Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 120
S05Ch26;




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A Yamanaka ajoelhada — Misa — continuou observando o recém chegado que estava a uma distância de menos de cinco metros e de costas para ela. O rosado sequer chegou ao confronto e já tinha atacado Miura de uma forma que o lançou contra o tronco de uma árvore que desmoronou com o impacto. Lágrimas escorriam por seu rosto machucado, sem conseguir se distanciar e ir abraçar o recém chegado, pois seu cabelo era segurado ainda pelo assassino que estava atrás dela. Até mesmo Kaisō — muito machucada — conseguiu levantar a parte superior do corpo ao apoiar as mãos no chão e observou o recém chegado com certa curiosidade enquanto escorria muito sangue de seu rosto e de uma parte da barriga. O rosado enfim baixou um pouco sua cabeça e suspirou pesadamente, então a moveu um pouco para o lado esquerdo e encarou o responsável por machucar algumas pessoas que eram de grande importância para ele. O olhar do rosado não dava indício algum de sua gentileza ou de sua calma, não mesmo… era um olhar que revelava bastante da raiva que sentia no momento, além disso o Mangekyou Sharingan deixava aquele olhar mais aterrador. "Que desejo assassino forte. O que mais me assusta não é como ele apareceu, mas, sim, sua vontade de matar" pensou Kaisō ao engolir em seco e sentir que suor frio começará a escorrer de seu rosto machucado. Mesmo naquela distância — longe do recém chegado — sentia a pressão da aura do rosado. E até mesmo o assassino foi capaz de reconhecer aquele sentimento e olhou de relance para sua mão esquerda que tremia. Ele estava amedrontado com a presença perigosa do recém chegado que mantinha sua atenção nele.

— En-Então, nos conhecemos finalmente. Você é o responsável por… — Death parou de falar. Ele na realidade foi interrompido pelo rosado.

— Cale a boca. — Rin disse ao mesmo tempo que moveu seu braço esquerdo e manteve o punho fechado com o indicador apontado para o assassino. — E tire essa mão imunda da minha mulher. —

O assassino não teve a oportunidade de fazer qualquer tipo de provocação, isso porque o rosado cansou de esperar — mesmo que tenha acabado de dar aquele comando — e avançou os metros restantes para perto do assassino. A velocidade exibida pelo rosado era sobrenatural, mas certamente dava-se para culpar o treinamento. Seu olhar sério não se desconcentrou dos olhos azuis do assassino e o mesmo levou o punho direito direto ao abdômen de Death e o acertou num dos pulmões, desta maneira fazendo-o intencionalmente curvar seu corpo para frente e abrindo sua mão no cabelo da jovem Yamanaka ainda ajoelhada. O rosado firmou seu pé direito no chão e girou em 360° com a perna esquerda esticada, assim levando seu pé ao lado direito do rosto do assassino. Aquilo serviu para Death ser jogado para o lado e rolar no chão algumas vezes. Misa havia baixado sua cabeça quando percebeu a intenção do recém chegado, por isso a levantou na sequência daquele chute devidamente bem dado. E assim olhou para o rosado que agora estava literalmente a sua frente e olhando para o assassino debruçado a quinze metros deles. O olhar do rosado era a mais pura seriedade, mas tornou a suavizar um pouco quando ele baixou a cabeça e olhou para a noiva que o olhava com apego, no entanto com uma estranha atenção, isso porque a mesma não costumava vê-lo com todo aquela expressão cheia de ódio e um estranho autocontrole. O rosado se agachou e dobrou bem seus joelhos e pôs a mão direita em cima da cabeça da Yamanaka e acariciou carinhosamente e levou a mão para a bochecha dela.

— Você lutou bem. Agora está precisando de cuidados médicos. As duas estão. — Rin disse e inclinou sua cabeça para o lado direito e assim olhou pra Kaisō que continuava no chão e seu rosto devidamente machucado, então voltou sua atenção para a noiva. — Eu não quero que estejam por perto para assistirem o que vai acontecer aqui. —

— Rin, meu irmão… — Misa disse e moveu sua cabeça para onde o corpo de seu irmão foi lançado durante a chegada do rosado.

