Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 157
S07Ch20;




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"Que lugar é esse?" Rin pensou enquanto olhava para os lados, mas via apenas as tochas postas nas paredes rochosas — não arenosas — e começou a entender que ali era bem antigo, afinal a iluminação mostrava incomuns desenhos nas paredes. Ele parou de caminhar e levou a mão para o bolso e levantou um pouco a cabeça para continuar visualizando as criações abstratas e não demorou a semicerrar os olhos ao reparar no mesmo símbolo que encontrava-se na entrada daquele lugar, porém… havia outro símbolo abaixo daquele e lembrava vagamente uma lua minguante com um círculo ao lado. "O que é isso?" pensou e sentiu-se frustrado pela falta de compreensão. 

— Shukaku, sabe alguma coisa sobre isso? — Rin perguntou enquanto retirava a mão do bolso e tateava o símbolo e levantava bem pouco as sobrancelhas.

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Rin, de repente, não encontrava-se mais naquele lugar misterioso, mas estava novamente no ambiente escuro com o chão sendo uma grande poça de água e o céu estrelado. A sua frente encontrava-se a Besta de Cauda que firmava as mãos pesadas e maciças no chão. O rosado sorriu pelo canto dos lábios ao reencontrar-se com a Besta de Cauda.

— Olá, Shukaku-sama. — Rin disse e abaixou sua cabeça numa reverência bem formal. Ele respeitava a Besta de Causa apesar de já serem amigos.

— Já se esqueceu das histórias que contei, garoto? — Shukaku perguntou e lentamente fechou suas mãos em punhos, além de assumir uma expressão mais séria.

— Que histórias? — Rin perguntou e levou a mão para o queixo antes de continuar. — Me contou muitas histórias, Shukaku-sama, então terá de ser um pouco mais claro, por favor. —

— O clã Otsutsuki. — Shukaku respondeu e suspirou pesadamente. Ele não estava descontente com o rosado, na realidade parecia gostar das conversas que geralmente tinham, afinal passava muito conhecimento para o rosado, não mencionando que o garoto o tratava com muito respeito. — Aquele outro símbolo pertence aos Shinobi da Lua. E seu fundador foi Otsutsuki Hamura, o irmão mais novo de Otsutsuki Hagoromo. —

— Você teve dez dias para me contar quantas histórias quisesse, mas se esqueceu de mencionar que há Shinobis na Lua… — Rin disse com um pouco de seriedade, além de surpresa por aquela descoberta inesperada, por isso sentou-se e cruzou as pernas. — …continue. —

— A informação não é tão valiosa para você, mas o clã Hyuga descende do irmão mais novo. — Shukaku disse. Ele não pareceu incomodado pelo comentário anterior do rosado. E não demorou para dar continuidade. — A família secundária acreditava que Hamura desejava a destruição da Terra caso os humanos se mostrassem indignos do conhecimento de Hagoromo, mas isso não passou de informação furada. E não há "Shinobis"... há só um agora. —

— Como sabe disso? — Rin perguntou.

— Há muito tempo dei um pouco do meu chakra para o garoto da raposa, então sei dessas coisas. — Shukaku respondeu.

— Então, o ramo secundário dos Otsutsuki está à beira de uma extinção, certo? — Rin perguntou.

— Não é muito diferente dos Uchiha a alguns anos. — Shukaku disse com um pouco de divertimento, afinal lembrava-se de que a pouco mais de duas décadas só haviam três Uchiha, depois da guerra sobrando um por algum tempo.

— Você está engraçado hoje. — Rin disse com um olhar cheio de reprovação, mas mantendo um sorriso pelo canto esquerdo dos lábios. — Então, o que acontece agora? —

— Como vou saber, garoto? — Shukaku respondeu e levou seu indicador da mão esquerda para a cabeça do rosado e ficou cutucando-o. — Você nem devia ter sido engolido por aquele verme. Que ideia de merda era aquela, heim? —

— Hahaha, não custava nada né? — Rin disse e jogou seu corpo para trás depois de um cutucão, assim deitando e suspirando, então dando continuidade. — Imaginei que aquele verme retornasse para o ninho depois de se alimentar, mas pode ser que tenha me enganado. Além disso… posso voltar para o lado da Misa-chan a qualquer momento, então não há com que me preocupar. Então… pode me responder que lugar é aquele? —

— Não sei, mas imagino que seja um tipo de lugar que gente normal não devia estar, então sabe o que fazer. — Shukaku disse.

