Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 133
S06Ch10;




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Dois dias depois. Não passavam das sete da manhã. E não estava tão frio quanto nos dias anteriores. Misa lentamente foi ganhando consciência, mas não era por causa da luz externa que invadia a janela de seu quarto, não… bom, não desde que colocava cortinas espessas para prolongar um pouco mais o sono. Ela acordou porque estava habituada com aquele horário. Ela nada mais do que estava usando uma camisola vermelha com listras suaves amareladas enquanto abraçava um travesseiro. A garota enfim se sentou na cama e não se incomodou pelo cabelo bagunçado. Ela saiu da cama e seguiu para a porta do quarto, desta forma abrindo-a e olhando para o pequeno corredor de casa e reparando que duas outras portas estavam abertas, ou seja, os ocupantes não estavam mais nos quartos, por isso aproveitou para sair também e seguir ao lado esquerdo e atravessando o corredor em pouquíssimo tempo, assim chegando à sala de estar e olhando primeiramente um dos sofás. E lá estava seu irmão poucos anos mais novo — e que a três dias completou dezesseis anos — bem acomodado numa das poltronas, mas não estava fazendo nada demais. Miura simplesmente estava sentado, seu corpo ligeiramente curvado e seus olhos amarelos — que não possuíam mais aquela gama de ódio e seriedade, não possuíam nada além de amargura, quem sabe houvesse ainda uma fagulha de seu antigo espírito quebrado — concentrados no chão enquanto estava de braços cruzados e as mãos foram mantidas nos cotovelos. Ela percebeu quando o mesmo moveu sua cabeça e assim seus olhos se encontram por meros segundos.

— Dia, Miura-nii-chan. — Misa disse. Sua voz era calma e gentil. Ela levantou o braço direito e acenou para o irmão. — Tudo bem? —

— Ouvi barulhos de ossos sendo repartidos em vários pedaços, de… madeira sendo retirada do assoalho… — Miura respondeu. Tanto a voz quanto o olhar carregavam um medo incapaz de ser medido. 

— Ouviu? — Misa perguntou. Ela se aproximou mais do irmão e passou os braços em volta da cabeça dele e assim o puxou para um abraço. — Está tudo bem, Onii-chan. Nada de ruim acontecerá. —

Miura estava sentado ainda, contudo Misa estava a sua frente. A garota mantinha a cabeça do irmão em sua barriga e gentilmente acariciava-lhe a nuca. Suas últimas palavras eram bem calmas e ela sorriu pelo canto dos lábios quando o irmão passou os braços em torno de sua cintura, desta maneira correspondendo o abraço. Qualquer um da família sabia que o garoto não tinha escutado nada, mas com certeza teria sonhado com aquilo e acreditado que fazia parte da realidade. Misa sentia as mãos trêmulas do irmão em sua cintura, por isso aquele sorriso pelo canto de seus lábios acabou se perdendo.

— Vamos para a clínica, Miura-nii-chan, tudo bem? Aproveito para visitar o Rin, então depois posso ir para a Academia. — Misa disse.

— Tá… — Miura sussurrou.

— Então, verei se o café já está pronto, se estiver já vou chamá-lo, Mi-nii-chan. Podemos beber e comer e depois saímos, o que me diz? — Misa perguntou. Ela acaba desfazendo o abraço e ajoelhando-se e beijando com suavidade a testa do irmão.

— Pode ser… — Miura sussurrou.

Misa continuou olhando para o irmão por alguns segundos, mas então aproveitou para tomar distância e viu quando o mesmo tornou a cruzar os braços e suspirar pesadamente. Ela afastou-se, desta vez seguindo para a cozinha e não demorou a chegar no cômodo — afinal era dividido por uma parede — e olhou para a mãe que estava escorada na pia e parecia ter interrompido alguma conversa com o marido que estava ocupando um assento da mesa e tinha um jornal em mãos, mas a atenção de desviou da esposa para a recém chegada filha que cruzou os braços. Diferente de Miura, sua mãe não sofreu danos psicológicos, nem mesmo precisou frequentar a clínica, apenas recebeu o tratamento do Chikatsu Saisei no Jutsu, mas perderá um pouco da visão do olho direito como sequela de traumatismo craniano.

— Bom dia. — Usugurai disse.

