Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 184
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Desde o compartilhamento daquelas informações o rosado mais velho esteve desaparecido, na realidade assim que partilhou a última lembrança que o mesmo sumiu de um segundo para o outro na arena, depois de arrumá-la com uma técnica chamada Senpō: Muki Tensei e contar que as pessoas daquele dia, tanto participantes quanto espectadores, acreditarão que o Hyuga demonstrou exímia capacidade ao enfrentar tantas pessoas de uma única vez e anunciando que assumiria o cargo de Amekage, afinal desde o começo haviam clones dele em cada saída do Coliseu que usou o Kuebiko para implantar falsas memórias naquelas pessoas. E após esse anunciado que o mesmo desapareceu, assim deixando o rosado mais novo surpreendido, afinal aquela técnica de seu olho direito era cansativa de inúmeras formas, mas não demorou para que viesse a desaparecer também a caminho do esconderijo de Orochimaru onde buscou por equipamentos e mais informações em respeito de parto prematuro — usando quinze Kage Bunshin no processo — enquanto que Tsuyu tratou se seguir para a clínica de Uteki para que pegasse o máximo de medicamentos possíveis. 

Dessa forma, Rin veio a aparecer um dia e meio depois e parecendo a encarnação do cansaço, por isso que a Yamanaka o levou para o quarto e deitou-se com o mesmo enquanto as horas passavam, e assim permaneceram até perto da meia noite. Os dois ficaram desde o começo de conchinha, com o rosado abraçando-a e mantendo as mãos na barriga da noiva e acariciando com os polegares enquanto o rosto posicionava-se no ombro da parceira, além disso sentia as mãos gentis da Yamanaka fazendo breves carícias perto dos pulsos.

— Está acordada? — Rin perguntou, porém sabia que era uma pergunta retórica, afinal sentia as carícias nos pulsos e a respiração da parceira. Ele deu continuidade assim que ela moveu o rosto para o lado, tendo a oportunidade de ver um dos olhos azuis dela. — Você ficou brava comigo naquele dia? Em Yattsuhoshi. — Rin perguntou.

— Você sumiu por um dia e meio para descobrir mais maneiras de evitar um parto prematuro e está querendo conversar sobre o que vimos? Você deveria descansar, não se preocupar com essas coisas. — A Yamanaka disse, contudo mordeu os lábios ao sentir um beliscão suave na barriga, por isso levantou uma das sobrancelhas e deu continuidade com um ligeiro tom de divertimento. — Vai me forçar a responder com beliscões? E como ficará essa criança? —

— Eu perguntei primeiro. Responda-me e vou parar com os beliscões pelo bem dessa criança. — Rin disse.

A Yamanaka suspirou, porém não demorou para se mover na cama, assim ficando de frente para o rosado, mas novamente mexendo-se e ficando por cima dele e levando as mãos para as bochechas dele e acariciando com a mesma ternura de sempre. Ela percebia o olhar gentil e amável do parceiro, assim como as mãos dele que moveram-se para as suas costas e desceram um pouco, assim chegando a sua cintura.

— Por um momento me deixei levar pela raiva mesmo, querido. Confesso que me magoei pelo que aconteceu, mas nada disso importa mais. Conversamos e expressamos os nossos sentimentos. Não é isso que importa? Minha mente se acalmou pela conversa no meio do caminho, por isso soube que estava errada em exigir demais de você sendo que havia tanta coisa em sua mente para que se preocupasse. — A Yamanaka disse.

— O que acha de fazermos um acordo? — Rin perguntou.

— Que tipo de acordo? — A Yamanaka perguntou.

— Futuramente, quando brigarmos, vamos acalmar nossos ânimos e dialogar civilizadamente e ouvir os pontos de cada um, o que me diz? — Rin perguntou, porém não demorou em continuar quando moveu sua mão direita, já na cintura da parceira, para mais baixo ainda e sorriu pelo canto dos lábios. — Uchiha e Yamanaka, dois clãs que vêem o valor do amor, não acho que discussões seriam bem vistas, o que acha? —

— Que deveria tirar a mão de onde está apalpando quando conversamos sobre discussões, bobo. — A Yamanaka sussurrou, porém deu continuidade quando o ouviu gargalhar com um certo ânimo. — Concordo com esse acordo. —

O rosado pareceu satisfeito por aquela resposta, por isso não demorou em levantar sua cabeça por alguns centímetros e fechar vagarosamente seus olhos, assim como a parceira fazia e separavam um pouco seus lábios na intenção de beijarem-se, contudo a porta do quarto acabou por sendo aberta apressadamente por um indivíduo que não demorou para ser revelado como sendo Tsuyu que tentava esconder o medo sentido, mas de certa maneira fracassava. Os olhos amarelos se concentram no casal.

— Desculpe incomodar, mas Doro está… — Tsuyu não concluiu seu comentário, na realidade concluiu, mas acontece que o rosado não deu mais tanta importância, afinal sabia o porquê da chegada do Hyuga naquele quarto.

— Eu tenho que ir. — Rin sussurrou e manteve seus lábios próximos ao de sua parceira, então deu continuidade. — Gosto quando fica por cima de mim, mas não é o momento, então o que me diz de sair para que eu resolva esse assunto? —

— Seu bobo. — Misa disse com um pouco de diversão, porém não demorou para rolar ao lado da cama e se espreguiçar, então deu continuidade enquanto saia da cama. — Tem algo que me interessa, por isso estou dando uma saída também. —

— De madrugada? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas ao mesmo tempo que deixava a cama, assim não demorou em continuar. — Posso saber o que é? —

— Não, não pode. — A Yamanaka disse e aproveitou para exibir sua língua antes de dar continuidade. — E nem pense em mais tarde invadir minha mente para descobrir onde fui. —

— Eu nunca… — O rosado interrompeu o comentário ao se lembrar que fez aquilo com Sasuke para descobrir a funcionalidade de Karasuki, por isso coçou uma das bochechas coradas e deu continuidade. — …está bem. Só tome cuidado. —

— Quer levar alguém, Misa? Suponho que Ryūsei ou Fushin estejam acordadas. — Tsuyu disse e não se incomodou pelo discreto olhar de agradecimento do rosado. 

— Não preciso de supervisão. E não quero tirá-las do conforto para um passeio noturno. — A Yamanaka disse.

O rosado e o moreno não insistem mais, apenas saem e seguem para o quarto mais próximo cuja porta já encontrava-se aberta, enquanto isso a Yamanaka terminou de se aprontar com uma camiseta branca com listras pretas nas mangas e uma calça jeans com sandálias abertas para os dedos, então saiu do quarto e olhou discretamente para aquele que pertencia ao outro casal — Tsuyu e Doro — e percebeu a luminosidade escapando do cômodo, mas só voltou a olhar para frente e apressada seguiu para a escada e foi ao andar superior e repetiu isso por mais algumas vezes até chegar alcançar o terraço. Ela sentia o chakra do rosado mais velho desde seu repentino desaparecimento, desta vez ele não fazia questão de escondê-lo, então bastava segui-lo para que seu interesse fosse sanado. Misa levou o polegar direito para os lábios e deu uma mordida razoavelmente forte ao ponto de sangrar, então levou a mão ao chão e disso um símbolo de invocação surge e uma nuvem de fumaça toma uma pequena área, mas o suficiente para esconder um corpo que não demorou para ser revelado como sendo de Gamameru que baixou a cabeça para olhar sua invocadora.

