Dramione - Lembranças do passado escrita por Aline Lupin


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero de coração que estejam gostando. Aproveito para deixar um link de músicas que acredito que combinam com essa história.
https://open.spotify.com/playlist/61dCWWaOvIrMgjULwe52ul?si=1KWPpihGQeieiEJmpiRbZA&utm_source=copy-link&dl_branch=1



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— Está escutando o som do mar, Mione? – diz ele, sorrindo.

Ela ri, com a concha do mar em seu ouvido.

— Sim, Draco – ela diz, rindo – Mas não é como o mar.

Ele assente.

— Não, não é mesmo, mas você disse um dia para mim que amava o mar – ele diz, fitando seus olhos. Os olhos azuis dele brilhavam, com uma intensidade diferente. Ela sente seu coração acelerado ao ver o desejo em seus olhos – E esse é meu presente para você. O som do mar.

Ela o abraça, com carinho e se afasta. Os dois não são tão próximos para isso, mas ela não resistiu. Ele havia se retesado ao sentir os braços dela sobre seu pescoço, mas queria mais disso. Ele nunca havia recebido qualquer carinho, havia contado isso para ela, há um bom tempo.

— Obrigada, de verdade – ela diz.

Ele sorri, maroto.

— Não me agradeça, eu ainda quero um presente de Natal – ele diz, mordendo os lábios.

Hermione gargalha e senta no sofá. Estão na sala precisa mais uma vez.

— Deixe-me pensar – ela diz, com o dedo indicador no queixo – Que tal, um gorro de papai noel?

Ele ri, colocando os braços em cada lado da poltrona a olhando com malicia.

— Acho que quero outra coisa – ele sussurra, bem próximo dos lábios dela.

Mione sente o ar faltar em seus pulmões.

— O que é...- ela não tempo de perguntar pois ele a beija.

Ela retribui, sentindo seu corpo estremecer. Ele a puxa, para que ela se levante. Pega-a no colo e deita-a sobre o tapete. Era primeira vez que se beijavam, mas parecia que já se conheciam há muito tempo. Ele deita sobre ela, beijando seu pescoço e sentindo suas curvas sobre sua palma. Ele para e a olha com preocupação.

— Hermione, quer que pare? – ele pergunta.

Ela faz um sinal negativo com a cabeça, sentindo seu corpo queimar pelo toque dele.

— Tem certeza? Eu quero você muito, não sabe o quanto – ele sussurra, em seu ouvido – Mas quero que você também sinta isso.

— Eu também quero você – ela sussurra, sentindo-se quente por dentro.

Ele ri, fixando seus olhos no rosto dela. Ela está corada de vergonha e ele adora isso nela, pois sente que Hermione realmente gosta dele e não está ali naquela sala por interesse. Ela está com ele apenas por gostar da sua companhia. Draco expôs sua alma e Hermione não o condenou, apenas deu amor e afeto a ele. Agora ele desejava mais do que sua doce amizade. Desejava-a para si, como nunca desejou nenhuma garota. Continuou a beijando, com paixão e os dois se esqueceram de tudo dentro daquela sala...

— Hermione? – chamou Gina, tirando-a de seus devaneios.

Hermione estava se sentindo apática. Lembrava-se dos momentos que teve ao lado de Draco, anos atrás, na sala precisa. Foi sua primeira vez. E a única em que se sentiu tão amada, nem com seu próprio esposo encontrou o que tinha com Draco. Nunca teria com ninguém.

— O que foi, Gina? – ela pergunta, amarrando seus cabelos em um coque.

— Eu perguntei se você vai sair conosco essa noite – a ruiva responde, impaciente – Você virá? Diz que sim.

Hermione assentiu e terminou seu café. As duas pagaram a conta na cafeteria e saíram.

— Preciso voltar para o trabalho, vejo você mais tarde, Gina – Hermione diz.

Gina a segura pelo braço.

— O que houve no chalé? – ela pergunta, causando desconforto em Mione – Diz, por favor. Sou sua amiga. Faz duas semanas e você está distante, até Rony achou seu comportamento estranho.

Hermione sentiu seu estomago embrulhar. A sensação era constante. Não deixava mais Rony toca-la, de maneira alguma. Não merecia o amor dele. Cogitou em se divorciar, pois não poderia olha-lo, sabendo o que fizera.

— Gina, eu não sei se consigo falar – ela murmura, sentindo as lágrimas em seus olhos.

A ruiva a abraçou com carinho.

— Não importa o que tenha feito, somos amigas, Hermione – Gina diz, se afastando e segurando suas mãos – Pode me dizer o que houve.

Hermione contou tudo, todos os detalhes e mostrou as imagens no celular. Gina ficou pasma, mas não julgou sua amiga. Ela sabia de coisas que Hermione não fazia ideia, também.

— Mione, não se sinta culpada – ela diz, segurando a mão da amiga com carinho – Acho que está mais do que na hora de você e Rony se separar.