— ...está sob efeito de Genjutsu. Não sei quais, mas posso resolver. Agora estou mais preocupado com você, Misa. Então, segure-se em mim. — Rin disse.

A Yamanaka obedeceu. Ela passou seus braços em volta do pescoço do rosado e o mesmo aproveitou para pôr o braço esquerdo nos joelhos de sua amada e o direito bem posicionado nas costas. O seu olhar suavizou um pouco mais quando ela recostou a cabeça em seu peitoral. E os dois vieram a desaparecer do gramado ligeiramente chamuscado, mas apareceram novamente no topo de uma árvore e agora o rosado estava erguido. Eles não haviam se distanciado da área de confronto, pois daquela distância era possível enxergar a cabana incendiada. O rosado olhou para as lágrimas que escorriam pelo rosto de sua amada e suspirou pesadamente. E pela segunda vez desapareceram. Os dois aparecem um milésimo de segundo ao lado de Haruno Sakura num dos corredores do hospital, a kunoichi das lesmas recuou alguns passos por conta da presença inesperada da dupla. Ela parecia querer dizer alguma coisa quando o garoto apareceu a sua frente, mas considerou que a conversa poderia esperar quando reparou nos ferimentos da Yamanaka que parecia exausta. Ela também reparou no olhar do garoto, por isso imaginou que alguma coisa muito terrível estava acontecendo.

— Enfermeiros! — Sakura gritou exageradamente alto. 

— Chame mais. Estarei voltando com Yamanaka Kaisō e Miura. — Rin disse e abaixou sua cabeça e assim aproximou seus lábios da testa pouco machucada da noiva e roçou os lábios por ali sem dar a mínima se estava com sangue, então sussurrou. — Estarei do seu lado quando acordar. —

— Eu sei… — Misa disse e fechou suas mãos na roupa do rosado e inspirou profundamente para sentir o cheiro dele, então continuou. — ...tome cuidado. —

O rosado suavizou mais o olhar. E pôs sua noiva numa cadeira de rodas que foi trazida por um enfermeiro depois que o mesmo percebeu a situação. O rosado olhou para a kunoichi das lesmas de uma forma que a mesma compreendeu. Ele pediu silenciosamente para Sakura usasse tudo ao alcance para ajudar a Yamanaka, por isso a kunoichi balançou a cabeça em afirmação. Rin novamente desapareceu do corredor do hospital e até mesmo de Konoha, então retornou a aparecer naquele gramado e já de início olhou para Death que tinha se recuperado do chute e já estava de pé e parecia pronto para confrontar o recém chegado, mas Rin não deu a mínima para o assassino. O rosado estava mais preocupado com o bem estar da ANBU que repousava seu rosto machucado no gramado, mas estava consciente. 

O assassino rangeu seus dentes e assobiou demoradamente, assim despertando o Yamanaka que estava sob seu controle e fazendo-o aparecer no meio da vegetação. Rin parou de caminhar quando já estava ao lado da ANBU ofegante e só olhou de relance para Miura, que levava a mão esquerda para o braço direito completamente entortado depois do único ataque recebido na chegada do rosado, além de que a adaga que usaria para acertar a própria irmã estava perfurando sua coxa direita, mas ele a puxou usando a mão esquerda e correu de encontro ao rosado que baixou a cabeça para suspirar, mas assim mesmo se agachou e pôs a mão direita no ombro da Yamanaka machucada. E Miura saltou na hora que isso aconteceu e tentou esfaqueá-lo, mas não aconteceu. Isso porque o rosado veio a desaparecer por mais alguns segundos.

— Miura. — Uma voz logo atrás do Yamanaka remanescente.

