Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 135
S06Ch12;




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O escritor gentilmente acariciou a cintura de seu parceiro que tinha movido a cabeça ao lado oposto, desta forma deixando o pescoço mais a mostra para aqueles beijos. Os lábios de Shiki carregavam suavidade, era um pouco difícil para Ontake compreender, mas parecia que o escritor queria tomar cuidado por onde o deixaria marcas. Ontake engoliu em seco, mas acabou soltando um risinho no instante em que a língua de Shiki passou de seu ombro até toda extremidade do pescoço, aquilo sem dúvida lhe provocou uma reconfortante sensação. As bochechas do moreno estavam cada vez mais aquecidas. O escritor subia com lentidão suas mãos pelo corpo magro do companheiro, contudo parou ao alcançar o abdômen dele, então parou de beijar o pescoço — deixando eventuais marcas — e alcançou o peito esquerdo de Take e abocanhou de uma vez o mesmo e mordiscou o mamilo e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios quando ouviu um barulho saindo da boca dele que reconheceu quase que imediatamente, por isso soltou-lhe o mamilo e sorriu mais, contudo dessa vez com um diferencial… estava com malícia bem explícita.

— Já ouvi esse barulho antes. — Shiki sussurrou e não se incomodou quando viu o moreno levando as mãos para esconder os mamilos.

— Que barulho? — Take perguntou e manteve sua voz baixa apesar de não haver mais ninguém na casa. Suas bochechas continuavam quentes.

— Esse que fez quando mordi seu mamilo. É o mesmo barulho quando fiz massagem nos seus pés noutro dia. — Shiki respondeu e lambeu os lábios inferiores antes de segurar a mão esquerda do moreno e afastá-la. — Então, porque chegou tão bravo? —

O moreno ficou sem reação. Enquanto isso, Shiki aproveitou para retornar sua boca ao mamilo, mas desta vez passeou com sua língua em torno dele. E o moreno depressa passou suas unhas nas costas — protegidas ainda pelo tecido da camisa — enquanto suas bochechas e orelhas ganhavam mais e mais calor. Ele gostava daquela sensação que o escritor provocava em seu corpo. Ele podia muito bem não contar para o companheiro o motivo pelo qual tinha aparecido alterado, mas… as chances de continuar com aquilo seriam enormes até que obtivesse sua resposta. 

— Me encontrei com Kohi no caminho… — Ontake disse e segurou os ombros do escritor e ofegou, então mordeu os lábios e deu continuidade depois de alguns segundos a mais em silêncio. — ...ela viu as marcas que deixou em meu pescoço, não demorou para deduzir que estamos juntos. E logo perguntou sobre… —

— Sobre? — Shiki perguntou.

— ...se já tínhamos feito sexo. — Ontake respondeu e sentiu-se aliviado no momento que a língua do outro afastou-se de seu mamilo.

— E o que respondeu? — Shiki perguntou, desta vez parecendo terrivelmente curioso, mas também ligeiramente surpreso.

— Que não. Sexo não é assim tão importante num relacionamento. Apesar de você ser desagradável, prefiro muito mais sua companhia e beijos do que… bom… do que aquilo. — Ontake respondeu e aproveitou para sair do colo do escritor e pegar a camisa que estava no chão e vesti-la. 

— Nós dois somos desagradáveis. Não sou o único nessa relação que rebate provocações. — Shiki disse. Ele não parecia incomodado por aquele pensamento de "sexo não ser importante num relacionamento", mas assim mesmo deu continuidade. — Essa escolha de celibato… — Ele sorriu pelo canto dos lábios quando o moreno soltou um risinho pela escolha de palavras. — ...é por causa de tudo que aconteceu? Mesmo me contando o que passou… ainda não se sente à vontade? —

— Ainda não. Então, desculpe… — Ontake respondeu.

O moreno retornou para a mesa e ali pegou a carta que foi enviada de Konohagakure, mas então olhou para trás quando ouviu passos apressados e voltou a gargalhar no momento que que Shiki lhe pegou no colo, mas não o levou para a pia ou para a mesa para que dessem início aos beijos, por isso que o moreno passou suas pernas em torno da cintura dele e depois os braços em torno de seu pescoço enquanto sentia as mãos do escritor em suas costas. O beijo realmente aconteceu e demonstrava certa suavidade e afetuosidade que sentiam um pelo outro. Apesar do beijo que estava acontecendo, o moreno sem esforço algum abriu a carta e encerrou o beijo, sem se incomodar quando o escritor alcançou seu ombro e deixou-lhe uma lembrança… uma mordida… e depois passou a beijá-lo com suavidade no pescoço e parecia ter como objetivo os lábios, mas Ontake estava mais concentrado na leitura do que no afeto.

