Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 52
A Batalha de Estborne




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Opening

Arthuria se encontrava em seus aposentos, vestia calmamente um vestido vermelho pensando se fez o certo aceitar sair de Camelot. Há muito tempo o reino não se encontrava em tão grandiosa paz. Vestia a sua última peça quando um estrondo percorreu todo o reino, se desequilibrou e só se manteve de pé por ter cravado sua lança na parede rapidamente. Levantou olhando pela varanda do quarto.

—Minha Rainha! – Ouviu um dos soldados gritar entrando pela porta. – O Leviatã está no reino!

Arthuria permanecia imóvel. Leviatã? Em Camelot? Isso não é nenhuma coincidência, não pode ser... Pensava enquanto sentia o grande monstro se levantar do mar.

—Chame Merlin. – Ela disse calmamente ao homem, com preocupação em seu rosto enquanto subia no parapeito da varanda, em sua mão esquerda, um arco se formava.

—Ele já está a caminho do selo de teleporte para Estborne, e está esperando sua companhia.

—Ótimo! Diga que me juntarei a ele em alguns minutos – A mesma o respondeu levantando o arco, nele uma flecha de penas vermelhas se encontrava, fechou um olho tendo uma mira certeira, logo disparando em direção do Leviatã, por mais que estivesse a mais de 100 quilômetros de distância.

A flecha viajou rapidamente através de seu reino, com a pressão do disparo abrindo caminho até o alvo e o acerta em cheio, fazendo uma grande explosão.

Ao notar que uma grande explosão se fez quando a flecha atingiu o alvo, Arthuria abaixou o arco notando que o inimigo não sofreu grandes avarias, usou sua magia de reequipamento e começou a vestir sua armadura enquanto saia do quarto com pressa.

Enquanto se dirigia para o selo de teleporte, um mensageiro chega e começa a reportar.

—Minha rainha, conseguimos evacuar os civis, porém vários de nossos homens foram feridos e ainda não temos um número de mortos, porém...

—Porém?

—Estimamos em mais de cinquenta, desde a primeira contagem.

Arthuria engoliu em seco e ficou em silêncio. Odiava e temia com todas suas forças perder os seus homens em batalha, e jurou para si mesma que iria os vingar quando chegasse e faria de tudo para que não precisassem ocorrer mais mortes e os protegeria o máximo que conseguisse.

—Obrigada pelo relatório. Está livre agora. - Ela agradeceu educadamente, com um sorriso em seu rosto.

—Vossa excelência. – Ele fez um sinal de respeito e se afastou de Arthuria, provavelmente para fazer outro relatório.

Arthuria acelerou o passo e conjurou novamente seu arco, quando se aproximou da sala que tinha o selo de teletransporte. Krioni estava lá dentro, murmurando coisas como “Por que ele sumiu?” e “O que diabos é esse poder?”

—Merlin! O que está acontecendo? - Perguntou ela, preocupada. 

—Eu não sei, provavelmente é a desgraçada da Hanna, e eu não vou deixar ela vencer Camelot! – Ele estava deixando as palavras saírem atropeladas de sua boca, e a Arthuria apenas assentiu sem entender muito bem.

—Vamos?

—Vamos. 

Krioni então fez um movimento com suas mãos e a sala inteira passou a brilhar, e em um instante, eles estavam em Estborne. Arthuria imediatamente saiu em disparada para a direção do Leviatã e novamente tencionou seu arco com uma flecha de penas vermelhas, e disparou na direção da cabeça do Leviatã, causando outra grande explosão. Com aquele impacto, ela viu dois brilhos onde deveriam ser os olhos do Leviatã, e uma densa chuva começou a cair do céu.

O mago, por sua vez, voou em direção aos céus, e procurou por qualquer coisa que indicasse o motivo do Leviatã estar ali, que não fosse Hanna. Ele voou por entre as árvores procurando por selos, cavernas, qualquer coisa que pudesse ser o que procurava, porém não encontrou nada.

Então é essa anja degenerada mesmo, huh... Eu juro que vou devolver esse animalzinho dela, e apagar essa vadia da existência!

Arthuria corria para a frente de batalha e ajudava seus homens, que lutavam contra o poderoso inimigo sem medo. Quando a enorme mão do Leviatã foi atingir um dos seus soldados, Arthuria reequipou suas armas por um enorme escudo e segurou o golpe.

—Você está bem?! - Perguntou a Rainha, em um tom preocupado.

—Sim, obrigado! – Ele saiu cambaleando pelo golpe que tinha levado antes. Quando em batalha, Arthuria sempre ordenava que seus soldados a tratassem como apenas mais um deles e um comandante, porém nunca com toda a pompa de majestade, afinal não era um bom lugar para ficar mantendo coisas pífias como títulos.