— Precisa de alguma coisa, Misa-san? — O anfíbio de espírito generoso perguntou.

— Sendo sincera? Preciso sim e adoraria que você me ajudasse, Gamameru. — Misa respondeu ao mesmo tempo que se levantava e olhava numa direção específica e não demorou para apontar e retornar seus olhos azuis ao sapo, então continuou. — Pode me levar naquela direção? Tem alguém por lá. —

— Para lá? — O anfíbio perguntou e piscou um olho de cada vez enquanto olhava na direção indicada, depois olhou para sua invocadora e balançou a cabeça antes de estender o braço direito com a palma aberta para ela e dar continuidade. — Claro, suba. Vou levá-la, Misa-san. —

— Obrigada, Gamameru. — A Yamanaka disse.

Misa subiu na palma da mão do anfíbio que levantou o braço, assim fazendo com que a mesma entendesse que deveria ir para suas costas, sendo exatamente isso que a garota fez segundos depois e segurou-se firme no gentil sapo que não demorou para se virar e olhar novamente para onde a invocadora apontou. E não demorou para que saltasse, assim afastando-se do terraço da Mangetsu e alcançando outro prédio a uns trinta metros onde se apoiou por um breve instante para saltar novamente. Gamameru repetiu esse processo por mais duas vezes até chegar ao maior prédio de Amegakure contendo quatro faces humanóides em cada lado e ligada a duas torres menores assim como uma varanda um pouco acima de uma dessas faces, ou seja, a antiga base de operação da Shi no Hana, por direito também sendo reconhecida como a Torre de Pain. E havia alguém num rosto com a língua para fora e que oferecia vista sobre a cidade, essa face contendo padrões similares aos olhos do Rinnegan e representada com um tubo e tem piercings. 

Misa não demorou para reconhecer que era Rin (Mirai) que estava sentado de pernas cruzadas e a cabeça baixa. Gamameru pousou na varanda acima dessa faceta e não demorou para desaparecer em seguida. A Yamanaka caminhou para a beirada da varanda e olhou para baixo, cruzou os braços abaixo dos seios e continuou o observando, porém não demorou para que visse um movimento curioso. O rosado mais velho levantou o braço direito com o punho quase inteiramente fechado, exceto pelo indicador dobrado que fazia um movimento como se sugerisse que a mesma se aproximasse. A Yamanaka assim obedeceu e deixou a varanda com um mero salto e alcançou a língua da faceta e caminhou para perto do rosado mais velho.

— Você não tem escondido mais seu chakra. Cansou de permanecer nas sombras? — A Yamanaka perguntou com um pouco de ironia, na realidade tentando um pouco de humor para aquele momento.

O rosado não percebeu a graça, ou se percebeu não sentiu vontade de expressar. Ele só pôs o cotovelo direito na coxa e o punho se seguiu para a bochecha ao mesmo tempo que mantinha um olhar sério e confiante com um sorriso pouco malicioso. 

— Doro entrou em trabalho de parto a alguns minutos, não entrou? — Rin (Mirai) perguntou, mas era óbvio que a pergunta nada mais era do que retórica.

— Responda a minha pergunta que eu respondo a sua. — Misa disse ao mesmo tempo que assumia um olhar mais sério.

— Que engraçado. Não sabia que precisava responder perguntas tão idiotas. — Rin (Mirai) disse com uma ligeira provocação, porém não demorou em continuar. — Não precisa me responder sobre o trabalho de parto. Sei que entrou, afinal foi nesse horário que começou a vinte anos atrás. —

— O que aconteceu? Parecia tão receptivo na arena, mas agora está… — A Yamanaka não concluiu seu comentário.

— Precisava fazer com que confiassem em mim, então me obriguei a parecer mais amigável para que não me tratassem como uma ameaça, mas não se engane, garota… — Rin (Mirai) disse e não demorou para inclinar a cabeça e direcioná-la para trás, então deu continuidade quando mirou seu olho ônix da Yamanaka. — …sou uma ameaça de qualquer forma. —

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela concentrou sua atenção naquele único olho ônix e notou novamente a alteração que aconteceu em questão de meio segundo para o Mangekyou Sharingan — pupila preta acompanhada por um círculo vermelho e por fim um maior na cor preta, mas possuindo linhas vermelhas meia-lua formando um vórtex — muito diferente de como era o Mangekyou Sharingan de seu parceiro. A Yamanaka não se mexeu, mas enxergava algo a mais naqueles olhos ligeiramente ameaçadores, por isso decidiu se sentar e manteve sua atenção nele.

— Parece que sofreu bastante, Rin. — A Yamanaka sussurrou e não demorou para morder suavemente seu lábio inferior, então deu continuidade. — Você aguentou bastante sofrimento. —

— Cale-se. — Rin (Mirai) disse áspero, quase como se houvesse uma ameaça nas entrelinhas, e não demorou para voltar sua atenção para a paisagem, assim dando continuidade quando sentia uma brisa fresca confortando-o. — Você não sabe pelo que passei. Ninguém ao meu lado quando me aprofundava na escuridão, quanto mais a luz fugia do meu alcance. —

— Quero saber da sua história. Poderia me mostrar? — A Yamanaka perguntou ao mesmo tempo que ajoelhava-se atrás do rosado e gentilmente colocava a mão direita nas costas dele, então continuou. — Dá para sentir sua tensão. Está preocupado? Supõe que sua ajuda de nada adiantará para evitar o parto prematuro? —

— Se essa criança nascer hoje, isso resultará em um abalo mental, pois suponho que ele irá se culpar. Então, não haverá como se concentrar no combate decisivo que terá daqui alguns dias. É tolice me perguntar se estou tenso, afinal significaria num desgaste físico sem resultados. — Rin (Mirai) respondeu ao mesmo tempo que semicerrava suas sobrancelhas, mas não demorou para continuar. — Tire sua mão de minhas costas, garota. —

— Me mostre sua história. — A Yamanaka repetiu o pedido feito e que aparentemente foi ignorado pelo rosado mais velho.

O rosado ficou em silêncio por um momento, contudo não demorou em baixar a cabeça e suspirou ao mesmo tempo que coçava a nuca com a ponta dos dedos, então moveu sua cabeça ao ponto de que a Yamanaka pudesse ver seus dois olhos.

— Por favor. — Misa pediu.