O garoto olhou para trás. E não escondeu a surpresa ao se deparar com o rosado que o encarava com aqueles perigosos olhos — Mangekyou Sharingan. E não demorou mais do que um segundo para que a mão do Yamanaka fosse aberta e a adaga caísse no gramado e o mesmo perdesse sua consciência. Antes que Miura caísse, o rosado pôs as mãos em seus ombros e observou como a cabeça do loiro estava caída. Ele acabara de identificar os dois únicos Genjutsu que estavam afetando o Yamanaka e os cancelou simultaneamente, e logo depois obrigou-o a dormir com um dos seus Genjutsu, mas este intencionalmente possuía média duração. O rosado levou o corpo inconsciente para a sombra de algumas árvores que ficaram intactas no confronto de sua noiva com aquele assassino. O rosado criou um Kage Bunshin que levou a mão direita ao ombro do garoto inconsciente e assim vieram a desaparecer. Aquele lugar não era seguro para alguém na situação do pobre Yamanaka, além disso ele também precisava de cuidados psicológicos por conta de tudo que passou.

— Usou um Genjutsu para ficar suscetível aos comandos dele e outro para que suas dores sejam bem maiores. — Rin sussurrou e balançou negativamente sua cabeça ao mesmo tempo em que suspirava pesadamente. — E ainda tem o estresse que passou. Esse cara é um demônio. —

— O que você está sussurrando? — Death perguntou com um acréscimo de sua confiança ao mesmo tempo que puxava uma adaga de dentro de sua roupa e se preparava para confrontar o rosado, então deu continuidade quando passou a lâmina perto de sua língua. — Você é o responsável por… — Death novamente foi interrompido.

— Eu… — Rin disse com um pouco de arrogância e frieza ao mesmo tempo que moveu sua cabeça ao lado esquerdo e prestou atenção no assassino. Seus olhos voltam à seriedade anterior. — ...costumo tomar cuidado numa briga. Tenho uma força perigosa, então posso acabar machucando seriamente uma pessoa, por isso tenho de me controlar muitas vezes e pensar em alternativas. De vez em quando, o cérebro ganha dos músculos. Eu gosto desse cuidado, mas… — O rosado desviou sua atenção e retornou seus olhos para as palmas das mãos abertas. — ...dessa vez não vou tomar cuidado. —

— O que você está dizendo? — Death perguntou.

[ ۝ ]

O rosado retornou a atenção para o assassino, então aproveitou para se virar e suspirou pesadamente. Ele manteve seus olhos — Mangekyou Sharingan — bem concentrados no assassino que podia sentir a pressão do garoto a uma boa distância dele. O rosado moveu o braço direito com o punho fechado, exceto pelo indicador que era usado para apontar ao moreno que sentiu um estranho frio em sua espinha com aquele gesto, mas também com algo mais. Algo mais que começou a surgir em torno do rosado. Inicialmente era apenas uma aura pesada e obscura, mas então três pares de costelas negras ligadas a uma espinha dorsal tomaram forma em torno do rosado ao mesmo tempo que seu braço direito se abaixou de um jeito molenga. 

O rosado continuava com aquele olhar de mais pura seriedade e seriedade ao mesmo tempo que um sorriso malicioso e ligeiramente sádico tomou seus lábios. Isso acontecia enquanto clavículas obscuras, úmeros, rádios, ulnas e mãos se desenvolveram, além de apropriadamente um crânio. Aquele era o Susano'o em estágio de evolução do rosado que liberava o ódio que sentia por conta de tudo que estava acontecendo de ruim.

— Você é um homem morto. — Rin disse e inclinou sua cabeça para o lado direito enquanto continuava exibindo aquele sorriso.

