Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 179
S08Ch11;




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802805/chapter/179

O único bar de Yattsuhoshi estava com pouco movimento naquele dia. A dona do estabelecimento, uma bela mulher de pele escura — uma bela característica do arquipélago do País da Água — e olhos azuis com um cabelo castanho escuro e curto, possuindo curvas elegantes, porém exaltando mais os músculos que definiam seus braços e pernas, encontrava-se atrás do balcão e limpando um copo aleatório por mais que o simples objeto não tenha sido usado nos últimos minutos. Teikō parecia descontente com o fraco movimento e concentrava seus olhos azuis no único e solitário freguês que estava acomodado numa cadeira com uma caneca de cerveja pela metade em sua mesa redonda, porém o indivíduo deixava a cabeça baixa e parecia muito óbvio que cochilava depois de beber metade do conteúdo em sua caneca. A atenção de Teikō se voltou para a entrada do bar quando a mesma foi aberta e quatro indivíduos apareceram com belos sorrisos. 

As pessoas que chegavam ao bar eram Rin ligeiramente curvado porque tinha o braço direito enfaixado de Tsuyu em seus ombros e a mão do mesmo na parte de trás de sua cabeça e apertando-o um pouco, enquanto que Musashi ficava ao lado do Hyuga e de braços cruzados, contudo olhando para os lados com o máximo de discrição possível, assim fazendo um reconhecimento do ambiente e buscando por um eventual adversário, algo que Shiki percebeu e não demorou para estapear a parte de trás da cabeça do usuário de machados que lhe encarou com surpresa e raiva ao mesmo tempo que levava uma das mãos para as costas, ou seja, onde mantinha os machados presos.

— Tá afim de morrer? — Musashi perguntou.

— Não seja idiota. Acha mesmo que as pessoas daqui iam tentar alguma coisa com vocês? — Shiki perguntou, contudo era de se imaginar que a pergunta era retórica. 

— Pode ficar sossegado, Musashi. — Rin disse enquanto direcionava seus olhos verdes para o usuário de machados, então deu continuidade. — As pessoas por aqui são honestas com grande parte sendo idosas, além disso nenhuma parece ter seguido carreira "shinobi" como nós, na realidade os que mais representam algum tipo de ameaça são os lenhadores. — Ele soou com um ligeiro divertimento na última parte. 

— Os que mais representam ameaça são os babacas que acham que a casa dos outros é hospedaria. Esse é o pior tipo de ameaça para Yattsuhoshi e para a minha saúde psicológica. — Shiki disse com um ligeiro desgosto enquanto prestava atenção no rosado.

— Admita de uma vez que me ama. Eu sei que tem algum sentimento por mim nesse coração gelado, Shiki. — Rin disse e suas palavras soaram com malícia e divertimento. 

— Te pago a quantia que quiser para matá-lo, cara dos machados. — Shiki disse após ignorar parcialmente o rosado e voltar sua atenção para Musashi.

O rosado gargalhou com ânimo e isso foi acompanhado pelo Hyuga que apertou um pouco mais sua cabeça enquanto se aproximavam do balcão de madeira. O usuário de machados semicerrou seus olhos com a oferta recebida pelo escritor, porém acabou por suspirando e levando as mãos nos cabos das armas em suas costas e removendo-as e despretensiosamente lançando-as para a parede lateral esquerda do bar, assim fazendo com que as lâminas acertem a madeira e por lá ficassem, então cruzou os braços. Shiki foi o primeiro a encostar no balcão e receber um olhar duvidoso da barista que não parecia contente pelo lançamento de machados contra uma das paredes de seu bar. 

— E aí, Teikō. Lembra-se do Rin? — O escritor perguntou e usou a mão direita para indicar o rosado.

— Não tem como esquecer. — Teikō disse ao mesmo tempo que cruzava os braços musculosos abaixo dos seios e dava continuidade. — E esses dois… quem são? —

— Hyuga Tsuyu, muito prazer em conhecê-la. — O moreno disse ao mesmo tempo que fazia uma rápida reverência para a barista. 