— Há partes que provavelmente não gostará. — Rin (Mirai) disse ao mesmo tempo que desativou seu Mangekyou Sharingan e fechou o olho direito, assim deixando o esquerdo (púrpuro com ondulações e seis tomoes) em mais evidência, então deu continuidade. — Genjutsu: Sharingan. —

[ ۝ ]

Em questão de meio segundo o cenário mudou. A Yamanaka piscou algumas vezes para se acostumar a incomum claridade, então deu alguns passos para trás ao perceber onde encontrava-se. A mesma de alguma maneira foi transportada para o Coliseu ou aquilo que restava dele, afinal tudo estava em pedaços. Ela olhou para o céu, assim notando a neve, porém retornou sua atenção ao chão quando ouviu um soluço, dessa maneira tendo a oportunidade de enxergar Rin de joelhos e com os punhos na frente dos olhos e cercado por destruição. Ela deu um passo adiante com intenção de ir consolá-lo, porém ouviu um resmungo que chamou sua atenção. Ela olhou para o lado direito, observando Rin mais velho e com as mãos nos bolsos da calça e olhando com desinteresse para a versão mais nova.

— Isso é uma memória. De nada adiantará fazer contato com ele. Vocês já estavam mortos a esse ponto, Amegakure parcialmente destruída. — Rin (Mirai) disse e acabou baixando sua cabeça e suspirando antes de virar-se e indicar uma recém aparecida porta. — Não tem nada demais aqui. Vou ficar chorando e aumentando meu ódio até pegar no sono. Vamos. —

— Para onde? — Misa perguntou.

— Sem perguntas. Já é bem incômodo mostrar isso para alguém. — Rin (Mirai) disse ao mesmo tempo que se aproximava da porta.

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela percebia como as personalidades de seu noivo e daquela pessoa eram bem opostas. A garota caminhou para aquela porta enquanto olhava para os lados no que sobrou daquela destruição assombrosa, porém olhou também para o rosado ajoelhado que soluçava, ela retornou a olhar para a porta e depois para o rosado mais velho que a mantinha aberta para adentrar na próxima memória. A Yamanaka ficou receio por um instante, contudo não demorou para acessá-la. E novamente o lugar mudou, desta vez ele — Rin — encontrava-se na ponte de Amegakure abaixo daqueles portais com torres e logo atrás Doro com um olhar preocupante, bem diferente do olhar do rosado que parecia bem desanimado. Misa olhou em volta, mas não encontrou a versão mais adulta do seu parceiro, não até encarar melhor o portal à esquerda e vê-lo encostado e de braços cruzados. Rin (Mirai) estalou os dedos e assim começou a chover e a memória deu andamento.

— Não precisamos dissolver a Rokujūshi! — Doro disse ao mesmo tempo que fechava o punho direito e o segurava com a palma esquerda contra o peito, seu olhar era realmente preocupante. — Não precisa mandar os Kage Bunshin irem atrás dos membros, desfaça imediatamente! O que fazemos são coisas boas, Rakun. —

— Você acha que me importo com coisas boas? — Rin perguntou ao mesmo tempo que se virava e estendia os braços para o lado, então deu continuidade. — EU TINHA COISAS BOAS, SUA IDIOTA! E TUDO FOI TIRADO DE MIM NUM ESTALAR DE DEDOS! EU ESTOU CANSADO DE FAZER COISAS BOAS E RECEBER SÓ DESGRAÇA! —

— O que… o que quer dizer com isso? — Doro perguntou. E aparentemente aquela dúvida era de interesse da Yamanaka, afinal ela olhou para o rosado mais velho com certa discrição.

— Estou dizendo que dane-se esse mundo. — Rin respondeu em uníssono com sua versão mais adulta, porém continuou sozinho. — Não serei mocinho nessa história, nem mesmo vilão. Vou viver a minha vida, mas vou me preparar para quando alguém quiser me incomodar. E deve voltar para Suna… nossa parceria acabou. —

— Você não está falando sério que não liga para o que vai acontecer a partir de agora. Você não… — Doro não concluiu seu comentário.

— MAS QUE MERDA! — Rin gritou e levantou sua perna direita e bateu seu calcanhar no chão com força, assim criando rachaduras. Ele direcionou sua atenção para a garota e deu continuidade. — ESTOU FALANDO SÉRIO! EU NÃO LIGO SE ALGUÉM VAI MORRER OU VIVER. NÃO LIGO SE BATEREM À MINHA PORTA PEDINDO POR AJUDA! CHEGA, EU CANSEI! —

— E quer acabar assim com a Rokujūshi? Rakun, por favor… — Doro disse ao mesmo tempo que seus olhos marejaram e ela parecia fazer força para não chorar, assim não demorando em continuar. — …temos que ficar próximos nesse tempo sombrio. Vamos dar um jeito, me escute. Sei que encontraremos uma solução. —

— Você é idiota? É burra por acaso? Tsuyu morreu, sua filha era natimorta, Misa morreu, qualquer conhecido em Amegakure, nesse antro de desgraça, morreu! — Rin disse e levou a mão direita para os olhos e os coçou ao mesmo tempo que suspirava com um certo peso. — Me escute… volte para Suna. —

A kunoichi correu em direção ao rosado e o abraçou confortavelmente pelas costas, mas de certa forma prendendo o rapaz que não poderia levantar os braços, contudo ele não encontrou motivo para aquilo. Ele só ficou em silêncio enquanto escutava a garota soluçar ao mesmo tempo que a chuva caia.

— Volte para Suna… — Rin sussurrou.

— Não. Meu lugar é ao seu lado. Nós não estamos em nossos melhores momentos, então temos que ficar juntos e nos recuperarmos. — Doro sussurrou ao mesmo tempo que apertava um pouco mais o abraço que dava no rosado.

E então o cenário se congelou. Misa olhou para os dois e depois para o rosado mais velho que mantinha boa parte da atenção naquela única cena, porém ligeiramente entristecido antes de baixar sua cabeça e a desviá-la para o lado esquerdo.

— A Rokujūshi foi desfeita? Seu objetivo… você renunciou? — Misa perguntou.

— Dei ordens para os Kage Bunshin que foram enviados. A primeira era contar sobre o fim da Rokujūshi, a segunda era eliminar com o Kuebiko todas as informações relacionadas ao Iryō Ninjutsu ou a Rokujūshi caso houvesse uma resistência. — Rin (Mirai) respondeu e sorriu maliciosamente pelo canto esquerdo dos lábios, então continuou. — Uma pena que não houve resistência, mas faz sentido, afinal conversavam com o líder da organização, então não havia ao que questionar, mas ainda é uma pena. —

— Você queria que esquecessem tudo? — A Yamanaka perguntou e direcionou seus olhos azuis para a kunoichi de Sunagakure, então continuou. — O que aconteceu com Doro? Ela está bem? —

— Verá isso conforme passaremos pelas memórias. — Rin (Mirai) respondeu e não demorou a indicar o portal de Amegakure, então continuou. — Vamos para a próxima. —

A Yamanaka entendeu o que devia fazer, por isso caminhou em direção ao portal que servia de entrada e saída de Amegakure e não demorou a fechar seus olhos momentaneamente por causa de uma incomum claridade e um calor que estranhou no primeiro momento. E assim não demorou a reconhecer onde encontravam-se agora… em Yattsuhoshi… sob o pôr do sol, mas não apenas isso. O rosado e a kunoichi que o acompanhava estavam de frente para uma casa quase inteiramente concluída, mas naquele momento a construção estava coberta por chamas negras e Rin mantinha seu Mangekyou Sharingan ativado. A Yamanaka olhou para o lado esquerdo e encontrou o Rin mais velho sentado na grama e olhando para aquela paisagem com o devido desinteresse.

