Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 116
S05Ch22;




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Na noite anterior — a mesma que Miura encontrou a cabana na floresta. Misa ainda se encontrava na academia e na sua sala de aula. A Yamanaka fazia anotações a respeito dos alunos num caderno de capa vermelha ao mesmo tempo que tinha uma barra de chocolate em seus lábios. Ela sequer se dava conta de que a porta deslizava devagar para assim dar passagem. E o próprio responsável por aquilo nada mais era Rin que escorou seu ombro direito na porta e cruzou os braços e assim manteve seus olhos esverdeados na namorada que não via a alguns dias. O rosado possuía uma expressão bem tranquila enquanto assistia sua namorada trabalhar com muita concentração. Ele observava como algumas mechas do cabelo dela escorriam detrás de uma das orelhas dela para cair na mesa de madeira. 

— ...o Genjutsu dela não é bom, o Taijutsu e Ninjutsu são mais ou menos, mas imagino que também não saiba o elemento de chakra. — A Yamanaka sussurrou ao mesmo tempo que terminava de fazer aquela anotação a respeito da Uzumaki da classe.

O rosado se aproximou. Ele caminhou em silêncio para perto de sua namorada que estava bem concentrada, por isso nem mesmo notou sua presença. Ele ficou logo atrás dela e continuou observando-a fazendo as anotações. E até mesmo levantou uma das sobrancelhas ao reparar que poucos alunos eram bons em Taijutsu, Ninjutsu e Genjutsu. Ele gostaria de saber o que sua namorada estava planejando com aquelas anotações, por isso acabou sorrindo e curvando seu corpo e quase encostando sua cabeça no ombro da loira. Daquela distância podia sentir o agradável aroma de jasmim dela, por isso aumentou um sorriso.

— Não esqueça. Seu namorado tem boas qualificações em Iryō Ninjutsu, Ninjutsu, Taijutsu e Genjutsu. — Rin sussurrou com um tom que chegava a ser de divertimento. E moveu seus olhos esverdeados do papel para o rosto da loira que moveu para o lado oposto ao seu rosto.

— Rin!? — Misa disse. Era bem óbvio que havia se surpreendido com a repentina aparição dele, afinal pensava que o mesmo ainda estava com Orochimaru. Ela continuou assim que saiu da cadeira. — Chegou a quanto… —

— Alguns dias. Estava um pouco ocupado num treinamento com Sasuke-san, então não tive oportunidade de procurar por você. Me desculpe. — Rin respondeu e abaixou um pouco seu olhar. 

— Querido… — Misa sussurrou. Ela percebeu como o olhar dele tornou-se diferente, por isso sorriu pelo canto dos lábios e levou suas mãos até as bochechas dele. — ...estou acostumada com suas escapadas para algum tipo de treinamento, por isso não precisa se desculpar. —

O rosado ficou em silêncio. E uma parte dele sabia que se ausentou bastante desde o começo do namoro, mas também tinha noção de que aproveitavam bastante a companhia um do outro. Ele sabia que estava errado por se ausentar por muito tempo e deixar Misa sozinha, mas ela já havia concordado várias vezes que o aceitava daquela forma, até mesmo mencionou que tinha vontade de acompanhá-lo em certo momento. "Eu sou um cara de muita sorte" pensou o rosado ao mesmo tempo que fechava seus olhos para aproveitar o toque gentil e reconfortante da namorada mas suas bochechas.

— Soube o que andou aprontando. O Daimyo do País dos Vales está querendo se encontrar com você. E acho que o Hokage mencionou que o Kazekage está com essa intenção. Quando vai parar de me surpreender? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas e continuou com aquele sorriso discreto.

— Essa é uma boa pergunta. — Rin respondeu e lentamente abriu seus olhos, mas os concentrou nas anotações que sua namorada fazia até pouco tempo. — Para que está fazendo isso? —

— Ah, bom… — A Yamanaka soltou as bochechas do namorado e cruzou os braços abaixo dos seios e voltou a atenção às anotações. — ...estive observando minha turma com mais cuidado nos últimos dias. Para descobrir em que áreas são bons e ruins. —

— Você pensou nisso? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas. Ele se sentou na cadeira que a namorada estava sentada até a pouco tempo e olhou para as anotações. — Só colocou Ninjutsu, Taijutsu e Genjutsu? —

— É só o que me importa. — Misa respondeu e sentou-se na mesa e observou algumas das anotações que fez até aquele momento. — Desta forma, tenho como saber quem precisa melhorar em determinada área. Aqui… —

A Yamanaka apontou para o nome de Uzumaki Ichigo. Lá constava um simples gráfico com Taijutsu — 2 — Genjutsu — 0,5 — e Ninjutsu — 2,5. O rosado observou o nome por mais tempo do que gostaria. Ele ainda se lembrava de ter conversado com a ruiva naquela mesma sala e de ter contado a história sobre a missão que Uzumaki Kira deu a vida. Ele suspirou e olhou para Misa no momento que ela segurou sua mão direita com afeição, reparando em como o olhar dela parecia preocupante.