— Sair e não olhar para trás. Com certeza não quero ter problemas com um clã tão antigo e que originou os mais importantes de Konohagakure. Só de imaginar… me dá arrepios. — Rin disse e levou a mão para a nuca e a coçou ao mesmo tempo que fazia uma expressão de desgosto.

— Você é fácil de entender. — Shukaku disse com divertimento.

— Ah, qualé, Shukaku-sama!? Pensa um pouco, por favor! Estamos falando do clã da inimiga da última guerra, sem contar que Hagoromo e Hamura descendem dele, assim como os Senju, Uchiha, Uzumaki e Hyuga, então… o problema que eu poderia estar me metendo é gigantesco. — Rin disse e levou a mão para frente dos olhos e os coçou ao mesmo tempo que suspirava pesado. — Só estando naquele lugar já posso estar em problema… vai que tem vigilância e sentem o meu chakra? Pode ser que haja uma barreira cercando aquele lugar da mesma forma que tem em volta de Konoha, então… —

— Você está pensando demais. Lá está abandonado. — Shukaku disse com divertimento. Claramente estava gostando do raciocínio do rosado, assim não demorou para dar continuidade. — Chega de conversa, não acha? —

— Ah, tudo bem. — Rin disse e levou seu braço a frente do corpo com o punho fechado e sorriu ao ponto de mostrar os dentes. — Obrigado, Shukaku-sama. —

— Você é divertido, garoto. — Shukaku disse e repetiu o mesmo movimento do rosado, assim encostando seu punho ao dele e abrindo um pouco sua bocarra de forma a parecer um sorriso. 

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O rosado piscou. Ele não estava mais no ambiente que geralmente se encontrava com a Besta de Cauda, retornando para aquele lugar estranho e iluminado por tochas. Ele só olhou para as inscrições e fez uma expressão de desgosto, certamente não gostaria de se meter com os Otsutsuki independente da ramificação. Ele se virou, assim olhando para a entrada e saída do lugar e sentindo-se aliviado por aquelas portas não se fecharem e prenderem-no ali dentro como nos poucos filmes que assistiu com a noiva. Só não deu um passo na direção da saída por causa de uma pedrinha que caiu à sua frente. Na realidade… baixou a cabeça e manteve seus olhos esverdeados na pedra, então levou a mão para o cabelo e usou a ponta dos dedos para coçá-lo.

— Problema… uma pedrinha não cai do nada. — O rosado sussurrou com óbvio descontentamento, além disso seus olhos esverdeados mudaram, assim tornando-se o Sharingan. 

E estava certo. Havia problema e bem acima dele, porém acabou caindo a sua frente depois de ser "percebido". Era um corpo grande — corpulento — esbranquiçado de várias cabeças com cabelos esverdeados. Uma parte dos antebraços pareciam com lâminas. O rosado tomou um pouco de distância e engoliu em seco enquanto mantinha sua atenção na criatura desconhecida — Zetsu Branco Monstruoso — que rosnou para ele antes de mover os braços à frente do corpo, assim parecendo pronto para um confronto. Rin ficou em silêncio, mas mantendo toda sua atenção naquele inesperado inimigo. 

— Você é muito, muito feio. — Rin sussurrou antes de sorrir pelo canto dos lábios, então deu continuidade quando passou a língua no lado esquerdo superior do lábio. — Vamos acabar com isso. Tenho uma rainha para enfrentar e uma noiva para ajudar. —

O rosado disparou. Ele seguiu de encontro ao Zetsu Branco e baixou-se para evitar dois golpes dos braços laminados dele, então se levantou e dirigiu seu punho para o abdômen dele ao concentrar uma quantidade muito boa de chakra. E até houve o acerto, porém… seu punho começou a ser absorvido para dentro do corpo daquele corpo, não mencionando a proximidade que agora tinham e que o prejudicava um pouco, por isso levantou a cabeça e assim enxergou o adversário que abria a boca e parecia pronto para fazer alguma coisa. "Está drenando um pouco do meu chakra…" pensou.

