Breeding Love escrita por Ellen Freitas


Capítulo 22
Blast Radius


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!! Como estão?
Chegando com mais um capítulo quentinho, quentinho porque está a explosão e vai sobrar pra muita gente.
Espero que gostem do capítulo. Boa leitura!! Bjs*



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“Raio de Explosão”

#POVTommy

Presente

Eu estava enxergando vermelho. Pilotava às cegas por Starling City, evitando por poucos centímetros vários carros, deixando um rastro de palavrões e buzinas raivosas atrás de mim.

Oliver estava logo atrás de mim quando deixei o apartamento de Felicity, mas por ele estar em um carro e eu em uma moto, acabei tomando uma distância razoável do meu irmão.

Irmão nada. Traidor, isso sim.

Ele estava quase transando com minha namorada, com certeza devia ter uma história ali, que por mais que tenha perguntado meia dúzia de vezes, só recebi suas mentiras. Eu conhecia Oliver e seu desejo quase insano pela emoção da conquista e do segredo, mas jamais achei que faria isso comigo. Lealdade sempre foi a base da nossa amizade, mas aparentemente, não mais.

Deixei a motocicleta caída na entrada da mansão e entrei como um raio, subindo direto para o quarto e batendo a porta, mesmo com os apelos de Thea, que encontrei na escada pronta para ir à Verdant, para que eu parasse e explicasse para ela o que tinha acontecido.

Mano, abre a porta! ― As pancadas na minha porta vieram minutos depois.

― Vai pro inferno, Oliver!

A gente precisa conversar, eu posso explicar o que você viu.

O que ele viu? ― Thea perguntou, então pareceu entender, soltando um suspiro exasperado. ― Você e Felicity? ― Ótimo, a traidorazinha também estava metida na história.

Se não abrir, eu vou arrombar essa merda! ― Oliver ameaçou e eu grunhi. Vai em frente, vacilão. ― Irmão, me deixa ao menos tentar…

― Se não quer uma briga agora, me deixa em paz!

Não quero brigar, quero conversar, por favor.

Que gritaria é essa?

Filho, o que está acontecendo?

Nossos pais agora também entraram para fazer parte do show. Não duvidava nada que eles também soubessem dessa traição com Oliver, mesmo duvidando muito que fossem a favor. Não do jeito idiota e elitista que se comportavam às vezes.

― Me deixem em paz, me deixem em paz! ― Levei minhas mãos aos meus cabelos.

Minha cabeça continuava a martelar de dor, ao ponto de eu ter que fechar os olhos até para a pequena claridade das luzes do jardim que entravam pela janela entreaberta.
A sensação de traição era arrebatadora. Felicity era a mulher que eu mais amei minha vida toda, e por mais que ela tivesse negado meus sentimentos e ainda resistisse à nossa reconciliação, eu tinha esperanças que o tempo consertaria as coisas. Tínhamos um filho juntos, era um vínculo eterno e o mais bonito de todos, eventualmente conseguiríamos passar por aquela crise.

Mas graças a Oliver, meu dito irmão e melhor amigo, agora eu via que isso era apenas um sonho distante e impossível.

Eu não julgava Felicity por ter se envolvido, ela estava em um momento vulnerável e eu sabia como Oliver podia ser caridoso e generoso quando queria. E eu não o culpava por gostar de Felicity, ela era incrível, sempre fora, mas o que não me descia é como ele teve tão pouco respeito por mim e não segurou seus instintos. Ele podia ter qualquer uma, mas teve que jogar seu charme logo em cima da minha garota?

Thomas, abra a porta! ― era meu pai, que ordenava agora. ― Vocês são irmãos, apenas conversem.

Esquece, eu vou derrubar essa coisa. ― Oliver anunciou e apenas alguns segundos depois a porta foi abaixo. ― Irmão…

― Não! ― Saltei da cama, onde estava sentado, andando de costas para o mais longe possível deles. ― Você me traiu, foi atrás da única garota que… ― Minha vista estava embaçada pelas lágrimas. ― Oliver, ela era minha namorada e você apenas não conseguiu se segurar.

― Não foi assim, irmão ― tentou um tom apaziguador. ― A gente não planejou, apenas aconteceu.

― Ah, sim… Acontece direto, você está andando, tropeça e cai com a boca na minha namorada grávida! Eu te falei que ela era a mulher da minha vida tantas vezes como um idiota, enquanto você tentava roubá-la por minhas costas, Felicity e meu filho! ― O acusei com o dedo em riste e Oliver encolheu os ombros, encarando o chão.