Death pela primeira vez estava sentindo medo. Ele imaginou que lidar com aquela pessoa a tão poucos metros fosse perigoso, mas acreditava ter uma chance contra. Ele deu um passo adiante, mas parou imediatamente e engoliu em seco ao ter o vislumbre de sua morte; Uma daquelas mãos esqueléticas lhe segurando e apertando com cada vez mais força e lentamente e prazerosamente quebrando seus ossos, sangue lhe escorrendo da boca ao ter seus ossos perfurando alguns dos órgãos, então um aperto mais forte e definitivo que o esmagou de uma vez e sangue jorrou para todos os cantos. Era assim que morreria e o mesmo sentiu seus joelhos perderem um pouco da força. "Genjutsu? Não… essa é sua vontade de matar" pensou o assassino que levou a mão direita para frente da boca assim que sentiu o estômago se revirando, mas não teve como impedir o pouco vômito que parou no gramado. 

Já o rosado… continuou parado, mas por não ver interesse naquela coisa que servia para protegê-lo tornou a desaparecer com ela. Estava mais do que na hora de começar com aquele confronto, por isso disparou de encontro ao assassino que parecia chocado com alguma coisa. O rosado se aproximou de Death que acabou se surpreendendo com a velocidade que o recém chegado possuía, por isso não teve qualquer chance de se defender do soco com punho direito que foi em seu estômago e serviu para lançá-lo às alturas. Death estava a mais de quinze metros no ar e tentando se recuperar ainda do soco, mas tinha noção de que precisava agir, por isso prestou atenção no rosado que lhe encarava do chão e começou a formar selos — Rato, Boi, Cão, Cavalo, Macaco, Javali e Tigre. E cada um dos selos foi cuidadosamente observado pelo Mangekyou Sharingan do rosado que desapareceu do campo de visão do assassino antes dele anunciar o nome da técnica ou de até mesmo usá-la. A realidade é que Rin havia marcado o assassino quando surgiu a primeira oportunidade. E agora o rosado regressou a aparecer, porém acima de Death e com os braços levantados e com o punho esquerdo fechado com a palma direita segurando o mesmo. O assassino só conseguiu o tempo de mover bem pouco sua cabeça e ter um pouco do vislumbre da sádica expressão do rosado em suas costas. E assim o rosado o atacou nas costas com uma força exagerada. O impacto foi mais do que suficiente para lançar o assassino ao chão a uma altíssima velocidade, mas o rosado percebeu que o adversário fazia algo pouco antes de sua queda. O corpo — vivo — de Death se afundou numa cratera de seis metros de largura e profundidade, além disso rachaduras se espalharam ao longo do terreno e a onda de impacto foi mais do que suficiente para balançar com a vegetação das copas das árvores mais próximas.

— Ele usou o Doton: Moguragakure no Jutsu. — Rin sussurrou. Ele tinha visto o assassino usando os selos antes do impacto com o chão, além disso a cratera parecia ligeiramente diferente. — Hã? —

O rosado reparou num brilho. E logo sorriu pelo canto dos lábios e movimentou seu rosto um pouco, desta forma não sendo atingido por uma adaga que foi lançada em sua direção, porém agarrando-a assim que passou por ele e depois a lançou de volta à origem. Ele soube que atingiu alguma coisa, porém estalou a língua quando viu que era um tronco pequeno de árvore. "Um Jutsu de Substituição" pensou enquanto sua queda terminava e ele parava parcialmente agachado no chão e com as pernas bem separadas e os joelhos dobrados. Ele não sabia a exata localização do adversário, por isso que olhou para os lados em busca de seu corpo machucado pelo último confronto, mas não havia indício algum dele. E olhou para o chão no instante em que uma rachadura surgiu e o braço esquerdo do assassino apareceu com uma adaga que certamente seria direcionada a sua garganta. A adaga nem mesmo o acertou. Isso porque a mão direita do rosado segurou o pulso daquela mão assim que foi revelada. Ele deveria ser muito grato a aqueles olhos e suas incríveis habilidades. Ele levou a mão esquerda para o pulso e violentamente puxou o moreno do chão e não se incomodou pelo olhar surpreso dele. E assim que o puxou do chão, lançou-o novamente ao céu. E Death já sabendo o que o esperava, olhou para trás e já tentou esfaquear alguma coisa que imaginou que estaria ali, mas não havia ninguém em suas costas. E depois olhou para Rin que concluía os selos do Macaco, Javali, Cavalo e Tigre.