— O que estavam conversando? — Misa sussurrou.

— Nada demais. — Usugurai disse.

— Miura está acordando de madrugada. E parece que desenvolveu sonambulismo. Estava dizendo para ele que o vi ao lado da nossa cama e parecia olhar para o teto e sussurrar "me mate". — Kaisō respondeu e não se incomodou pelo estranho olhar de reprovação do marido.

— Você não sabe se ele estava realmente dormindo. — Usugurai disse.

— Não? Perguntei inocentemente se ele saiu da cama no meio da madrugada, então me disse que não, mas que sonhou ter ido ao nosso quarto. — Kaisō disse.

Misa imaginou que aquela conversa poderia levar a lugar nenhum. Ela apenas ocupou um dos assentos e pôs o cotovelo esquerdo na mesa e apoiou o rosto com o punho, então olhou para sua mãe e depois ao pai, parecendo que ambos iriam entrar numa discussão. Ela batucava os dedos da mão direita na mesa e sorriu quando adquiriu a atenção do pai.

— Quer parar? Isso é um verdadeiro incômodo. — Usugurai disse.

— Você está bem irritadinho hoje, papai. Será que o nervosismo do Miura não está sendo transferido para você? — Misa perguntou, mas então voltou sua atenção para a mãe no momento que ela soltou uma gargalhada. — Eu acredito na mamãe. —

— Obrigada. — Kaisō disse.

— Tá, acreditem no que quiserem… — Usugurai disse. Ele olhou para o jornal, mas voltou a atenção para a filha e rosnou. — Os dedos, Misa. —

— Vou levar o Miura na clínica hoje. Aproveito para visitar o Rin. E depois sigo para a Academia. Então, preciso que alguém vá buscá-lo. E como mamãe ainda está de licença… — Misa disse e sorriu com malícia para o pai que já estava irritado por causa das batucadas. — Pode buscá-lo às 11h? —

— Se isso fizer com que pare essas batucadas, posso até fazer o tratamento na clínica. — Usugurai disse e, além disso, semicerrou suas sobrancelhas, então deu continuidade. — Você está com um péssimo comportamento esses dias. —

— Impressão a sua. — Misa disse. E suas bochechas ganharam uma coloração avermelhada e um pouco de calor.

A garota olhou de relance para a mãe. E aparentemente Kaisō entendeu o olhar, pois logo acenou com discrição e apontou para a geladeira. Lá provavelmente a garota encontraria alguns potes de sorvete e barras de chocolate. Misa retornou seu olhar ao pai e parou de batucar na mesa e usando as pontas dos dedos. E não demorou mais do que dois minutos para que Miura aparecesse na entrada da cozinha e resolvesse ocupar um assento. Kaisō terminou de pôr as coisas do café da manhã na mesa e ocupou um assento. A única que faltava era Miya, mas a filha mais nova costumava acordar apenas mais tarde e por vontade própria — e ainda parecia cansada. 

— Alguma novidade? — Usugurai quebrou um silêncio que durava alguns segundos. Sua pergunta foi dirigida para a filha mais velha que terminava de pôr café numa xícara. 

— Nenhuma melhora. Quero dizer, seu coração está saudável como nunca, o que é uma boa notícia, afinal alguma coisa deveria acontecer já que perdeu tanto sangue. — Misa respondeu. Ela sabia sobre o que, ou quem, seu pai demonstrava curiosidade. E ela deu continuidade assim que bebeu um pouco de café. — Mas também não teve pioras. —

— Está passando na Flores Yamanaka a caminho do hospital, não está? — Kaisō perguntou enquanto passava alguma coisa numa fatia de pão.

— Está comprando Jasmim para ele. — Miura sussurrou. Ele olhava para a xícara de café que estava em sua frente e quase intacta, mas subiu um pouco a cabeça e reparou que três pares de olhos estavam nele, então baixou novamente a cabeça. — O cheiro lá dentro é ótimo. Eu gosto das… como é o nome daquela que a Ino me mostrou? —

— Lírio. Ele gostou dos lírios brancos. — Misa disse.

— Isso é ótimo. — Kaisō disse. 

— Hm… — Miura murmurou. Ele saiu de sua cadeira e engoliu em seco antes de olhar para a irmã que também o olhava, assim como os pais. — ...já terminei. Podemos ir? —

— Você nem tomou café direito. — Misa disse.