― Tommy, pare, você está transtornado. ― Thea tentou chegar até mim com um abraço, mas a rebati. ― Maninho?

― Você também sabia, nem vem! ― Minha irmã mordeu os lábios e abraçou o próprio corpo. ― Todo mundo aqui sabia e eu fui feito de imbecil por minha própria família que supostamente me ama e sentia minha falta.

― Eu não acredito que estamos tendo essa discussão por causa daquela garota ― meu pai desdenhou, olhando para mim e meus irmãos como se todo o drama fosse desnecessário. ― Parem com essa briga agora!

― Tudo bem, eu estou parando a briga. Estou dando o fora daqui.

― Filho, não. ― Minha mãe chegou até mim primeiro. ― Foi assim que você saiu daqui daquela vez, e…

― Me solta, mãe!

― Oliver, faz alguma coisa! ― implorou para ele, que balançou a cabeça concordando.

― Não importa o quão esteja chateado agora, cara, não posso te deixar sair. ― Ficou no meu caminho. ― Eu assumo a culpa de tudo que falou, mas não vamos correr o risco de te perder de novo.

― Por quê? ― Soltei uma risada irônica, quase esganiçada. ― Seria o desfecho perfeito para você, Oliver. Ficaria com a garota e o bebê.

Não esperava o que viria a seguir, quando Oliver fechou a mão em punho e deu um soco direto no meu rosto, atingindo meu olho e sobrancelha em cheio. E, seja pela força empregada ou o elemento surpresa, eu fui direto para o chão.

― Oliver! ― foi o grito coletivo da minha mãe e irmã.

― Agora ele não vai a lugar nenhum.

― Filho da puta.

Me ergui do chão rápido e avancei para ele, atingindo um soco no queixo e outro no estômago.

― Malcom, para eles! ― Eu conseguia ouvir os gritos da nossa mãe, e mesmo que Oliver mais se defendesse do que atacasse, ninguém ali estava disposto a parar.
Os únicos que conseguiram parar nossa briga de socos foram Diggle e o cara novo, Roy, que entraram no meio e nos empurraram para cantos opostos do quarto.
Senti o líquido quente escorrer do meu olho, e ao passar as costas da mão pela sobrancelha, ela veio vermelha de sangue.

― Por mim já chega! Eu estou fora daqui.

Corri para fora da casa antes que minha mãe mandasse os seguranças dela atrás de mim. Na porta da casa, o carro de Oliver estava estacionado com a porta do motorista aberta e a chave no banco do carona, e logo entrei no veículo, arrancando a toda velocidade pelos portões da mansão.

― Alô? ― A voz atendeu profissional, um segundo depois seu desviei por pouco de uma SUV preta e buzinas coletivas preencheram o som da rua.

― Thomas Merlyn, preciso que prepare o jato.

― Para quando?

― Estou chegando em vinte minutos no aeroporto, que ele já esteja pronto.

― Mas senhor Merlyn, é muito em cima, precisamos de tempo para…

― Vinte minutos ― declarei, não dando margem a mais nenhuma objeção. ― Destino, Central City.

~

Eu sei que só era a segunda vez que batia na porta de Caitlin, mas parecia que eu já estava parado ali há séculos. Até a sua voz anunciando que estava a caminho de me atender não funcionou para me acalmar, eu precisava da minha amiga mais do que nunca.
Um cheiro bom de sabonete de lavanda inundou meu olfato quando ela abriu a porta, os cabelos ainda molhados de um aparente banho recente e ela usava um robe de seda azul por cima do que quer que estivesse vestindo. Foco, Tommy.

Sua típica ruguinha entre as sobrancelhas de raiva quando era incomodada se dissipou e ela sorriu para mim, para então franzir o nariz para meu machucado no olho. Eu havia feito o melhor possível no jatinho e havia parado o sangramento e limpado um pouco o local, mas ainda devia estar muito feio.

― Entra. ― Abriu espaço, escancarando mais a porta, para fechá-la nas minhas costas logo que passei. ― Deus, o que houve com seu rosto? ― Desviei de seus dedos que tentavam analisar melhor o ferimento. ― Tommy!

― Não foi nada, ok? ― Sentei em uma das banquetas do balcão que separava a sala da cozinha. ― Cisco está aí?

