— Suponho que se enganou a respeito dele. — "Tsuyu" disse e não demorou para que soltasse uma enérgica gargalhada que ecoou por todo teatro antes de dar continuidade. — Tenho algo mesmo que lhe pertence, mas quero fazer uma troca. —

— Diga o que está querendo antes que seu rosto se transforme no meu saco de pancadas pessoal. — "Rin" disse e levou o punho direito para a palma esquerda e sorriu com malícia. 

— Quero sua cooperação. Sua força é necessária na guerra que estou travando pelo bem estar de minha amada Amegakure. Nesse momento estou contra a maré, pois diariamente um demônio causa terror na população. A esperança torna-se desesperança. E você irradia esperança. Em troca lhe dou essa atraente mulher, mas caso recuse… terá de lutar com os quatro líderes de esquadrões da Mangetsu por sua sobrevivência. — "Tsuyu" disse e sorriu com malícia.

"Não aconteceu assim!" Rin, Tsuyu, Musashi, Fushin e Doro pensam incrédulos. O rosado prestou um pouco de atenção em sua noiva e percebeu como ela estava concentrada no teatro que de certa maneira contava uma história que ela não presenciou, o usuário de machados olhou para a espadachim e o mesmo acontecia com a ruiva que tinha os braços cruzados e um beicinho enquanto assistia a cena.

— Seus líderes? Ahahahah! — "Rin" disse e deu alguns passos e não demorou para indicar o espaço que havia uma porta pouco antes de sua chegada. — Eu derrotei um por um enquanto vinha para cá. O mais desafiador acabou sendo Kanako Urai, o mais incompetente foi Hosen. —

— O que!? Impossível! — "Tsuyu" disse e tentou parecer muito surpreso, então deu continuidade. — Kanako Urai, Hosen, Musashi e Fushin! Ordeno que apareçam independente de onde estejam! —

E a névoa tornou-se mais intensa no palco. Em segundos era impossível distinguir o que acontecia por lá, contudo não demorou para que o nevoeiro perdesse aquela força e quatro indivíduos apareceram no meio do palco e de frente para o líder que recuou um passo com a "repentina" aparição deles. Kanako Urai era um homem alto com alguns "machucados" e de pele escura e cabelo castanho com algumas bandagens envolvendo suas mãos e pés, não mencionando o uniforme que era um quimono branco com uma faixa preta. Hosen era um adolescente magricela com uma expressão amedrontada e sem qualquer machucado pelo corpo, tendo cabelo azul escuro bagunçado com um sombreamento escuro em volta dos olhos castanhos e orelhas um pouco pontudas. Fushin era uma adolescente de olhos azuis e cabelo loiro comprido e não possuía machucados. E Musashi era um adolescente que segurava um grande facão em sua mão direita e não possuía o braço esquerdo por onde sangue falso jorrava, este sendo alto e magro com uma aura intimidadora e de cabelo curto escuro.

— É verdade que esse indivíduo os derrotou? — "Tsuyu" perguntou e cruzou os braços antes de dar continuidade. — Como? —

— Sim. — "Hosen" respondeu timidamente e não tardou para acrescentar como se achasse a si mesmo uma decepção. — Ele me fez conversar com as pessoas. Eu me sinto tão… humilhado. —

"Tá… isso poderia ter acontecido" Tsuyu, Fushin e Musashi pensam ao relembrarem da aversão de Hosen por aparecer publicamente, pela imensa timidez que o rapaz possuía e os constantes enjoos ocasionados por aquele nervosismo.

— Sim. — "Kanako Urai" respondeu e levou o indicador para baixo do nariz e o coçou antes de acrescentar. — Ele me provou que é homem quando deu tudo de si. Nós reconhecemos os nossos sentimentos através dos punhos. —

— Sim. — "Fushin" respondeu e levou os braços para as costas e entrelaçou as mãos antes de dar continuidade. — Ele tem aqueles olhos incríveis. Meu Genjutsu se tornou ineficaz, então antes que me machucasse pedi por trégua. —

— Sim. — "Musashi" respondeu e indicou a ausência do braço e deu continuidade. — Ele arrancou meu braço quando joguei outro facão nele. Eu acho que estou vendo a luz, líder. —

"Isso não aconteceu!" Musashi pensou com óbvio desgosto e semicerrando suas sobrancelhas.