— ...eu tô bem. — Rin sussurrou. Ele sorriu pelo canto dos lábios e prestou novamente atenção nas anotações. — Enfim… está dizendo que Ichigo precisa melhorar em Genjutsu? E fará isso com aulas suplementares? —

— Não. — Misa respondeu e sorriu com um pouco de malícia e pegou outro papel com informações quase idênticas. Era de outro aluno com melhor avaliação em Genjutsu. E ela deu continuidade. — Pretendo colocá-la perto desse estudante. Ele é meio ruim em Ninjutsu. Basta dar um empurrão, quem sabe um ajude o outro a melhorar? —

— Entendi o que está propondo. — Rin murmurou e pôs a mão direita em seu queixo e deixou o indicador entre os lábios. Sua atenção continuou nas notas que a namorada dava para os estudantes.

— O que fará com a reunião com o Daimyo do País dos Vales? E com o Kazekage? — Misa perguntou e colocou sua perna direita por cima da esquerda e manteve as mãos na mesa de madeira. 

— Hm… — Rin murmurou. Seus olhos esverdeados se concentram na perna da namorada, mas depois sua atenção se voltou para o rosto dela. — ...primeiro quero ir em Amegakure para resolver um assunto em aberto, mas estou pensando seriamente em aceitar essa reunião. Se for necessário para o desenvolvimento da Rokujūshi, então é certo que aconteça. —

— Amegakure? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas. Ela deu continuidade assim que o rosado balançou a cabeça em confirmação. — Posso ir com você? —

— Você não tem que dar aula? — Rin perguntou com um pouco de divertimento e levou a mão direita para os papéis com inúmeras anotações. — Ajudar seus alunos a melhorarem no que são ruins? —

— Existem professores substitutos. Posso até mesmo deixar um Kage Bunshin em meu lugar. — Misa respondeu e saiu de cima da mesa, mas caminhou para o lado do rosado e sentou-se no colo dele e passou os braços pelo pescoço do mesmo, desta maneira o abraçando. — E você não é outro que tem compromissos? Afastando-se de mim por muito tempo, ignorando suas obrigações no hospital? —

— Haha… — Rin soltou um riso divertido e baixo e levou as mãos para a cintura da noiva e ficou observando-a enquanto sorria e deu continuidade. — ...não era você que havia se acostumado com minha ausência? —

— Me sentiria péssima de me acostumar com sua ausência um dia. Quando não está aqui me sinto diferente. As coisas não me trazem o mesmo ânimo que deveriam. Me sinto um pouco vazia. — Misa sussurrou ao mesmo tempo que aconchegou o rosto no ombro direito do namorado e fechou os olhos.

— Eu sinto muito. — Rin sussurrou e levou sua mão direita para trás da cabeça da namorada e acariciou com suavidade. — Não é minha intenção deixá-la com essa sensação. É claro que pode me acompanhar até Amegakure. E podemos passar em Yattsuhoshi por alguns minutos para vermos como está o andamento do nosso lar. —

— Eu adoraria. — Misa sussurrou e sentiu as bochechas esquentarem um pouco. Ela estava gostando do toque dele atrás de sua cabeça.

— Misa… — Rin chamou por ela. E continuou assim que ouviu um "hm?" de resposta. — ...o que acha de um passeio amanhã? Quero compensar minha ausência dos últimos dias. —

— Um encontro? Você está propondo um encontro? — Misa perguntou e afastou seu rosto do ombro do rosado, mas continuou com o rosto próximo ao dele. E continuou assim que encostou sua testa à dele. — Não há nada para compensar, querido. Não se cobre tanto. —

— Sim, tô propondo um encontro. Você será minha amanhã. O dia inteiro. — Rin respondeu e moveu sua mãe detrás da cabeça da Yamanaka para a cintura dela. — Você merece. Além disso, tem se esforçado demais com seus alunos, por isso precisa de um descanso. O que me diz? —

— Serei sua amanhã? Tenho quase certeza de que pertenço a você há muito tempo. — Misa disse com um misto de divertimento e malícia. E deu continuidade assim que selou seus lábios ao dele por alguns segundos. — Eu adoraria um encontro. —

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E assim aconteceu. Misa estava saindo mais cedo de sua casa — oito da manhã — e usando roupas confortáveis. A Yamanaka vestia uma saia azul que ia alguns palmos antes dos calcanhares, uma camisa verde musgo e uma camiseta branca com detalhes em verdes e gola em "v" e com mangas até os cotovelos, além disso usava tênis branco e seu cabelo mantinha-se solto. Ela mal saiu de casa e já virava à esquerda para seguir em direção a casa dos Katsuryoku quando parou de caminhar e levantou uma das sobrancelhas e pôs a mão esquerda na cintura. Isso porque seu namorado estava com as costas escoradas no muro e de braços cruzados e olhando-a de cima a baixo. Rin naquele dia usava uma camiseta listrada — branca e preta — com as mangas indo até os cotovelos e calça jeans, além disso usava sandálias com abertura para os dedos e seu cabelo estava preso por um rabo de cavalo. Era surpreendente que Rin tivesse naquele lado de Konoha tão cedo. O rosado já havia se afastado do muro.