― Na casa da namorada. E você não viajou horas e bateu aqui depois da meia noite por causa de nada. Me conta. ― Segurou minha não com as suas.

― Você nunca me decepcionou, sabia? ― Entrelacei nossos dedos, olhando fixamente para eles, com medo que se a encarasse, Caitlin veria direitinho como eu havia sido feito de idiota. ― Você é a pessoa mais gentil, compreensiva e a única pessoa do mundo que me entende e não me julga.

― Estou ficando preocupada. Tommy, olha pra mim. ― Elevou meu rosto forçando a olhá-la.

― Nunca se apaixone, Caity, é como mergulhar em um poço escuro e frio de decepção. ― Podia jurar que ouvi ela dizer baixinho um "tarde demais", e com certeza a encheria depois para saber o nome do felizardo, mas não estava no humor agora.

― É uma visão muito pessimista para o cara mais otimista que conheço.

― Claro que existe uma porcentagem das pessoas que conseguem seu felizes para sempre, mas eles são a exceção, não a regra. E achar que com você sempre vai ser a exceção, vai além do otimismo, é burrice. Eu achava e me ferrei.

― Você está bêbado?

― Embriagado de tristeza e raiva conta?

― Ok, isso está ficando muito depressivo. ― Deu um sorriso amarelo, se afastando de mim. ― Eu vou fazer um curativo no seu olho, preciso ver se leva uns pontos, depois a gente senta e conversa. Seus enigmas tristes estão quase me fazendo querer chorar. Não sai daí que eu já volto.

Não demorou nem um minuto e ela já estava com sua maleta de primeiros socorros em mãos, se posicionando na minha frente e fazendo seu trabalho cuidadosamente como já lhe era característico.

Caitlin versão concentrada era a mais bonita das suas versões. Notei isso logo depois que acordei do coma, e não tinha como não notar, era lindo. Seus olhos castanhos cor de chocolate quente e derretido exibiam ternura e carinho, sempre tão cuidadosos, emoldurados pelos longos cílios de boneca. O nariz franzia vez ou outra a cada sucesso ou revés, e ela mordia o lábio inferior todo o tempo sem nem notar que fazia isso. Parecia uma garotinha, e ao mesmo tempo tão mulher.

― Prontinho, sem pontos. Talvez deixe uma cicatriz pequena, mas sua sobrancelha cobre, e o roxo vai ficar por uns dias também ― concluiu, colocando um Band-aid no lugar. ― Já vai me contar como conseguiu… Tommy, por que tá me olhando desse jeito? ― Deu uma risada anasalada e constrangida, recuando alguns centímetros.

― Sabe, Caity, eu nunca vou agradecer o suficiente como cuidou de mim.

― Era meu trabalho cuidar de você, bobinho ― falou como se não fosse nada de mais, e quando tentou ir para longe, segurei seu pulso para que não se afastasse, ficando em pé e vendo ela se encolher um pouco com a diferença de altura imposta. Ela era mais alta que Felicity, mas ainda havia uns bons quinze centímetros de diferença.

― Não foi o que você fez, foi como você fez, todo carinho e dedicação. E como eu não te disse antes que é tão linda? ― Dei mais um passo à frente, quase anulando a distância entre nós. ― Obrigado por fazer parte da minha vida, Caitlin Snow.

Soltei seu braço para segurar seu rosto, descendo minha boca para a sua e unindo nossos lábios. Percebi uma certa resistência inicial, não que ela tenha me afastado ou nada do tipo, apenas parecia chocada com o passo que tomei, mas isso só durou uns dois segundos, pois logo senti suas mãos envolvendo o tecido da minha jaqueta e seus lábios retribuindo o beijo.

Nunca havíamos ido naquela direção em nossa amizade, fora aquela vez segundos antes que minha memória voltasse. E confesso que quase cheguei nisso meses atrás, mas a lembrança de Felicity me afastou de Caitlin, então seguimos em uma saudável amizade. Só que agora esse passo havia sido tomado. Como outro impulso ou não, não havia mais como voltar atrás.

― Tommy, para. ― Segurou meus ombros para se afastar, mas enlacei sua cintura com a braço, a mantendo firmemente presa a mim. ― Você não está normal, o que está fazendo? - Se soltou de mim quando minha boca já ia na direção de seu pescoço.