— Oh merda… — Ontake sussurrou.

— Eu tenho que me sentir ofendido? Ou é o conteúdo dessa carta que está atrapalhando nosso momento? — Shiki perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— O que? Não! Bom, sim… — Ontake disse e olhou em volta, então moveu sua cabeça e indicou a pia que estava mais próxima deles. — ...me deixe ali. —

— Você está me deixando confuso. — Shiki comentou e aproveitou para guiar o moreno para a pia e cruzou os braços quando o mesmo se desgrudou dele. — O que tem nessa carta? —

— Lembra-se da carta que pedi para que enviasse? Então, essa é a resposta. E parece que Rin está em coma por ter enfrentado um inimigo mais forte do que ele. — Ontake respondeu e passou a mão direita por seu cabelo escuro, alisando-o para trás e suspirou. — Eu tenho que… —

— Nós vamos até Konoha. — Shiki disse.

Ontake olhou para o companheiro. E reparou num olhar que pouco conhecia do escritor. Era seriedade, sim, mas havia uma nítida concentração por trás daqueles belos olhos, assim como uma nítida preocupação. Era difícil compreender com exatidão aquele olhar, mas entendível quando se sabia de como era a amizade entre o escritor e o ninja médico. Ontake continuou sentado na pia e segurando a pequena carta em suas mãos, mas sua atenção estava inteiramente no escritor que estalou a língua e parecia carregar um tipo incomum de nervosismo. 

— Vou arrumar nossas coisas. Não sei quanto tempo ficaremos por lá, então vá avisar Shojiki que ficará ausente. Aproveite que Kohi está desocupada e querendo saber da vida dos outros para ocupá-la com o cargo temporário de médica. — Shiki disse. Ele apressou seus passos e seguiu para o corredor que o levaria aos quartos, mas deu continuidade quando percebeu a atenção ainda nele. — Anda! —

— Ah, certo. — Ontake disse. Sua mente se perdeu por um momento, pois não esperava que o escritor fosse assumir tanta preocupação pelo bem estar do rosado, então acabou admirando-o naqueles instantes.

[ ۝ ]

Quarenta minutos depois já estavam saindo de Yattsuhoshi. Shiki e Take lado a lado, mas com Shojiki alguns passos atrás deles, cada um deles com mochilas em suas costas que continham roupas para alguns dias, exceto pelo líder do vilarejo que levava para menos dias que os dois a sua frente, afinal de contas precisava retornar o quanto antes. O escritor olhou para trás, desta maneira encarando o mais velho.

— Porque diabos você veio conosco? — Shiki perguntou e usou o indicador da mão esquerda para apontar tanto para ele quanto para Ontake, então deu continuidade. — Somos amigos dele, por isso vamos vê-lo, mas você… —

— Sou o empregador dele em Yattsuhoshi, então óbvio que estou preocupado com o bem estar dele. — Shojiki respondeu, mas acabou sorrindo e um brilho transpareceu em seus olhos. — Não é comum vê-lo preocupado com outras pessoas, Chishiki. —

— O que você quer dizer com isso? — Shiki perguntou e seu olhar tornou-se mais sério ao mesmo tempo que fez um beicinho.

— Que você não presta. Seu coração é tão frio quanto o gelo. Você é desprezível demais para se preocupar com os outros. Acredito que nem humano seja. — Ontake respondeu e cruzou os braços e balançou a cabeça de cima a baixo a cada declaração.

— O que!? — Shiki disse.