— Esperando a muito tempo? — Misa perguntou e passou seu braço esquerdo pelo braço direito dele e assim o encostou em seu corpo. 

— Alguns minutos. Acho que uns cinco ou seis minutos. — Rin respondeu e levou a mão esquerda para o bolso da calça jeans antes de dar continuidade. — Está com sua agenda livre hoje? —

— Ainda é quinta-feira, querido. — Misa respondeu, entretanto acabou piscando seu olho direito para o rosado que a observava. — Usei o Kage Bunshin no Jutsu antes de sair de casa. Assim posso aproveitar o dia com você e lecionar. Todo mundo sai ganhando. Não é mesmo? —

— Que noiva sagaz que fui arrumar. — Rin sussurrou com divertimento e aproximou seu rosto ao da Yamanaka e deu um beijo na bochecha dela. — Há alguns lugares que quero levá-la. —

Misa não perguntou. Ela imaginava que o rosado faria o possível para o bom divertimento. Ela o observou por um momento e ficou em silêncio ao vê-lo com os ombros — consequentemente as costas — rígidas, uma postura sem dúvida mais firme, adulta para o rosado que costumava agir com tranquilidade na maior parte do tempo. Ela sorriu, contente por reparar naquilo, e encostou sua cabeça ao ombro dele.

— Com sono? — Rin sussurrou assim que percebeu a cabeça escorada em seu ombro. 

— Não é nada. Só percebi que tenho muita sorte em tê-lo como noivo. — Misa disse e levantou um pouco sua cabeça para observá-lo. 

— Eu não acredito em sorte. — Rin disse e moveu um pouco seu rosto e assim observou a Yamanaka, então deu continuidade. — Acredito que foi o destino que me fez se interessar por Iryō Ninjutsu e buscar por aprendizado com Sakura-sama e eventualmente descobriria que somos parentes. E esse mesmo ensinamento em Iryō Ninjutsu foi o motivo por tê-la salvo do lobo naquele dia e ter me apaixonado pela mulher que futuramente será a mãe dos meus filhos. —

— Sakura-sama… — Misa murmurou. Ela sentia as bochechas se esquentarem por conta daquela resposta. Ela deu continuidade. — ...porque ainda chama sua mãe de Sakura-sama? —

— É hábito. Sei que tenho de me acostumar a chamá-la de mãe, mas não consigo por enquanto. Acho que tenho esse mesmo problema com Sasuke-san. — Rin respondeu. Ele continuou assim que passou o braço direito em volta da cintura da Yamanaka. — De tudo o que disse… você só se interessou por esse detalhe? —

— Seu bobo… — Misa disse e sorriu pelo canto dos lábios e até mesmo levantou seu rosto um pouco mais. — ...sei que gosta de mim há muito tempo. Você era todo bobo no restaurante. —

Rin levou a mão esquerda para a boca e assim abafou uma gargalhada. E usou sua mão direita para acariciar a cintura da Yamanaka que divertiu-se com a sua reação e até mesmo sorriu animada. Os dois seguiram em frente no passeio.

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Depois de alguns minutos, Misa olhou com dúvida para Rin. Isso porque o mesmo a levou para uma barraca nada aleatória de Konoha. Era daquelas com prêmios por se fazer algumas coisas. E tudo o que tinham de fazer era jogarem shuriken em algumas bexigas com objetivo de estourarem. Os prêmios eram dos mais variados, mas o maior deles era um Kuraa-ma — uma popular pelúcia de raposa. A Yamanaka levou a mão direita para a barriga e a esquerda usou para tapar a boca e abafar uma gargalhada no momento que o noivo errou miseravelmente o alvo — uma bexiga — e acertou o pé do lojista que gritou dolorosamente. Rin olhou para a loira que se divertia com seu fracasso.

— Eu não uso essas coisas. Então, é meio óbvio que estou na desvantagem. — Rin disse e sentiu as bochechas ferverem de vergonha.

— Você é um shinobi, bebê chorão. — Misa disse e balançou negativamente sua cabeça. Era óbvio que estava se divertindo com a situação. — Deixe-me tentar, senhor. — A Yamanaka disse e estendeu a mão para o lojista.

— Aqui, senhorita. — O dono da loja entregou meia dúzia de shuriken para a Yamanaka. Ele olhou ligeiramente bravo para o rosado que errou novamente o alvo e acertou o teto de sua loja.

— Des-Desculpe… — Rin disse e engoliu em seco.

Misa se esforçou para não gargalhar novamente — e fracassou. Assim que acalmou os ânimos, pegou a meia dúzia de shuriken da mão do lojista e olhou para os alvos. Concentrou seus belos olhos azuis numa das bexigas e girou a primeira shuriken em seu indicador e depois moveu o braço a frente do corpo, desta forma lançando-a e fazendo-o acertar e estourar a bexiga. Ela olhou de relance para o rosado ao seu lado que assobiou impressionado, mas a Yamanaka retornou sua atenção para as bexigas e repetiu seu movimento anterior. E uma após a outra as bexigas foram estourando até que não sobrou mais shuriken na palma de sua mão. 