― Caity, Caity, Caity… ― murmurei, andando devagar em sua direção no meio da sala, que tentava fechar melhor o robe que havia aberto um pouco, revelando sua lingerie. ― Acho que está na hora de parar de perder tempo com essa história de Felicity, não vale a pena.

― O que está dizendo?

― O que eu estou dizendo é: fica comigo?

― Tá falando sério?

― Sério como um aneurisma ― confirmei e ela riu de leve com o humor negro da piada. ― Fica comigo? ― Caitlin se remexia inquieta e eu parecia prestes a levar um fora, o segundo grande golpe da noite. ― Ou eu posso ir embora daqui e a gente esquece que…

Nem consegui concluir a frase, pois ela já se pendurava em meu pescoço, tomando a iniciativa do beijo dessa vez.

A segurei firme, nos conduzindo para a parede mais próxima, comprimindo seu corpo com um meu, deixando que ela tirasse minha jaqueta e eu mesmo desfazendo o nó de seu robe e o descendo por seus braços.

Minhas mãos desceram por sua cintura, me abaixando um pouco para segurar a parte de trás das suas coxas e impulsioná-la para cima, pernas em torno do meu quadril, nunca descolando o beijo, seus cabelos caindo em torno dos nossos rostos, e logo a porta de seu quarto fechava nas minhas costas. Era isso, para aplacar o vão em meu coração, eu ia fazer sexo com minha melhor amiga.

~

― Amanheceu.

Olhei de relance para a janela, de onde já de via as luzes fracas e de tons pastéis do início da manhã.

Nenhum de nós dois havia dormido, mas também ninguém falou mais nada. Logo após alcançarmos o ápice do prazer juntos, fui corroído por culpa. Não deveria ter transado com Caitlin.

Não que tivesse sido ruim, claramente nossa cumplicidade e conexão se estendia também para o sexo, mas para mim, não poderia ir além disso. Eu ainda amava Felicity e se precisava clarear minha mente da decepção da noite anterior, deveria ter escolhido alguma garota com os mesmos objetivos passageiros, não minha melhor amiga.

― Eu devo estar horrível ― comentou com uma risadinha, e eu parei de olhar para o céu para encará-la. ― Você poderia ter esperado eu fazer uma escova e trocar de lingerie. Agora meu cabelo secou na maior bagunça que fizemos e você viu meu conjuntinho estampado de algodão.

― Seu conjuntinho saiu fora no início da noite e você está linda. ― Beijei sua testa, elaborando mil e um pedidos de desculpas e dispensadas gentis. Era o que ela, que nunca me fez nada além de bem, merecia no mínimo.

― Ai, que vergonha! ― Escondeu o rosto no meu peito. ― Não acredito que fizemos isso, vamos ter que elaborar uma boa história para contar ao Cisco, tenho certeza que ele tem um caderninho de piadas com esse tema guardado em algum lugar de sua mesa.

― Er…

― Quer dizer, achei que seria estranho se um dia fizéssemos, mas não, foi tranquilo. ― Ela arregalou os olhos quando se deu conta do que tinha falado. ― Não que eu tenha passado muito tempo pensando se aconteceria, mas Cisco colocou essas ideias na minha cabeça, e… Quer saber, vou parar de falar e voltar a te beijar.

― Seria um ótimo plano terapêutico. ― Balancei a cabeça em concordância, e Caitlin puxou o lençol até cobrir os seios e subiu em mim, e como anunciado, voltando a me beijar.

Desde que embarcamos nessa nova aventura horas atrás, eu estava achando sua timidez e inocência fofas, essas nunca foram características de nenhuma das minhas namoradas, então era diferente.

― Quando você volta pra Starling? ― perguntou enquanto fazia carinho no meu cabelo. A abracei mais forte, pois sabia que logo que saísse dali nossa amizade seria abalada pela conversa que teríamos, por isso decidi manter-nos naquela bolha o máximo possível.

― Não tão cedo.

― Então você poderia vir comigo ao hospital mais tarde e fazer uma ressonância.

― Caity! ― reclamei. Depois de tantos meses em hospitais, ali estava um lugar que eu aprendi a detestar.

― É sério, não custa nada! ― Deu tapinhas em meu peito, como uma criança quando contrariada. ― Vai ser rapidinho, só pra ver esse machucado. Você teve um TCE, tem um pedaço de metal debaixo do seu cabelo macio, quantas vezes já não te disse que não pode ficar batendo a cabeça por aí?