E o escritor avançou suas mãos, levando-as para as bochechas do moreno e apertando-as, além de obviamente puxá-las. Era bem óbvio que não tinha gostado daquela resposta e daquela forma tentaria fazer com que a opinião do moreno mudasse, mas também era bem óbvio que Ontake não deixaria aquilo barato, por isso que ele levou a palma da mão para o queixo do escritor e empurrou, desta forma levantando e inclinando a cabeça dele para trás. Shojiki sorriu com o que os dois faziam, mas não os atrapalhou enquanto caminhavam, afinal sabia — por Kohi — que estavam num relacionamento, na realidade o mesmo prestou um pouco de atenção numa figura encapuzada que fazia o caminho contrário deles na estrada. O líder de Yattsuhoshi não identificou a pessoa por causa do capuz que escondia o rosto, nem se era homem ou mulher por causa das vestes, mas por um momento enxergou mechas azuis, além disso a figura carregava um longo bastão em sua mão esquerda. Shojiki acenou em comprimento para a estranha figura que o correspondeu não muito depois de passarem um ao lado do outro.

— Está tudo bem em deixar Yattsuhoshi por alguns dias? — Ontake perguntou com um pouco de dificuldade, afinal suas bochechas eram apertadas e puxadas.

— Taikutsu estará no comando por alguns dias. — Shojiki respondeu e cruzou os braços.

— Novamente, está tudo bem em deixar Yattsuhoshi com Taikutsu? — Shiki perguntou e levantou uma das sobrancelhas, seu rosto bem inclinado para trás. 

— Está, sim. — Shojiki respondeu e não conteve um sorriso, mas não demorou em continuar assim que percebeu que os dois pararam o que estavam fazendo um com o outro. — E vocês. Que bom que o relacionamento não mudou. —

— Como o senhor… — Shiki não concluiu seu comentário. Ele parecia bem surpreso quando prestava atenção no líder do vilarejo.

— Kohi. Era a única que sabia. — Take se adiantou.

— Ela me encontrou uns minutos antes de você e deixou escapar, ou me contou de propósito, não sei. — Shojiki respondeu e mirou seus olhos no escritor que parecia resmungar ofensas para a cigana. — Enfim… cuide dele, Chishiki. Já conheci pessoas idênticas a Ontake, por isso meu conselho é: ame-o tanto quanto ele te ama. —

— Eu não preciso de conselhos de um velho solteirão… — Shiki disse e olhou com seriedade para Shojiki, mas então olhou para Ontake que parecia assimilar o pedido do mais velho, e depois olhou para frente. — ...mas vou cuidar. — O escritor sussurrou inaudível.

[ ۝ ]

A viagem até Konohagakure demorou. Em grande parte andavam, mas em determinados momentos de propuseram a correr por alguns quilômetros, então parar e descansar por alguns minutos, desta forma seguiram um bom ritmo. Quando passaram por aqueles enormes portais avermelhados o sol já estava se pondo atrás do Monumento do Hokage, então dois deles — Shiki e Shojiki — confiaram em Ontake para que chegassem ao hospital… o que demorou um pouco, afinal aquele lugar foi pouquíssimo frequentado pelo moreno, então teve de recorrer à própria sorte e as dicas de eventuais pessoas, mas pouco depois de vinte minutos eles chegaram ao hospital e já se adiantaram para dentro e assim Ontake foi até a recepção em busca de informações sobre onde estava o rosado.

— Ah, sim. Ele está na UTI… — Disse a recepcionista que olhava para um caderno e depois para outro a respeito de visitantes e vendo dois nomes ali escritos, mas não dando interesse para aquilo. — ...no quarto 03. —

— Obrigado. — Ontake disse.

E não demorou mesmo. Os três escreveram seus nomes no caderno de visitantes e seguiram hospital adentro, subindo por escadas e andando por longos corredores e virando inúmeras vezes. Ontake foi o primeiro a parar no momento que reconheceu Shiawase saindo de um quarto e segurando uma prancheta, por isso caminhou até ela com os outros dois em seu encalço. Shojiki foi o único a reparar no olhar pesaroso da até então desconhecida, de como não havia brilho em seus olhos.

— Shiawase-san! — Ontake disse e a abraçou, afinal fazia algum tempo que não via a mulher. 

— O que. Ontake! — Shiawase disse e olhou para o moreno que a abraçava e depois para aqueles que acompanhavam-no e que pareciam curiosos com o abraço do moreno na mulher de cabelos róseos claros. — Quem são esses dois? —

— Ah, verdade! — Ontake disse e desfez imediatamente o abraço e apontou primeiro para Chishiki e depois agora Shojiki. — Esses são Shiki e Shojiki, ambos vêm de Yattsuhoshi, soubemos do que aconteceu com Rin. —

— Sinto muitíssimo. — Shojiki disse. 

