Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 178
S08Ch10;




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A sala, ou escritório, de Shiawase não era pequena, na realidade possuía um bom espaço e equipamentos necessários para o dia a dia, como por exemplo uma estante com remédios e um armário com fichas de incontáveis pacientes, mas principalmente uma mesa de madeira com pequenas coisas de quase nenhuma importância e cadeiras confortáveis que eram usadas por Misa e Shiawase. E suas respectivas atenções era na porta recém aberta, ou mais precisamente no indivíduo que passara pela entrada com um sorriso que se perdeu em questão de um piscar de olhos. Rin manteve-se imóvel na entrada com suor lentamente escorrendo de seu rosto ao mesmo tempo que as mãos tremiam e o coração disparava, assim como sentia a boca cada vez mais seca. Yamanaka Misa estava com os olhos marejados e levemente surpresa pela chegada em péssima hora do noivo, enquanto que Katsuryoku Shiawase parecia contente com a notícia que acabara de entregar para a parceira de seu filho adotivo.

— Hã? — Rin sussurrou. Ele direcionou seus olhos opacos e perplexos para sua mãe adotiva, então deu continuidade. — Qu-... Quem? —

— Quem o que? Quem está grávida? — Shiawase perguntou ao mesmo tempo que ergueu uma das sobrancelhas, então continuou após indicar a Yamanaka com um sutil movimento do queixo. — Misa está grávida. Ela não tem dor no peito, são os seios que estão sensíveis, náusea é por causa do aumento do hormônio HCG e o cansaço pelo mesmo motivo, mas também pelo chakra ser constantemente enviado para que o feto desenvolva o próprio durante a gestação. —

O rosado ficou em silêncio e manteve a expressão inconfundível de perplexidade, algo que a Yamanaka notou desde o primeiro segundo que o mesmo adentrou no escritório. Misa se lembrou do sofrido ataque de pânico do noivo, então supôs que a qualquer viria a se repetir, por isso que saiu de seu assento e caminhou lentamente na direção dele e manteve um sorriso gentil que serviria para tranquilizá-lo apesar da notícia recebida de maneira errada. Sakura assistia a tudo aquilo do vão da porta.

— Essa é uma boa notícia, querido. Não estou com nenhuma doença perigosa que pode nos separar, só estou… — A Yamanaka levou a mão esquerda para a barriga e acariciou com suavidade ao mesmo tempo que soltava um risinho que se misturou com um choramingo por causa das lágrimas que escorriam por seus olhos azuis. — …grávida. —

— Grávida… — Rin repetiu. Ele levou a mão direita ao peito e sentiu o coração disparado e ficando mais ofegante enquanto concentrava seus olhos verdes nos azuis da noiva, então continuou. — …você está grávida. —

— O que ele tem? — Shiawase perguntou e por um breve momento a mesma pergunta se refletia em Sakura.

— Ataque de pânico. Já vi isso acontecendo com ele quando estivemos em Sunagakure. — A Yamanaka respondeu quase aos sussurros a pergunta enquanto aproximava-se cada vez mais do noivo, então deu continuidade. — Mantenha a calma e respire devagar, querido. Não tenho vontade de contar para essa criança que o pai desmaiou quando soube da notícia. —

Os olhos verdes continuam atentos naqueles azuis cada vez mais próximos dele, mas também prestavam atenção em mais coisas, como por exemplo a respiração calma da Yamanaka. O coração dele perdia a frenesi, sua respiração ficou lenta conforme mais atenção era dada para a noiva que parecia calma demais com a situação. Rin levantou um pouco sua cabeça, assim concentrando-se unicamente no teto daquela sala e devagar suspirou e não demorou para baixar a cabeça e seus joelhos cederem, dessa maneira seguindo direto ao chão e levando imediatamente as mãos para frente dos olhos e curvando-se um pouco. A Yamanaka olhou para Shiawase e depois para Sakura, porém retornou sua atenção ao noivo, ajoelhando-se à frente dele e pondo as mãos nas coxas. Ela escutava os soluços do mesmo, por isso só poderia supor uma coisa.

— Você está triste com a notícia? — Misa perguntou e moveu o rosto para o lado esquerdo antes de dar continuidade com um beicinho. — Três testes que fizemos deram resultados positivos, assim como outro exame mostrou elevação no hormônio dito por sua mãe, então não tem erro, querido. —

— E as suspeitas se elevam pela ausência da menstruação. Como não percebeu antes o atraso do seu ciclo? — Shiawase perguntou.