— Seis de seis, parabéns. — O lojista disse e cruzou os braços ligeiramente musculosos e manteve sua atenção na Yamanaka. — O que vai querer levar? —

"Um Kuraa-ma seria óbvio. Esse bicho de pelúcia tem uma popularidade que até me assusta" pensou o rosado que cruzou os braços e continuou observando sua noiva que refletia sobre qual prêmio levaria. Misa observou algumas das máscaras que também faziam parte das premiações, mas não se interessava por aquilo, então olhou para o Kuraa-ma e pensou a mesma coisa que o rosado que a acompanhava, por fim reparou num par de óculos de um filme popular de ação, mas sabia que sentiria vergonha se escolhesse aquilo como prêmio.

— Eu não quero nada. — Misa disse.

— O que? Porque? — O lojista perguntou.

— Porque… — Misa olhou para o rosado que a acompanhava e que virou o rosto no momento seguinte, apesar disso a loira sorriu. — ...a companhia dele é o melhor prêmio que eu poderia ter. —

O lojista ficou em silêncio, porém refletiu sobre a resposta que a Yamanaka lhe entregou. Misa soltou um risinho bem divertido e pegou o braço direito do rosado e o juntou ao seu corpo e assim tomaram distância da loja. Rin parecia satisfeito com a resposta que a garota deu a poucos instantes, até mesmo por isso que mantinha seus olhos esverdeados no céu azul de poucas nuvens.

— Você não usou o Sharingan. Podia ter ganho aquele joguinho bobo. Porque? — Misa perguntou e sentiu as bochechas se esquentarem um pouco quando o olhar gentil do rosado retornou para ela.

— Vê-la rir… se divertir… é melhor do que ganhar aquelas coisas. É o meu prêmio. — Rin respondeu e soltou um riso curto e levou seus lábios para perto da têmpora de sua namorada e deu um beijo antes de continuar. — Sei que sou ruim no lançamento de shuriken, mas dá para não espalhar isso? —

— Hm… — Misa murmurou e levou a mão disponível para seus lábios e encostou neles com o indicador. — ...terá que me convencer a não divulgar aos quatro ventos, querido. —

O rosado ficou em silêncio. E gargalhou com muito ânimo ao mesmo tempo que passava os braços em volta da cintura da amada e puxava-a para mais perto de seu corpo. Ele sentiu quando as mãos dela alcançaram seu abdômen e tentou afastá-lo, mas aquilo não aconteceu. O rosado levou seus lábios para o pescoço da namorada e deu uma mordida perto do ombro e sentiu quando as mãos dela se fecharam em sua camisa listrada.

— Ah, que-querido… — Misa sussurrou e gaguejou. Era óbvio o tom de divertimento em sua voz ligeiramente enfraquecida.

O rosado não seria louco em fazer qualquer coisa em público, mas aquilo era uma mordida inofensiva. Ele sabia que aquilo dava para ser escondido com a roupa e até mesmo com um pouco de maquiagem. O rosado parou com a mordida e aproximou seus lábios do ouvido da Yamanaka, então soltou uma lufada gentil de ar que fez a garota se arrepiar.

— Eu vou te beliscar inteirinha. Te morder e beijar em cada centímetro. Então, se pre… — Rin não concluiu seu comentário.

Ele não teve a chance de acabar de falar. Isso porque a Yamanaka saiu em disparada e deixou o rosado falando sozinho. Rin sorriu pelo canto dos lábios e a observou correndo para longe dele, mas também parando depois de alguns metros e olhando para trás. Ele se sentiu estranhamente leve ao vê-la com um brilho em seus olhos azuis. Tão azuis quanto a safira que havia no anel dela. O rosado sorriu um pouco e alcançou a loira que tinha um tumor suave em torno das bochechas.

— Não contarei para ninguém, tá? — Misa disse quando o mesmo ficou ao seu lado e depressa pôs as mãos entrelaçadas nas costas e alargou um sorriso. — Então, sem mordidas e beliscões, tá? —

— Sem beliscões. — Rin disse e levou seu braço direito para o ombro da amada e sentou quando o braço esquerdo dela o envolveu. 

A Yamanaka sorriu e aceitou. Ela levantou um pouco seu rosto e levou seus lábios para a bochecha do rosado e assim deu um suave beijo e soltou um risinho divertido em seguida. E os dois caminharam novamente para dar continuidade àquele passeio.

[ ۝ ]

Os dois chegaram dentro de algum tempo no calmo Parque Senju. Lá era sem dúvida o lugar ideal para alguém que gostava de descansar. E essa era uma das definições do rosado que não se importou tanto com os olhares de sua noiva enquanto a levava pela área. Os dois chegaram à grande árvore que tinha e que fornecia uma maravilhosa sombra. E perceberam que não eram os únicos que escolheram passar um período do dia por ali. A Yamanaka estava mais do que acostumada com o relaxo do rosado, por isso não se surpreendeu quando o mesmo decidiu sentar-se no gramado. Ela o acompanhou e assim sentou-se ao lado dele.