— Mande a luz para o inferno! Você não terá descanso enquanto a Mangetsu não vencer! — "Tsuyu" disse e olhou para o rosado que bocejou preguiçosamente, então indicou o desmembrado e continuou. — Faça alguma coisa! —

— Ah, tá… — "Rin" disse e estendeu a mão direita em direção a "Musashi" e deu continuidade. — …super Ninjutsu médico! Super Pow, é isso aí! —

O sangue falso parou de jorrar e o novo braço apareceu saindo da manga intacta do usuário de facões. "NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA!" Rin pensou com óbvio desgosto e cruzando os braços e rosnando um pouco baixo, mas o suficiente para ganhar a atenção de Doro e Misa que o encaravam momentaneamente antes de sorrirem e acharam engraçada a reação do mesmo.

— Já curei seu braço. Agora… — "Rin" retornou sua atenção para "Tsuyu" e cruzou os braços e deu continuidade. — …eu quero ela. —

— Não posso. — "Tsuyu" disse e levou a mão direita ao peito e olhou para "Doro" como se fosse um idiota muito feliz, então continuou. — Estou apaixonado por ela desde quando nos vimos. —

— Isso tem 3 dias. Se apaixonou muito rápido. — "Doro" disse e pôs a mão direita na cintura e não demorou para dar continuidade com um tom malicioso. — Espero que só sua paixão seja rápida. —

— Eu garanto que só a paixão é rápida. — "Tsuyu" disse no mesmo tom malicioso.

— Eu também estou perdidamente apaixonada por ele, Rin. — "Doro" disse e se aproximou do moreno que interpretava Tsuyu e entrelaçou suas mãos, então continuou. — Eu quero dar a ele um filho. —

"Tá… não foi assim que aconteceu. Isso já está se tornando bem idiota…" Tsuyu pensou ao mesmo tempo que semicerrava mais as sobrancelhas e abria e fechava suas mãos algumas vezes. "...quais as chances de uma possível resistência da Shi no Hana? Um ataque massivo aqui e agora?" o mesmo continuou pensando e discretamente olhou para Rin que tampava a boca com as duas mãos para evitar uma gargalhada muito alta. "Que idiota" pensou.

— Se estão apaixonados não posso fazer nada. — "Rin" disse.

— Pode sim. Alie-se a nós. E ajude-nos a vencer a Shi no Hana. — "Tsuyu" disse e pareceu bem concentrado no rosado, então deu continuidade. — Quero derrotá-los hoje! —

Um barulho soou. E "Tsuyu" olhou para "Tsuko" que obedeceu cegamente a um comando não verbal e saiu de cena ao caminhar para onde antes havia uma porta.

— De acordo. Eu me alio a vocês e traremos justiça para Amegakure. — "Rin" disse.

— É esperança, seu tolo. Eu só quero a esperança. — "Tsuyu" disse com um olhar áspero para o rosado em cena.

— E Ashram como prato para o café da manhã, com muitas proteínas. — "Kanako Urai" disse e aproveitou para fazer uma pose que serviu para realçar seus músculos. 

Os outros participantes em cena riram, além disso muitas pessoas na plateia acharam engraçado aquele comentário, por isso compartilharam do momento de diversão. As cortinas vermelhas se mexeram ao fim daquele comentário, dessa maneira encobrindo a parte do palco em que os personagens se encontravam e resultando no fim daquele arco com inúmeros aplausos. Era a pausa do primeiro ato da peça, ou seja, um descanso de quinze minutos.

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Cinco minutos após o fim do primeiro ato, o pequeno grupo encontrava-se quase que inteiro numa parte de descanso. Um pequeno momento de silêncio entre muitos que vivenciaram o que a peça tentava contar. Rin suspirou e levou as mãos para a cintura.

— É, já sei o que tenho que fazer. — Rin disse com certa inocência e recebendo olhares de muitos dos amigos, então deu continuidade. — Um incêndio. Não vou permitir que essa peça continue. —

— Não haverá fogo. — Misa disse e levantou as sobrancelhas e pareceu perplexa pelos olhares negativos de Rin, Tsuyu e Fushin, além disso sentia a uma distância razoável o chakra do rosado mais velho e luzes, ou melhor, bolas de fogo se encaminhando ao céu anoitecido, por isso suspirou e deu continuidade. — Continuaremos assistindo a essa peça como civili-... cadê Musashi? —

— Disse que tinha que ir ao banheiro. — Ryūsei disse de braços cruzados e levantando as sobrancelhas quando reparou um detalhe curioso. — Nuvens de chuva estão se formando? A previsão era de chuva para hoje? —

— No único dia de descanso que tenho… vou logo para uma peça horrível. — Rin disse e olhou para o céu assim como a espadachim fazia e sorriu com certa malícia. — Desgraçado. Tá melhorando a minha ideia. —

— Que ideia? — Tsuyu perguntou e olhou para Fushin que conversava animada com Doro, então continuou quando notou um detalhe curioso na fala do rosado. — Como assim "único dia de descanso"? Seu treinamento não acabou? —

A atenção de todos se voltou para o rosado que continuava olhando para o céu e sorrindo com a mesma malícia. "Está aquecendo o ambiente e pretendendo usar o Kirin, né? Eu não vou impedi-lo, na realidade estarei pronto para proteger meus amigos…" pensou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas, mas baixou a cabeça e suspirou.