— Ah, não vai. — O rosado disse e assumiu uma expressão mais séria, então deu continuidade assim que tentou e fracassou em afastar sua mão de dentro daquele corpo. — Vou ter que usar meu golpe secreto. —

Havia uma espécie de energia sendo concentrada na boca do adversário. O rosado rangeu os dentes e pôs os pés acima dos joelhos do Zetsu Branco, então impulsionou seu corpo para cima. E dessa forma deu uma cabeçada no queixo do adversário que ergueu a cabeça e no próximo instante liberou aquela energia como uma rajada de fogo. "Isso é Katon…" pensou e novamente puxou sua mão, mas não houve resultado, além disso a rajada de fogo acertou o teto e algumas pedras caíram, mas a maioria foi cortada pelas lâminas que haviam nos antebraços daquela criatura quase irracional. "Eu não sei o que fazer com essa coisa. Parece que tem resistência a dano, ou seu corpo absorve dano físico…" pensou e novamente tentou puxar sua mão, mas não houve resultado. "Além disso… parece que sua técnica é basicamente uma rajada de fogo, então não deve conhecer técnicas muito…" ele parou de pensar no momento que o Zetsu abaixou a cabeça e abriu a boca e uma energia se formou. 

— Genjutsu: Sharingan! — Rin disse.

O Zetsu Branco paralisou e a energia à frente de sua boca se desfez. O rosado suspirou com um pouco de alívio, mas também sabia que ainda era cedo para aquela sensação, afinal sua mão fazia parte de um problema. "Seria tão fácil com duas mãos… eu poderia criar um Kage Bunshin para me tirar daqui…" pensou.

— Certo, vai ter que sair de um jeito ou de outro. — Rin disse.

"Posso me dar mal se ele usar esses braços laminados ou esses disparos nessa distância tão curta, na verdade… estou em maus lençóis em toda essa situação…" pensou e pôs novamente seus pés no chão e olhou para os lados. "É, o jeito vai ser estourar de dentro pra fora antes que consiga todo o meu chakra…" pensou e sorriu com uma leve provocação pelo canto dos lábios. E de fato sentia que aquela coisa estava roubando-lhe chakra. Ele respirou profundamente, então soltou o ar acumulado aos poucos.

— Chidori! — O rosado disse.

E aconteceu. Um buraco surgiu no abdômen do Zetsu Branco no momento em que a técnica apareceu na mão do rosado que sentiu-se contente com o resultado. Rin recuou sua mão e aproveitou para tomar distância do corpo caído enquanto a técnica era desfeita. Ele suspirou com alívio, afinal não passou tantas dificuldades naquele confronto, tendo apenas uma perda superficial de chakra. Ele olhou para a saída e seguiu naquela direção.

— Vou achar os ovos dessas coisas e des… — Ele não concluiu seu comentário. Isso porque ouviu um resmungo, por isso acabou suspirando e baixando sua cabeça e olhando para o chão, ou para os pés, então levantando-a. — …ainda está vivo. Eu sabia que não seria tão fácil… —

E não demorou em se virar, desta maneira ficando de frente para o Zetsu Branco diferenciado que já estava de pé e sem qualquer ferimento severo, mas havia um pouco de vapor saindo de seu corpo. O rosado assume uma leve expressão de surpresa, afinal não esperava que o adversário possuísse tal capacidade. "Ele pode drenar chakra e liberar rajadas de fogo da boca, além disso tem uma ótima regeneração…" pensou e engoliu em seco enquanto abria e fechava sua mão algumas vezes. O Zetsu Branco Monstruoso não demorou para atacar. O mesmo liberou uma rajada de fogo de sua boca, mas nem mesmo chegou perto do rosado. A rajada acertou o chão, assim subindo um pouco de poeira e jogando estilhaços de pedras para todos os lados. "Errou. Agora é a minha chance" pensou e disparou de encontro ao Zetsu Branco e não parecendo tão incomodado em ter de passar por aquela poeira que tinha sido erguida com a fracassada rajada. Contudo… logo parou de correr e assumiu ainda mais surpresa. 

O Zetsu tinha pensado na mesma coisa que ele, por isso saiu de dentro daquela poeira e já movimentava o braço direito laminado para acertá-lo. Rin jogou a parte superior do seu corpo para trás, assim desviando daquela lâmina que passou raspando por seus fios róseos, além disso uma rajada de vento saiu meio segundo depois e acertou a parede a esquerda. "Isso é Futton. Ele conhece as naturezas básicas do chakra?" Pensou ao olhar de relance para o corte razoável na pedra, mas retornando sua atenção para o Zetsu Branco que deixou o braço esquerdo levantado com o punho fechado e depois o baixou. O rosado ajustou sua postura e imediatamente levou seu punho de encontro àquele punho, assim acontecendo o impacto. Ele olhou de relance para o braço laminado, mas não parecia que seria usado naquele momento. Ele acabou se distraindo com aquele braço… na realidade estava preocupado com aquilo, por isso não esperou que o adversário movesse a perna direita e assim executasse um chute em seu abdômen, desta forma jogando-o com violência contra uma das paredes rochosas. 

