Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 119
S05Ch25;




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Miura olhou para a adaga em sua mão. Ou melhor, olhou para a lâmina e moveu-a um pouco, o suficiente para ter a chance de ver seu reflexo na pequena lâmina, então voltou sua atenção para Kaisō que assumiu uma posição de combate. O maior problema naquele momento para a ANBU era a sua proficiência elemental, Suiton, então em falta de uma fonte de água nada seria capaz de fazer, por isso a melhor opção era enfrentá-lo com os punhos. Miura disparou de encontro a sua mãe ao mesmo tempo que segurava a adaga na mão esquerda. Kaisō ficou em silêncio e assumiu uma expressão mais séria quando viu que o garoto saltou assim que alcançou uma boa proximidade consigo, assim como reparou nos giros que o mesmo executou e tentou acertá-la com um chute vindo de cima para baixo. Não havia dúvida que o primeiro ataque teria a intenção de deixá-la desnorteada e assim criar uma abertura para um ataque com a adaga na mão dele. Contudo, Kaisō pensou rápido e levou os antebraços para cima da cabeça — o direito em cima do esquerdo em formato de cruz — e assim recebeu o primeiro ataque de Miura. O garoto não pareceu contente em ter fracassado naquele primeiro ataque, muito menos contente quando a mão direita da ANBU segurou seu calcanhar meio segundo depois do impacto mal sucedido. O olhar de Kaisō era da mais pura seriedade e frieza, então girou e acabou por fazer a mesma coisa com Miura, porém este de maneira involuntária. A Yamanaka mais velha não se demorou com os rodopios, pois firmou seu pé esquerdo no chão e o usou como freio, mas sua mão direita se soltou do calcanhar do filho, desta maneira jogando-o violentamente para dentro da floresta que cercava a pequena cabana, Kaisō semicerrou suas sobrancelhas no instante que ouviu o corpo de Miura se chocando com o tronco de uma árvore e o balançar foi suficiente para afugentar algumas aves. Kaisō olhou para Misa que estava a uma distância considerável, mas que para sua sorte não havia se intrometido no confronto.

— Vou cuidar de Miura. Dar um jeito nas ideias desse garoto. Você… — Kaisō olhou na direção do assassino que continuava na entrada da cabana e fechou as mãos em punho. — ...não quero vacilos, Misa. —

— Fique tranquila. — Misa disse.

Misa sabia que não devia exagerar em sua confiança, pois acabaria cometendo um erro, mas já havia experimentado um confronto com o assassino, desde então melhorou significativamente. "Primeira lição; Taijutsu" pensou e de uma vez foi ao encontro do seu adversário que depressa passou a língua nos lábios inferiores ao ver a garota encurtando a distância. O próprio assassino correu ao encontro da garota e concentrou seus olhos azuis no punho direito dela quando a mesma tentou acerta-lo, porém ele acabou levando o braço esquerdo para frente e assim criando uma rápida defesa. Os dois não pararam de correr e aquilo seria o primeiro contato entre seus corpos. A Yamanaka sorriu pelo canto dos lábios e abriu seu punho, desta maneira sua mão se agarrou ao braço esquerdo dele no último segundo. Ela sorriu pelo canto dos lábios ao reparar que havia o deixado surpreso com o movimento, mas a Yamanaka ainda não tinha encerrado, por isso levou sua mão esquerda, aberta em palma, de encontro ao rosto do assassino — Semelhante ao Palma Gentil do clã Hyuga. E conseguiu acertá-lo com aquele tapa na cara ao mesmo tempo que recuou com sua mão do braço dele. O corpo do assassino recuou um passo, além de obviamente a parte superior e mais ainda seu rosto terem se inclinado para trás, a palma da Yamanaka bem marcada em todo seu rosto. Ele rangeu os dentes e tentou olhar para onde a garota estava quando o estapeou, mas Misa já tinha se adiantado naquele curto espaço de tempo. 

Ela levou seu punho direito para o lado esquerdo do rosto do assassino, acertando-o e fazendo com que ele movesse o rosto para o outro lado, além de obviamente ter se afastado um pouco depois do impacto com seu rosto. O olhar de Misa deixava evidente o quão concentrada estava no confronto, o quão dentro do confronto sua mente e corpo estavam. Ela voltou a se aproximar do assassino que já havia se prontificado e fechado o punho direito para acertá-la, mas também parecia pensar em algum plano para caso a Yamanaka repetisse o golpe anterior e quisesse lhe segurar o braço. Entretanto, Misa não pensava em repetições. A loira simplesmente sorriu pelo canto dos lábios e deixou seu corpo cair ao abrir bem suas pernas e pôr as mãos no chão antes de realmente cair, desta forma conseguindo se sustentar graças a própria força — que não era muita — e depois jogando a parte inferior do corpo para cima com o pé esquerdo estirado. Aquilo foi um movimento que surpreendeu o assassino e que não conseguiu reagir a tempo, então o mesmo acabou levando um chute em seu queixo que o jogou para cima e também para trás. Misa depressa se levantou e semicerrou seus olhos ao observar o corpo caído do assassino. "Outra hora posso agradecer por terem me mostrado esses movimentos" ela pensou ao recordar-se das aulas de Taijutsu na Academia, ou melhor, dos confrontos entre os meninos. Ela olhou na direção da floresta e levantou as sobrancelhas ao reparar que toda a área em volta estava cercada por uma neblina. "Kirigakure no Jutsu?" pensou e sorriu pelo canto dos lábios ao se lembrar que aquela era uma técnica muito usada por sua mãe, então retornou sua atenção para Death que continuava caído na grama. 