— Quem diria que você tem o mínimo de educação possível com outras pessoas. — O rosado sussurrou audível para apenas o moreno. Seu comentário foi feito com completa inocência.

— Eu acho que tem uma mosca zunindo nos meus ouvidos… — O moreno sussurrou audível apenas para o rosado e lançou-lhe um olhar pouco amigável, então continuou. — …idiota. —

Os dois trocam olhares significativos e não demoram para agarrarem o cabelo um do outro e puxarem para trás, assim forçando o outro a inclinar a cabeça para trás enquanto rosnam agressivamente. O escritor prestou um pouco de atenção no Uchiha e no Hyuga por um breve momento, porém acabou suspirando em nítido desapontamento. Ele escutou um barulho que chamou a sua atenção, por isso olhou para o balcão e observou o usuário de machados com o cotovelo direito na madeira e com a palma aberta com Teikō fazendo a mesma coisa e assim um segurou a mão do outro. As veias dos braços de Musashi e da barista eram bem visíveis, assim como sorrisos até arrogantes. Os dois tentavam fazer com que a mão do outro encostasse na madeira.

— Vou enfiar seus machados onde o sol não bate, cretino. Acha mesmo certo o que fez? — Teikō perguntou.

— Uma decoração para esse lugar fedorento. — Musashi disse com arrogância. 

— Você fede mais do que meu bar, então vai precisar de uma boa decoração para parecer minimamente humano. — Teikō disse com aspereza e não demorou a continuar quando voltou seus olhos azuis para o escritor. — O que vocês estão querendo? —

Musashi continuou tentando vencer a queda de braço, mas de alguma maneira a barista era significativamente mais forte do que ele.

— Queremos… — Shiki parou de falar e olhou para o Hyuga e depois para o Uchiha, suspirou e prestou novamente atenção na barista antes de concluir seu comentário. — …saquê. —

— Saquê? — Teikō perguntou.

— Sim, vamos de saquê no começo, mas nossa intenção é enchermos a cara como se não houvesse amanhã. Quais suas bebidas com álcool? — Tsuyu perguntou assim que parou de brigar com o rosado e cruzou os braços.

— Saquê, Shochu e Awamori são algumas das que tenho por aqui. — Teikō respondeu ao mesmo tempo que vencia a disputa de queda de braço, então olhou para o escritor e continuou. — Qual a razão para a bebedeira? Alguém que odiavam bateu as botas? —

— Não, bom… sim, mas ainda não está na época de festejar isso. — Tsuyu disse. Ele obviamente se referia a execução de Ashram e a queda da Shi no Hana.

— Que? — Teikō perguntou com leve descrença.

— Que? — Tsuyu perguntou com um óbvio tom duvidoso, porém suspirou e deu continuidade. — Nosso amigo aqui descobriu que será papai, então esse está sendo o motivo de nossa bebedeira. —

— Oh, maravilhoso. O garoto abençoado será pai no próximo ano… — Teikō disse e levantou uma das sobrancelhas e logo continuou quando colocou cinco copos no balcão e preencheu cada um deles com saquê e pegou um copo. — Saúde! —

"Garoto abençoado?" o Hyuga pensou, porém se esforçou para não zoar o Uchiha que apanhava um dos copos assim como os outros rapazes. Tsuyu não demorou para pegar o copo restante e erguê-lo como todos os outros fizeram, então em simultâneo levaram os copos aos lábios e beberam o conteúdo, baixaram suas cabeças e cada um deles suspirou pesadamente. E não demorou para que Teikō preenchesse os copos novamente com a bebida alcoólica.

— Felicidades! — Shiki disse e não demorou para levantar o braço que segurava o copo recém preenchido com a segunda dose de saquê.

— Isso aí! — Musashi disse.

As cinco pessoas levaram novamente os copos para os lábios e viram de uma vez o conteúdo alcoólico, então baixam novamente as cabeças e suspiram quando a bebida desceu queimando por suas gargantas. Teikō pôs o copo no balcão e olhou em volta.