E era verdade. Miura recentemente alimentava-se com tão pouco, mas não sentia-se afetado por aquilo ainda. A garota suspirou quando percebeu que ele optou pelo silêncio, por isso terminou de beber o café e roubou o pão que estava no prato de sua mãe e o abocanhou e aproveitou para se levantar também enquanto ouvia ela resmungar.

— Eu só preciso de alguns minutos para tomar banho e trocar de roupa. — Misa disse.

— Tudo bem… — Miura disse.

[ ۝ ]

Quarenta minutos depois, os dois já estavam nos corredores do hospital. Misa usava uma camiseta branca e uma calça azul com as sandálias abertas nos dedos, além de seu cabelo manter-se preso por um rabo de cavalo. Ela caminhava em companhia de Miura que usava camisa e bermuda preta e um chinelo e aparentemente não carregava qualquer tipo de arma, além da cabeça do mais jovem manter-se abaixada constantemente. Misa carregava em sua mão direita seis jasmim que comprou a menos de quinze minutos. Ela olhou de relance para o irmão que andava a poucos passos atrás dela, então voltou a olhar para frente e usou a mão esquerda para acenar em cumprimento no momento que reconheceu um rosto a alguns metros. Era Shiawase que estava sozinha e com olheiras profundas em volta dos olhos, além disso seu cabelo não tinha mais toda aquela beleza, mas sem dúvida era por falta de cuidado, sem contar que suas roupas pareciam amarrotadas. Em sua mão direita carregava algumas cartas.

— Ah, Misa, Miura. — Shiawase disse e usou a mão esquerda para coçar seus olhos cansados. — Como estão? Ah, desculpe… que pergunta boba, não? —

— Estamos bem, Shiawase-san. — Misa respondeu e olhou para o irmão que levantou um pouco a cabeça para prestar atenção na mais velha. — Estou levando Miura para a clínica. E depois vou visitar o Rin. —

— Ah, certo, certo… — Shiawase disse. Ela olhou para Miura e suspirou pesadamente. — ...o que está achando do tratamento, Miura? Está se sentindo melhor? —

Miura não respondeu. Misa ficou em silêncio também. Ela não gostava de como o irmão estava se sentindo. Vê-lo daquela forma era péssimo. Parecia que seu espírito indomável não foi apenas domado, mas também humilhado e destruído em fragmentos e depois mais estilhaçado ainda. A arrogância e outros maus hábitos foram trocados pelo silêncio, por aquele olhar baixo e zero confiança… Miura até parecia outra pessoa.

— De qualquer forma… — Shiawase quebrou o silêncio ao perceber que não teria sua resposta. Ela entendeu o braço direito e mostrou as duas cartas que segurava em sua mão. — ...chegaram essas cartas ontem à noite para ele. Achei que você gostaria de abrir já que… bom, é noiva dele. —

— Cartas? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas. Ela pegou as duas cartas e reparou nos remetentes. — Amegakure e Yattsuhoshi? —

— Eu tenho que ir. Tem um paciente precisando de mim. Depois me diga o que há nelas, Misa-chan. — Shiawase disse.

Misa olhou para a médica que passava ao seu lado e virava o lado direito num corredor, então a Yamanaka olhou para as duas cartas e sentiu-se ligeiramente curiosa com o conteúdo dentro delas, mas decididamente não abriu ali. Ela primeiramente levou Miura para a Clínica Infantil de Assistência Médica Mental como costumava fazer quase diariamente — dia sim e dia não — e depois de entregá-lo para Sakura se dirigiu para o quarto em que o noivo encontrava-se. Rin estava do mesmo jeito de antes e não havia um único aparelho ligado para fazê-lo respirar, mas por precaução havia um ao lado da cama caso fosse necessário, o que tinha conectado nele era um para mostrar o funcionamento do coração e a pressão. Ela caminhou para perto da janela do quarto e a deixou aberta para a claridade invadir o cômodo, então olhou para um jarro bonito com água e várias jasmim dentro e tirou algumas que já perdiam suas pétalas e substituiu por aquelas que comprou no dia, então caminhou para o lado direito da cama e sentou na poltrona que havia ali para ela.

