Depois de descobrir o interesse do governo nos passageiros, Lily se sentiu ainda mais desesperada em achar algum tipo de remédio que resolvesse a alteração genética. Se o governo estava fazendo experiências, eles já sabiam disso. Ou seja, isso colocava James e Remus em risco.

Ela havia passado os dois últimos dias em seu laboratório, vivendo à base de café e cochilando na poltrona por poucos minutos. Ela tinha certeza que estava perto do resultado.

Fez testes após testes e finalmente teve algum retorno positivo. Refez o mesmo teste 5 vezes para ter certeza e estava dando certo.

Tinha conseguido uma cura?

Pegou o telefone e ligou para James. Precisava contar a novidade.

—Amor, eu acho que encontrei um remédio. Ainda não testei em humanos, mas pelo que tudo aponta está funcionando - ela disse animada.

James estava no trabalho, mas prometeu que no fim do dia iria ao laboratório dela e testaria. O cobaia seria ele mesmo.

Ele estava fazendo um relatório sobre uma investigação. Sirius estava na mesa ao lado, tomando café e lendo outros documentos.

De repente, James viu uma fazenda e ouviu gritos. Ele sentiu a cabeça doer.

—Sirius, eu acho que sei onde estão fazendo as experiências, eu vi - ele disse ao amigo. Black o olhou assustado, ainda estranhando a situação, mas confiou no amigo.

Eles procuraram nos mapas e na internet registros que ajudassem a identificar onde ficava a fazenda que James viu. Após muita pesquisa, definiram 3 opções. Agora precisavam verificar.

James ligou para Lily e avisou o que estavam fazendo. Ela, apesar da preocupação, sabia que aquilo era necessário. Pediu a Potter que tivesse cuidado e ele prometeu que voltaria bem.

Avisaram também a Remus. Ele estava diretamente ligado a tudo isso. Lupin pediu que o mantivessem informado e que tomassem cuidado.

Sirius juntou uma equipe pequena e foram à primeira fazenda. Parecia abandonada e eles não encontraram nada. Seguiram para a próxima, mas havia apenas uma família que morava lá. Nenhum sinal suspeito.

Quando chegaram à terceira, encontraram um segurança parado na entrada. Sirius e James trocaram olhares. Isso era suspeito. O segurança disse que era uma propriedade privada.

James sentiu dor de cabeça e teve a visão novamente. Era exatamente ali. Havia uma porta de entrada escondida entre as árvores.

—Nós somos da polícia, podemos entrar e dar uma olhada? - James falou pela primeira vez desde que chegaram ali. Precisavam entrar.

O segurança pareceu relutante, mas teve que deixá-los passar, tentando não levantar suspeitas.

O grupo desceu do carro e James foi na frente, direto para a entrada que tinha visto.

—Por que estamos indo para as árvores? - Black perguntou.

—Confia em mim - foi tudo o que James respondeu. Andaram poucos minutos e encontraram uma porta.

—É aqui - James disse. O segurança não havia seguido eles, então não havia impedimentos. Eles se prepararam e invadiram. Haviam algumas camas com pessoas, provavelmente passageiros, apagados. Fios se ligavam a eles e alguns pesquisadores olhavam computadores. Com a entrada da polícia, todos ficaram alertas, mas não havia muito o que fazer. Todos foram presos e os passageiros foram encaminhados para o hospital.

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Na delegacia, Sirius e James interrogaram todos os presos. Faltava apenas um, mas ninguém tinha revelado nada.

—É o último... espero que ele fale alguma coisa - Sirius disse.

Assim que entraram na sala, James reconheceu o homem. Ele havia sido responsável pelo interrogatório quando o avião voltou. Olhou na ficha e se recordou perfeitamente.

—Peter Pettigrew, vamos lá. Sua situação é complicada, então se você contar tudo o que sabe, a justiça pode aliviar para você.

O homem parecia amedrontado - e realmente estava - porque começou a falar.

O vôo havia sido um tipo de cobaia do governo. Existia uma pesquisa sobre uma tempestada que cria um raio negro. Esse raio abre uma fenda temporal e, além de permitir viagem no tempo, traz efeitos em suas vítimas: algo sobre transmissão de pensamento. Porém, nada disso passava de suposições e eles decidiram testar exatamente com o avião deles.

Quando o vôo voltou, eles começaram a fazer experimentos nos passageiros para saber o que isso causou.

O mistério estava desvendado.

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Os testes de Lily se mostraram eficientes. Logo, todos os passageiros foram chamados para tomar o antídoto e remover a alteração genética e, consequentemente, os chamados.

Nesses dias, Lily e Tonks, sua assistente, trabalharam em dobro. Mas foi recompensador ver o sucesso de todo esse trabalho.

Após a aplicação da última dose, a ruiva foi para o apartamento que James dividia com os amigos. O combinado tinha sido jantarem juntos, finalmente sem mais problemas. Bateu na porta e quem abriu foi Sirius.

—E aí, ruiva? - ele abraçou a amiga. Só eles dois sabiam o quanto estavam felizes. Eles perderam pessoas que amavam, quando eles voltaram tudo estava uma bagunça, mas agora estavam todos bem.

Lily entrou e abraçou Remus também. Por último, ela se aproximou de James e o beijou lentamente. Ainda parecia surreal que estavam bem.

Eles passaram a noite entre risadas. Finalmente, tudo estava no lugar.