— Ora, vamos. Sei que não morreria com só isso de dano. — Misa disse enquanto sua atenção continuava no corpo caído, mantendo sua guarda sem tirar seus olhos azuis do corpo.

A Yamanaka ficou novamente em silêncio, mas reparou que o corpo começou a se mexer e levantou primeiro o braço direito e depois o esquerdo, então pegou impulso para se sentar com as pernas abertas e pôr os antebraços nos joelhos e encarar a Yamanaka que continuou olhando-o. Ela sem dúvida que não esperaria por um movimento dele, por isso que correu em sua direção e seu punho direito continuou fechado. Ela firmou seu pé direito no chão, mantendo o esquerdo logo atrás — dando mais peso a esse último — e usou o pé de trás — o esquerdo — para impulsioná-la para frente, assim o soco não seria apenas um trabalho de punho, mas também com um ganho adicional de força por causa do impulso recebido. Seu punho se dirigiu ao rosto levemente impressionado de Death, contudo parou antes de acertá-lo. Isso porque o corpo dele se desfez pouco antes do impacto. Ela não precisou pensar mais do que meio segundo para constar que aquela experiência de combate não passou de um Genjutsu. Ela começou a mover sua cabeça para procurar pelo assassino, mas ele se chocou com ela antes dessa busca ter sucesso. Death estava no ar depois de correr e usar a velocidade para o salto, girou seu corpo e repetiu o mesmo movimento que Miura usou, porém esse acabou se tornando efetivo. Seu calcanhar — e muito do seu peso — acertou a cabeça da Yamanaka num golpe vindo de cima e indo para baixo. A garota gemeu de dor ao mesmo tempo que cairá no chão e não demorou para que o sangue começasse a escorrer e manchar uma parte pequena de seu rosto e pingar ao chegar em seu queixo. A Yamanaka estava com os joelhos e mãos no chão, e levantou sua cabeça para encarar o assassino que tomava um pouco de distância.

— Quando? — Misa perguntou.

— Após ter me acertado com o tapa. — Death respondeu ao mesmo tempo que usou a mão esquerda para apontar ao rosto e para a marca de mão que ainda estava por ali. Ele deu continuidade assim que lambeu novamente os lábios inferiores. — Você me pegou desprevenido. São poucos a que tem esse tipo de coragem, vadia. —

A Yamanaka ficou em silêncio. E olhou de relance para a floresta e sentiu-se satisfeita por haver neblina ainda, ou seja, aquilo não fazia parte do Genjutsu de seu adversário. Misa mordeu seus lábios e retornou a atenção para o assassino que estava a uma distância segura dela, ou seja, não daria para surpreendê-lo com um ataque. Ela engoliu em seco e olhou novamente para baixo, assim reparando no sangue que pingou em sua mão direita e escorria para seu polegar e depois para a grama. Seu olhar subiu novamente ao assassino e se levantou. E depressa fez um sinal de mãos que fez o assassino recuar, porém o mesmo estranhou quando nada aconteceu e a garota estava sorrindo para ele. Ela estava contente por enganá-lo. E a Yamanaka logo foi ao encontro dele e manteve o punho fechado para um bem dado soco, mas Death se adiantou. Ele desviou do primeiro ataque da loira e levou seu punho esquerdo de encontro ao estômago dela, desta forma fazendo-a ceder os joelhos, e assim o moreno usou a chance para levar as mãos a cabeça da garota e usou o joelho esquerdo para acertar-lhe um golpe em seu queixo, soltou-a meio segundo depois do impacto viu quando a cabeça dela se inclinou para trás, por isso que ele se apoiou com o pé esquerdo no chão e girou seu corpo mantendo a perna direita bem esticada, assim levou seu calcanhar de encontro a lateral do corpo da Yamanaka para acertá-la, mas não deu certo. Isso porque Misa pôs os antebraços à frente da região que seria atingida, desta forma se protegendo. E pelo olhar dela, percebeu-se que aguentar aquilo foi um pouco difícil. A garota sorriu e levou sua mão direita ao calcanhar direito do mesmo e estava para rodopiar, mas Death simplesmente inclinou a parte superior de seu corpo a frente, assim aproximando-se da Yamanaka que continuou o segurando. E levou o punho direito para a bochecha da garota e conseguiu acertá-la com bastante força, assim fazendo-a tomar um pouco de distância e cair no chão com sangue escorrendo pelos lábios junto a um pouco de saliva. 

Death alargou um sorriso e mostrou a maioria dos dentes. E encontrou o momento perfeito para atacá-la e fazer o que queria a muito tempo. Ele aproveitou que ela estava caída e foi em sua direção e quando a mesma lhe encarou, ele chutou seu rosto e a fez cair deitada no chão. O assassino sorriu mais ainda e aproveitou para ficar por cima dela e levou suas mãos para a camisa dela e a rasgou com extrema facilidade, desta forma mostrando os seios cobertos por um sutiã vermelho, mas ele não se interessou tanto por eles. Death levou suas mãos para o pescoço da garota e começou a apertá-la. Seus olhos azuis bem concentrados no desespero que se desenvolveu nos olhos azuis claros e Yamanaka, no medo em saber o que acabaria acontecendo se não resolvesse logo aquela situação, as mãos da garota foram levadas para os pulsos dele e assim tentou afastá-lo de si, mas o assassino era consideravelmente mais forte e pesado do que ela, por isso logo entendeu que não conseguiria.