— Bom dia, querido. — Misa disse. Ela levou sua mão direita para a mão do noivo e a segurou com gentileza, então deu continuidade. — Amegakure e Yattsuhoshi mandaram cartas. Só tava esperando chegar aqui para que lesse em sua companhia… — A Yamanaka disse com um ligeiro ânimo e pegou a carta que vinha de Amegakure e então leu em voz alta. — "Olá, Rakun. Só estou mandando essa carta para dizer que estou com saudades. E Tsuyu sente o mesmo. Mande notícias, está bem?" ...só conheço uma pessoa, fora seus pais, que te chama de Rakun, não preciso nem procurar o nome para saber que é de Doro essa carta, né? — Misa disse e sorriu pelo canto dos lábios. — Eu vou respondê-la mais tarde, não se preocupe. E agora essa carta de Yattsuhoshi… — Misa disse e pegou a outra carta e aproveitou para abri-la e novamente leu em voz alta. — "Olá, prezado Rin. Como você está? Espero receber boas notícias do que anda fazendo por aí, meu amigo. Na sua ausência, me tornei o médico de Yattsuhoshi. E estou ajudando as pessoas diariamente, mas os casos médicos não possuem tanta gravidade assim. São coisas bem simples. O povo desse vilarejo é muito gentil e adoram uma festividade. Aliás, soube que dentro de alguns dias haverá um pequeno festival, por isso deixo de antemão que você está convidado. Gostaria de avisar que a construção de sua casa está num ritmo acima da média, meu amigo. Os construtores desse vilarejo se empolgaram com a notícia de que estará de mudança quando ela for terminada, mas não conheço a veracidade da informação, por isso apenas queria deixá-lo avisado. Estou ansioso para seu retorno. Mande notícias." — A Yamanaka sorriu mais um pouco com o conteúdo daquela carta, então continuou assim que olhou o rosado. — Não sei o que aconteceu com Ontake, mas ele sabe ser formal numa carta. E pela data dessa carta… imagino que esse festival já tenha ocorrido, o que é uma pena, mas podemos comparecer no ano que vem, não é mesmo? E nossa casa está quase pronta, amor… eu vou respondê-lo mais tarde também, não precisa se preocupar. —

A Yamanaka mordeu seus lábios ao fim do comentário. E curvou o máximo que podia seu corpo, assim aconchegando sua cabeça no antebraço do noivo e segurando com um pouco mais de força a mão dele. Os olhos dela estavam marejados e não escondiam a tristeza que a mesma sentia, mas de alguma forma ela tentava se manter firme.

— Você tem que acordar… eu sei que vai acordar… não vamos jogar tantos planos fora, não é? — Misa sussurrou. 

[ ۝ ]

Rin estava fundo em seu subconsciente. Suas pernas estavam cruzadas e sua mão — única mão — na barriga enquanto o corpo mantinha-se curvado. E ele gargalhava animadamente ao ouvir a história que Shukaku lhe contava sobre… bom, sobre tudo.

— Shukaku-sama, sem dúvida era malvado. — Rin disse ao passar a mão direita pelo canto do olho esquerdo para secar uma lágrima que iria escorrer a qualquer momento. — Não deixava o Kazekage dormir? Sejamos francos… eu teria enlouquecido nos primeiros meses, mas Gaara-sama resistiu por bastante tempo. —

— Nunca permiti que os meus Jinchuuriki dormissem. — Shukaku disse. Ele teve uma vaga lembrança de um monge que resistiu até o último suspiro. — Gaara não resistiu por tanto tempo assim. De vez em quando usava o meu poder. Bem diferente de você que só serve para me invocar. —

— Vamos admitir que invocá-lo é bem melhor do que ter de usar o seu poder. — Rin disse e sorriu maliciosamente para a Besta de Cauda enquanto seu cotovelo descansava na perna e o punho fechado era mantido no queixo. — Mas continue a história, por favor. Você estava me contando sobre o Exame Chunin que foi interrompido por causa de Orochimaru-sama, não é mesmo? Foi nesse que o Terceiro Hokage foi morto, estou certo? — 

— Não tenho certeza. Gaara estava longe, por isso não tenho como saber, mas acredito que sim, garoto. — Shukaku disse, então usou sua mão enorme de areia para coçar a barriga, mas logo continuou. — Vamos ver… lembrei a parte em que parei a história… e do nada o sapo se transformou na raposa idiota… —

O garoto novamente gargalhou, porém jogou seu corpo para trás, deitando-se e mantendo a mão direita na barriga enquanto se divertia com aquela história e a rivalidade que a Besta de uma Cauda tinha com a de Nove Caudas.