Ela então ordenou que eles voltassem e entrassem na muralha onde ficava o círculo de teletransporte para se protegerem e atacarem à distância. Todos acataram, inclusive a mesma. Por sorte, o Leviatã se movia devagar, e ainda não havia chegado em terra.

Ela e seus homens disparavam flechas e virotes de enormes bestas, mas no fim, o Leviatã não parecia se importar. Na verdade, ele não só não parecia, ele de fato não se importava.

Por alguma razão, quando Krioni retornou e encontrou todos na muralha, ele estava visivelmente irritado. Algo o irritou de verdade, então ele olhou para o Leviatã, e começou a murmurar algo.

—Senhor Merlin, o que pretende fazer?

—Você verá.

Um enorme círculo mágico apareceu do lado de fora da muralha, e disparou uma massiva bola de fogo em direção ao Leviatã. Krioni fazia esse movimento enquanto andava, então ele saiu mal feito e mal acabado, mas foi o suficiente para afastar alguns metros o monstrengo da costa.

Ao ver o ataque atingindo, Arthuria soltou um sorriso. Finalmente ele tinha chegado e se mexido. Krioni, ou melhor, Merlin, o poderoso mago de Camelot, chegou na batalha. Eles ouvem – ou pensam ter ouvido sua voz – ecoar por toda a muralha.

—Zeit!

Uma onda se espalhou por toda Camelot, paralisando toda e qualquer criatura viva dentro do reino menos Arthuria, afinal por ter passado tempo demais com Krioni e ser guardiã de seu tesouro, poucas seriam as magias do mago que a afetariam. 

Arthuria abaixou o arco notando que o fogo se conteve e as gotas de chuva pararam no ar, logo olhou para o lado percebendo que todos os soldados estavam imóveis, assim como uma borboleta imóvel perto do seu rosto.

Ela vê Krioni andando em sua direção, aparentemente cansado e arfando, enquanto colocava uma mão sobre o peito. Ele anda calmamente até Arthuria, pois agora tinham todo o tempo do mundo. Arthuria se sente um pouco mal por ver o mago naquela situação, mas não deixa transparecer. Ele chega na frente dela, e simplesmente começa a falar.

—Acabei de sentir algo que me irrita demais...

—E o que seria?- Perguntou a rainha, atenciosamente.

Ele puxa uma bola de cristal e mostra uma cena de uma luta para ela, de uma arqueira que voava e um brutamontes com uma espada tão grande quanto ele.

—Esses são Takashi e Skanfy. Dois de meus companheiros. E por algum caralho de razão, esses dois merdas estão lutando. 

Ele fala isso e começa a mexer na bola de cristal, procurando o motivo. Vê também Nier e Camille desaparecendo, além da luta. Uma veia salta em sua testa e começa a pulsar ao ver essa cena.

—Quem eram esses dois? – Pergunta Arthuria, preocupada com seu reino e por Krioni estar quase babando de raiva.

—Esse era o Capitão Nier e a princesa de Lioness, Camille Lioness. E esse bando de imbecis fodidos não conseguem nem manter os olhos neles. – Ele olha para os olhos castanhos de Arthuria, que tinha um sorriso amarelo no rosto. Ela não o via tão irritado assim faziam anos, não sabia bem como reagir quando o mago ficava daquele jeito. – Talvez tenhamos que ir todos até Lioness quando eu voltar. Talvez eu mate cada um deles. E talvez eu destrua alguma cidade de Lioness.

—C-Certo... Como você vai? Está segurando as coisas aqui, então...

—Projeção astral. – Krioni respondeu de maneira indiferente se agachando no chão. Ele bateu o pó de uma parte e sentou no chão, em posição de meditação. 

—Mas você já não está gastando magia demais? – Pergunta Arthuria, preocupada com Krioni.

—Magia finita é um conceito que apenas mortais carregam. – Ele responde dando de ombros para ela. Ela o observa com uma expressão confusa, e continua.

—Ah... E bem, o que você vai fazer? Exatamente falando.

—Ver se esses imbecis ainda tem pretensão de salvar seu reino. Se não, bem... talvez tenhamos cinco cadáveres novos em Lioness. – Fala com um sorriso sardônico no rosto.

—Bom... Então, boa sorte. Espero que eles queiram lutar ainda. – Responde a ruiva sem saber muito bem o que dizer nessa situação.

—Eu também espero. Agora é hora da reunião! – Ele fecha os olhos e se concentra. – Kahn!


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