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E um pouco antes, mas logo depois de Kaisō adentrar na floresta após ter jogado Miura para dentro dela, a experiente ANBU percebeu que o menino não estava mais estirado no tronco. Ela olhou de relance para o lado direito no momento que ouviu o barulho de um graveto se partindo. "Miura é um caçador. Ele está acostumado a cercar suas presas, a esconder muito bem a sua presença, mas ele não se lembra com quem está lidando…" pensou a Yamanaka mais velha que logo moveu seu rosto para o lado direito por alguns centímetros, desta forma desviando da adaga de seu filho que foi lançada em sua direção — e que provavelmente teria sido um golpe mortal se bem executado — e ela moveu sua mão direita para o cabo da adaga assim que a pequena arma passou por ela, desta forma agarrando-a e armando-se. "Não há fonte de água por perto, então dependo apenas de um Ninjutsu básico, de Taijutsu e agora tenho uma arma, então minhas chances são ainda mais altas" continuou pensando e logo olhou para Miura que corria em sua direção e fazia alguns selos e estava desarmado. "O que ele usará?" pensou, mas uma parte dela queria não dar chance ao garoto de atacar, por isso que avançou até ele e lhe chutou o rosto, porém se surpreendeu no momento seguinte. Isso porque Miura se transformou num pequeno tronco de árvore. "Jutsu de Substituição" pensou e estava para se mover, mas Miura veio a aparecer novamente, desta vez atrás dela e passando as pernas em volta de sua cintura e os antebraços em seu pescoço num movimento conhecido como mata-leão e tentando jogar o corpo para trás. A intenção dele era derrubá-la e continuar o movimento até que a mesma perdesse a consciência, então ele poderia fazer o que bem entendesse e ainda recuperaria sua adaga. 

Kaisō girou a adaga em sua mão. Aquilo era vida ou morte, por isso não teria pena alguma de confrontar seu filho, além disso em Konohagakure contava com excelentes médicos, por isso imaginava que qualquer um daria um jeito nele caso o machucasse seriamente, além de possivelmente resolverem o que acontecia com sua cabeça. Ela aproveitou que girou a adaga e moveu seu braço para trás, desta maneira esfaqueando o garoto na barriga e ouviu quando o mesmo gritou de dor, mas acabou transformando o doloroso grito numa risada histérica e depois levando sua boca para o ombro da ANBU e mordendo-a com toda força. Kaisō semicerrou suas sobrancelhas e mordeu os lábios, desta forma controlando-se e não gritando, mas girou a lâmina na barriga de Miura. Sangue começou a escorrer de seu ombro e da lâmina que fez a perfuração. Ela sentia os dentes do garoto rasgarem sua carne e não tinha dúvida de que a qualquer momento ele tentaria puxar e levaria um pedaço consigo. A Yamanaka mais velha removeu a lâmina da barriga do garoto, mas voltou a esfaqueá-lo e levou a lâmina toda para dentro do corpo de seu garoto. E dessa vez conseguiu fazer com que Miura a soltasse. Os lábios dele estavam sujos de sangue. A ANBU depressa tomou distância e respirou profundamente.

— Kirigakure no Jutsu. — Ela disse.

E lentamente soltou o que havia acumulado de seus pulmões, mas como uma densa neblina que começou a se espalhar por aquela floresta, assim prejudicando tanto a sua quanto a visão de Miura, mas a ANBU sabia daquele detalhe. E até gostava daquilo, afinal treinou desde muito cedo o lado sensorial do seu clã, então não havia necessidade de usar seus olhos, bastava se concentrar um pouco e assim poderia enxergar o Chakra de Miura, ou seja, era seu filho quem estava em desvantagem. E poderia manter seus olhos fechados, sem se preocupar com armas sendo disparadas, porque sabia que Miura não tinha mais nenhuma outra. Ela se concentrou um pouco e logo reconheceu o chakra do filho um pouco mais adiante dela, mas indo em sua direção. "Claro, a percepção dele. Está sentindo meu Chakra também… quem eu estava tentando enganar? Ensinei tão bem eles…" pensou a ANBU que logo se moveu para o lado quando sentiu que Miura estava apressado. E assim desviou de um chute do garoto, mas ela não parou. A mais velha e experiente ANBU girou seu corpo e deixou o braço direito bem estendido enquanto segurava a adaga. Ela cortou o ar, mas também o rosto do filho — um corte em sua bochecha esquerda — e só não foi mais sério pois o mesmo também acabou se movendo. Ela levantou uma das sobrancelhas no momento que ouviu um gemido de dor vindo do garoto, algo que seria bem incomum para um simples corte. 