— Katon: Gōkakyū no Jutsu! — Rin disse.

O rosado liberou uma saraivada de bolas de fogo enormes. E Death pôs os braços em frente ao rosto como se aquilo fosse protegê-lo — e até agora conseguia ignorar a dor da fratura exposta. Porém, nenhuma daquelas bolas de fogo três vezes maiores do que um humano de estátua média — 1 metro e setenta e dois — chegou perto de atingi-lo. Na realidade, todas as bolas de fogo passaram próximas dele e até que ele sentiu um pouco do calor, mas nada demais. Ele retornou sua atenção para o rosado e tentou entender seu raciocínio, até mesmo imaginou que lhe faltava um pouco de mira e esse pensamento vago divertiu o assassino. O rosado tornou a desaparecer do chão e apareceu de frente para o assassino. E então levou seu punho direito ao rosto dele, acertando-o e lançando-o mais alto ainda. O rosado desapareceu novamente e ressurgiu à frente dele pela segunda vez. E novamente o acertou com um soco que o jogou mais alto ainda. E pela terceira vez, o rosado desapareceu e o assassino levou sua mão esquerda para frente do corpo enquanto empunhava uma adaga na ideia de acertá-lo mortalmente, mas o rosado não apareceu à sua frente. Isso porque Rin apareceu às suas costas e girou seu corpo enquanto deixava a perna direita estendida, desta forma seu calcanhar acertou a cabeça do adversário e assim Death retornou ao chão com muito mais velocidade que da última vez, porém… antes do impacto realmente acontecer, Rin voltou a aparecer a sua frente e acertou-o novamente com um chute, mas este foi em seu rosto. E assim a direção do assassino mudou e ele se dirigiu para o tronco de uma árvore que se partiu com o impacto. 

O assassino naquela brincadeira tinha quebrado seu maxilar e a maioria das costelas. Ele olhou para o rosado que estava a uma boa distância dele e também olhou-o, porém com o maior desgosto e seriedade possível, assim como também com muita frieza enquanto começava a chover. A chuva no início era fina, mas começou a engrossar e foi o suficiente para apagar as chamas que ainda estavam pela região. Um trovão soou e clareou o céu e até mesmo tornou o rosto do rosado um pouco mais assustador por conta de seu temível Mangekyou Sharingan. O rosado tornou a se aproximar lentamente do assassino que continuou escorado no tronco da árvore, mas tentou atacar aquele que se aproximava com o lançamento de algumas adagas, porém em todas o garoto desvia sem a menor dificuldade ao mesmo tempo que continuava se aproximando dele. E não demorou para que o rosado segurasse a gola da camisa do assassino e o suspendeu no ar e depois o chutou novamente, assim afastando-o do tronco daquela árvore e deixando-o no chão. O rosado se aproximou novamente de Death que estava caído e sentou por cima dele com os joelhos no chão. Rin olhou para o pouco consciente rapaz e fechou as duas mãos em punhos. E levou seu punho direito como um soco para o rosto do assassino, porém esse soco ou os próximos não possuíam aquela força descomunal que estava habituado. Rin queria aproveitar a sensação de socar o adversário por inúmeras vezes por muito, muito tempo.

— Isso… — Rin disse com um pouco de aspereza em sua voz e levando seu punho esquerdo ao rosto do assassino como um soco, então continuou. — ...foi por ter ido atrás da Misa a primeira vez. — E depois levou seu punho direito com a mesma proporção de força para o rosto dele antes de dar continuidade. — Isso por tê-la machucado na primeira vez. — E levou o punho esquerdo para o rosto dele com a quantidade de força anterior. — Isso por ter machucado o irmão dela. — E depois levou o punho direito. Seus punhos estavam aos poucos se tingindo de vermelho, mas era por causa do sangue que escorria de alguns ferimentos faciais do assassino. — Isso por ter machucado ela agora. —