— Querido… — Misa chamou pelo rosado e pôs a mão direita em sua perna esquerda. As bochechas dela estavam levemente ruborizadas.

O rosado entendeu. Ele se deitou e pôs a cabeça na perna de sua noiva e sentiu quando a mão direita dela começou a mexer — acariciar — seu cabelo. Os dois sentiram uma agradável brisa que foi mais do que suficiente para mexer com o gramado. 

— O Hokage me disse uma coisa interessante outro dia. — Misa murmurou e continuou quando o rosado lhe respondeu com um "hm?". — Ele disse que é possível a aparição do Daimyo dos Vales e do Kazekage em nosso casamento. Dependendo obviamente do tipo de relacionamento que desenvolver com eles na reunião. Que nosso casamento pode ser grandioso em Konoha. —

— E como está se sentindo com isso? — Rin perguntou.

— Ansiosa. — Misa respondeu e levou a mão direita para a barriga e engoliu em seco. — Com um frio no estômago quando penso nisso. Que pessoas importantes podem comparecer em nosso casamento. —

— E você quer a participação deles? — Rin perguntou.

— Depende do relacionamento que tiverem com a Rokujūshi, né? — Misa perguntou e por um momento sentiu que tinha falado bobagem. 

— Não. O casamento não será para melhorar um relacionamento idiota com pessoas que não conheço direito. Se você não quiser que eles compareçam, tudo bem. Eu também não quero. Independente de como me sair na reunião, será você a decidir se quer eles. — Rin disse, mas deu continuidade assim que sorriu pelo canto dos lábios. — A Rokujūshi vem em segundo lugar. Você é minha maior preocupação. —

— Já tem uma data em mente? — Misa perguntou.

— Quando o inverno acabar. Primeiro quero ter certeza de que a casa está pronta, então vem o casamento. — Rin respondeu.

— E bem depois… filhos. — Misa sussurrou.

Ela sussurrou, mas sabia que o noivo a escutava. E ele sorriu de uma forma positiva. Era gratificante para ela saber que haviam mais coisas nos planos dele para eles. A Yamanaka curvou seu corpo e aproximou seu rosto ao dele e gentilmente selou seus lábios com o mesmo. Ela sentiu quando a mão direita dele lhe alcançou a bochecha e ficou a acariciando enquanto seus lábios se roçaram. 

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Mais algum tempo passou. E agora os dois entraram num restaurante simples de Konoha, mas que era particularmente famoso por ter muitas décadas. Era o próprio Ichiraku Lamen e o rosado olhou de relance para uma mesa em que estavam dois membros do clã Akimichi que decidiam ainda o que iam pedir, mas ele se sentiu particularmente estranho quando a garota — Cho-Cho — lhe encarou por um bom tempo e até acenou em sua direção. Ele olhou para o lado e percebeu que Misa estava acenando em resposta e depois apontando para ele como se sugerisse alguma coisa, então olhou para a Akimichi e percebeu que ela ficou surpresa com alguma coisa. Rin voltou sua atenção para a noiva ao mesmo tempo que os dois escolheram uma mesa e sentaram um de frente para o outro.

— Que droga foi isso? — Rin perguntou.

— Lembra do treinamento do Rasengan? — Misa perguntou também.

— Lembro. Porque? — Rin perguntou.

— Cho-Cho pode ser uma admiradora. Ela mencionou que gostaria de conhecê-lo, além de considerá-lo bonito. — Misa respondeu enquanto colocava os cotovelos na mesa e entrelaçou as mãos. — E claro que acrescentei algumas das suas qualidades para ela. Quem sabe não surge um fã clube a seu respeito? —

— Você é travessa. — Rin disse com divertimento. Ele achava bem impossível que um fã clube surgisse. 

— Um pouco. — Misa disse e agitou seus ombros como se não ligasse tanto, então continuou assim que olhou o cardápio. — O que vai pedir? —

— Um pouco? Você disse para três garotos que fui atrás do Orochimaru para enfrentá-lo. Estava todo machucado quando me viram, então melhorei um pouco sua mentira. — Rin disse com o mesmo tom de divertimento de antes. Ele continuou assim que percebeu as bochechas avermelhadas da loira. — Vou de um Lamen grande com Menma. —

— Todo machucado? O que aconteceu? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas, mas a preocupação era bem óbvia em seus olhos azuis.

— Ele queria me testar. Me deu uma missão de recuperar um dos subordinados que havia se metido na floresta. Só esqueceu de contar que esse subordinado possuía uma transformação que o deixava maluco. Só sai vivo porque invoquei… — Rin olhou para os lados. E depois para sua noiva e levou a mão direita para o lado da boca e assim sussurrou. — ...invoquei Shukaku-sama e ele acabou com o subordinado com muita facilidade. —

— Puxa vida. — Misa disse. Era bem nítido como havia se surpreendido com aquela informação.