Hermione balançou a cabeça, nervosa.

— Não, Gina...eu não posso...e as crianças, o que eles vão pensar? Como vão lidar com isso? – Mione se sente agoniada, como se não pudesse mais respirar.

Gina não sabia a dor dela, pois se tivesse que se separar de Harry, não saberia o que fazer.

— Eu não sei o que você está sentindo, Mione. Pois nunca passei por isso, mas tem meu apoio, sabe disso – ela diz, com carinho.

Hermione assente, sentindo seu peito menos carregado. Sabe que pode contar com sua amiga e se sente segura.

— Você e Draco ainda estão se vendo? – pergunta Gina, preocupada.

— Não – responde Hermione, com a voz anasalada. Está contendo o choro o máximo que pode – Nem enviamos mais mensagens um para o outro.

Gina assente.

— Bom, em uma coisa eu concordo com ele, enquanto você não se separar de Rony, não dá mais para vocês se falarem.

Hermione assente, pois seria pior para os dois. Se seus filhos soubessem disso, seria sua vergonha. Ela não queria que eles se ressentissem dela. Mione se despede da amiga e as duas combinam de se encontrar em um bar perto da casa de Harry, no Largo Grimmauld. O lugar é mais tranquilo.

As horas passam devagar e Hermione tenta focar sua atenção no trabalho e após o expediente se despede de Louis. Seu amigo parece abatido e também não trocam nenhuma palavra um com o outro. Ela aparata e chega à frente da casa de Harry. Gina e Harry já estão esperando e a abraçam. Os três se dirigem ao bar e escolhem uma mesa.

— Hoje quero que vocês provem fish and chips, a melhor comida de bar – ele diz, sorrindo – E uma guiness para todo mundo.

A noite foi tranquila. Os três conversavam sobre tudo. Hermione se sentia leve pela cerveja escura. Tão leve que bebeu mais quatro copos grandes de cerveja.

— Vai com calma, Mione – Harry diz, afastando o quinto copo dela – Isso pode ser bom, mas você não é muito forte para bebidas.

— Sou...simmm – ela diz, com a língua amortecida.

Gina está no mesmo estado de embriagues. Harry fica preocupado e não sabe o que fazer com as duas. Resolve ligar para Rony, mas o telefone só cai na caixa postal.

— Hermione, Rony disse que iria trabalhar hoje? – perguntou Harry.

— Eu nã..o sei – Hermione diz, com dificuldade.

Ela pega o telefone do bolso e puxa. Ao desbloquear a tela com o dedo, tem uma ligação perdida em uma mensagem do marido.

29 de novembro de 2018, 21h00

De: Rony

Mensagem: Amor, vou ficar preso no trabalho hoje. Não me espere em casa. Se puder ficar na casa da Gina e Harry, é melhor. Se cuide.

Hermione lê a mensagem, dando de ombros e passa para o Harry. Seu amigo franze o cenho.

— Bem, vamos para minha casa, Hermione. Você vai ficar lá – Harry diz.

Os três saem do bar e se dirigem ao Largo Grimmauld n° 12. Como em todas as vezes em que Hermione esteve lá, a casa não era vista por trouxas. Eles adentram o local e Harry desativou as armadilhas que havia preparado, caso alguém tentasse invadir. A casa foi totalmente reestrutura com energia elétrica e móveis novos, diferente da decoração antiga que havia antes. Contudo, Harry manteve os quadros da família Black, por respeito. Mesmo eles sendo de uma família puro sangue e preconceituosos contra nascidos trouxas. Ele havia permanecido com a casa por causa de Sirius Black, seu padrinho. Após a guerra, transformou aquele local em um lar para ele e Gina. Às vezes a Ordem da Fênix se reúne no local, para reuniões, pois o grupo não se desfez, mas é protegida pelo feitiço Fidelus. Somente os membros da Ordem, sua família e amigos podem entrar na casa.

Gina mostrou o quarto de visita para Hermione e ela ainda se sentia desperta. Não conseguia dormir. Olhou pela janela e viu as pessoas indo e vindo, pois não era tão tarde. Ainda era dez da noite. Hermione fez o impensável. Puxou seu telefone do bolso e mandou uma mensagem de voz para Draco.

— Oi, sei que não nos falamos – ela diz, com a voz nostálgica – Mas pensei em você hoje e quero que saiba que não me esqueci de você, nem por um segundo. Eu acho que ainda o amo. É estanho, não é? Faz anos que não nos vemos e de repente vê-lo mais uma vez despertou aquilo que havia tentado negar com todas as minhas forças – ela fica em silêncio, por trinta segundos, olhando para a tela do celular - Você pensa em mim também, Draco? Assim como eu penso em você? Desculpe, acho que estou muito bêbada...

Ela envia a mensagem e coloca o celular na cabeceira, ao lado da cama. Deita com roupa e tudo, adormecendo em seguida.


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