O olhar do rosado expressava o mais puro ódio. Um sentimento bem intensificado. Ele não possuía menor pingo de piedade com o assassino. Porém, exibia um sorriso sádico que evidenciava todos seus dentes a cada soco bem executado no rosto cada vez mais machucado do assassino. Sua expressão tornava-se mais aterradora por conta do trovão que soava acima deles. O único barulho — fora da chuva e do trovão — era dos socos que o rosado dava no rosto do assassino. Cinco socos… seis socos… e o sangue que escorria do assassino ia se misturando à chuva… oito socos… doze socos… não havia como o assassino se defender pois estava completamente desarmado e nem seus Genjutsu iam funcionar em alguém com o Mangekyou Sharingan… quinze socos. O rosado estava ofegante ao dar aquele soco e suor — ou chuva — escorria de seu rosto e ele lentamente saiu de cima do moreno que o seguia com aqueles olhos azuis. O rosado inspirou profundamente e então liberou todo o fôlego como um grito que se combinou perfeitamente ao som de um trovão. Ele olhou para o assassino que com um pouco de esforço conseguiu se levantar e caminhar vagaroso para onde parecia ter enxergado uma adaga. Rin balançou sua cabeça de um lado a outro e olhou para sua mão direita e não demorou em formar o Chidori e esticar o braço na direção do assassino, e então moldou a técnica como uma lança — Chidori Eisō — que se dirigiu a perna direita do adversário e a separou do restante do corpo, assim fazendo com que Death caísse no gramado.

— Você não irá machucar mais ninguém. Sua história termina por aqui. — Rin murmurou e moveu seu braço direito mais um pouco e assim separou a perna esquerda do adversário do restante de seu corpo.

— Na-Não… Death pode ser… qualquer um… serei um mártir. Outras pessoas adotarão esse apelido e irão semear a morte… Death é um apelido para todos aqueles que gostarem de matar. Você pode me matar, mas nunca… — Death foi interrompido.

— Se isso acontecer, matarei cada um deles, assim como meus descendentes farão a mesma coisa. — Rin disse e levantou sua cabeça e assim encarou o céu bem escuro e com nuvens ainda mais pesadas do que antes. — Está na hora. —

— Hor-... Hora? — Death perguntou e moveu sua cabeça na direção do rosado enquanto se arrastava para perto da adaga.

O rosado não respondeu. Ele passou quatro dias treinando com Uchiha Sasuke algumas técnicas derivadas do Chidori, além de aprender uma assustadoramente perigosa, por isso que o rosado tornou a desaparecer de espero do assassino, mas não demorou mais do que um milésimo de segundo para aparecer no topo da árvore mais alta daquela floresta — e que consequentemente estava ainda perto de Death — e deixar seu braço direito erguido e com o Chidori ainda ativado. Death continuou se arrastando com esforço — usando apenas a mão esquerda e o cotovelo, já que seu braço direito estava inútil — e cada vez mais ofegante. Ele poderia muito bem tentar a sorte e agarrar a adaga e joga-lá no garoto de cabelos róseos e, quem sabe, matá-lo e aí se arrastaria para algum lugar onde conseguiria próteses para suas pernas. Poderia até mesmo se aproveitar das Ferramentas Científicas Ninjas. Ele ofegou quando seu dedo médio roçou a lâmina da adaga e se arrastou um pouco mais e assim alcançou definitivamente a arma. O assassino se virou no momento que ouviu um rugido estridente. E seus olhos azuis apreciam um imenso dragão feito inteiramente de eletricidade — um relâmpago — que continuava saindo das carregadas nuvens e agia aparentemente sob controle do rosado silencioso que o olhava sem a menor pena. Aquilo era o Kirin. E o rosado baixou seu braço direito, desta forma enviando aquele relâmpago poderoso para o chão a um milésimo de segundo. E não houve como Death confrontar a poderosa técnica com a adaga ou evitá-la de alguma maneira. O relâmpago intenso atingiu o solo, então tudo começou a se destruir — árvores caíram e outras foram jogadas para longe, uma grande cratera se formou por toda aquela área e dizimou completamente a cabana chamuscada, afugentou qualquer animal que tinha sobrado. 