— Agora não é o momento, Shiawase-san… — Misa disse ao mesmo tempo que suas bochechas ficaram mais coradas. Ela só não havia percebido o atraso do ciclo menstrual por causa da viagem que participava com o noivo. Ela retornou a observá-lo e levou a mão direita para o ombro esquerdo dele e deu continuidade. — Está bravo? O que está sentindo, querido? Diga para que possamos fazer alguma coisa. —

O rosado removeu as mãos de frente dos olhos verdes e levantou um pouco de sua cabeça, assim concentrando a atenção na noiva e imediatamente levando os braços até ela e puxando-a para mais perto de si. O rosado levou o rosto para o peito da noiva e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios enquanto sentia as mãos gentis e trêmulas dela alisarem a parte de trás de sua cabeça, confortando-o. 

— Não estou bravo, nem mesmo triste. — O rosado sussurrou ao mesmo tempo que seus olhos verdes brilham de uma maneira inconfundível. Ele não demorou em continuar. — Estou surpreso por não termos percebido antes, assim como estou maravilhado com essa notícia. —

A Yamanaka sorriu um pouco mais com aquelas gentis palavras do noivo. Ela continuou acariciando a parte de trás do cabelo dele ao mesmo tempo que lágrimas escorrem por suas bochechas.

— Ficará mais contente se souber que a gravidez é de cinco semanas? — Shiawase perguntou ao fim da leitura do exame que continha muitas informações sobre a Yamanaka. Ela segurava o papel em sua mão esquerda. 

— Cinco semanas? — Rin repetiu com certa curiosidade, afastou o rosto do peito da noiva e fez uma espécie de conta nos dedos da mão esquerda, então olhou para a Yamanaka e sorriu com um breve desgosto, uma imensa preocupação neles. — Nossas lutas foram no começo do mês. Aqueles bandidos pouco antes de chegarmos na fazenda de Ishi-san, além disso os vermes no deserto a caminho de Sunagakure. E o nosso combate simulado naquela noite? Meu Hagoromo… já coloquei vocês em muitos riscos. —

— Pode ir parando, entendeu? — A Yamanaka disse e levou as mãos para as bochechas do rosado, ao mesmo tempo assumindo um olhar mais sério, cheio de confiança, enquanto dava continuidade. — Não sou indefesa, tampouco fraca. Você já viu minhas habilidades, sabe que dou conta do que jogarem para cima de mim, então não quero nenhuma superproteção. —

O rosado ficou em silêncio por um momento enquanto continuava prestando demasiada atenção naqueles olhos azuis cheios de seriedade e confiança. Toda aquela preocupação tornou-se um amontoado de calma e não demorou para que levasse seus lábios para os da noiva, assim selando-os por um instante afetuoso. Ele separou seus lábios e não demorou para se levantar e não pareceu incomodado por receber uma atenção até exagerada das mulheres que faziam parte de sua vida. 

— Eu prometo que não terá minha superproteção, nem que ficarei louco com essa gravidez e que terei paciência com suas possíveis alterações de humor. — Rin disse com um olhar mais sério e estendendo sua mão esquerda enfaixada para a noiva, então deu continuidade ao sorrir pelo canto dos lábios. — Essa será uma nova fase em nossas vidas. —

— Isso que chamo de rápido amadurecimento. — Shiawase sussurrou. Ela parecia orgulhosa pela nova reação do filho.

A Yamanaka escutou o comentário da médica e mentalmente discordou, afinal sabia da rivalidade que seu noivo possuía com um certo Hyuga em Amegakure, por isso duvidou que houvesse um amadurecimento significativo. Ela observou a mão estendida e não demorou para segura-la e ser levantada sem qualquer dificuldade por seu parceiro que imediatamente pôs a mão direita em sua cintura e puxou-a para mais perto dele.

— Rin? — Misa o chamou. Ela estava curiosa por aquela ação do noivo e as bochechas um pouco coradas.

— Sabe a ida ao cinema que combinamos a algum tempo? Devíamos fazer isso hoje… após contarmos sobre essa agradável notícia para eles. — Rin disse ao mesmo tempo que sua mão direita acariciava a cintura da noiva e lhe encarava com gentileza, então não demorou para abrir um grande sorriso e dar continuidade. — Eu te amo. —

— Seu bobo apaixonado. — A Yamanaka sussurrou ao mesmo tempo que sua expressão tornava-se mais suave e ela não demorou em carinhosamente abraçá-lo, então continuou. — Nossos amigos farão uma verdadeira festa com essa notícia. —

O rosado não precisou de muito para supor que as últimas palavras eram verdadeiras. Fushin, Doro e Ryūsei, as novas amigas de Misa, sem dúvida ficariam contentes pelo anúncio, porém não tinha certeza sobre as reações de seus amigos. Ele voltou a pensar por alguns segundos.