— Ele está bem? — Shiki perguntou e cruzou os braços.

— Ah, obrigada. Já estou me acostumando com esse tipo de incidente… — Shiawase disse enquanto olhava cuidadosamente para Shojiki, depois retornou sua atenção para o escritor. — Está na mesma. Querem ir vê-lo? —

— Estávamos indo pra lá. — Ontake disse e Shiki pareceu concordar com o moreno.

— Ninguém deveria se acostumar com essas coisas. — Shojiki disse e balançou a cabeça de um lado a outro.

— Não mesmo, né? — Shiawase disse e suavizou um sorriso para o líder de Yattsuhoshi, então prestou atenção em Ontake. — Misa deve estar com ele. Ela sempre está naquele quarto nas horas disponíveis. E ficará contente com visitantes. —

Ontake olhou para Shiki e segurou-lhe a mão direita, assim voltou a puxá-lo e olharam de relance para Shojiki que parecia ter ficado para trás e falando alguma coisa para Shiawase que acenava em confirmação a alguma coisa, Ontake e Shiki voltam a se olhar e agitam os ombros e continuam o trajeto até chegarem a UTI e apressadamente seguem ao quarto que foi dito pela recepcionista e abrem a porta e acessam o cômodo sob o olhar atento de cinco pessoas: Hyuga Tsuyu e Doro, Musashi, Fushin e Yamanaka Misa. Ontake percebeu alguns enfeites… bilhetes de melhoras… espalhados em cantos visíveis e com um belo vaso com água e jasmins perto da janela, além disso havia uma cama com o rosado adormecido e uma poltrona em que Doro usava para se sentar, afinal precisava daquilo depois da rápida viagem que fizeram até o Trem Relâmpago mais próximo de Amegakure e depois... bom… pernadas e um uso moderado do Hiraishin no Jutsu. 

— Ontake! — Misa disse e apressou-se para abraçá-lo.

— Você é o membro da Rokujūshi que escolheu acompanhar o Rin, estou certo? — Tsuyu perguntou com a mão no bolso da jaqueta azul.

— Sim. Estava treinando as mesmas coisas que Doro. — Fushin disse e usou o polegar esquerdo para apontar a kunoichi sentada na poltrona. 

— Oi, Misa. — Ontake disse ao mesmo tempo que correspondia ao abraço da Yamanaka, então deu continuidade. — Quisemos vê-lo mesmo com o que disse na carta. Ah, esse é… — Ontake começou a dizer depois de afastar-se do abraço e apontar para Shiki.

— Chishiki, eu sei. Já tive que pedir desculpas para ele por causa de um coice que meu noivo idiota deu nele. — Misa disse e olhou para Chishiki que cruzou os braços. — Como vai? —

— Ótimo. — Shiki disse. Ele olhou em volta e reparou nas pessoas que ainda não conhecia, mas não fez questão de se apresentar. 

— Rin já deu um coice nele? — Ontake perguntou com certa curiosidade. Ele olhou para o escritor e depois para a Yamanaka que confirmou com um aceno, por isso deu continuidade. — Ele tem que me mostrar como. Assim, quem sabe, posso controlá-lo um pouco. —

— Concordo. — Doro sussurrou.

— Eu ouvi. — Tsuyu disse e semicerrou seus olhos ao dirigi-los para a noiva sentada.

— Tente me dar um coice. E juro que dorme fora de casa por algumas noites. — Shiki disse, então curvou-se e manteve seu rosto espero do moreno antes de dar continuidade. — Um único chute e te amarro numa árvore. —

Misa prestou atenção no comportamento dos recém chegados. Os dois começaram uma quase silenciosa discussão a base de provocações, então olhou para Doro e Tsuyu que prestaram atenção naquilo por um momento, mas se olharam e acabaram sorrindo, então a Yamanaka prestou atenção em Fushin que brincava com as pétalas das flores nos vasos usando "bem me quer e mal me quer" e Musashi… afastado e prestando atenção na porta. A Yamanaka percebeu que seu noivo possuía boas — e estranhas amizades — e acabou sorrindo enquanto se aproximava de Doro e ignora as provocações de Ontake e Shiki.