— Orochimaru é muito suspeito. Ele me considera muito interessante. Tenho que manter minha guarda quando estou perto dele. — Rin murmurou e levou a mão direita para a nuca e coçou com suavidade. — Pelo menos o treinamento e as pesquisas por lá deram certo. —

— O que vão pedir? — Um atendente perguntou assim que apareceu ao lado deles com um bloco de notas na mão direita e uma caneta na esquerda.

— Hm… — Misa disse e levou a mão direita ao queixo e olhou para o cardápio e depois para o atendente. — ...um Lamen grande com Menma. E duas tigelas para dividirmos. —

— Certo. Alguma coisa para beber? — O atendente perguntou.

— Uma limonada. — Rin respondeu.

A Yamanaka pareceu concordar com o rosado. E o atendente logo tomou distância da mesa do casal. Rin olhou para a loira que também o observava e possuía um singelo sorriso em seus lábios.

— Sakura-sama está me ensinando culinária. — Rin disse. E continuou assim que a namorada pareceu mais curiosa que o habitual. — Aquela aposta do confronto em que desisti. Lembra? Há alguns dias jantei no apartamento dela e pedi para que me ensinasse. —

— Está cumprindo com sua palavra. Quem diria que meu Uchiha seria tão esforçado, mas tão preguiçoso. — Misa sussurrou com divertimento. Ela moveu sua mão direita para o meio da mesa.

— Gosto de cumprir com as coisas que digo. Essa é uma boa qualidade minha, além de minha insaciável preguiça. — Rin disse com o mesmo divertimento que sua noiva. Ele levou sua mão esquerda para cima da mão direita dela. — E eu prometo que vou te proteger sempre, prometo que receberá todo o meu amor. —

— Rin… — Misa disse ao mesmo tempo que seus olhos ficaram marejados. Era felicidade que a Yamanaka estava sentindo com todas aquelas palavras do rosado. — ...eu te amo demais. —

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos. Os olhos verdes concentrados nos azuis levemente marejados. E até mesmo ignoram o gritinho feminino — Cho-Cho — um pouco distante de sua mesa. Entretanto, não puderam ignorar quando a mesma garota rechonchuda saiu de sua mesa e seguiu para aquela que os dois estavam. A menina Akimichi possuía um tumor em torno de suas bochechas e uma ligeira animação.

— Vocês são tão fofos! — Cho-Cho disse e olhou para a Yamanaka que já conhecia, mas depois sua atenção se desviou para o rosado. — Você é o irmão da Sarada. Eu sou a amiga dela. —

— Hm… — Rin disse. Ele olhou de relance para a Yamanaka que usava o cardápio para esconder o rosto, mas era óbvio que estava rindo da situação. Ele voltou sua atenção para a Akimichi. — ...olá, amiga da Sarada-chan. —

— Me chame de Cho-Cho. — A Akimichi disse.

— Cho-Cho… — Rin murmurou. Ele engoliu em seco e piscou seu olho esquerdo para a garota e sorriu pelo canto dos lábios ao ponto de mostrar os dentes brancos e reluzentes. — ...é um prazer conhecê-la. Me falaram muitas coisas positivas ao seu respeito. —

— Você é bonito! — Cho-Cho disse com muita empolgação.

O rosado continuou sorrindo. E ele olhou novamente de relance para a Yamanaka quando a mesma lhe chutou a canela, mas era óbvio que ela ainda estava se divertindo com a encenação de encanto do rosado. Ele pôs o cotovelo esquerdo na mesa e usou a palma da mão para apoiar o queixo. 

— Obrigado. Vou torcer para você no próximo Exame Chunin, Cho-Cho. Então, não me desaponte. — Rin disse e estendeu sua mão direita fechada em punho para a Akimichi. — E continue cuidando da Sarada-chan. —

— Na-Não pre-precida torcer por mim lá. Pode torcer por mim aqui. — A Akimichi disse e demonstrou mais empolgação ainda. — Meu papa e eu estamos aqui para vencermos a Rainha Glutona. —

— A rainha quem? — Rin e Misa perguntam em uníssono.

A Akimichi pegou o cardápio que estava com a Yamanaka e mostrou a última página. Lá informava sobre uma competição e que a atual campeã era Hyuga Hinata com quarenta e seis pratos de Lamen, em segundo lugar Akimichi Choji com quarenta e dois, em terceiro Akimichi Choza com quarenta e um. Rin olhou para Cho-Cho e imaginou para onde iria tanta caloria, depois olhou para Misa e percebeu como a mesma estava surpresa com a descoberta de que Hinata era a campeã daquela competição.

— Ah, boa sorte então, Cho-Cho. — Rin disse só com intenção de quebrar um pouco do clima estranho que ficou.

— hihihi, obrigada. — Cho-Cho disse e tornou a se afastar da mesa.