Porém, seu braço parou de se mover. E ela estranhou, pois deveria continuar como parte do rodopio. Ela só acertou a bochecha de Miura e parou de forma abrupta. Ela não demorou a entender o que havia acontecido. Seu filho usou a própria mão direita para interromper o restante do movimento do braço, ou seja, a lâmina atravessava a palma de sua mão. E era nítido como Miura estava sofrendo com aquela dor. Era possível ver a lâmina pouco reluzente e manchada de sangue do outro lado. E o garoto não parou com aquilo, pois imediatamente atacou se aproveitando que de alguma forma tinha a adaga consigo e que sua mãe estava ligeiramente surpresa. A lâmina, além de acertar e atravessar a palma da mão dele, acertou também a barriga da Yamanaka mais velha. Kaisō semicerrou seus olhos e mordeu seus lábios, tinha sorte de que seu filho era baixinho, por isso que o mesmo não lhe acertou um órgão muito importante que prejudicaria a continuidade do confronto, mas ainda sentia a dor. Ela inspirou com profundidade, aproveitou a proximidade que tinha agora com Miura e levou seu cotovelo disponível para o rosto dele, desta forma acertando-o apenas uma vez, mas foi o suficiente para desestabilizá-lo por tempo o bastante para que ela puxasse a adaga e a removesse da mão dele, então girou seu corpo novamente e acabou por fim o chutando. E assim fez com que o garoto tomasse mais distância. Ela levou a mão para a barriga e não se incomodou com o sangue que escorria do ferimento na barriga ou daquele em seu ombro.

A neblina era boa para prejudicar a visão das pessoas, mas não muito eficiente quando se contava com indivíduos capazes de detectar chakra. A Yamanaka mais velha inclinou sua cabeça para trás no momento que recebeu um impacto. Uma pedra foi atirada de algum lugar entre as árvores e acabou acertando-a um pouco acima do olho esquerdo com uma boa força. Um ferimento surgiu e um pouco de sangue começou a escorrer. Ela estalou sua língua e moveu sua cabeça para o lado esquerdo no momento que ouviu um graveto sendo partido, mas não havia nada por ali até onde podia enxergar, nem mesmo Miura estava naquela direção. A Yamanaka olhou de relance para fora da floresta e semicerrou seus olhos, só fazendo isso porque daquela distância enxergava o que pareciam ser duas técnicas de Katon em pé de igualdade, mas também naquela distância era capaz de sentir o calor. Ela retornou sua atenção para o lado direito no momento que ouviu outro graveto sendo quebrado, mas novamente não se tinha nada por ali. "Meus instintos falam mais alto…" pensou e voltou a olhar para frente no momento que detectou o chakra de seu filho se aproximando. Ela semicerrou seus olhos e manteve sua guarda ainda mais levantada, preparando-se para enfrentá-lo diretamente, mas Miura não apareceu a sua frente quando achou que ele deveria aparecer. "Merda, em cima?" pensou e levantou sua cabeça e estava certa. O garoto pulou de galho para galho com intenção de se aproximar dela. E agora terminava sua queda para cima da Yamanaka mais velha que não conseguiu reagir a tempo. E assim Miura caiu em cima de Kaisō, derrubando-a no chão e se mantendo por cima dela. Havia uma pedra de bom tamanho em sua mão direita e ele alargou um sorriso no momento que começou a bater no rosto de sua mãe com aquela pedra. 

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E poucos minutos atrás, Death continuou com suas mãos no pescoço de Misa, mesmo quando um sorriso suave tomou os lábios da Yamanaka que removeu sua mão direita do pulso do moreno e moveu para frente do próprio rosto com o punho quase todo fechado, exceto pelo indicador e médio que apontavam para o lado esquerdo. Ao mesmo tempo, o corpo da Yamanaka vinha a desaparecer da mesma forma que aconteceu ao do assassino. Aquela Yamanaka Misa não passava de um Genjutsu. E assim Death olhou na direção que a loira havia lhe apontado antes de desaparecer. E lá estava a própria garota que era lançada por uma Kage Bunshin depois da cópia segurar seu braço direito e girá-la por algumas vezes. A garota acertou o assassino com uma voadora, desta maneira jogando-o ridiculamente para longe. Misa não demorou para ficar de pé e sorriu pelo canto dos lábios ao ver que o corpo — verdadeiro — de seu adversário foi parar muito perto de uma árvore. "Nada como usar o feitiço contra o feiticeiro" ela pensou um pouco satisfeita por ter experiência em Genjutsu, assim podendo se divertir na mesma moeda com o assassino.

— Terceira lição; Ninjutsu. — Misa disse. E depressa concluiu o selo do Cavalo quando reparou que Death estava se levantando. — Katon: Gōka Mekkyaku! —

O assassino moveu a cabeça na direção da Yamanaka, assim olhou para a mesma respirando fundo e depois liberando por sua boca uma parede maciça de fogo. Ela já tinha presenciado Rin usando aquele Ninjutsu, por isso conhecia o selo necessário para o uso. A técnica se alastrou e devorou o gramado ao mesmo tempo que se aproximava de Death que não se sentiu ameaçado por aquela técnica. Na realidade, o assassino fez os selos do Rato, Boi, Cão, Cavalo, Macaco, Javali e Tigre.

— Katon: Gōka Messhitsu! — O assassino disse.

Ele não precisava usar a técnica em seu poder máximo, na realidade duvidava que teria chance para amassar tanto chakra em tão pouco tempo. O que necessitava era confrontar a Yamanaka, mas com uma força um pouco maior do que a dela. E assim ele liberou de sua boca um fluxo enorme de chamas que varreram completamente o gramado. E as duas técnicas — Katon: Gōka Mekkyaku e Katon: Gōka Messhitsu — colidiram. Uma onda de calor se espalhou pela área em volta, além disso às chamas atingiram a pequena cabana de madeira. "Ele usa Genjutsu, mas tem o elemento de chakra idêntico ao meu, no entanto com uma técnica muito melhor…" pensou assim que reparou na sua técnica que aos poucos era sobrepujada pela técnica do assassino. A Yamanaka se recordou de uma técnica usada por seu noivo, por isso interrompeu o Katon: Gōka Mekkyaku e levou as mãos ao chão enquanto o Katon: Gōka Messhitsu aproximava-se dela.