— O que foi? — Musashi perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas.

 — Querem que o bar seja fechado para vocês? — Teikō perguntou ao mesmo tempo que preenchia os copos com a terceira dose de saquê.

— Não mesmo! A bebida de todo mundo será por minha conta hoje. — Rin disse com ânimo ao mesmo tempo que um rubor surgia em suas bochechas, assim dando continuidade quando levantou o copo de saquê. — Por minha conta! E para todo mundo! —

— Viva! — Tsuyu e Shiki disseram em uníssono.

E todo mundo virou a terceira dose ao mesmo tempo, suspiram em simultâneo quando a bebida descia por suas gargantas. Ninguém percebeu, ou se importou, pelo freguês que se levantou do assento quando ouviu que a bebida de todo mundo seria na conta de apenas uma pessoa. O freguês cambaleante seguiu para a saída do bar enquanto uma quarta dose era servida e novamente bebida ao mesmo tempo.

— O que de pior pode acontecer? — Tsuyu sussurrou com um sorriso pelo canto dos lábios.

[ ۝ ]

Ainda era de tarde em Yattsuhoshi. E o lugar mais movimentado naquela tarde era o bar local com incontáveis pessoas bebendo depois de serem notificadas que a bebida seria na conta de um único indivíduo. O rosado e sua pequena turma soltavam animadas gargalhadas enquanto seus rostos possuíam um típico rubor nas bochechas e orelhas, além disso os copos que haviam em suas mãos eram preenchidos com Shochu, uma excelente bebida com teor alcoólico de 25% e que era destilada a partir de cevada, batata doce ou arroz. O único a possuir uma garrafa inteira era Musashi que ria de maneira infantil enquanto assistia o Hyuga e o Uchiha cantarem uma música enquanto seus braços repousavam no ombro do outro.

— Você diz que se pudesse voar. Nunca mais voltaria. Então você pretende alcançar. O azul, o azul do céu tocar. Você ainda precisa conhecer a tristeza. Para aprender a suportar o que é a dor. Todos os seus sentimentos. Devem ser transformados em palavras. — Os dois cantavam em uníssono e levantam os copos em suas mãos enquanto abaixam suas cabeças.

— Se após o sonho, você acordar em um mundo desconhecido, abra suas enormes asas e voe! — Shiki cantava em cima do balcão e com a camiseta amarrada em sua cabeça, assim exibindo o corpo magro para quem quisesse ver. 

— É isso aí! — Rin gritou antes de continuar a música com o Hyuga.

Os dois sequer perceberam que alguém fizera o excelente trabalho em preencher seus copos com mais daquela bebida, na realidade só baixam seus copos e levam-nos para a boca, assim virando de uma única vez e suspirando enquanto sentiam a bebida descer por suas gargantas.

— Você diz que se pudesse voar nunca mais voltaria. E no seu olhar posso ver. Aquelas nuvens brancas, brancas. — Hyuga e Uchiha cantam em uníssono e balançando suavemente seus corpos, então continuam quando erguem os braços. — Agora é com vocês! —

— Só você consegue superar isso, e então encontrar o que procura. Continue tentando se libertar e alcançar. O azul, o azul do céu. O azul, o azul do céu. O azul, o azul do céu. — Vários bêbados cantavam com a mesma energia.

— Você sempre usa palavras muito cruéis. Tentando se soltar do que costuma te prender. Quebre essa gaiola que te impede de ser livre. E não volte a olhar para trás. — Shiki cantou assim que estendeu os braços e levantou a cabeça como se dissesse aquelas palavras para algum tipo de divindade que só ele enxergava.

— O seu coração acelera e você perde a respiração. Agora você abre a janela e voa. — Musashi cantou animado e abaixou a cabeça para uma bela gargalhada antes de virar a garrafa de Shochu em sua boca e deixar o líquido quente escorrer por sua garganta.