— Você é mais inteligente que isso, Misa. — Rin murmurou e retornou sua atenção para a Yamanaka que lhe lançou um curioso olhar. — Não tente. —

— Você acha mesmo que quero participar disso? Não sou gulosa, querido. — Misa disse e cruzou os braços abaixo dos seios e inflou suas bochechas.

— Bom… — Rin tentou dizer alguma coisa, mas foi interrompido.

— Eu não acredito! Você acha mesmo que consigo comer mais de quarenta e seis tigelas de Lamen!? — Misa o interrompeu. O olhar da Yamanaka tornou-se um pouco mais sério.

— ...eu não disse isso! É só que… — Rin engoliu em seco. Ele imaginou que deveria tomar um pouco de cuidado com suas palavras seguintes. 

— "É só que" o que? — Misa perguntou e semicerrou seus olhos.

— ...você é gulosa quase todas as manhãs. Quando dormimos juntos. Então, acho que você teria a capacidade de vencer a Rainha Glutona. — Rin disse e sentiu um arrepio se espalhar pelo corpo quando recebeu um olhar pouco amigável e muito sugestivo da Yamanaka.

— Querido… — Misa disse e pôs os cotovelos na mesa e entrelaçou as mãos e apoiou o queixo nelas. E sorriu de uma forma bem gentil e ameaçadora para o rosado.

— Si-Sim, amor da minha vida? — Rin perguntou. Ele sentiu suor escorrendo depressa por seu rosto. Sem dúvida que a Yamanaka era um inimigo perigoso.

— Cale a boca. E não toque mais nesse assunto. — Misa disse e inclinou a cabeça para o lado um pouco e soltou um risinho antes de continuar. — Entendido? —

— Entendido… — Rin disse. Era nítido como havia se arrependido daqueles últimos minutos. Ele engoliu em seco novamente e continuou. — ...eu ainda te amo. —

— Ah, querido. Nada do que me disser vai me fazer esquecer o que acha de mim… — Misa disse e soltou um risinho quase ameaçador ao fim do comentário. Ela deu continuidade assim mesmo. — ...apesar disso, também te amo profundamente. —

"Mulheres são assustadoras…" pensou o rosado que sentiu-se aliviado quando o mesmo atendente apareceu com uma tigela grande de Lamen com Menma e duas tigelas menores e alguns hashis e uma colher para que pegassem o líquido e não apenas o conteúdo sólido da grande tigela. E também trouxe uma jarra de limonada com alguns cubos de gelo e dois copos vazios. O atendente pôs tudo na mesa e tornou a se afastar. "...por trás de todo homem, há uma mulher assustadora…" o rosado continuou pensando enquanto usava o hashi para tirar conteúdo da tigela grande e servir a Yamanaka que enchia os copos com a limonada gelada. E depois se olharam e soltaram risinhos divertidos.

— Itadakimasu. — Disseram em uníssono.

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Algum tempo depois, os dois continuaram o passeio por Konohagakure. Eles retornaram a se divertirem com as lojas que haviam brindes por alguma coisa a ser concluída. E dessa vez a Yamanaka optou por receber um Shukaa-ku — outra pelúcia bem popular, mas nem tanto quanto um Kuraa-ma — e o deixou confortavelmente em seus braços enquanto o rosado caminhava com as mãos nos bolsos da calça jeans. "Se eu contar para Shukaku-sama que tenho um Shukaa-ku… pode ser que ele queira me matar, independente dos laços que temos…" pensou e engoliu em seco quando imaginou ter ouvido uma risada histérica e semelhante ao de um bêbado em sua cabeça, mas também soltou um risinho e parou de caminhar assim que olhou para uma loja um pouco interessante — Flores Yamanaka.

— Vamos entrar, Misa… — Rin disse.

— Tentando comprar flores para compensar o que me disse no Ichiraku Lamen? — Misa perguntou.

— Não. Flores não se compram só como pedido de desculpas. Vou comprá-las porque amo você. — Rin disse.

A Yamanaka ficou em silêncio, mas acabou gostando profundamente da resposta que ele lhe deu. Os dois entraram na floricultura e logo sentiram o agradável aroma de incontáveis flores daquela estação e da anterior. Tudo na Flores Yamanaka era tão bonito e bem cuidado. E logo foram recepcionados por uma mulher de longo cabelo loiro e de olhos azuis com vestes púrpuras que pôs uma das mãos na cintura. 

— Ora essa, quem diria. O garoto que tanto ouço falar, enfim está em minha floricultura. — A mulher disse e continuou observando-o com aqueles belos e gentis olhos azuis claros. — Sou Yamanaka Ino, amiga de infância da Sakura, dona dessa floricultura. —

— E líder do clã Yamanaka, assim como líder da divisão sensorial. — Misa disse e abaixou sua cabeça numa reverência para a outra Yamanaka.

— Espero que as coisas que tenha ouvido sejam boas, Ino-san. Há muita gente espalhando boatos por aí, sabe? — Rin disse e olhou de relance para sua noiva e cruzou os braços.