Até mesmo a árvore que o rosado se encontrava foi destruída, mas Rin estava em segurança já que havia se protegido usando o Susano'o. Ele saiu de onde se encontrava e caminhou para o corpo do assassino e assim o observou com queimaduras além da compreensão humana e ainda segurando a adaga que devido a altíssima temperatura havia grudado em sua mão. Death estava morto. 

— Ame-no-hohi. — O rosado disse assim que seu olho esquerdo começou a sangrar.

O corpo do assassino foi tomado por chamas negras. E essas mesmas chamas seriam mais do que suficientes para terminarem com o restante do corpo. O céu, antes obscurecido por nuvens carregadas, tornou a abrir e a revelar o dia glorioso. Rin continuou naquele lugar para se certificar de que não sobrasse nada do assassino. "Quando o próximo Death aparecer, estarei preparado…" pensou o rosado que se virou e pôs as mãos nos bolsos de sua calça e seu Mangekyou Sharingan se desativou, desta forma seus olhos voltam ao costumeiro esverdeado. E não demorou para que ele desaparecesse com intenção de ir se encontrar com a namorada em Konohagakure.

E nenhum outro "Death" apareceu, nem meses ou anos depois, nem com ele ou com seus descendentes. Aquele não se tornou o primeiro de muitos, não mesmo.

 [ ۝ ]

O rosado apareceu novamente ao lado de Haruno Sakura, isso só aconteceu porque havia marcado-a quando estava no apartamento da mesma antes de começar o treinamento. E desta vez a mais velha não se assustou pela aparição do garoto. A kunoichi das lesmas olhou para o garoto e percebeu a tensão nos olhos esverdeados dele — assim como os punhos devidamente machucados por causa de uma boa quantidade de socos —, por isso depressa passou seus braços pelo pescoço dele, assim confortando-o num abraço e pôs o queixo apoiado na cabeça dele. Rin fechou seus olhos e aproveitou aquele momento e passou os braços em volta da cintura da mais velha.

— Yamanaka Miura está sendo tratado e precisará de supervisão por conta do estresse que sua mente sofreu. Kaisō está em péssima situação, mas nossos médicos estão fazendo o possível e impossível com o Chikatsu Saisei no Jutsu, e Misa… — Sakura sussurrou, mas então parou e abraçou o rosado com um pouco mais de força. — ...não tinha ferimentos sérios, mas precisará descansar alguns dias por ter quase esgotado com o chakra. —

— Obrigado… — Rin sussurrou e apertou um pouco mais a mais velha em seu abraço e seus olhos se suavizaram mais ainda. — ...posso ir até ela? —

Sakura ficou em silêncio, porém não rejeitou a pergunta e até mesmo o pedido silencioso dele, por isso o guiou por aquele corredor e passam por dois quartos até pararem e a kunoichi das lesmas abrir a porta do que estavam na frente, assim revelando o quarto hospitalar com a jovem Misa na cama vestindo um pijama esbranquiçado e com bandagens em seus braços e na cabeça, assim como alguns curativos em suas bochechas. Haviam cabos conectados a ela e que mostravam num computador os sinais vitais dela. A garota estava bem de saúde e naquele momento estava num merecido descanso. O rosado tornou a se aproximar da cama, sentando-se numa poltrona colocada ali para ele e ficou observando sua amada ao mesmo tempo que lágrimas de alegria escorriam. O rosado olhou para Sakura que estava na porta do quarto apenas observando-o, por isso ele sorriu para a mais velha antes de levar sua mão direita para a mão esquerda da amada, mas mantendo sua atenção na médica.

— Obrigado, mãe. — Rin disse para Sakura.


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