— Não, meu treinamento ainda não acabou. Só que estou agindo como um bom menino, por isso que ganhei um dia de sossego. — Rin disse e levou a mão direita para a nuca e apertou um pouco antes de direcionar os olhos verdes para o Hyuga, então continuou. — Ele pretende destruir tudo com o Kirin. A técnica de Raiton mais poderosa e de uso único. É um pouco entediante explicar, mas basicamente é a natureza agindo pelas ações do homem. E não vou impedi-lo se está querendo mesmo acabar com tudo. —

— Querido, faça alguma coisa… — Misa disse e aproveitou para cruzar os braços abaixo dos seios, então continuou. — …agora! —

— Ah, porcaria… — Rin sussurrou e usou dois dedos da mão esquerda enfaixada (médio e indicador) para criar um Kage Bunshin que bocejou quando apareceu repentinamente, então continuou. — Vá atrás dele e tente resolver a situação. Se nem Ashram destruiu essa porcaria, não será uma versão mais velha minha que fará isso. — O rosado retornou sua atenção para a Yamanaka e deu continuidade quando o Kage Bunshin tomou distância. — Pronto, amor. Daqui a pouco esse problema estará sendo resolvido. —

A Yamanaka ficou em silêncio. E manteve seus olhos azuis ligeiramente concentrados no usuário de machados que aproximava-se com as mãos nos bolsos e um olhar que beirava o desinteresse, mas havia um sorriso sínico que chamava a atenção da Yamanaka e da espadachim.

— O que você fez? — Ryūsei perguntou e usou o indicador para apontar o rosto do usuário de machados, então deu continuidade. — Você está sorrindo. E que eu saiba não houve nenhum desastre, então não haveria razão para esse contentamento. Você aprontou alguma. O que você fez? —

Musashi ficou em silêncio e ligeiramente surpreso. E suas bochechas se esquentaram um pouco pela perspicácia da espadachim. Ele cruzou os braços.

— Conversando com a minha contraparte. — Musashi respondeu e levantou um pouco seu queixo, então deu continuidade. — Explicando com gentileza que ele tem que agir com mais agressividade e ignorância, se não coisas ruins vão acontecer no caminho de volta para a casa dele. —

— Você o ameaçou. — Tsuyu disse surpreso e levantou uma das sobrancelhas, porém gargalhou com certo ânimo.

— Olhem pelo lado bom… — Doro disse ao mesmo tempo que se aproximava do rosado e segurava o braço esquerdo dele antes de dar continuidade. — …a peça não pode piorar. —

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Doro estava enganada. A peça era sim capaz de piorar e sem exigir tanto esforço. Naquele momento, vinte minutos depois do segundo ato ter início, às pessoas assistiam a atriz que interpretava Fushin agora em outro papel, agindo como Taiyo e atirando inúmeros papéis em seus inimigos que recuam ao serem atingidos, mas não demorou para que Kanako Urai soltasse seu último grito de guerra quando alguns papéis atingiram seu braço direito, assim o personagem caindo morto no chão e sendo arrastado para longe por membros da produção que vestiam preto. O segundo a cair era Hosen que também foi arrastado para longe, assim só restando Musashi com um mero facão intacto e Tsuko com uma katana, com Tsuyu e Rin logo atrás e de certa forma bem machucados.

— Muahahaha! Agora é o momento de me exibir! — "Taiyo" disse e estendeu o braço direito com o indicador apontando para Tsuko, então deu continuidade. — O poder secreto do clã Chinoike! Aquele mesmo poder que Ashram-sama me passou para essa ocasião. Dê adeus aos seus amigos, Tsuko! Ou alie-se a Shi no Hana. —

"Isso não aconteceu exatamente assim…" a maioria do grupo do rosado pensou, não pareciam mais tão inconformados com toda aquela situação, além disso ficaram mais impressionados pelo melhor desempenho do usuário de facões desde o começo daquele ato.