— Ame-no-hohi. Usei as chamas negras para consumirem a casa que viveríamos… não vi sentido nela depois do que aconteceu, então a destruí. — Rin (Mirai) sussurrou e levou a mão direita para o cabelo e o alisou para trás, então deu continuidade. — Não queria me sentir apegado a ideias baratas de que as coisas seriam como antes. Não queria ter motivos para pisar novamente nesse lugar que me lembrava dos amigos que possuía. — 

— Quando isso aconteceu? — Misa perguntou.

— Vinte e cinco de Dezembro. Apenas três dias e meus ideais já eram esses. Interessante, não acha? — Rin (Mirai) disse com um pouco de ironia. Ele indicou a casa de Chishiki antes de continuar. — De acordo com o que me contaram… Ontake levou Chishiki na véspera para o País das Ondas, em alguma das ilhas para conhecer a problemática mãe, mas já estava sabendo da dissolução do grupo. —

— E Doro? — Misa perguntou.

— Foi contra. Disse alguma besteira sobre ser um lar para nós, mas a chamei de tola inúmeras vezes. Eu queria mantê-la longe de mim, mas ela queria que um cuidasse da ferida do outro. — Rin (Mirai) respondeu e seu olhar tornou-se mais suave, até mesmo permitindo-se sorrir brevemente, então deu continuidade. — Não tem muito o que ver por aqui. Daqui a pouco vou aquecer o céu com algumas técnicas Katon e usar o Kirin para destruir em definitivo esse lugar. — Rin disse e moveu o braço na direção da casa em chamas negras, então deu continuidade. — Passe pela porta e chegará a próxima memória, mas não acho que gostará do que verá. —

A Yamanaka ficou em silêncio e olhou para a porta da casa em chamas, então olhou para o rosado mais velho que não saiu do lugar e balançou a cabeça em confirmação ao comentário dele. A mesma seguiu para a casa e levou a mão direita para a maçaneta da porta e a girou, dessa maneira abrindo-a e olhando para trás por um momento, assim enxergando o rosado mais jovem que disparava de sua boca algumas bolas de fogo direcionadas ao céu. Ela suspirou e retornou sua atenção para a porta e abriu mais um pouco, assim acessando um cômodo bem familiar. Ela encontrava-se no corredor de entrada da própria casa.

— Aqui. — Era a voz de Rin (Mirai) chamando-a da sala de estar.

A Yamanaka acessou a sala de estar e olhou para o rosado mais velho sentado no sofá e de pernas cruzadas, mas também se atentou no Rin mais jovem com olheiras em torno dos olhos esverdeados junto de sua família. Ela olhou para o Rin mais velho que não parecia interessado naquela lembrança, por isso que ela levantou uma das sobrancelhas.

— Cinco de Janeiro antes que me pergunte. Meus dias se resumiam a sentir ódio e dormir por mais horas do que gostava de admitir, mas sabia que em algum momento devia contar para sua família sobre o acontecido. — Rin (Mirai) disse e não demorou para estalar os dedos e dar continuidade. — Eu me seguiria até o quarto de Miura se fosse você. —

A Yamanaka olhou para o rosado mais jovem e percebeu ele andando mesmo para o corredor que levava aos quartos, por isso que decidiu segui-lo até vê-lo adentrar ao quarto de seu único irmão, por isso que cruzou os braços abaixo dos seios e escorou-se na entrada enquanto assistia. Miura estava sentado em sua cama com um olhar distante como de costume, aparentemente não tendo se recuperado dos acontecimentos com Death, mas assim mesmo pareceu concentrá-los em Rin que não dava a mínima pela maneira que era enxergado pelo antigo agressivo Yamanaka. Misa olhou para o corredor e viu o rosado mais velho se aproximando com as mãos nos bolsos da calça.

— Vou ser direto… Misa morreu. — Rin disse. 

— Ah… — Miura disse.

Misa olhou para o Rin mais velho.

— Ele só disse um "ah"? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— Atenção. — Rin (Mirai) disse.

E no momento que voltou a olhar para a cena em questão, percebeu um detalhe que havia perdido. Miura tirava de baixo do travesseiro uma adaga e com uma exímia habilidade passou a lâmina em seu pescoço num profundo corte horizontal, então caiu no chão enquanto sangue escorria do ferimento aberto e afogava-se em seu próprio sangue. Rin manteve seus olhos desinteressados no rapaz, em momento algum pensou em ajudá-lo. Misa olhou para o rosado mais velho com ódio.

— Ele foi o único da sua familia a se matar com a notícia. — Rin (Mirai) disse com um sorriso irônico. 

— Você podia tê-lo salvo! Evitado que ele pegasse aquela adaga ou que se cortasse! — Misa disse.

— "Eu não ligo se alguém morrer". Lembra dessas palavras? — Rin (Mirai) disse e agitou seus ombros antes de suspirar pesadamente e dar continuidade. — Vou apagar essa memória de você mais tarde, assim não precisa ter pesadelos com seu querido irmãozinho cometendo suicídio. —

— Você acha isso engraçado? — Misa perguntou.

— Eu simplesmente não me importo. — Rin (Mirai) disse e usou o polegar esquerdo para sugerir a Yamanaka mais jovem que estava na sala de estar, então deu continuidade. — Miya se tornou uma Jounin para honrar sua memória, mas morreu recentemente numa missão bem idiota pelo que soube. —

— Você é horrível. — Misa sussurrou.

— Bom que está enxergando isso. — Rin (Mirai) disse com ironia e cruzou os braços, então continuou. — Chega de ver minhas memórias? —

— Ainda não. — Misa disse ao mesmo tempo que assumia mais seriedade em seu olhar, então continuou. — Para onde agora? —

— Pergunta muito boa… — Rin (Mirai) disse e indicou a porta do quarto dos pais da Yamanaka, então continuou. — …para o quarto. —

Misa levantou uma das sobrancelhas, mas obedeceu e caminhou em direção ao quarto dos pais e abriu a porta da mesma forma que fizera com a casa em chamas, porém seu repentino aparecimento foi entre a vegetação densa de uma floresta. Ela olhou para o lado direito, assim reconhecendo o rosado que estava com as costas escoradas no tronco de uma árvore cheia de musgo e que acenou com discrição para ela, mas a Yamanaka não demorou para prestar atenção no novo cenário, ou melhor, numa garota com vestimentas reconhecíveis e que estava de joelhos no chão e com o rosado em pé a sua frente, além disso sangue escorria pelo rosto da garota. Misa a reconhecia como sendo a irmã de Rin, ou seja, Sarada. E não muito longe dela encontrava-se o corpo debruçado de um loiro e a grama verde era tingida de vermelho.

— Ironicamente é primeiro de Abril. — Rin (Mirai) disse e aproveitou para cruzar os braços.

— O que estava fazendo com a Sarada e com Boruto? — Misa perguntou e lançou um olhar um pouco mais sério para o rosado mais velho.

