Opening

Skanfy ordenou que a Mama parasse para Lilian descansar um pouco, quando de repente um vórtex se abre na frente de Lilian. Dentro dele, sai a metade superior de Krioni:

—Ei, Lilian! – Grita na frente do rosto dela, entre seus olhos

Lilian deu um pulo de susto.

—Kri-Krioni? – Falou piscando desacreditada e olhando para ele com certo espanto e até admiração. Ele apareceu só para ela? – Você me assustou!

Ela ficou fazendo bico e mexendo no rosto dele com seu dedo gigante. Ele solta um suspiro e dá de ombros, voltando a falar.

—Tanto faz, pegue essa caixinha. – Ele estende sua mão para Lilian tirando uma pequena caixa preta de madeira, ornada em ouro. – Aqui estão as suas Lilipills, use por um bom tempo até chegar à capital.

Ela pega a caixinha e abre com cuidado e acha as extremamente úteis pílulas de encolhimento e crescimento que ele projetou para ela. Ela não fazia ideia que ele ainda guardava isso, ou que sequer as fabricava. Seu rosto fica vermelho e ela volta a falar.

—Mas... Ah... Obri...

E antes que ela pudesse terminar de falar, ele volta para dentro do vórtex e o fecha novamente. Lilian fala baixinho com um sorriso pequeno no rosto:

—Obrigada... Então...

Então Lilian ingeriu uma das Lilipills e ficou do tamanho de uma menina normal (por mais que fosse alta com seus 1,70) e foi para dentro da taverna.

—Lilian! – Disse Skanfy. Aparentemente, ela estava se forçando a se sentir melhor, então Lilian decidiu ajudar sua amiga, principalmente que agora estava com uma altura para olhá-la nos olhos.

—Oi! – Disse Lilian com um sorriso largo no rosto. – Eu estava com muita saudade de poder sentar com vocês assim... – Ela dá um pequeno giro. – E também de ver vocês. Como estão?

Gwyn continuava em silêncio, mas Skanfy a respondeu.

—Je suis inquiet pour toi, je suis content que tu vas bien. – Desde que acharam ela, não conseguiram conversar devido a situação caótica.

—Parece que perdi muitas coisas, não é mesmo?

—Oui, je te dirai tous les détails plus tard. – Lilian incrivelmente entendia melhor o fadês que os outros, por mais que ela se esforçasse mais para falar em comum e não usar gigântico.

—Puxa! Mas e o Gwyn não vai falar nada? Desde que cheguei ele continua em silêncio, aconteceu algo? Gwyn? – Lilian se vira para o mesmo. Ele suspira e a observa com uma expressão calma no rosto.

—Nada de mais, fico feliz que você esteja de volta! Eu estava realmente preocupado, bem... Eu não falei nada porque... Eu queria que você me desse atenção total! – Disse Gwyn com um sorriso no rosto, se jogando em cima de Lilian, mas ela dá um passo para o lado e ele passa por ela no ar e cai no chão.

—Calma! – Lilian dá uma risadinha doce e baixa. – Darei atenção a todos! Mas estou sentindo um pouco de falta do Capitão e da princesa... – Sua voz fica um pouco melancólica quando fala isso.

—Nós vamos encontrá-los o mais rápido possível, Lilian. – Fala Gwyn com confiança na voz, e não para animar Lilian, mas sim para animar Skanfy.

—Oui, je pensais, pourquoi ne pas uma bebida agora? Iria muito bem para tirar esse atmosphère pesante, n'est-ce pas? – Fala Skanfy, tentando desviar sua atenção.

—É pra já! Alguém pode mandar a Mama andar? Já que você está aqui dentro e ela tem um folego estúpido de grande? 

Então Lilian, Gwyn e Skanfy começaram a beber após pedir para a Mama continuar. Eles se empolgaram e conversam sem ter a noção do tempo, mas eles acabaram se divertindo muito, então eles estavam relembrando o que fizeram de divertido:

—Aquele dia que a Skanfy foi desafiada a andar naquela corda bamba sem cair na água, ela estava um pouco bêbada, “num” é mesmo?! Hahaha.

Skanfy fica um pouco vermelha de vergonha quando Lilian conta aquela história, e fica mais ainda quando eles começam a rir dela.

—E ela ainda caiu na água! – Gwyn apontou ruindo, o que resultou em Skanfy batendo com a parte de baixo da caneca na cabeça dele.

E assim ficaram até o anoitecer, quando perceberam que o céu estava bem escuro, todos olharam a janela.

—Passou tão rápido o tempo? – Falou Lilian surpresa.

Todos ficaram em silêncio por um bom tempo, até que Skanfy teve a ideia de parar a Mama Hawk, para que ela pudesse descansar e o resto também. 

E assim eles adormeceram, Lilian se deitou na segunda cama do quarto de Skanfy, e Skanfy se deitou em sua cama. Gwyn por sua vez dormiu na cadeira com a cabeça encostada na mesa após conversar com Takashi e Asura sobre como agir na invasão. 

Takashi tentava dormir a qualquer custo, mas com Ryon falando em sua mente, estava quase indo à loucura. Ele deixou escapar um longo suspiro descontente e xingou o gato murmurando, que ignorou seu xingamento.

Pensou em usar o Ash Crown no mesmo e depois chutá-lo pela janela, ninguém iria sentir falta até o bichinho estar bem longe, porém apenas bufou e se levantou quando sentiu o delito parar de ter gente acordada pelo silêncio, pegou sua espada a colocando nas costas como de costume e se dirigiu até a janela pulando da mesma, ignorando completamente Ryon que ainda o perturbava lá de cima. Andou pela escuridão por volta do bar e viu alguns lobos, apenas os ignorou como eles o ignoraram e seguiu seu caminho em direção a capital, estava a passos lentos e apenas andava para refletir e ficar longe de Ryon, os outros certamente o alcançaria em menos de uma hora quando Mama voltasse a andar. Pensou no capitão e que poderia ter evitado o sequestro se não tivesse em uma briga idiota e inútil por uma coisa que em sua mente seria lógica.

—Droga! – Gritou encostando em uma árvore, irritado consigo e com a Saligia. – Seu maníaco por brigas! – Ele se xingou exatamente pelo motivo de ter começado toda a confusão.

Logo puxou a espada e desferiu um golpe contra o local de apoio, destruindo a mesma e mais 8 no caminho. Sabia que estava fazendo aquilo apenas para descontar a raiva que se acumulou quando começou a brigar e piorou com o sermão de Krioni, logo respirou fundo, guardando a espada novamente e voltando a andar.

—De qualquer forma, eu vou me redimir! Te salvando e salvando sua namoradinha, Capita!