— Nunca! — "Tsuko" disse e avançou pelo cenário para usar sua katana em Taiyo.

A ruiva parou com a aproximação a mais ou menos um metro do ator que representava Taiyo, muito rápido uma névoa surgia de todos os lugares enquanto o corpo de Tsuko infla, ou melhor, a roupa dela se enchia para representar uma certa habilidade do clã Chinoike. Quanto mais seu corpo se enchia, mais névoa se tinha com uma certa intenção futura. E não demorou para que houvesse a explosão, assim lançando confetes vermelhos para todas as direções e alguns órgãos aleatórios de borracha, até mesmo um bebê do mesmo material que os órgãos. Aquilo assustou a maioria das pessoas que assistiam nas primeiras fileiras, e irritou um certo grupo que ficou mais propício a atear fogo no teatro. A névoa serviu para esconder a atriz que representava Tsuko e tirá-la de cena. O Rin da cena se ajoelhou num breve momento de luto e colocou suas mãos em frente aos olhos e sangue escorreu de seu rosto. "Isso nem aconteceu. Eu desenvolvi meu Mangekyou Sharingan por causa dos meus amigos, naquele momento não havia reparado no que tinha acontecido com ela" o rosado pensou com um óbvio descontentamento e suspirou pesadamente. O Rin da cena se levantou e seus olhos já não eram verdes, mas meramente carmesins sem qualquer detalhe a mais.

— Você está ferrado, cara do papel. — "Rin" disse ao mesmo tempo que indicava o loiro com o o indicador da mão esquerda, então continuou. — Super Pow, é isso aí. —

O Taiyo da cena jogou papéis no Rin, mas o ator desviou enquanto se aproximava dele e não demorou para pôr a mão direita no abdômen do adversário que gritou em agonia e caiu de joelhos e levou as mãos para a camisa do rosado, assim puxando.

— Eu não sinto minhas pernas! O que você fez comigo? — "Taiyo" perguntou.

— Cortei as ligações de seu corpo com as pernas. Os tendões se romperam de uma maneira que é cansativo explicar. — "Rin" respondeu.

"Eu só acabei com a C5 dele!" Rin pensou enquanto suas bochechas estavam coradas e o calor se espalhava para as orelhas. Ele começou a bater a testa na poltrona à sua frente que, por sorte, encontrava-se vazia.

— Você é um maldito. — "Taiyo" disse.

— Por causa dessa ofensa, se despeça dos braços. — "Rin" disse e repetiu o mesmo gesto que fizera antes, assim os braços do inimigo despencaram, então continuou. — Você tem que agradecer, sabia? Matou Shiro e Tsuko que eram importantes para Tsuyu, tem que agradecer por permitir que esteja vivo. —

"Eu matei Shiro!" Rin pensou e bateu a cabeça com um pouco mais de força na poltrona à sua frente. Enquanto isso, no palco escutava-se uma salva de palmas lentas e alguns passos e não levou muito tempo para que a próxima figura se revelasse. Era um homem alto, de ombros largos com a aparência de meia idade relativamente saudável. Ele usa seu longo cabelo loiro-dourado em um rabo de cavalo solto na altura dos ombros com dois ou três fios de cabelo solto caindo sobre a testa e ostenta uma barba estilo Donegal em seu queixo quadrado. Ele também usa óculos sobre os olhos dourados. Além disso, dois chifres vermelhos e longos estavam na testa do recém chegado que olhava com desinteresse para os indivíduos da cena que pareciam surpresos.

— Ashram!? — "Tsuyu" disse com imensa surpresa.

— Eu mesmo. E não gaste meu nome, jovenzinho. — "Ashram" disse com óbvio desinteresse.

— O que está fazendo aqui? — "Tsuyu" perguntou.

— Está na hora de acabarmos com isso, não acha? Nossos confrontos estão causando reações indesejadas na população, então receio que esse é o dia que um de nós cairá, ou se aliará ao outro pelo bem estar de Amegakure. — "Ashram" disse e estendeu o braço esquerdo na direção do Hyuga, então deu continuidade. — Alie-se a mim. Juntos seremos grandes e temíveis. —

— Eu dispenso. Eu quero acabar com você, não me aliar a você. — "Tsuyu" disse.

— Você daria seu braço por Amegakure se essas pessoas pedissem? — "Ashram" perguntou e cruzou os braços.

— Sim! — "Tsuyu" disse.

— Prove, arranque seu braço direito. Você já perdeu aquela que o servia como braço direito, que mal haverá em perder o verdadeiro braço direito. — "Ashram" disse.