— Atuação, ou coisa do gênero. Percebi nessa época que precisava de poder e necessitava começar por meus olhos. O Sharingan é bom, o Mangekyou Sharingan é ótimo, mas o Mangekyou Sharingan Eterno? É excelente. — Rin (Mirai) respondeu e percebeu um olhar cheio de curiosidade da Yamanaka, por isso que suspirou e deu continuidade. — Ao transplantar o Mangekyo Sharingan de um Uchiha com fortes laços de sangue com o destinatário, como por exemplo irmãos, um Mangekyou Sharingan Eterno é criado. As habilidades básicas e especiais são amplificadas. —

— E como fez isso? — Misa perguntou.

— Sarada já tem o Sharingan completo, mas precisei que tivesse o Mangekyou Sharingan, então fui às origens do clã Uchiha. Simulamos… de forma muito real a morte de Boruto que coincidentemente estava preso num Genjutsu. — Rin (Mirai) respondeu e não demorou para apontar para a cena e estalar os dedos, então deu continuidade. — Assista. —

A Yamanaka ficou em silêncio, mas voltou sua atenção para a cena e levantou as sobrancelhas quando observou o rosado se ajoelhando e ficando da altura da irmã que também já estava de joelhos e colocando as mãos nos ombros dela, assim chamando a sua atenção e fazendo com que ela erguesse a cabeça e revelando seu Mangekyou Sharingan — assemelhava-se bastante ao sol. A pequena Uchiha ainda estava desnorteada por aquele despertar, por isso não teve como reagir quando o próprio irmão levou os dedos da mão esquerda — médio, indicador e polegar — para seu olho esquerdo, assim arrancando-o mesmo enquanto a garota agonizava e depois colocando aquele olho num tubo que o manteria conservado, não demorando a repetir o processo com o outro olho.

— Matei Sarada em seguida, não me importei com laços de sangue. — Rin (Mirai) disse e levou a mão direita ao cabelo e o coçou antes de dar continuidade. — E usei o Kuebiko para criar uma memória artificial para o caso de uma invasão mental com intenção de descobrirem fatos da missão do indivíduo que recebeu os olhos da irmã em seu último suspiro. Nada demais… só me tornei o único sobrevivente de uma missão de rank A… —

— Foi assim que seu Mangekyou Sharingan mudou, mas e quanto ao outro? Aquele púrpuro com ondulações? — Misa perguntou.

— Vamos chegar lá. — Rin (Mirai) disse com um ligeiro divertimento e olhou em volta enquanto sua antiga versão guardava os frascos com olhos, assim não demorando em apontar para uma árvore. — Pode ir… —

A Yamanaka olhou para a árvore indicada e foi em sua direção e não demorou para passar por ela. Misa já não se encontrava mais numa floresta, mas dentro de uma casa que conhecia um pouco, por isso tinha noção de que estava em Sunagakure. Ela olhou em volta na esperança de saber o que estava acontecendo e sentiu-se com mais dúvidas ainda quando reparou em Rin, agora com uma aparência um pouco mais envelhecida e de cabelo curto com um jornal dobrado ao seu lado, sentado numa cadeira com uma mesa de café da manhã pronta para ser aproveitada, além disso o rosado mais velho não demorou a aparecer num sofá e lendo um livro. A Yamanaka o encarou.

— Deixe-me explicar o que aconteceu. Após alguns meses da missão com Sarada em que adquiri o Mangekyou Sharingan Eterno, me tornei um Jounin e deixei de fazer missões e aceitei o cargo de cirurgião chefe do hospital de Konohagakure, sem mencionar que comprei uma casa, mas Doro continuou me enchendo o saco de sua própria maneira. — Rin (Mirai) disse e suspirou, então deu continuidade quando virou a página do livro. — Contudo… ainda tinha apego a ela e só aumentava com suas tentativas de curarmos nossas feridas… encontrávamos a cada cinco ou seis dias para um passeio em Konoha, de vez em quando em Suna e conversávamos, tentávamos um momento de diversão. Doro achava que estava me curando assim como eu estava fazendo com ela, mas… — Ele virou a página do livro antes de dar continuidade. — …estava enganada. A esse ponto da história ela já estava morando em Sunagakure, afinal consegui convencê-la depois de ficar quase um ano na minha cola. Eu aproveitava meus dias livres para aprender o Senjutsu depois de abandonar a ideia do Byakugō no In, mas não qualquer Senjutsu… —

— Orochimaru-sama? — Misa perguntou.

— Sim, aquela cobra me levou para o caminho certo, a Caverna Ryuchi. Passava um dia com Doro e os outros seis com Orochimaru ou naquele ninho de cobras enquanto um Kage Bunshin ficava ocupado no hospital de Konohagakure. — Rin (Mirai) respondeu enquanto passava seus olhos pelo conteúdo do livro e dava continuidade. — Eu precisava ter mais poder a qualquer custo. E, quando soube da maneira que se ganha o Rinnegan, supus que encher meu corpo das células de Senju Hashirama me daria mais poder ainda e, quem sabe, uma evolução dos meus olhos, afinal sou filho de Uchiha Sasuke que é a reencarnação de Indra e só precisava das células de Hashirama, ou seja, Ashura, para que meu Rinnegan despertasse, mas me enganei. As únicas vantagens acabaram sendo o Mokuton e uma facilidade maior para reunir energia natural… e um certo controle sobre as Bestas de Cauda. — O rosado virou a página antes de continuar. — Eu precisava de uma fonte de energia poderosa para ativar o Karasuki que já estava sob meu controle por causa do Kuebiko, mas mesmo em meu controle o abastecimento era necessário. E não há nada mais poderoso neste mundo do que as Bestas de Cauda. —

— Você foi atrás delas? — Misa perguntou com surpresa.

— Eu? Não. Eu precisava manter as aparências com Doro e Konoha. — Rin (Mirai) respondeu como se aquela pergunta fosse a mais idiota que já ouviu em toda sua vida, então não demorou em continuar. — Mandei esquadrões de Kage Bunshin atrás das Bestas de Cauda. Seria tolice enviar só um para lidar com cada uma delas. E dei um comando para esses esquadrões: Usarem o Kuebiko nas Bestas de Cauda quando houver a oportunidade, prendê-las em suas mentes, em resumo deixá-las sob o meu controle. —

O rosado estalou os dedos — polegar e médio — e assim surgem momentâneos quadros flutuantes de um Kage Bunshin usando o Kuebiko em Shukaku em alguma parte do deserto que circulava Sunagakure, depois outro em Matatabi que encontrava-se numa floresta e assim por diante até chegar a sétima — Chōmei — que era aprisionada da mesma forma que suas irmãs.

— Era necessário cessar com qualquer atividade, ir profundamente em seus subconscientes… elas tinham um tipo de comunicação única, por isso que Naruto ficou me observando por algum tempo, assim deixando meu pai sob suspeita. — O rosado disse ao mesmo tempo que parecia um pouco mais sério, porém suspirou e virou novamente a página. — Ainda precisava de Hachibi e de Kurama para a minha momentânea coleção, mas uma estava selada e a outra morta. E de uma maneira de canalizar o chakra e mandá-lo para Karasuki, por isso cessei minhas atividades por algum tempo e me preocupei em reunir o máximo possível de chakra. —

— Usou o próprio chakra para viajar no tempo? Quanto tempo isso levou? — A Yamanaka perguntou.