— Doton: Doryūheki! — Misa disse.

Ela não economizou chakra. A mesma não possuía Ninjutsu que permitia um escape, mas já tinha visto seu noivo usando o Doton: Doryūheki e até mesmo leu a respeito, por isso sabia como fazer. Ela criou não uma, mas cinco paredes de terra com seis metros de largura e sete de altura e comprimento. Isso tudo para que os obstáculos da terra diminuíssem significativamente o poderio do Ninjutsu que seguia em sua direção. E isso funcionou perfeitamente, pois uma parede após a outra começou a cair quando era atingida, mas tinha-se um bom intervalo entre elas. E a última parede resistiu, assim como o fluxo de fogo foi desfeito. A Yamanaka mordeu seu polegar direito e depois levou a palma da mão ao chão.

— Kuchiyose no Jutsu! — A Yamanaka disse.

Ela invocou Gamarito. O costumeiro anfíbio de pele esverdeada e olhos azuis com pupilas verticais, armado com duas foices e protegido por uma placa de metal no abdômen e outras duas mãos braços. O sapo que já era bem familiar daquela situação, afinal a primeira vez que foi invocado era quase o mesmo cenário. O anfíbio coaxou e levou as mãos a uma das foices em suas costas. Ele não pareceu incomodado pela vegetação ao redor estar mergulhada em chamas.

— Se acostume com esse calor. — Gamarito disse e apontou o braço que empunhava a foice para o assassino que ficou em silêncio apenas observando. — Será quase idêntico ao lugar que o levarei depois que… — O sapo não concluiu seu comentário.

— Doton: Doryu Taiga. — Misa disse e interrompeu o processo de zoação do anfíbio recém invocado. E continuou assim que um pouco de lama tomou forma ao seu lado esquerdo. — Doton: Doryūdan. — Misa disse e novamente continuou assim que a lama tomou a forma de uma cabeça dragônica. — Kage Bunshin no Jutsu. Katon: Karyudan. —

A cabeça dragônica começou a liberar projéteis de lama, mas estes não demoraram a serem inflamados. Aquela era outra técnica que a Yamanaka já havia presenciado seu noivo usando, lido a respeito e decidido por usar. Ela olhou de relance para o anfíbio no momento que sua Kage Bunshin subiu em cima de sua cabeça e o mesmo guardou a foice novamente em suas costas.

— Gamayudan! — Gamarito disse e começou a liberar de sua boca uma boa quantidade de óleo.

— Katon: Endan! — A Kage Bunshin disse e começou a liberar uma rajada não muito poderosa de fogo de sua boca.

E assim aquilo se tornou uma técnica muito mais poderosa graças à alimentação do óleo dos sapos. Aquilo virou o Katon: Gamayu Endan. E assim o Katon: Doryūdan combinado ao Katon: Karyudan, acompanhados pelo Katon: Gamayu Endan, seguiram em direção a Death que não escondeu a surpresa. Ele não esperava que tais técnicas fossem usadas. Mas não quer dizer que tenha se sentido ameaçado, apenas impressionado pela quantidade de Chakra que a garota possuía. Ele simplesmente tornou a terra queimada em areia fina e assim cavou depressa — Doton: Moguragakure no Jutsu — para escapar da saraivada poderosa de técnicas. Misa parou de usar o Katon: Karyudan no momento que o inimigo escapou. Um pouco de suor começava a lhe escorrer, mas ela tinha suas dúvidas se era por causa do calor ou do desgaste de chakra. Sua Kage Bunshin também parou com a técnica, assim as duas olham atentamente para o chão em busca de anomalias. O anfíbio que as acompanhava também estava atento e com a mão já no cabo de uma das foices em suas costas. Ele parecia pronto para puxar a arma e acertar a lâmina na cabeça do assassino. Death ressurgiu alguns segundos depois, mas saindo de dentro da cabana e parecendo guardar alguma coisa dentro de sua roupa. 

— Isso foi impressionante. Se eu não conhecesse algumas técnicas não tenho dúvida que estaria morto a essa altura, mas está na hora de acabar com algumas coisas por aqui. — Death disse.

— Tipo com você, né!? — O anfíbio disse e saltou na direção dele.

— Kage Bunshin no Jutsu. — Misa disse e assim criou um pouco mais de doze Kage Bunshin que ficaram todas atrás dela.

Gamarito pousou perto de Death e moveu sua foice o mais depressa que podia, mas assim mesmo não acertou o assassino. Isso porque o corpo do anfíbio ficará inesperadamente paralisado. A lâmina de sua arma bem próxima ao rosto de Death que não pareceu amedrontado. O assassino só usou o indicador para afastar um pouco a lâmina de si e aproveitou para encurtar sua distância com o sapo.