— Se já chegamos a quinta semana e estamos no fim do mês, então quer dizer que temos até Julho para sermos apenas nós dois? — Rin perguntou.

— Não é bem exato que seja em Julho, pode nascer com uma pequena antecedência, ou levar um pouco mais de tempo. A natureza é misteriosa. — Shiawase disse e agitou seus ombros, porém não demorou para se aproximar do casal e estender a mão direita com um pedaço de papel. — Aqui está a receita com as vitaminas que serão necessárias… —

A Yamanaka desfez aquele abraço e pegou a receita e leu cada uma das vitaminas e depois olhou para o rosado que não parecia incomodado por aquela listagem, na realidade Rin pegou a receita da mão de sua noiva e a dobrou e guardou-a no bolso da calça, então cruzou os braços.

— Não vou precisar dessa coisa, mas agradeço. Tive uma boa mestra, por isso sei as vitaminas a serem usadas numa gestação, muito obrigado. — Rin disse.

— E mesmo assim não percebeu o ciclo menstrual atrasado, nem mesmo interligou com náuseas, cansaço e a sensibilidade nos seios. — Sakura murmurou com um leve tom provocativo e levantando uma das sobrancelhas.

— Ela está certa. — Shiawase murmurou e sorriu pelo canto dos lábios com um tom igualmente provocativo. 

— Ah, calem as bocas. — Rin murmurou com uma expressão mais séria e com rubor tomando conta de suas bochechas e orelhas. 

A Yamanaka gargalhou pela reação do noivo. E Rin não demorou para se aproximar da mãe de criação e abraçá-la da mesma forma que fez a poucos minutos com sua noiva. Shiawase ficou momentaneamente surpresa com o gesto, porém não demorou para abraçá-lo com a mesma afetuosidade.

— Seu pai teria orgulho. — Shiawase sussurrou quase inaudível, apenas para que o rosado lhe escutasse, então deu continuidade. — Saiba que tenho muito orgulho de você, independente do que faz ou deixa de fazer. —

— Obrigado… saber disso é muito importante. — Rin sussurrou ao mesmo tempo que confortava a cabeça no ombro da mãe, porém não demorou em dar continuidade com um ligeiro tom de divertimentos quando afastou-se daquele abraço materno. — Mais importante do que saber que vocês me deram muita liberdade. —

— Hã? — Shiawase disse.

O rosado levantou uma das sobrancelhas para a mãe adotiva, ao mesmo tempo que aproximava-se da mãe biológica que interrompia alguma conversa com a Yamanaka para que pudesse vê-lo, assim surpreendendo-se com um abraço carinhoso. O rosado gargalhou quando escutou um "ei!" reprovativo vindo da mãe adotiva que naquele momento estava tão vermelha quanto a tomates. Rin interrompeu o abraço com Sakura e lançou um sorriso malicioso para Shiawase.

— Não aprovo, mas se está fazendo algum bem para você, então que seja. — O rosado disse ao mesmo tempo que suavizou bem o olhar que transmitia para a mãe adotiva. 

— Do que está falando? — Sakura perguntou e direcionou a atenção para a Yamanaka em busca de alguma resposta.

— Tenho as minhas suspeitas. — Misa disse ao mesmo tempo que agitava seus ombros. 

— E ficará curiosa para saber, Sakura-sama. — Rin disse ao mesmo tempo que desfazia o abraço com a kunoichi das lesmas e se aproximava da noiva e segurava a mão esquerda dela e entrelaçou seus dedos aos dela, então deu continuidade. — Está pronta para ir? —

— Está fazendo perguntas agora? Quantas vezes já usamos o Hiraishin no Jutsu e não sabíamos do que estava acontecia aqui dentro? — A Yamanaka perguntou e levantou uma das sobrancelhas ao mesmo tempo que usava a mão direita para acariciar a barriga.

"Ela tem um ponto muito importante. Vai ser difícil não agir com superproteção…" o rosado pensou e não demorou para respirar fundo e suspirar. Ele manteve seus olhos esverdeados nos azuis de sua parceira mesmo quando o cenário mudou num piscar de olhos. Eles não estavam mais em Konohagakure, mas em Amegakure, ou mais precisamente de volta ao quarto que possuíam na Mangetsu e a repentina aparição chamou a atenção de Sirius que havia escolhido um canto para dormir desde o começo da estadia, porém ao perceber que eram seus donos só encobriu os olhos carmesins com uma das patas e regressou ao sono. Rin olhou para o cachorro ao mesmo tempo que cruzava os braços. "Essa era minha antiga vida. Estou com um pouco de ciúme dele…" pensou o rosado que não demorou em voltar a atenção para a noiva.