Tsuyu ficou em momentâneo silêncio, então levou sua mão esquerda para o braço, alguns palmos acima do cotovelo, e começou a puxá-lo ao mesmo tempo que gritava numa suposta dor. E não levou muito tempo para que este arrancasse o braço — de plástico — com sangue jorrando e depois se aproximou de Ashram e acertou um tapa com a mão direita no rosto dele e assim rendendo muitas expressões de surpresa da plateia.

— Eu lhe desafio! Um de nós cairá hoje! — "Tsuyu" disse.

— Me desafia? Eu aceito seu desafio! — "Ashram" disse e tomou um pouco de distância e depois levou a mão direita para o chão e deu continuidade. — Kuchiyose no Jutsu: Blood Dragon! —

"NADA DISSO ACONTECEU!" Rin e Tsuyu pensaram enquanto assistiam a membros da produção — com fantasias escuras — segurando pedaços de paus conectados a um dragão chinês vermelho que rondou Ashram antes de se dirigir para Tsuyu e Rin e acertando-o algumas vezes antes de desaparecer com um simples soco do rosado em cena, assim deixando Ashram surpreso e não tendo chance de reagir quando Tsuyu lhe acertou com uma kunai no peito. Um duelo verdadeiramente medíocre, nem chegava aos pés do que ambos verdadeiramente experienciaram a algum tempo. Ashram pôs as mãos nos ombros de Tsuyu enquanto sangue escorria do ferimento.

— Esse dia marcará a liberdade de Amegakure! — "Tsuyu" disse sério. 

— Maldito… — "Ashram" disse.

— Eu serei o protetor de Amegakure a partir de agora. — "Tsuyu" disse.

E a música parou, assim como as cortinas começaram a se fechar, dessa maneira encobrindo o palco e resultando no fim da peça e muitas pessoas aplaudiam aquele final impressionante. Rin e seu pequeno grupo de amigos tornaram a se levantar com expressões amargas.

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Os sete caminhavam por uma rua de Amegakure alguns minutos depois. Misa e Doro tinham seus braços entrelaçados com Rin, enquanto que Tsuyu estava de braços cruzados e a cabeça um pouco baixa, Musashi e Ryūsei conversavam sobre alguma coisa que não interessava ao rosado, mas dava-se a entender que era sobre um próximo passeio por Amegakure e Fushin tinha as mãos atrás da cabeça e olhando para o céu.

— Então, aquele dragão? Ele foi capaz de invocar um dragão de sangue? — Misa perguntou e por um momento a atenção de Ryūsei se concentrou no rosado e no moreno.

— O que? Não! O clã Chinoike, de certa forma, pode manipular o sangue por causa do Ketsuryugan, eles tem um Ninjutsu que se baseia nisso. E acontece que havia sangue nas tubulações da base da Shi no Hana. Ashram usou tudo para criar um imenso dragão. — Rin respondeu e abaixou a cabeça um pouco e suspirou em desapontamento, então continuou. — Tsuyu não perdeu o braço direito daquela maneira idiota. Ele foi arrancado por um dragão de sangue. —

Tsuyu parou de caminhar e pôs as mãos nos bolsos enquanto olhava mais a frente, assim cada um do grupo foi interrompendo a caminhada e prestando atenção no que parecia interessar ao Hyuga, assim todos reparam no rosado mais velho que continuava usando o manto gasto e usando o capuz para esconder parte do rosto e não ser identificado por curiosos, além disso um portal negro surgiu repentinamente ao lado esquerdo do indivíduo.

— Está na hora. Você já teve o descanso merecido. — Rin (Mirai) disse enquanto concentrava sua atenção no rosado mais jovem.

— Ele não pode ficar mais um pouco? — A Yamanaka perguntou e aparentemente era uma dúvida de geral, exceto do rosado mais jovem, então deu continuidade. — Faz tempo que… — Ela não concluiu seu comentário.

— Está tudo bem. — Rin disse e se afastou das duas garotas e pôs as mãos em sua cintura enquanto se aproximava da versão mais velha e continuou. — Vamos nessa. Tsuyu, cuide de tudo em minha ausência. — O rosado disse enquanto olhava discretamente para o Hyuga.

O rosado não esperou por uma resposta. Ele só apressou seus passos e saltou quando alcançou o portal, assim mergulhando nele e sorrindo animado porque seu treinamento continuaria. Ele sabia que precisava melhorar se quisesse proteger as pessoas que lhe eram importantes. 


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