— Eu tinha minhas dúvidas. "Será que sou capaz de usar o Genjutsu de Paralisia num sapo?"...aparentemente a resposta é sim, eu posso usar o Genjutsu de Paralisia num sapo repugnante. — Death disse e lentamente puxou uma adaga de dentro de sua roupa e sorriu pelo canto dos lábios. — Lembra o que lhe disse no nosso primeiro encontro, sapo de merda? Eu iria matá-lo. E adivinha? —

Ele moveu o braço que segurava a adaga. E dirigiu seu ataque para onde era o coração do anfíbio, mas para a sorte de Gamarito não houve aquilo que o assassino esperava, isso porque a invocação terminou. E novamente o assassino foi surpreendido por treze garotas loiras que iam em sua direção e doze delas contendo um Rasengan na mão direita, exceto por uma delas que estava com algo bem mais diferente — Katon: Rasen-HonoMoeru — e logo atrás do numeroso grupo. O assassino agitou seus ombros sem dar a menor importância para aquilo, por isso tornou a se aproximar das Kage Bunshin. Ele acertou a primeira com um golpe mortal na garganta, então puxou uma segunda adaga de dentro da roupa e executou a próxima garota com um ataque múltiplo em seu abdômen em formato de "X". Ele avançou para a terceira Yamanaka Misa e acertou seu abdômen com apenas uma adaga, mas girou seu corpo em 180° e a quarta garota foi atingida na cabeça pela adaga disponível. Quatro garotas desapareceram. O assassino desviou da quinta e da sexta que tentaram acertá-lo com o Rasengan, mas avançou nelas quando estavam desprevenidas e cortou suas gargantas, desta forma fazendo-as desaparecer. Ele usou uma adaga para se proteger do Rasengan da sétima garota, assim sua lâmina foi destruída, mas ele usou a que ainda tinha na outra mão para golpear a garota na garganta, fazendo-a desaparecer também. Ele puxou de dentro da roupa outra adaga, mas atirou a mesma na cabeça da oitava Yamanaka e ela desapareceu antes que tivesse a chance de se aproximar demais dele. E ele apressou os passos, pegou a adaga lançada antes que chegasse ao chão, girou seu corpo ao mesmo tempo que se agachava e acertou o abdômen da nona Misa e tornou aquela perfuração em algo maior e mais horizontal antes dela desaparecer. A décima Yamanaka caia em sua direção e achava que seria aquela que o acertaria, mas só achava mesmo. Death desviou dela e fez com que a garota acertasse o solo queimado e atirou a adaga nela, assim fazendo-a desaparecer. A décima primeira e décima segunda desfizeram seus respectivos Rasengan e agarraram os braços do assassino. E aquilo deu certo. Ele estava tentando se soltar quando olhou para a Misa Original que estava distante e que terminava de lançar a técnica que ele tinha visto na prisão de Konoha.

A Yamanaka lançou seu Katon: Rasen-HonoMoeru e olhou para as duas Kage Bunshin que sobraram e que agora seguraram os braços de Death com objetivo de impedir uma fuga como aconteceu antes. E daria muito certo se o rapaz não tivesse cabeceado a Kage Bunshin do lado esquerdo, então soltando seu braço e segurou a garota do lado direito e jogando-a na frente da técnica. E deu quase certo. A Kage Bunshin foi atingida e tudo mais, porém às chamas se espalham mais rápido do que ele poderia escapar, por isso acabou sendo parcialmente atingido por aquela técnica. Seu braço direito inteiro e uma pequena parte das suas costas ficaram com queimaduras de segundo grau. Ele olhou para Misa que estava com os joelhos dobrados e ofegante, era meio óbvio que ela ficaria assim depois de gastar o chakra daquele jeito, porém… ainda tinha alguma coisa para ela fazer, por isso que fez um selo e desfez com o Kage Bunshin que tinha deixado no Monumento dos Hokage reunindo energia natural para mais tarde. Assim, a cor de seus olhos mudou para o amarelo e suas pupilas tornam-se verticais, além disso um sombreamento alaranjado surgiu em torno de seus olhos. A mudança não surpreendeu o assassino, pois o mesmo já tinha presenciado em outro momento.

— Senpō: Kebari Senbon. — A Yamanaka disse.

Seu cabelo se enrijeceu e de alguma forma foi disparado em direção ao assassino que não escondeu novamente sua surpresa. Graças ao Senjutsu, seu cabelo crescia rápido, ou seja, os disparos eram praticamente ilimitados — dependendo apenas da duração do Sennin Mode. Aquela era simplesmente a técnica mais rápida em seu arsenal — e consequentemente do Modo Sábio. E ela observou que o assassino usou o braço direito — já devidamente machucado — para proteger o rosto enquanto corria em diagonal e suas pernas eram atingidas de raspão. Death podia ser muito bom em Genjutsu, mas também era rápido e tinha proficiência no Elemento Katon, então não era qualquer coisa. Seus olhos amarelados — devido ao Senjutsu — se concentram no assassino que encurtava a distância enquanto fugia dos projéteis capilares e levava uma adaga em cada mão e até mesmo em sua boca. Death tentaria se aproveitar que a garota estava naquela posição para atacá-la. A Yamanaka continuou acertando-o com os projéteis rígidos de seu cabelo e um deles acabou passando perto do olho esquerdo de Death. O moreno não dava tanta importância para aqueles ferimentos, só estava interessado em acabar de uma vez com a garota assim como havia prometido para si. Misa sorriu pelo canto dos lábios quando viu que Death já estava muito próximo dela, por isso concluiu depressa os selos do Tigre, Cavalo, Javali, Carneiro, Rato e Cobra.