— Usei. — Rin (Mirai) respondeu e não demorou para virar a página novamente e indicar a escada que dava acesso ao segundo andar e repetir o estalo de dedos. — Verá o tempo que levou em 3 segundos… —

A Yamanaka ficou sem entender e não demorou para olhar para a escada e levantou as sobrancelhas em óbvia surpresa ao reparar em Doro de cabelo curto e usando uma faixa escura na cabeça como parte de um suposto estilo, ao mesmo tempo segurando a mão direita e pequenina de uma criança com pouco mais de cinco anos e cabelos róseos presos por duas chiquinhas e olhos púrpuros e uma expressão que lembrava desconforto por usar uma roupa nova — um vestido preto com detalhes amarelos e com o símbolo do clã Uchiha nas costas. Rin desviou seu olhar do jornal para a garota que desvia as escadas na presença materna, assim não demorando a entender o que devia ser feito para que aquela expressão emburrada se perdesse.

— Nossa, mas quem é essa garotinha tão bonitinha que vem descendo as escadas com você, Doro? — Rin perguntou com uma falsa inocência, mas não demorou em continuar quando prestou mais atenção na roupa. — Que roupa tão bonita é essa? Eu acho que minha filha ficaria linda com ela. Por acaso viu a Kaori, Doro? —

— Rakun… — Doro sussurrou com alívio.

A criança — Kaori — de cinco anos riu com animação com aquele elogio. E não demorou para pôr as mãozinhas nas laterais do vestido e levantá-lo um pouco apenas para descer o restante das escadas e depois correr de braços abertos para o pai que continuava sentado na cadeira. 

— Sou eu, papai! A Kaori só mudou de para uma nova que a mamãe deu! A Kaori tá fofa? — A criança perguntou com um brilho de animação em seus pequenos olhos púrpuros e um rubor nas bochechas.

— Se a Kaori tá fofa? Não… — Rin disse e fez um sinal de negação com os braços, então deu continuidade antes que aquela resposta afetasse a menina. — …a Kaori é a mais bela da casa, quem sabe de toda Sunagakure. —

Kaori soltou um risinho após receber o elogio, em seguida olhando para a mãe que colocou a mão direita em cima de sua cabeça e a acariciou com ternura.

— O que foi que eu disse? — Doro perguntou.

— Que o papai ia adorar. — Kaori respondeu, mas então voltou a observar o rosado na cadeira e deu continuidade. — Gostou mesmo, papai? —

Rin olhou para Doro. A mulher parecia um pouco preocupada com a eventual resposta dele, ou seja, deveria agradar a criança para que não houvesse problema, por isso que voltou a olhar Kaori.

— Estou com ciúmes. Eu só tenho velhices no meu armário e nada combina comigo, mas a história é diferente com você. Você está muito bonita, Ka-chan. — Rin disse ao mesmo tempo que levava a mão direita enfaixada para o queixo da garota e sorriu. — Me deixará feliz se usar essa roupa nova e não incomodar sua mãe o resto do dia, Kaori. —

— Eu prometo que vou usar se… — Kaori afastou-se do alcance da mão do pai.

— …se? — Rin perguntou. Ele olhou para Doro, mas aparentemente a mesma se perguntava a mesma coisa.

O cenário parou por um momento. E Rin virou novamente a página do livro e mirou seus olhos na Yamanaka que via silenciosamente a conversa em família, porém a mesma parecia contente por ver aquele relacionamento e saber que o rosado era um bom pai apesar das coisas que fazia nas sombras.

— Porque me mostrou isso? Tenho certeza que não agrega em nada. — A Yamanaka disse com um pouco de diversão.

— Mostra que fomos adiante. Depois de alguns anos essa garota nasceu e com o tempo enxerguei suas inúmeras incapacidades, contudo… é esforçada e tem uma grande ingenuidade. Eu esperava que a fruta caísse longe do pé, mas estava enganado. — Rin (Mirai) disse e não demorou para estalar a língua e suspirar em seguida, então deu continuidade. — Quis distância do Iryō Ninjutsu, mas Kaori é tão atraída quanto fui a muito, muito tempo. Como verá agora… — E estalou os dedos novamente.

— Me machuquei outro dia. — Kaori disse e imediatamente olhou para baixo enquanto segurava o vestido e sentiu a mão de sua mãe deixando o topo de sua cabeça, então continuou. — E mamãe fez um negócio estranho com as mãos. —

— Ela fez? — Rin perguntou e moveu seus olhos ônix com ligeira seriedade para a mulher.

— Era só um corte. Ela caiu da escada e havia um machucado na testa. Um tratamento rápido e fácil. — Doro explicou ao mesmo tempo que parecia um pouco preocupada pelo olhar recebido.

— Ela me disse que você era muito bom naquela coisa. Papai, pode me mostrar? — Kaori perguntou ao mesmo tempo que alargava um sorriso. Ela parecia verdadeiramente animada com a ideia de uma demonstração.

O rosado suspirou pesadamente. Ele levou a mão direita enfaixada a xícara de café e a levou para os lábios, assim tomando um gole generoso e saindo de seu assento e olhando de maneira repulsiva, fria para a criança que engoliu em seco e perdeu toda animosidade em questão de segundos, então olhou sério para Doro que baixou imediatamente a cabeça.

— Eu não posso, Kaori. E você deveria se concentrar em outras coisas. Não está chegando o primeiro dia da academia? Suponho que os livros que comprei para que você não chegasse com zero conhecimento já foram lidos? — Rin perguntou ao mesmo tempo que cruzava os braços e levantava uma das sobrancelhas, então deu continuidade. — Ou passará o tempo inteiro brincando e provando roupas para nada? —

— Rakun, ela é só uma… — Doro sussurrava, mas não concluiu seu comentário.

Os olhos púrpuros de Kaori estavam úmidos conforme aquela conversa se desenrolava, assim como uma meleca escorria de seu nariz. Rin continuou com aquela expressão séria, porém não demorou em pôr sua mão direita em cima da cabeça de Doro e fazer um pouco de afago para os lados.

— Lembrei que tenho alguns compromissos. — Rin disse. 

E não demorou para que desaparecesse com o uso do Hiraishin no Jutsu, assim fazendo com que a cena congelasse enquanto lágrimas escorriam dos olhos da pequenina criança. A Yamanaka olhou para o rosado que estava de braços cruzados e ainda lendo um livro no sofá.

— Bullying com a própria filha? E qual seu problema com o Iryō Ninjutsu? — A Yamanaka perguntou.