— Você diz que, se pudesse correr, você conseguiria qualquer coisa. Você está ouvindo? Aquela distante, distante voz. — O Uchiha cantou aquela parte sozinho e pôs a mão disponível perto do ouvido para representar que tentava ouvir alguma coisa, então virou a nova e misteriosa dose de Shochu e levantou o braço antes de dar continuidade. — Segura minhas mãos com força e eu vou te guiar. Vamos encontrar juntos o azul, o azul do céu. —

— Não importa quantas vezes você tenha que cair, você só tem que se levantar e continuar em busca da liberdade. — O Hyuga cantava sozinho aquela parte e repetia os mesmos gestos que o Uchiha antes de dar continuidade. — Você diz que, se pudesse voar, nunca mais voltaria. E no seu olhar posso ver aquelas nuvens brancas, brancas. —

— Só você consegue superar isso. E então encontre o que procura, continue tentando se libertar e você alcançará. O azul, o azul do céu. O azul, o azul do céu. O azul, o azul do céu. — Tsuyu, Rin, Shiki e Musashi cantam a última parte em uníssono. 

O rosado gargalhou com um imenso ânimo enquanto ele e seus amigos recebiam aplausos por causa da canção. Rin levantou os braços com os punhos fechados e deixou sua risada mais alta ainda.

— Posso pressentir o perigo e o caos e ninguém agora vai me amedrontar. Com a minha mente vou a mil lugares e a imaginação me dá forças para voar! — O usuário de machados cantou.

— Sonhos desejamos alcançar, ser alguém com um poder maior que você já tem! — O Hyuga cantou.

— Liberdade é correr pelo céu, sempre unidos vamos triunfar. E se a nossa luta é pra valer vou mostrar meu valor… meu compromisso é sempre vencer! — O Uchiha cantou.

— Quando eu surgir entre as nuvens do céu a eletricidade das coisas vai mudar. Entre a vida e a morte, aventuras vou viver. Na escuridão mistérios posso ver, o futuro todo eu vou mudar. Nova estrada com a luz do sol vamos te trazer! — O Hyuga cantou.

Tsuyu ficou do lado esquerdo de Rin enquanto que Chishiki ficava do lado direito do rosado, os três balançando seus corpos e cantando sem qualquer melodia aquelas músicas enquanto bebiam mais e mais de Shochu que misteriosamente aparece preenchendo seus copos em doses cada vez maiores. 

— Liberdade, uma nova era vai chegar. Energia, tenho para usar e com alegria de viver ninguém vai me deter meu compromisso é sempre vencer! — Os três cantam em uníssono.

O bar estava uma verdadeira algazarra. As pessoas cantavam e bebiam em conjunto com o quarteto de amigos. O próprio Musashi parou de beber por um momento — como se fosse resolver alguma coisa — e levantou as mangas de sua camiseta até os cotovelos e cambaleou pelo bar. Rin e Tsuyu trocam olhares sérios ao mesmo tempo que soluçam.

— Você… hic… é desprez-... despr… hic… um bosta! — o Hyuga disse ao mesmo tempo que colocava o indicador da mão direita perto da bochecha do Uchiha. 

— Bos-... hic… ta? — O Uchiha perguntou ao mesmo tempo que fechava a mão direita em punho. Ele usava a mão esquerda para levar o copo com Shochu para os lábios e assim se deliciar com a bebida alcoólica, não demorando em continuar quando seus olhos verdes ficam marejados. — Eu… hic hic… te amo! —

— Você é um… hic… bosta… hic hic… e eu te… hic... amo… tamb-... hic…. também! — O Hyuga disse, porém não demorou em continuar quando pôs a mão direita na bochecha do rosado. — Vo-... hic… cê é como… hic… hic… um irmão… hic… pra mim! —

— Eu tamb-... hic… te vejo co-... hic hic… -...mo um irmão! — Rin disse ao mesmo tempo que lágrimas escorriam de seus olhos esverdeados e pingam ao chegarem no queixo.