— Hari Jizō! — A Yamanaka murmurou.

A Yamanaka foi envolvida por seu próprio cabelo enrijecido que parou com os disparos. O cabelo ainda parecia com afiadas agulhas e uma dureza surpreendente. O assassino parou de se aproximar quando percebeu o que aconteceu, então aproveitou para recuar alguns passos e lançar a adaga de sua mão direita na direção da garota, mas nada aconteceu. O cabelo era resistente demais, por isso suportou com muita facilidade aquele golpe.

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Miura levantou seus braços enquanto segurava ainda a pedra. E começou a gargalhar com ânimo ao ver o que causou no rosto de sua mãe. Muito sangue agora escorria do rosto de Yamanaka Kaisō, além de haver um terrível ferimento numa parte de seu rosto que estava em carne viva e com alguns pedaços de pele se soltando. Os olhos da ANBU revelavam o seu cansaço. E lentamente soltou um pouco de ar de seus lábios cruelmente feridos. A esclerótica — parte branca dos olhos — estava ligeiramente avermelhada, mas era em resultado de sangue. Kaisō aproveitou que o garoto estava com os braços levantados e o atacou com a adaga que continuava em sua mão. Ela tentou acertá-lo na cabeça e terminar com aquilo de uma vez, mas o garoto moveu o rosto um pouco, em resultado disso uma pequena parte de sua orelha direita foi cortada. E assim a ANBU baixou o braço ao perceber que fracassou no último golpe. Ela prestou atenção em Miura saindo de cima dela e soltando a pedra, então levando a mão direita para o cabelo da mais velha e puxando-a para longe da floresta. Kaisō não tinha o que fazer além de aceitar ser carregada daquela forma.

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O jutsu foi cancelado. E a Yamanaka não se demorou e avançou para perto do assassino que continuava com duas adagas — uma na boca e outra na mão esquerda — e assim fechou a mão direita em punho quando estava perto dele e tentou acertá-lo com um soco, mas Death moveu seu rosto para outro lado e assim evitou, mas não esperava que aquele soco fosse acompanhado pelo Kawazu Kumite, ou seja, o Taijutsu ensinado a ela por Fukasaku. E o assassino recebeu no lado esquerdo de seu rosto um impacto, por isso tomou distância e levou a mão boa para onde foi atingido. Ele tinha presenciado aquilo acontecendo com Shojoji, mas não esperava que a sensação fosse tão estranha. Misa novamente se aproximou do assassino e dessa vez usou o pé direito para se apoiar e levantou o máximo que pôde a perna esquerda quando chegou perto dele. Ela tentou acertá-lo com um chute. E novamente o assassino esquivou por centímetros, mas recebeu outro impacto que originou-se em seu abdômen e depois em seu queixo. Death não tinha conhecimento a respeito do Senjutsu, por isso não podia ver os ataques lançados por aquela energia. A Yamanaka baixou sua perna esquerda e aproveitou para encurtar novamente sua distância com o assassino e tentou acertá-lo com um soco. Ela reparou que ele movia o braço esquerdo com a mão empunhando a adaga ainda. E movimentou o rosto, assim desviando da lâmina, mas recebeu um corte bem suave em sua bochecha. A garota acertou seu punho direito no abdômen do assassino, mas não parou com apenas aquele golpe, assim continuando com um soco usando seu punho esquerdo novamente no abdômen dele. A Yamanaka ainda não parou, pois logo girou seu corpo mantendo o pé esquerdo com apoio e levou o pé direito ao queixo do assassino, assim acertando-o com um golpe que o jogou muito para cima. A Yamanaka retornou a sua posição normal e dobrou seus joelhos, então saltou e conseguiu chegar perto de Death que não estava conseguindo reagir a tempo aos ataques. A garota voltou a acertá-lo com um chute que o jogou ainda mais alto. E depressa a mesma concluiu um selo e assim criou uma Kage Bunshin que segurou seus braços, girou-a no ar apenas uma vez e a lançou e depois desapareceu. A Yamanaka passou pelo assassino que olhou para trás quando a mesma passou por ele e assim tentou reagir, mas não conseguiu. Misa fechou sua mão direita em punho e violentamente o acertou com um soco bem dado em seu rosto. O resultado foi o assassino sendo atirado com muita violência para o chão e uma onda de impacto se espalhando pela área chamuscada. O assassino acabou parando dentro de uma cratera. E a Yamanaka se aproveitou disso e inspirou profundamente ao mesmo tempo que levantava seu braço direita.

— Senpō: Rasengan! — Ela comentou ao mesmo tempo que um Rasengan começou a tomar forma na palma de sua mão.

O Rasengan cresceu um pouco mais. Isso só aconteceu por influência do Senjutsu. E a Yamanaka usou a mão esquerda para fazer um Kage Bunshin que logo segurou seu braço — um pouco abaixo do cotovelo — e a girou uma vez e depois a soltou. E desta forma a Yamanaka foi lançada de encontro ao assassino com o braço direito estendido com um Rasengan um pouco maior na palma de sua mão. Death se levantou e concluiu os selos da Cobra, Carneiro, Macaco, Javali, Cavalo e Tigre e liberou em sequência uma grande bola de fogo de sua boca — Katon: Gōkakyū no Jutsu — que seguiu em direção a garota que simplesmente semicerrou suas sobrancelhas e soube que deveria por mais chakra ao seu Rasengan.