[ ۝ ]

E novamente algumas horas se passam. A Yamanaka estava em sua sala de aula, olhando para as duas cartas que tinha lido antes. Seus alunos estavam concentrados em responderem uma pergunta que havia nas suas mesas — O que fariam, com quem gostariam de estar, se a lua caísse hoje — e a maioria pensava bastante na resposta. Misa aproveitou o quase silêncio de sua aula, afinal podia ouvir risadinhas e sussurros, e aproveitou para responder a carta que vinha de Amegakure.

"Oi, Doro. Aqui é a Misa, espero que esteja tudo bem com vocês. Rin me contou que está grávida, meus parabéns. Então, Rin está em coma, mas não quero que se preocupe com ele, pois tenho certeza de que logo melhora. Ele acabou enfrentando um inimigo muito perigoso, então levou a pior, mas está vivo. E estou cuidando dele."

E dobrou o papel. A caminho de casa passaria no correio para enviar aquela carta, afinal as aves mensageiras de Konoha eram muito rápidas, afinal de contas eram falcões peregrinos, por isso não demoraria tanto para que as duas cartas chegassem. Ela logo começou a escrever a segunda.

"Oi, Ontake. Aqui é a Misa, espero que esteja tudo bem com você. Olha só, as novidades que deu na carta foram ótimas mesmo. Meus parabéns por ter se tornado médico de Yattsuhoshi, além disso fico contente em saber a respeito da casa. Então… Rin em coma, mas não tem problema algum, está só dormindo e não precisa de aparelhos, não precisa se preocupar. Ele lidou com um inimigo muito mais forte do que ele. Eu estou cuidando dele. E tenho certeza de que acordara o quanto antes. É uma pena não termos comparecido nesse festival, mas ano que vem estaremos aí, por isso participaremos."

E dobrou a carta como fez com a anterior. Ela prestou atenção nos estudantes que agiam com descontração enquanto pensavam no que escrever naquele único papel que seria a tarefa do dia. Ela tossiu, desta forma chamando a atenção de muitos, então levantando-se e andando para a frente da mesa e sentando-se nela e cruzando os braços abaixo dos seios.

— A resposta é mais simples do que imaginam. Pensem nas pessoas que são muito importantes para vocês. Por exemplo, seus pais ou algum amigo, quem sabe até mesmo um admirador. — Misa disse e sorriu pelo canto dos lábios quando ouviu inúmeras risadas por conta do último exemplo, mas assim mesmo deu continuidade ao pensar em outra coisa. — Em vez disso… o que acham de fazerem cartões de melhoras? —

— Quem está doente? — Ichigo perguntou. E até mesmo olhou para a turma e verificou que estava todo mundo ali.

— Ninguém está doente. Vocês gostam do Rin, não gostam? — Misa perguntou e sentiu-se satisfeita quando muitas crianças balançaram a cabeça em afirmação, então deu continuidade. — Ele está no hospital. E aposto que quando se recuperar do que tem… gostará de saber que minha turma se lembrou dele. —

— O que ele tem? — Ichigo voltou a perguntar. Era nítida a preocupação da pequena Uzumaki, afinal a mesma tinha gostado da presença do rosado.

— Hm... Ele está dormindo e ninguém consegue acordá-lo, e olha que já dei muitos tapas na cara dele, mas nem isso adianta. — Misa respondeu. Ela sabia que devia omitir um pouco as informações. E deu continuidade assim que alargou um sorriso. — Todos os bilhetes serão enviados por mim, então coloquem seus nomes. —

A turma da Yamanaka deixou o trabalho principal de lado, assim todo mundo se concentrou em escrever bilhetes de melhoras para o rosado, mas também em certo momento pegaram uma grande cartolina e escreveram "melhoras, Rin-Sensei" e colocaram seus respectivos nomes junto a inúmeros desenhos. Misa enfeitou o quarto hospitalar do rosado no fim daquele dia e aproveitou para enviar as duas cartas que escreveu para Amegakure e Yattsuhoshi.


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