O rosado gemeu de dor. Ele levou a mão para o abdômen e assumiu uma expressão universal de dor. Ele se desconcentrou por um instante, por isso não conseguiu reagir ao adversário que se aproximou e levou a mão direita para sua cabeça, segurando-o com muita força e girando seu corpo em 180° e soltando-o, desta maneira jogando-o contra um pedestal que o rosado não tinha percebido até aquele momento. O rosado derrubou o pedestal, assim como um objeto pequeno e empoeirado que o ocupava. O incomum objeto — artefato — inicialmente possuía um casco de uma tartaruga de tom azul piscina, porém com algumas rachaduras. Enquanto o rosado estava no chão, o mesmo olhava para aquele artefato e levantou as sobrancelhas no momento que partes do corpo se revelarem junto a cabeça.

— Ativa… Ativação. — Era uma voz robótica. E pelo engasgo que teve com a primeira frase, aparentemente não era ligada a muito tempo, quem sabe até mesmo sofresse com inúmeros defeitos. E não demorou a continuar. — Eu sou Karasuki. O aparato nobre. —

"Hã?" pensou o rosado que assumiu uma expressão reconhecível de idiota, de choque para falar a verdade. Estava tão confuso com a situação que sequer percebeu o Zetsu Branco se aproximando e segurando sua perna esquerda. O rosado só teve consciência daquilo quando foi suspenso no ar e depois jogado para trás, assim chocando-se com o chão, mas não teve muito tempo para reclamar, afinal o Zetsu Branco o jogou para frente, desta forma chocando-se com o chão novamente. 

— Vou explicar como me operar. Confirmando procedimento. Minha operação será impedida se passos forem feitos fora de ordem. — Ditou a tartaruga no mesmo tom robótico e quase defeituosa, mas na realidade parecia que era só por não ter sido usada por tantas eras. — Otsutsuki-sama, primeiro tenho de ser carregado com chakra para operar. Quando carregador, por favor, ajuste as configurações de transferência. —

"Há? Transferência? Essa coisa é abastecida com chakra e pertence aos Otsutsuki? Caramba…" pensou e assumiu uma leve expressão de surpresa quando o Zetsu — que continuava jogando-o de um lado a outro — decidiu por jogá-lo contra uma das paredes rochosas. O rosado chocou-se novamente com a rocha e acabou deslizando até chegar ao chão onde ofegou. Seu corpo estava bem machucado e suas roupas gastas, além de escorrer um pouco de sangue de alguns ferimentos que a muita vista não eram sérios. "Não posso usar o In'yu Shōmetsu… vou gastar chakra demais, não mencionando que não encontrei a rainha e nem os ovos… nem mesmo sei quantos desses malditos vermes tem por aí ainda…" pensou e manteve seus olhos esverdeados no Zetsu Branco Monstruoso.

— Mas… — O rosado disse enquanto levava a mão para a parede rochosa e usava a mesma para se apoiar e se levantar. Seu Sharingan se ativou enquanto mantinha sua atenção no adversário. E não demorou para que o Mangekyou Sharingan fosse ativado também, assim como uma energia escura surgir em torno de seu corpo. — …eu já estou cansado disso. —

[ ۝ ]

"Sinto o chakra dele naquela direção" pensou a Yamanaka que moveu os olhos para o lado esquerdo por um momento muito rápido. Ela sentia-se um pouco mais aliviada em saber que o noivo estava bem mesmo que seus dois Kage Bunshin estivessem com ela, cooperando naquele confronto com os vermes da areia. Ela olhou de relance para os dois Kage Bunshin no momento que ouviu um grito simultâneo. Ela começou a imaginar o pior, mas sorriu pelo canto esquerdo dos lábios ao reparar que estavam em cima do corpo do quinto verme da areia com a cabeça completamente amassada por socos que foram dados com uma boa quantidade de chakra. 

— PAREM DE COMEMORAR! — Misa gritou nitidamente brava com os Kage Bunshin, mas também estava contente com a presença deles. 

— Você está meio brava. — O Kage Bunshin do lado esquerdo disse e pôs a mão na cintura. — Esse daqui deu trabalho, tá? —

— Isso aí! — O Kage Bunshin do lado direito disse e levou a mão para a nuca e a coçou com a ponta dos dedos ao mesmo tempo que subia e coçava o cabelo, então deu continuidade. — Nossa prioridade é você enquanto sente essas coisas virem em nossa direção, mas devíamos comemorar por derrubarmos mais um. Não acha? — A pergunta foi feita para o Kage Bunshin do lado esquerdo.