— O passado. O Iryō Ninjutsu me lembrava do passado. Acredite ou não, mas trabalhar no hospital de Konohagakure não passa de uma tortura de oito horas diárias. — Rin (Mirai) respondeu e virou outra página antes de dar continuidade. — Não queria que Kaori se envolvesse com o Iryō Ninjutsu pelo simples fato do que poderia causar nela. Não queria que passasse pelas mesmas experiências que passei, então em casa… nessa casa… a única proibição era falar ou usar Iryō Ninjutsu. Era… —

— Deixe-me adivinhar… ela agiu na teimosia. — A Yamanaka disse com um pouco de divertimento, porém deu continuidade quando encarou Doro. — Quantos anos se passaram? —

— Devia ter matado Saryu para evitar que ela passasse alguns ensinamentos para Kaori, mas sim… essa criança foi teimosa e aperfeiçoou o controle de chakra com o passar dos anos e adquiriu conhecimento em Iryō Ninjutsu. — Rin (Mirai) respondeu e distraidamente passou para a próxima página do livro antes de acrescentar. — Dez anos desde aquilo. —

— Você não estava sendo um pouco duro com ela? — A Yamanaka perguntou e voltou sua atenção para a criança, então continuou. — Assustando uma criança dessa maneira. Isso é horrível até mesmo para você. —

— Não quero sermões de alguém que morreu a vinte anos… e que acontecerá a mesma coisa em dezoito dias. — Rin (Mirai) disse com um sorriso debochado pelo canto esquerdo dos lábios.

— O que me diz de um acordo? — A Yamanaka perguntou ao mesmo tempo que se aproximava da criança e ajoelhava-se e notava a tristeza nos olhos púrpuros dela.

— Que tipo de acordo? — Rin (Mirai) perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— Se sobrevivermos… e vamos sobreviver… você tentará consertar o relacionamento com sua família. Se não sobrevivermos, então o mesmo destino acontecerá com o meu Rin. — Misa disse.

— Não é um bom acordo… não há vantagens para nenhuma das partes, nem mesmo desvantagens… — Rin (Mirai) sussurrou boa parte daquelas palavras e agitou seus ombros antes de dar continuidade. — …mas pode ser. — Ele fechou o livro e não demorou para continuar quando saiu do sofá e indicou a escada que dava acesso ao segundo andar. — Vamos para o momento que adquiri aquele olho? —

A Yamanaka ficou em silêncio, mas se levantou e seguiu na direção da escada que dava acesso ao segundo andar e momentaneamente pareceu confusa ao reparar numa incomum luminosidade, mas assim mesmo seguiu adiante e acabou fechando seus olhos quando terminou a passagem. E não demorou para abri-los novamente e reparar que era de noite e que encontrava-se sob a cabeça rochosa e destruída de Senju Hashirama, ao mesmo tempo que um pouco longe encontrava-se o rosado mais velho sentado na cabeça de Uchiha Madara e acabou por usando o indicador da mão esquerda para apontar para uma cena em específica. Ela olhou na direção e levantou em surpresa as sobrancelhas ao reparar no rosado mais jovem caminhando na direção de dois jovens inconscientes e bem conhecidos — Uchiha Sasuke e Uzumaki Naruto — com cada um deles faltando um braço e sangue escorrendo e unindo-se em certo ponto.

— Não dava para conseguir seu Rinnegan na minha época. Ele foi estúpido o suficiente para perder um poderoso olho num confronto idiota, então recorri ao passado… mais precisamente num momento que sua guarda estava completamente baixa. — Rin (Mirai) disse ao mesmo tempo que olhava para as unhas da mão esquerda, então deu continuidade. — Só precisava escolher em qual olho transplantar o Rinnegan. O esquerdo continha as chamas negras, o Ame-no-hohi, enquanto o direito à consciência absoluta, o Kuebiko. Independente de qual fosse a minha escolha eu sabia que levaria tempo para me recuperar do transplante, mas sabia que só precisava do Kuebiko para a funcionalidade do meu plano. —

A Yamanaka continuou em silêncio enquanto olhava para o rosado ajoelhando-se ao lado de um Uchiha Sasuke jovem e inconsciente e levando a mão direita para aquele poderosíssimo olho direito e devagar removendo-o para que não prejudicasse o órgão e depois guardando-o num tubo com um líquido que o manteria preservado. 

— Foi assim que conquistei o Rinnegan. — Rin (Mirai) disse e não demorou para coçar sua nuca antes de dar continuidade. — Aqui não tem mais nada para ser assistido. Só aproveitei que as Bestas de Cauda estavam presas para abastecer Karasuki e assim teria oportunidade de voltar ao meu tempo. Ah, mas foi assim que descobri que o futuro era imutável e que uma ramificação cronológica foi criada. Ao que parece, Karasuki tem essa função também… ele exibe a linha cronológica original, mas tem a de mostrar ramificações. — Rin (Mirai) olhou para o céu e não demorou para dar continuidade. — Hm, acho que me enganei. Tem mais uma coisa para ser mostrada no Vale no Fim. —

A Yamanaka olhou para cima assim como o rosado mais velho tinha feito e surpreendeu-se com a nova cena e de repente viu-se acima das nuvens, praticamente flutuando com o Rin mais velho de pernas cruzadas ao seu lado. O que viam nada mais era do que um combate bem equilibrado de pai contra filho, ou melhor dizendo, Susano'o contra Susano'o. A única diferença era que o rosado dentro da imensa técnica humanóide possuía bandagens envolta do olho esquerdo, ou seja, algum tempo já tinha se passado desde a conquista daquele olho.

— O que é isso? — Misa perguntou.

— Sasuke descobriu partes das coisas que aprontei durante os anos e quis me confrontar, mal sabia ele que tentou mexer com a pessoa errada. — Rin (Mirai) disse com um ligeiro tom malicioso ao mesmo tempo que cruzava os braços, assim dando continuidade. — Ele descobriu que todas as Bestas de Cauda estavam sob meu controle. Tirei do fluxo do tempo o Hachibi antes que fosse selado e Kurama antes de ser encontrada por Uchiha Madara para ser usada no combate contra Senju Hashirama. Acho que é agora que vou usá-las… ah, sim… é agora mesmo. —

— Como assim usá-las? Eu não estou vendo elas. — Misa comentou e olhou para os lados na esperança de encontrar nove criaturas poderosíssimas, mas não havia indício delas.

— Já vai acontecer… deixa a cena rolar. — O rosado mais velho murmurou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e fazia um estalo de dedos.

E assim aconteceu a cena. O Susano'o pertencente a Sasuke disparou algumas flechas negras — feitas de Amaterasu — mas todas eram facilmente desviadas pelo Susano'o pertencente a Rin que parecia muito calmo com a situação.

— Não me obrigue a matá-lo, Rakun! Você já foi longe demais. — Sasuke disse. 