— Hehehe, ouço apenas coisas boas a seu respeito. Sakura contou a respeito de suas qualidades com o Iryō Ninjutsu e de sua sede por conhecimento. — Ino disse e cruzou os braços abaixo dos seios e olhou para a garota que o acompanhava, então deu continuidade. — Não há necessidade dessa formalidade. Então, o que está querendo de minha loja? —

— Que bom ter perguntado. — Rin disse e levou a mão direita ao cabelo e o coçou por alguns segundos, então continuou. — Vou querer uma Rosa Vermelha e uma Rosa Laranja, duas Peônias, três Astromélias. —

O rosado leu na noite anterior um pouco sobre flores. E por isso escolheu Rosa Vermelha e Laranja — uma representando o amor e a outra o desejo — as Peônias — amor entre amantes — e as Astromélias — devoção. Ele queria transmitir alguns sentimentos para Misa que pareceu entender, até por isso que suas bochechas se esquentaram um pouco.

— Alguém romântico, quem diria. Sakura ficará contente em saber disso, mas sinto muito… não temos nada disso por enquanto. — Ino disse com desapontamento, mas deu continuidade assim que um sorriso surgiu em seus belos lábios. — Alguma coisa mais? —

— Sim… — Rin disse. Ele não desistiria de comprar algumas flores para a pessoa que amava. Por isso deu continuidade. — Um arranjo com Sakurasou, Ume e Tsubaki. —

Sakurasou — desejo e amor verdadeiro — Ume — fidelidade — e Tsubaki — amor perfeito — com certeza transmitiriam uma boa mensagem para Misa que novamente entendeu. Rin sentiu-se contente por ter lido um pouco dos significados das flores. Ino continuou com aquele sorriso elegante e atrativo. E ela logo se afastou para fazer um arranjo com as flores mencionadas pelo rosado. Ao mesmo tempo, Misa aproximou-se de Rin e lhe deu um beijo na bochecha e depois recostou sua cabeça no ombro dele e sentiu quando o braço esquerdo dele lhe envolveu a cintura.

— Seu bobo… — Misa sussurrou.

— ...não mesmo. — Rin sussurrou também e levou seus lábios para o pescoço da garota e deu um beijo suave. — Eu te amo muito, muito mesmo. E quero que saiba sempre desse meu sentimento. —

— Vocês são fofos. — Ino quem disse aquilo. A Yamanaka retornou para perto deles e exibia um olhar divertido e malicioso. — Aqui está o arranjo. —

A Yamanaka mais velha mostrava em sua mão direita um belo arranjo das flores selecionadas. As bordas eram de Ume para simbolizar a fidelidade, logo em seguida vinham as Tsubaki para representar o amor perfeito e por fim as Sakurasou para representar o desejo e o amor verdadeiro. Era um belo arranjo floral. O rosado pegou o arranjo e depois o entregou para a noiva que cheirou as belas flores e pareceu contente. E era bem óbvio que Misa estava contente.

— Obrigado. — Rin disse.

— São lindas, Ino-san. — Misa disse assim que prestou um pouco mais de atenção às flores do arranjo.

— São as mais belas que encontrei. Os sentimentos dele por você são verdadeiros, por isso quis pegar as melhores. — Ino disse e manteve um fino sorriso em seus belos lábios antes de dar continuidade. — Estou fazendo um desconto para vocês, por isso sairá pela metade do preço. —

— Muito obrigado. — Rin disse. E Misa pareceu concordar com o rosado.

O rosado puxou uma carteira do bolso esquerdo de sua calça jeans. E de dentro tirou algumas notas e depois moedas e entregou para a líder do clã Yamanaka que continuava observando-os. Rin olhou para Misa que continuava segurando o Shukaa-ku e o arranjo floral. E assim os dois saíram da floricultura.

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E algumas horas se passam. Depois que os dois saíram da floricultura, voltaram a passear por Konohagakure. Misa com certa empolgação guiou Rin para algumas lojas de roupa e assim ajudou-o a escolher camisas novas — alegando que as dele estavam velhas demais — e depois lhe mostrou a língua quando o rosado sugeriu que ela comprasse algumas roupas íntimas bem sensuais, ignorando até mesmo o olhar malicioso dele quando a mesma realmente comprou alguma coisa. Os dois também passearam por outras lojas com brindes e soltavam boas risadas quando um deles acabou fracassando em alguma coisa. Agora os dois estavam de volta ao Monumento dos Hokage, em cima da cabeça de pedra de Uzumaki Naruto. Rin estava sentado com a cabeça da loira numa de suas pernas e observando-o ao mesmo tempo que ele olhava o céu alaranjado. O rosado tinha uma das mãos no cabelo de sua garota e acariciando-a, ao mesmo tempo as mãos de Misa estavam na barriga. Os dois aproveitam uma refrescante brisa que bagunçou suavemente com seus cabelos. Eles não tinham mais energia para continuarem com o passeio, por isso escolheram aquele lugar como o último ponto a ficarem e aproveitarem a companhia um do outro até o anoitecer.

 


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