Os dois ficaram conversando sobre verem um ao outro como irmão e o sentimento de amor que sentiam, enquanto que Musashi subiu numa mesa e removeu completamente sua camisa e a jogou para onde seus machados estavam, então apontou para Chishiki que parecia curioso por ter sido alvo dos indicadores do usuário de machados. Musashi bateu os pés num certo ritmo na mesa, estalou os dedos e então…

— Daddy! Daddy doo! Quero conquistar todo o amor que você pode entregar. Vai me envolver, vai queimar, queimar, a chama do meu coração! — Musashi cantou e levantou as sobrancelhas para Chishiki e esperou que ele continuasse.

— Depois de um beijo, disfarça… e um, dois, três! O seu olhar se cruza ao meu, mais uma vez se divertindo com as minhas emoções, mexa com fogo e vai se queimar! — Chishiki cantou.

— Sei que não devo sentir desejo, mas eu tento e não aguento. Depois que dei um passo não pude voltar atrás. Chega de disfarçar, eu vou te convencer a entender que não é mais um jogo qualquer! — Chishiki e Musashi em uníssono.

— Daddy! Daddy! Do! Quero conquistar todo o amor que pode entregar. Se você me enganar, está tudo bem. Gosta de me provocar, venha me mostrar, eu só quero ver o seu sorriso mais uma vez. Vai me envolver, vai me queimar, queimar a chama do meu coração! — Chishiki cantava.

— Me hesitando? Acho que… NÃO, NÃO, NÃO! — Musashi balançava os indicadores em sugestão ao próprio não cantado, assim mesmo continuando. — Eu não sei quando vou te ver mais uma vez. Se me arrependo de algo que não fiz, vou queimar na chama do amor. —

[ ۝ ]

Mais algumas horas se passaram e já havia anoitecido, porém a animação em momento algum se perdeu no bar local de Yattsuhoshi. O rosado e seus respectivos amigos beberam incontáveis doses de Saquê e seguiram para o Shochu quando acabaram com o primeiro, então passaram para o Awamori — tendo entre 30 a 43% de álcool — quando acabaram com o estoque segunda bebida, assim passando para o Soju — tendo 53% de álcool — quando acabaram com qualquer estoque da terceira bebida. Obviamente que os cidadãos do pacato vilarejo ficaram em bebidas mais fracas, contudo quatro idiotas resolveram passar de quaisquer limites imagináveis ao beberem do quarto tipo de bebida alcoólica que lhes era oferecida por uma Teikō que a muito tempo perderá a razão, mas assim mesmo fazia o serviço de barista com o mínimo de dignidade possível.

— SHA-... hic… NNARO! — Rin gritou.

O rosado estava com uma expressão mais séria enquanto que as suas bochechas e orelhas foram a muito tempo tomadas por uma ruborização, tendo perdido a sabe-se lá quantas horas sua camisa, assim deixando a mostra o abdômen e os músculos que foram resultados de vários treinamentos. Rin assumia uma pose de combate mesmo estando cambaleante, assim deixando a guarda levantada enquanto prestava atenção em Tsuyu que também assumia uma pose de combate mais voltada para o clã Hyuga e igualmente sem equilíbrio algum, tendo perdido sua calça. Cada um deles exibia seu Byakugan e Sharingan.

— Eu… hic hic… vou… — Tsuyu disse. Ele não sabia que palavra usar para concluir seu péssimo raciocínio, por isso não o concluiu inteiramente.

— CALA… hic… DO… hic hic… SHANNA-... hic… RO! — Rin gritou.

E os dois avançam cambaleantes para perto do outro para um único ataque, contudo Musashi cai do teto depois de desafiar a si mesmo que conseguiria andar pelo mesmo com o chakra, porém estava bêbado demais para mantê-lo, por isso caiu em cima do Uchiha e do Hyuga que ficaram perto de baterem um ao outro com um soco aleatório. O usuário de machados gargalhou e levantou o braço direito.