— Porque você parece tão calma? — Rin perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas. 

— Porque sei que você está calmo, que não há o que temer. Eu com certeza teria uma conversa mais proveitosa com você se não invadisse estupidamente o escritório de sua mãe. — Misa respondeu e aproveitou para cruzar os braços abaixo dos seios, então continuou. — Ela me tranquilizou quando os testes foram dando resultados positivos, mas apenas aguardávamos o exame de sangue para uma verdadeira comprovação. E foi nessa hora que um certo alguém chegou. Então, vamos dar a notícia para nossos amigos? —

O rosado ficou em silêncio e sentindo-se um pouco estúpido pela maneira errônea que as coisas aconteceram, mas era um pouco tarde para concerta-las. Ele pôs a mão direita no bolso da calça e seguiu em direção a porta do quarto com a Yamanaka em sua companhia e não demorou para destrancá-la e sair do cômodo e seguir para o lado esquerdo, contudo não demorou para que a noiva o segurasse um pouco acima do cotovelo direito e lhe lançasse um olhar cheio de divertimento ao mesmo tempo que apontava para o lado oposto que o noivo tinha pretensão de seguir.

— Lado errado. — Misa disse.

— O que seria de mim sem você? — Rin perguntou ao mesmo tempo que deu início à caminhada na direção correta.

— Tenho uma lista com as possibilidades. — Misa respondeu e sorriu provocativa pelo canto esquerdo dos lábios ao mesmo tempo que deixava os braços nas costas e entrelaçou suas mãos.

O rosado gargalhou com muito ânimo. Ele sabia que provavelmente a noiva estava brincando por causa da pequena lista de doenças que o mesmo criou. Ele olhava discretamente para a Yamanaka que andava concentrada no caminho que percorriam, assim como notava os belos olhos azuis marejados e um rubor leve nas bochechas junto de um sorrisinho, porém acabou voltando a sua atenção para o caminho a frente. Os minutos foram se passando com ambos num confortável silêncio entre parceiros… como se não palavras não fossem necessárias para se entenderem… ao mesmo tempo que passavam por pessoas e corredores, mas enfim pararam em frente a uma porta diferenciada. 

O rosado não demorou para reconhecê-la como sendo da sala de reunião da Mangetsu, por isso bateu na porta algumas vezes e abriu a mesma quando escutou um "entre" e assim se deparou com o simples cenário de Tsuyu num canto de uma bela mesa com pessoas ocupando assentos quase aleatórios. Todos os olhares se voltam para o casal recém chegado, porém Rin estava mais concentrado no moreno na ponta da mesa que mantinha o cotovelo direito enfaixado na mesa e usava o punho para apoiar a bochecha, além disso Tsuyu emitia um olhar cansado e sério enquanto os dedos da mão esquerda batucam na madeira.

— Enfim resolveram sair do quarto. — Tsuyu disse ao mesmo tempo que semicerrou suas sobrancelhas.

— Estávamos em Konoha. — Rin disse.

— Musashi disse para não bater à porta de vocês e que não os esperassem para o almoço. — Tsuyu disse e mirou momentaneamente seus olhos amarelos no usuário de machados.

— Virei um guarda para esse tipo de atividade… — Musashi sussurrou com aspereza ao mesmo tempo que cruzava os braços e segurava os cotovelos.

— Isso não é verdade. — Doro sussurrou e levou a mão direita ao ombro do usuário de machados e tentou consolá-lo.

— É, isso aconteceu mesmo. — Rin disse e coçou uma das bochechas ligeiramente coradas, mas então continuou. — O que acham de irmos ao cinema ao fim da tarde e depois para o melhor restaurante de Amegakure? Sendo que vou pagar tudo. —

— Qual a comemoração? Aniversário de alguém? — Ryūsei perguntou e olhou para cada integrante da mesa à espera da eventual resposta.

— Ainda está longe a comemoração da queda da Shi no Hana. — Tsuyu disse ao mesmo tempo que parava de batucar os dedos e fechou a mão em punho, então deu continuidade. — Porque essa bondade toda? —

— Porque, querido Tsuyu… — Misa disse ao mesmo tempo que se aproximava do Hyuga e passava por cada integrante naquela mesa, sorrindo exclusivamente para ele ao mesmo tempo que curvava-se e dava continuidade. — Estou grávida. —

Tsuyu e Musashi abrem a boca com perplexidade ao mesmo tempo que olham para o rosado que não sairá do lugar, mas que confirmava uma pergunta silenciosa com um balanço sutil de cabeça, ao mesmo tempo que Doro se levantou do assento e gritou animada por aquela notícia e sendo a primeira a abraçar a Yamanaka que logo recebeu um abraço em conjunto de Fushin e Ryūsei que pareciam igualmente contentes. 