— Eu acho. — O Kage Bunshin do lado esquerdo disse e levantou o braço com a palma aberta.

— Beleza! — O Kage Bunshin do lado direito disse e levantou o braço com a palma aberta também, assim os dois bateram as palmas.

— Sou noiva de um idiota. — Misa sussurrou, porém desta vez parecendo se divertir com a reação dos Kage Bunshin, então deu continuidade. — Tem oito a caminho. Se preparem! —

— Certo! — Os dois Kage Bunshin disseram em uníssono.

— Moleza. — Gamarito disse com nítido convencimento, além de assumir uma expressão um pouco mais séria.

A Yamanaka novamente mordeu o polegar direito e depois passou o sangue na ponta de cada dedo, não se demorando em usar os selos do Javali, Cão, Pássaro, Macaco e Carneiro e deu continuidade quando pôs a mão na areia. — Kuchiyose no Jutsu — e então um selo surgir na areia. E não demorou para uma explosão de fumaça se espalhar e assim encobrir a visão de todos por um breve momento. E não demorou para que a Yamanaka estivesse em cima de um sapo alaranjado com olhos acinzentados que preferia ser quadrúpede do que bípede, não mencionando seus oito metros e doze centímetros. Gamameru era um pouco menor do que Gamarito, além de mais gentil que o sapo que usava foices. 

— Haha! Você também cresceu, Gamameru! — Misa disse com divertimento. Fazia algum tempo que não via aquele sapo, por isso sentia-se realmente contente. 

— Eu ainda sou maior, ouviu!? — Gamarito disse com um pouco de raiva e batendo os cabos das foices no chão arenoso.

— Obrigado, Misa-san. E você tá certo, nii-san… você sempre será maior. — Gamameru disse enquanto sua atenção estava na garota em cima de sua cabeça, então deu continuidade. — O que está querendo? —

— Combinar Ninjutsu, usando óleo e fogo. — Misa respondeu e passou a mão direita em cima da cabeça do anfíbio, então deu continuidade. — Não quero depender apenas do Rasengan. —

— Não precisa explicar mais nada. Tô de acordo com tudo o que me disser, Misa-san. — Gamameru disse.

A Yamanaka sentiu-se realmente satisfeita por aquele companheirismo do anfíbio, a facilidade com que aceitava suas ordens. E não demorou para encarar dois vermes da areia que se revelavam, porém um já era morto por Gamarito que usou a foice da mão esquerda e depois usou a da direita para se proteger de uma abocanhada do outro verme. O sapo sorriu com o atrevimento do verme e certamente não precisava de ninguém para ajudá-lo. Enquanto isso, os dois Kage Bunshin disparam de encontro a um verme recém revelado e acertam com socos cuja concentração de chakra era altíssima, assim jogando-o para longe ao mesmo tempo que esmagava alguns órgãos. Gamameru abria a boca e disparava óleo — Gamayudan — que seguia para os outros vermes que começavam a se revelar e também para deixar a areia cheia de óleo, Misa aproveitou o momento que o jato era liberado para disparar fogo — Katon: Endan — e assim as duas técnicas se combinam e o fogo tornou-se mais forte — Katon: Gamayu Endan. "O que você está fazendo, Rin? Porque não voltou ainda?" pensou.

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Rin sentou-se no chão. Estava ofegante e bem machucado e com sangue escorrendo pelo canto esquerdo dos lábios e do olho esquerdo mais ou menos fechado. Estava suado e escorado na parede rochosa enquanto sua atenção era mantida no corpo do Zetsu Branco Monstruoso que era incinerado pelas chamas de seu Ame-no-hohi. Ele sorriu pelo canto dos lábios e suspirou aliviado antes de baixar sua cabeça e seus olhos — Mangekyou Sharingan — voltarem ao tom esverdeado e manter sua concentração no artefato que repousava em sua mão. Ele tinha gasto quase que tudo da reserva secundária de chakra para lidar com aquele adversário, por isso estava tão cansado. Ele devagar se levantou enquanto arrastava suas costas pela rocha e pôs o estranho artefato no bolso e caminhou em direção a saída daquele cômodo estranho.

— Ovos… rainha… Misa. — O rosado sussurrou com extremo cansaço.


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