— Já sabem o gênero? — Misa perguntou e levou sua mão direita para a barriga da kunoichi, mas com bastante cuidado.

— Uma menina. Um médico de Amegakure contou que é previsto para Abril… — Tsuyu respondeu e levou sua mão para o cabelo e o coçou. Ele parecia um pouco...

— ...está desconfortável com a situação. — Doro disse assim que percebeu a atenção curiosa de Misa no Hyuga, então deu continuidade quando a atenção da Yamanaka retornou para ela. — Eu chamaria de estar com medo. Nós dois crescemos sem presença paterna e materna, mas tenho certeza que daremos o nosso melhor. —

— Como assim? — Misa perguntou.

— Minha mãe morreu muito cedo, meu pai ainda durou, mas um inimigo que tive o prazer de eliminar com esse idiota… — Tsuyu apontou para o rosado que estava na única cama do cômodo. — ...o matou quando eu ainda era criança. E Doro... os pais dela morreram no maldito deserto, então não temos grandes exemplos a serem seguidos. —

— Que inimigo? — Shiki perguntou. Ele parava de fazer ofensas para Ontake e seu interesse crescia naquela conversa. 

— Chinoike Ashram. — Tsuyu respondeu. E não precisou olhar para Musashi ou Fushin para saber como não gostaram da menção daquele nome. Ele deu continuidade. — Ele causou terror demais em Amegakure por anos, duas décadas para falar a verdade, quem sabe um pouco menos, mas é certo as desgraças que fez. Ele… —

— Agora não é o momento de falar sobre ele, querido. — Doro disse e olhou para o Hyuga com um pouco de seriedade, então prestou atenção em Shiki. — Porque o interesse? —

— Porque não teria interesse numa aventura ou drama? Sou um escritor, por isso gostaria de contar sobre esse acontecimento. — Shiki respondeu e avaliou cuidadosamente a kunoichi que usava a poltrona.

— Shiki… — Ontake sussurrou o nome do parceiro quando percebeu o silêncio dele, assim imaginando que ele diria algo errado.

— O que foi? — Doro perguntou.

— Como o conheceu? — Shiki perguntou e usou o braço direito para apontar ao rosado na cama. — Como conheceu esse insuportável? —

— Gostei dele… — Musashi e Tsuyu dizem em uníssono.

Misa e Fushin olham com reprovação para os dois que optam sabiamente por calarem suas bocas. Ontake se aproximou da poltrona que Doro estava e ajoelhou-se ao lado dela e passou cuidadosamente a mão pela barriga dela enquanto a mesma passava alguns minutos explicando para o escritor como conheceu Rin — todo o incidente do deserto e depois a ida para Amegakure e a prévia separação num quase sequestro.

— Ele me contou que estará se reunindo com o Kazekage. — Misa disse.

— O que? Sério? Que estranho… ele não me contou mesmo sendo vice-líder da Rokujūshi. — Doro disse.

— Disse que é porque está grávida e não queria incomodá-la desta vez, mas aparentemente haverá uma reunião com o Daimyo do País dos Vales e que sua presença será necessária. — Misa disse.

— País dos Vales? — Algumas (muitas) vozes em uníssono.

— Daimyo? — Tsuyu perguntou.

— Reunião? — Doro perguntou.

— Ugh… calem suas bocas. — 

A atenção de todos mudou. Se alterou da Yamanaka que parecia disposta a explicar tudo o que descobrira do rosado, para o rosado que estava na cama, afinal cada um deles conhecia bem a voz do mesmo, assim não tinha como errar. E estavam certos em prestarem atenção nele. O rosado separava os lábios para pronunciar aquelas quatro palavras, mas lentamente abria seus olhos ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas como se tivesse acordado de um cochilo, não de um coma de dias, pouco a pouco seus olhos foram abertos e piscaram algumas vezes para acostumarem-se ao ambiente. Ninguém ousou pronunciar-se enquanto o rosado usava seu cotovelo para sustentar inicialmente seu peso e depois a mão direita para se sentar na cama e assim moveu a cabeça e reparou em cada um que estava devidamente surpreso, mas poderá perceber que a Yamanaka era a mais contente em vê-lo acordado.

— Obrigado por calarem suas bocas. — Rin disse.


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