— De quanto tempo? — Doro perguntou.

— Cinco semanas, desde o início de nossa viagem. — Misa respondeu. 

— E como não perceberam antes? Sabem… há tantos sintomas na gravidez que não tem como não perceber. E seu ciclo menstrual? Como não percebeu o atraso? — Doro perguntou.

— Uma pergunta de cada vez, Doro. — Rin murmurou enquanto prestava atenção na amiga íntima, porém voltou a encarar o Hyuga e deu continuidade. — O que me diz? Cinema e o melhor restau-... —

— Não mesmo. — Tsuyu disse ao mesmo tempo que saia de seu assento. 

— Não? — Todos perguntaram mutuamente surpresos com a resposta. Todos olharam unicamente para o moreno.

O moreno andou para perto do rosado, então cruzou os braços quando estava à frente dele e concentrou seus olhos única e exclusivamente nele. 

— Não. O que temos de fazer é uma escapada para comemorarmos isso como homens. Proponho em sairmos nesse instante para bebermos como se amanhã fosse o último dia de nossas vidas. Bebermos para que possamos testar nossas resistências, vermos nossos limites para o maldito veneno alcoólico e não darmos qualquer importância para o que nós, mortais, chamam de limitações. Se… — O moreno direcionou um olhar rápido e significativo para a noiva, então deu continuidade. — …nossas parceiras deixarem. —

— Bela maneira de um discurso acabar. — Musashi sussurrou com um ligeiro divertimento, porém levantou o braço esquerdo com o punho fechado. — Estou de acordo. —

— Você tem que participar do Coliseu amanhã à noite, mas não vou impedi-lo de um pouco de diversão. — Doro disse enquanto prestava atenção no noivo e soltou um risinho pela maneira que o mesmo se comportou ao receber a confirmação. 

Rin lembrava-se da primeira vez que bebeu, ou melhor, possuía algumas lembranças quase desconexas, porém daquela vez estaria com mais pessoas, por isso supôs que não iria exagerar. Ele discretamente olhou para a Yamanaka a espera de uma resposta verbal, porém a noiva simplesmente balançou a cabeça, assim aceitando sua saída.

— Tragam-no inteiro. — A Yamanaka disse com um pouco de divertimento. 

— Eu não prometo nada. — Tsuyu disse enquanto prestava atenção na Yamanaka, porém voltou seus olhos para o Uchiha e deu continuidade. — Alguma recomendação? —

O rosado engoliu em seco, porém não demorou em levar sua mão esquerda enfaixada para o ombro do amigo e apertar um pouco a região, então fazendo a mesma coisa com Musashi e assim os três desapareceram num piscar de olhos da sala de reuniões da Mangetsu. E voltam a aparecer em frente a uma casa de madeira com uma placa de "vão embora, visitantes" pregada na porta no pacífico vilarejo conhecido como Yattsuhoshi. Rin ficou em silêncio mesmo quando recebeu um olhar de dúvida dos companheiros. Ele se aproximou da porta e bateu nela com frenesi até a porta ser aberta pelo seu amigo escritor. Chishiki encarava com repúdio por conta da interrupção, porém percebia as outras duas pessoas atrás do rosado.

— É sério? Você acha que minha casa é uma hospedaria? — Chishiki perguntou e não demorou para levar o indicador para a testa do rosado e cutucá-lo, então deu continuidade. — Quantas vezes já não lhe disse que minha casa não é acomodação para os seus… —

— Misa está grávida e viemos até aqui para bebermos até que nossos fígados não resistam. Quer se juntar a nós? — Rin perguntou e não pareceu incomodado pelas cutucadas ou por um frenético gritinho masculino no interior da casa, mas assim mesmo continuou. — Oi, Take! Quer se juntar a nós? —

Tsuyu e Musashi soltam alguns risinhos baixos por causa da reação exagerada no interior da casa. Chishiki naquele momento parou com as cutucadas e encarou silenciosamente o rosado à sua porta, mesmo quando uma resposta negativa soava de dentro da casa. O escritor sorriu maliciosamente pelo canto dos lábios.

— Claro, porque não? — Chishiki disse.


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