— Me matar? Você acha que tem essa capacidade, pai? — Rin perguntou com deboche e ironia e não demorou para gargalhar como se aquelas fossem as palavras mais divertidas que ouviu em toda sua vida, mas não demorou para continuar enquanto assumia uma expressão mais séria. — EU AINDA NÃO FUI LONGE DEMAIS, VELHOTE! ISSO É IR LONGE DEMAIS! —

O rosado removeu as bandagens do olho esquerdo, assim revelando o olho púrpuro com ondulações e seis tomoes, mas não apenas isso, como também concluiu um selo e não demorou para que nove imensos satélites rochosos surgissem atrás da técnica humanóide que pertencia ao rosado. E não demorou para que algo saísse de dentro das esferas rochosas. A Yamanaka não demorou a entender que aquilo era chakra. E que era enviado para a técnica humanóide do rosado que parecia se concentrar um pouco mais em alguma outra coisa. E não demorou que a armadura que cobria o Susano'o caísse e revelasse um corpo feito inteiramente de chakra, contudo houveram mudanças na aparência, como por exemplo o cabelo feito de chamas púrpuras agora tornava-se chama em sua essência mais pura, ou seja, carmesim com chamas saindo dos pulsos e os olhos adquirindo um tom mais avermelhado e ameaçador, assim como o abdômen da técnica humanóide que agora estava exposto e possuía um tom de "pele" mais escuro. O Susano'o de Rin ainda mantinha sua própria essência, que eram os chifres que eram ligeiramente curtos. O ambiente fervia em torno da técnica humanóide, assim provando sua altíssima temperatura.

— O que é isso? — Misa perguntou.

— Usei o Susano'o como núcleo para o chakra das Bestas de Cauda, então apliquei a mudança de natureza em todo esse chakra… em resumo… evolui o meu Susano'o. — Rin (Mirai) respondeu e olhou para as unhas da mão direita antes de dar continuidade. — Tem que ver como fica quando o Senjutsu é aplicado nele. —

— O que aconteceu com Sasuke-san? — A Yamanaka perguntou e direcionou sua atenção para o rosado mais velho.

— O que era de imaginar que aconteceria ao me enfrentar. — Rin (Mirai) respondeu com o devido desinteresse e não demorou para estalar os dedos.

E a cena continuou, na realidade avançou um pouco mais rápido e evidenciou que o rosado possuía vantagem naquele combate e que seu Susano'o era bem eficaz no uso de técnicas que envolviam o Katon e o Raiton, não levando mais do que dez minutos para que Sasuke encontrasse sua derrota, a eventual morte, para o próprio filho que parecia animado com o confronto. A cena se congelou no momento em que uma flecha de fogo atravessou o abdômen do Uchiha mais velho.

— Invadi sua mente nos últimos instantes e descobri que Naruto também sabia do que vinha acontecendo, por isso o mandou com intenção de me parar. Então, editei todas essas informações da mente de Uzumaki Naruto, assim fazendo-o achar que eu não passava de um Jounin qualquer. — Rin (Mirai) disse e coçou seu nariz e não demorou para dar continuidade. — Isso tem alguns meses, pouco antes de aparecer nesse tempo. —

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela agora conhecia a história obscura do rosado caso sua mente se abalasse com a fracassada tentativa de evitar o parto prematuro e também da perda dos amigos. Misa manteve seus braços cruzados, porém não demorou a observá-lo.

— Na arena… quando tentei invadir a sua mente… — A Yamanaka não concluiu seu comentário.

— Usei o Kuebiko para criar armadilhas mentais desde o começo. Soube dessa capacidade com alguns ANBU a alguns anos e desenvolvi certos bloqueios para que ninguém visse meus segredos. Só há uma maneira de ver minha mente… e essa única maneira é com a minha permissão e com o olho direito… — Rin (Mirai) respondeu e coçou um pouco do cabelo, então deu continuidade. — Não tem mais o que ser visto, garota. Dei uma bela resumida em minha vida. —

— Obrigada por ter me mostrado a sua vida, agora sei o que tem que ser feito. — A Yamanaka disse e olhou novamente para o Uchiha que possuía uma flecha de fogo atravessada no abdômen, então olhou o rosado e deu continuidade. — Evitar que tudo isso aconteça. Você caminhou pelas sombras, mas dá para impedir que isso aconteça com o meu Rin. —

O rosado ficou em silêncio, porém sorriu pelo canto esquerdo dos lábios com certa discrição. "Ela entendeu o que não pode acontecer em dezoito dias…" pensou e agitou seus ombros antes de se levantar e pôr as mãos na cintura e passou a observá-la com seriedade.

— Vou conversar com ele para que o treine. Se War vai mesmo atacar, então ele vai precisar de um treinamento que apenas você pode oferecer. — Misa disse ao mesmo tempo que seu olhar estava cheio de receio, preocupação.

— Faça como quiser. Suponho que treiná-lo de nada adiantará para o que está por vir. — Rin (Mirai) disse e não demorou para baixar a cabeça e levantar o braço esquerdo, então deu continuidade. — Você esquecerá de tudo que viu, mas vou permitir que mantenha esse pensamento de mandá-lo atrás de mim para que ocorra um treinamento. — 

O rosado estalou os dedos ao fim do comentário. E então todo o cenário começou a embranquecer, na realidade até mesmo a se desfazer.

[ ۝ ]

E os dois voltam a realidade. Apenas segundos tinham se passado desde que aquela troca de informações começou. A Yamanaka piscou algumas vezes e sentiu-se momentaneamente confusa. Ela realmente não possuía qualquer informação passada pelo rosado mais velho, contudo de alguma maneira sentia uma estranha necessidade. Ela olhou para o rosado que havia movido o rosto para outra direção e assumido a antiga posição.

— Eu não vou mostrar a minha história. Não adianta insistência comigo, garota. — Rin (Mirai) disse com um tom irritadiço ao mesmo tempo que puxava um tapa olho do bolso esquerdo e assim cobria seu olho púrpuro com ondulações.

— Eu não vou insistir, mas em troca… poderia treinar Rin para que tenha alguma chance contra War? — Misa perguntou e semicerrou momentaneamente as sobrancelhas, sentindo de alguma forma que aquela conversa já tinha acontecido.

— Será um desperdício de tempo, mas tudo bem. — Rin (Mirai) disse e aproveitou para sorrir novamente pelo canto dos lábios, então deu continuidade. — Apenas ele, mais ninguém. Vou esperá-lo aqui às nove da manhã. —

— Está bem. — A Yamanaka sussurrou com um ligeiro desapontamento. 

Misa não tinha mais o que fazer naquele lugar. Não conseguia respostas do que aconteceria com seu noivo, mas não menos criará a oportunidade dele ser treinado por uma versão dele com mais experiência. A Yamanaka estava para conjurar o anfíbio que a levou para aquele lugar, mas não houve qualquer necessidade. Em questão de um piscar de olhos encontrava-se novamente no corredor da Mangetsu e levantou a cabeça ao perceber a ausência de uma lâmpada, mas retornou sua atenção à porta aberta do quarto vizinho ao seu e caminhou naquela direção. Ela andou a passos rápidos para perto daquele quarto e abriu um pouco mais a porta, assim adentrando e olhando para as três pessoas ali dentro. Doro estava na cama e com injeções e computadores conectados a ela, assim como Tsuyu ajoelhado ao lado da cama e de mãos entrelaçadas e sussurrando uma reza para qualquer divindade, enquanto que Rin estava sentado numa cadeira confortável e com a cabeça para trás, porém de olhos abertos e levantando o braço direito quando reparou na noiva. Ele fez um sinal positivo para a parceira.

— Parto prematuro evitado por enquanto. — Rin disse ao mesmo tempo que exibia um olhar confiante e cansado.


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