— Senpō: Chō Ōdama Rasengan. — Ela disse.

O Rasengan cresceu consideravelmente, ficando quatro vezes maior do que sua usuária. E assim houve o impacto com a grande bola de fogo que Death lhe lançou e que parecia que usaria outra, até por isso que a Yamanaka fez outro Kage Bunshin que segurou novamente seu braço e a girou e a jogou em diagonal depois de desfazer o imenso Rasengan e pouco antes de ser atingida por aquela bola de fogo. A Yamanaka caiu ao lado do assassino e novamente abriu sua mão direita e desenvolveu um Senpō: Rasengan, tentando se aproveitar da surpresa do assassino, mas Death simplesmente se "protegeu" colocando o braço direito — queimado — à frente. E assim ele foi atingido e seu braço ficou ainda mais machucado. A Yamanaka se surpreendeu um pouco, mas logo tomou distância e suspirou enquanto seus olhos voltaram ao tom azulado de sempre. Ela observou o braço de Death. Além de possuir queimaduras de segundo grau, agora muito mais sangue escorria por novos ferimentos, além do osso de seu cotovelo estar numa fratura exposta, mas ele não parecia tão incomodado. O assassino concentrou seus olhos azuis na Yamanaka e abriu um sorriso malicioso pelo canto dos lábios. Ele via o quão cansada a garota estava depois de usar uma quantidade exorbitante de chakra, por isso reconheceu que aquela era a sua chance. E era verdade, Misa tinha gasto chakra demais e mal se aguentava em pé, mas ainda precisava lidar com o assassino e quem sabe com o próprio irmão. Ela só precisava de alguns instantes para reunir energia natural novamente para acessar o Sennin Mode, então perderia aquele cansaço e ganharia um bom acréscimo em sua força, mas para aquilo precisava ficar parada ou usar um Kage Bunshin… e chakra lhe faltava naquele momento.

Death disparou na direção da garota. E usou a adaga em sua mão esquerda para acertá-la com um golpe que seria mortal no rosto e que poderia perfurar um dos olhos dela, mas a Yamanaka conseguiu desviar e só teve um corte em sua bochecha. Ela olhou para o assassino que inclinou a cabeça para frente e a atacou com a adaga que estava em sua boca, porém o corte foi um pouco acima de seu olho esquerdo e imediatamente o sangue começou a escorrer, mas não parecia um ferimento muito sério. O assassino aproveitou novamente e levou sua mão esquerda — empunhando a adaga — para o braço direito da garota e assim fez uma série de cortes, além disso aproveitou para enfiar a lâmina próximo ao ombro dela e a ouvir gemer de dor e até mesmo choramingar, mas Misa sabia que aquela dor era tolerável. Death abriu sua boca e assim a adaga caiu. Ele a pegou com sua mão esquerda e a levou para a barriga da garota, cravou a lâmina por lá e moveu a mesma por alguns centímetros. Era no mesmo lugar que havia uma cicatriz que o mesmo causou no primeiro confronto. A Yamanaka gritou por conta da dor e até curvou seu corpo e tentou soltar a adaga, mas o moreno se apoiou no pé esquerdo e girou ao mesmo tempo que deixava sua perna direita ereta, desta forma dando um chute no rosto da Yamanaka e jogando-a no chão. O assassino se aproximou do corpo caído e pegou as duas adagas, sequer se importando com o gemido doloroso dela, e depois puxou seu cabelo para fazê-la se sentar e ela fez isso, sentando-se em cima dos joelhos ao mesmo tempo que o assassino ficou por trás dela e continuou segurando seu cabelo. Misa queria entender o porquê daquilo enquanto ofegava, completamente exausta, então reparou em seu irmão saindo da floresta com sua mãe, mas está sendo puxada pelo cabelo.

— Até que enfim… — Death disse.

— ...fiz o que mandou. Então, mate-me agora, por favor! — Miura disse assim que soltou o cabelo de Kaisō.

— Tem mais uma coisa para você fazer… — Death disse.

— O que? — Miura perguntou.

— Mate sua irmã. E depois eu te mato. — Death disse.

Misa tentou não parecer surpresa. Ela continuou olhando para Miura que nem precisou pensar a respeito e já foi pegando a adaga que antes estava com Kaisō. O garoto avançou de encontro a irmã mais velha que continua impedida de se afastar por causa do assassino que segurava-lhe o cabelo, mas ela tinha certeza que poderia dar um jeito em Miura se tivesse alguns segundos de liberdade, quem sabe até microsegundos. A garota engoliu em seco ao ver que o irmão apressou ainda mais seus passos e sorriu. Misa fechou seus olhos e só esperou pela apunhalada que levaria ao seu fim, mas ela não veio e acabou ouvindo um barulho alto. Quando a Yamanaka abriu seus olhos, os mesmos marejaram e se suavizaram. Isso porque via as costas rígidas de alguém que tanto amava com o símbolo do clã Uchiha na parte de trás da roupa. Os cabelos róseos balançando ao vento suave e o olhar ligeiramente sério, mas não direcionado para ela ou ao assassino, mas sim para Miura que havia sido jogado para longe por conta de um chute e assim seu corpo se chocando com o de uma árvore. A garota pareceu aliviada com a presença dele.

— ...Rin. — Misa sussurrou.

 


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