Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 53
O Sol Que Anda Para O Leste




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Opening

A mente de Krioni foi impulsionada para fora de seu corpo. Ele partiu em direção a Lioness, ao norte de sua localização.

Porém, antes de continuar, ele parou na Capital de Camelot. Entrou na sua tesouraria e pegou a Espada Negra do Pecado Primordial. Ele olhou para todos os outros itens mágicos que coletou em sua jornada em Camelot, inclusive em uma de suas obras primas, porém estava incompleta. Ao ver o resto das coisas, ele guardou em uma pequena dimensão portátil a espada e partiu para Lioness. 

Porém, enquanto viajava, sentiu que duas energias conhecidas desapareceram. Ele imediatamente parou e puxou a sua bola de cristal, vendo o que houve. 

O que mais temia que acontecesse, aconteceu. Skanfy e Takashi estavam caídos no chão, mortos.

—Droga! Seus idiotas!

Ele deixou sua bola de cristal flutuando no ar e levantou a camisa. A marca em seu peito era de um círculo com duas linhas retas. Uma delas estava apontando para seu pescoço, e outra para seu umbigo.

—Ótimo, é o suficiente. Eu espero.

Ele começa a entoar algum cântico mágico em alguma língua antiga, e faz o sol correr para o Leste. Mantendo sua concentração nos eventos de Camelot, ele para sua corrida contrária no relógio no exato momento onde o Leviatã entrou na área de seu golpe. Ele imediatamente olha para onde estavam seus amigos mortos, e suspira aliviado. Não estavam mais ali, mas via que Takashi estava saindo do Delito, e Skanfy estava com o Arc Perfide apontado para suas costas.

Imediatamente, ele olha para seu peito, e vê que a linha de antes apontava para seu ombro. Ele engole em seco ao ver isso, mas logo solta um sorriso sarcástico.

—Seus idiotas... Isso é a única coisa que me esgota, sabiam? Bem, eu espero que Arthuria e os outros consigam resolver em Camelot sem ter meu auxílio o tempo todo.

Ele guarda a bola de cristal, e sai voando em disparada até onde os outros estavam. Quando chega, ele vê Skanfy e Takashi entrando nos seus modos mais fortes de combate, e com certeza iriam se matar. Só havia uma coisa a ser feita.

Ele dispara com toda a velocidade para o chão, e abre os braços, conjurando correntes mágicas brancas e os prendendo.

—Já chega!

Ele interrompe a luta e reúne novamente os Pecados, fazendo o juramento com a Espada Negra do Pecado Primordial.

Ele então voa tão rápido para cima que os outros acham que ele tinha desaparecido, e retorna para sua tesouraria em Camelot. Ele vai até o fundo, no lugar onde é mais protegido, e coloca a espada lá. 

Tantas determinações nessa espada... Ainda sinto que ela é mal protegida com apenas oitenta e oito selos...

Às vezes, ele exagerava em suas contas de prevenção contra ladrões, ao ponto de o mesmo acabar sendo considerado ladrão em algumas vezes, e fazendo Arthuria soltar suas  melódicas risadas quando passava ou após ter sido atingida por alguma “medida preventiva”.

Ele então retorna para seu corpo, e tudo em Camelot continuava exatamente igual à quando saiu, apenas o horário mudou. Quando chegou, viu seu corpo parado, com a bola de cristal flutuando à sua frente. Arthuria parecia aterrorizada com a cena.

Porém, ela estava certa em estar daquele jeito, Krioni estava sentado em uma poça de sangue, com sangue escorrendo de sua boca, nariz, olhos, ouvidos, ou qualquer lugar que pudesse (ou não pudesse) escorrer sangue. Ele solta um enorme suspiro, e volta a pensar.

Sério mesmo? Agora isso? Com certeza eu vou acabar em coma assim que acabarmos aqui...

Ele volta para seu corpo, se preparando para a dor excruciante que estava prestes a sentir. E que de fato sentiu. O relógio em seu peito estava marcando onze horas. Usou seus poderes demais e isso tinha um preço. Quando retorna, ele vomita uma grande quantidade de sangue escuro, e Arthuria o ampara.

—Krioni! Está tudo bem? – Grita preocupada com ele. Ela o dá apoio, o colocando sobre seu ombro.

—Melhor que nunca... – Ele tosse sangue mais duas vezes, mas logo começa a se recompor. – Ao menos, aqueles cabeças de vento vão salvar o Reino. Mas terão que começar sem mim. Se prepare, pois nossa viagem será imediatamente quando eu acordar.

—Certo, certo... – Arthuria apenas confirmou, enquanto ajudava ele a limpar o sangue das partes mais visíveis de seu corpo. Ele realmente deve amar seus amigos... Ele nunca se destruiu tanto assim por ninguém! Eu me pergunto o que está se passando na cabeça dele...

Krioni, por sua vez, estava com o olhar concentrado no Leviatã, enquanto limpava o sangue, afinal pompa primeiro, condição depois. Ele venceu inúmeros combates em blefe, e pretendia fazer o mesmo dessa vez. 

Eles acabam de limpar o sangue e Krioni olha para Arthuria.

—Está na hora de deixar o tempo correr novamente. – Ela assente com a cabeça. – Zeit!

E com a palavra de Krioni, novamente o tempo de Camelot começa a correr. A borboleta pousa no nariz de Arthuria, e Krioni se debruça sobre o parapeito.

Guardas se aproximam, e já estavam acostumados com suas súbitas aparições em outros lugares.

—Você foi incrível, Senhor Merlin! – Um dos jovens cavaleiros o saúda cheio de alegria.

—Agora não é hora de comemorar. Ele continua lá. Aquilo só vai o atrasar por alguns instantes.

A bola de fogo ainda queimava o Leviatã, que tentava de todas as maneiras apagar o incêndio em seu corpo.

—Merlin, vamos! – Arthuria o chamou, determinada, e o mesmo assentiu.

Eles saem andando daquele canto da muralha com velocidade, por mais que parassem diversas vezes para Krioni respirar. Usar tanto poder sobre o tempo o esgotava, principalmente por estar sem poder usar a maior parte dele.

Uma coisa que Krioni e Arthuria não notaram, era o fato de o mago estar deixando pegadas de sangue por onde andava, fazendo os cavaleiros ficarem preocupados. Eles nunca viram ele sequer sujo, então ver sangue vindo de suas botas era preocupante. Eles entram em uma larga sala, que aparentemente era conectada entre todos os fortes, fortalezas e castelos de Camelot. Dentro dessa sala, uma enorme mesa redonda estava posta em seu centro, com várias cadeiras. Ao dar alguns passos para dentro, Krioni sorri. Era hora de mostrar para Psychomachia que Camelot não era apenas uma nação sortuda.


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