― Acho que meu crânio meta humano consegue lidar com um soco, vou ficar bem.

― Soco? Isso aí foi um soco?

― Queda ― tentei me corrigir. ― Foi estupidez, minha casa tem uma escada…

― Tommy, não mente pra mim. ― Sentou sobre os joelhos, abraçando o lençol, no centro do colchão. Suspirei sem alternativa, apoiando as costas na cabeceira, enquanto sentava também.

― Eu e Oliver discutimos noite passada, um ou dois socos foram trocados.

― Meu Deus, Tommy vocês não deveriam sair por aí brigando como duas crianças.

― Ele deu o primeiro golpe, se quer saber.

― Tá, mas qual o motivo da briga?

― Não é nada.

― Tommy! ― exigiu uma resposta.

― Eu peguei ele e Felicity aos beijos e descobri que eles estavam juntos quando voltei.

― Como é? ― sua voz saiu em um murmúrio, e se não fosse o silêncio do amanhecer, nem teria entendido.

― Eles estavam me traindo a Deus sabe quanto tempo, e mesmo que eu tenha perguntando mais de uma vez sobre isso, continuaram a mentir na minha cara! Nossa, eu fiquei tão puto de raiva, que…

― Vai embora ― ordenou com os olhos cheios de lágrimas, descendo da cama em busca de algo para vestir, e ao encontrar seu robe, o colocou rapidamente.

― O quê?

― Sai do meu apartamento, Tommy.

― O que foi? Eu estava aqui desabafando e do nada você simplesmente…

― Deus! ― Levou as mãos aos cabelos, os arrumando nervosamente em um coque que se soltou em seguida. ― Como você consegue ir, em segundos, do cara mais fofo e legal ao mais mimado e egoísta do mundo todo? ― elevou a voz.

― Caity…

― Nada de "Caity" pra cima de mim, Tommy Merlyn. Você brigou com seu irmão por causa da uma ex namorada, o amor da sua vida, e porque estava com raiva, veio aqui me usar como seu estepe.

― Caitlin, não foi isso, por favor.

― Coloca a droga da roupa e sai daqui, Tommy! ― Obedeci para não estressá-la mais, colocando a cueca rapidamente.

― Você precisa me deixar explicar…

― Não precisa, eu sou muito inteligente e te conheço, deixa que eu te explicar… Você estava com raiva, frustrado e precisava extravasar e como sempre, bateu na minha porta. Só que dessa vez você foi baixo, muito baixo, cara. Eu não sou criança, sei como funciona esse tipo de coisa, mas tinha que ter me dito, ou eu nunca dormiria com você. - Eu não tinha argumentos, ela acertou em cheio em tudo que falou e eu me senti um merda maior ainda.

― Eu nunca quis machucar você.

― Queria aliviar a frustração, mostrar pra Felicity e pro Oliver que poderia superar rápido, que já tinha superado, tudo bem. Mas por que comigo, Tommy? Por que comigo, eu não valho nada pra você?

― Não chora.

― Sai daqui! ― Foi a primeira vez na vida que a ouvi gritar. ― Sai daqui!

― Caitlin, deixa eu me desculpar.

― Pra aliviar sua consciência? ― Começou a recolher minhas roupas no chão e atirá-las em mim. ― Hoje você me magoou de um jeito que nunca vai poder reparar.

Eu estava achando exagero. Tudo bem, foi errado, mas pensei que nossa amizade fosse mais forte que isso. "Nunca" era muito tempo e definitivo demais para a situação, por pior que eu sabia que ela era.

― Tudo bem, eu vou, mas a gente ainda vai conversar.

― Não quero conversar. ― Recolheu minha jaqueta e camisa que ficaram na sala, jogou tudo em meus braços e me empurrou para fora do lugar. ― Não me procura, nunca mais.

E bateu com a porta da minha cara.


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Notas finais do capítulo

E minha fábrica de panos para Tommy Merlyn está oficialmente fechada, não defendo mais. Machucar minha doutorazinha preferida assim? Tadinha! E há quem ache que Olicity ia ser um romance complicado, SnowMerlyn está mostrando potencial para ser dez vezes pior.
No próximo capítulo voltamos com a narração de Oliver e as consequências dessa confusão para nosso casal mais lindo. E vou dizer, esses irmãos não estão facilitando a vida das suas amadas.
Nos vemos pelos reviews!! Até mais.. Bjs*



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