— EU VE-... hic… GANHEI! — Musashi disse.

[ ۝ ]

Era de madrugada quando a festança acabou. O quarteto caminhou aos cantos por uma adormecida Yattsuhoshi e seguiram para a casa do escritor que por alguns segundos tentou encaixar a chave na porta, porém suspirou e olhou para um certo rosado que gargalhou com aquela oferta silenciosa, por isso que Rin se aproximou da porta e bateu nela uma vez, então olhou os amigos e pôs o indicador perto dos lábios ao mesmo tempo que ria.

— Shi-... hic… Shiki fica bravo… hic… quando venho com… hic hic… muitas pessoas. Vamo… hic… ver se ele… hic… concorda primeiro, tá? — Rin perguntou enquanto olhava para cada um dos amigos, então bateu na porta novamente e aumentou um pouco o tom de sua voz. — CHI-... hic… CHISHIKI! —

— CHISHIKI! — Os outros três gritaram.

Os quatro chamaram por alguns minutos. Até que a porta foi aberta por nada menos que Ontake que vestia um robe azul marinho e uma camisa branca com calça preta moletom. O rapaz abriu a porta e levantou rapidamente as sobrancelhas ao sentir o odor repugnante de álcool nas quatro pessoas à sua porta. 

— Pois não? — Ontake perguntou.

— Shiki… não é… hic… Chishiki. — Rin disse enquanto olhava para o amigo escritor e continuou cambaleando, assim acrescentando. — O que… hic… faz? —

— Take… hic hic… chame Chi-... hic… Chishiki. — O escritor disse, porém se curvou enquanto cambaleava e deu continuidade. — Vai lá… —

— Eu quero… hic… comer a lua. — Tsuyu disse enquanto prestava atenção na lua.

— Se eu… hic… bater em mim e sentir dor… o que… hic… hic… eu sou? — Musashi perguntou enquanto dirigia sua atenção para Ontake como se ele pudesse resolver as questões universais.

— Hã? — Ontake disse. Ele não entendia o que estava acontecendo.

— Fra-... hic… co. — Tsuyu respondeu a pergunta do usuário de machados e aproveitou para cutucá-lo ao mesmo tempo que continuava. — Você… hic… é fraco. —

— Não! — Chishiki disse e cutucou o usuário de machados enquanto dava continuidade. — Você é… hic hic… forte. —

— Erra… hic hic… do. — Rin disse e cutucou o especialista em Kenjutsu enquanto dava continuidade. — Você… hic hic… é idiota… hic… por bat-... hic… bater em si mesmo. —

— Certo, entrem… essa conversa já está me dando dor de cabeça. — Ontake disse e coçou seus olhos ao mesmo tempo que dava espaço para que os quatro entrassem.

— Você é… hic… lindo. — Shiki disse ao mesmo tempo que entrava em sua casa.

— Concordo. — Rin, Tsuyu e Musashi em uníssono enquanto entravam na casa.

Ontake fechou a porta quando todos já estavam dentro de casa. Ele olhou para cada um deles e suspirou ao imaginar que necessitaria arrumar alguma cobertores para que dormissem com o mínimo possível de conforto, por isso passou por cada um deles e se dirigiu para o corredor com pretensão de seguir para o quarto de hóspedes e pegar algumas coisas, porém se surpreendeu quando escutou alguns barulhos. Ele olhou para trás e assim observou que os quatro bêbados estavam no chão e inconscientes, ou melhor, adormecidos no chão frígido da casa. Ele suspirou novamente e cruzou os braços enquanto observava cada um deles e tentou imaginar o que tinha acontecido naquele dia, mas com certeza escutaria sobre a aventura se desse uma volta pelo vilarejo na manhã seguinte. "Eu não vou mexer neles… que durmam assim mesmo" pensou e agitou os ombros antes de seguir para o quarto que partilhava naturalmente com o namorado nos últimos dias — depois de queimar seu colchão por causa de um fedor particular — e se recolher entre as cobertas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tales of a Uchiha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.