A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia


Capítulo 2
Conhecendo Olga


Notas iniciais do capítulo

Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.



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O sonho se repete, porém agora Reuel ouve uma voz, um pedido: "Salve-me por favor”. Assustado desperta com o sol em seu rosto. 

— Quem me pede socorro? O que está acontecendo? 

Rapidamente ele se levanta e veste seus trajes e segue para sua mesa de desjejum, já preparada e disposta em uma bela e farta. Emílio chega enquanto ainda come e animado o saúda:

— Bom dia Vossa Eminência, teremos um dia tranquilo hoje, espero que esteja melhor e disposto, hoje levaremos nossos hóspedes para conhecer Aurethel.

— Bom dia Emílio, estou melhor agradeço sua preocupação, você tem o cronograma para o dia de hoje já preparado? poderia mencioná-lo enquanto termino meu desjejum.

— Certamente meu senhor, começaremos seguindo para os aposentos de vossa santidade Alexei e de Jovem Olga. 

Enquanto Emílio lista os afazeres, Reuel lembra de seu sonho e da voz que o pedia socorro, questiona se deveria ter com a Vossa Majestade a Rainha Bethrynna sobre o que tem acontecido, ou se deveria solicitar um conselho ao próprio Oráculo, em meio aos seus devaneios um toque em seu braço o tira do transe. 

— Meu senhor? Diz Emílio observando seu rosto de forma suspeita.

— Perdão, sim vamos aos aposentos dos hóspedes e depois? -

— Senhor, eu já listei todos os afazeres do dia, vossa eminência, tem certeza de que está se sentindo bem? Eu posso ser o guia deles sozinho se o senhor desejar.

— Não, Emilio, estou bem, perdão pela distração, estou pronto, vamos iniciar nosso cronograma.

Reuel agradece o alimento, se levanta abruptamente e segue para as escadas em direção aos aposentos dos hóspedes, Emílio segue logo atrás ainda bastante desconfiado. Ao chegarem aos aposentos dos Hóspedes, Reuel pede que Emílio suba e os chame enquanto os aguarda, sem questionar Emílio vai primeiramente aos aposentos de Olga.

— Bom dia Jovem Olga!

— Emílio?!

— O próprio. O Sumo Sacerdote e eu viemos levá-la em um passeio.

— Oh.. Agora eu me lembrei. Que horas são?

— Nós elfos, não medimos o tempo como os humanos. No entanto, a julgar pelo lugar onde está o Sol no Céu… Chegou a hora de você se levantar!

— Tudo bem eu já venho, Hum.. Você poderia me dar um minutinho, por favor? 

— Você é tímida, jovem Olga? Então lhe espero lá embaixo. 

De um pulo, Emilio salta pela varanda como quem se exibe para a nobre dama, ao chegar no térreo percebe que Reuel o observa de forma desdenhosa. 

— O que foi? Questiona Emílio

— Jovem Capitão da Guarda, sugiro que guarde suas peripécias para momentos mais adequados, lembre-se, nossos hóspedes não estão aqui para fins de turismo, temos uma missão.

— Ok ok entendi. Se não conhecesse o vossa eminência tão bem, diria que está enciumado, veja bem, ambos havemos de concordar que a jovem Olga é de uma beleza peculiar e chamativa, mas entendi seu sermão e prometo que me comportarei como Capitão a qual fui honradamente nomeado.

— Ótimo, obrigada por sua colaboração. Responde Reuel visivelmente incomodado com o que acaba de ouvir. 

O Cardeal Alexei aparece primeiro e cumprimenta animadamente os elfos.

— Bom dia Senhores, estamos prontos para a visita. Onde está a dama sagrada?

— Bom dia a vossa santidade, a jovem Olga nos pediu um momento para se recompor, estamos a aguardando. Responde Emílio.

— Oh, peço perdão por essa insolência senhores, prometo que falarei com a Srta. Olga acerca disso. Retruca o Cardeal.

— De forma alguma! Jovem Olga em nada nos ofende, gostaríamos que ela se sentisse confortável em nossa cidade, portanto que ela leve o tempo que desejar para estar disposta, não estou certo meu Senhor? Responde Emilio instigando Reuel.

— Está. Responde o elfo de forma seca e sucinta.-

— Nesse caso, agradeço a bondade e hospitalidade meus senhores. 

Nesse momento ambos notam a jovem Olga descendo as escadas. Ambos admiram a forma delicada e cuidadosa que Olga desce as escadas e segue em direção a eles, o rosto de Reuel começa a esquentar e num lampejo ele se auto controla e tenta dizer algumas palavras quando é interrompido por Emílio.

— Agora o sumo sacerdote e eu a levaremos em um passeio de verdade por Aurethel. Nosso primeiro destino é...

Emílio segue animado indicando e informando sobre lugares e histórias do seu povo enquanto os hóspedes observam atentos a cada palavra. Reuel sente um agradável aroma e percebe que esse é o cheiro de Olga, em sua mente logo vem a frase do Sonho “Ajude-me, por favor!” Desnorteado ele tenta se recompor e percebe o olhar de inveja de Olga ao ouvir Emilio mencionar o motivo da longevidade élfica. Emilio também percebe e diz: 

— Você tem inveja de nós, não é, Jovem Olga? Nós elfos, temos tanto tempo que podemos experimentar tudo o que quisermos, ao contrário do ser humano que está sempre com tanta pressa.

— Emílio é porque temos tão pouco tempo e desejamos fazer tanta coisa. Responde Olga com visível tristeza em seu olhar, deixando Reuel desconfortável e estranhamente empático com a sua dor.

— Então você deve fazer mais e desejar menos. Assim, você não vai ficar tão apressada.

— Durante milhares de anos, as vontades e os desejos da humanidade nos impulsionaram a construir nossa Civilização Atual. 

Olga concorda com a cabeça. Com isso Reuel fala:

— Uma vida longa pode não ser necessariamente uma coisa boa. Pode bem ser uma Maldição.

— Vossa Eminência…

— Ah, nosso sumo sacerdote é assim mesmo. Não ligue para ele. Continuemos com nosso passeio.

— Tudo bem. Mas estou curiosa, Vossa Eminência, o que quer dizer com “maldição”?

— Um assunto que diz respeito às raças de vida longa. Não diz respeito aos seres humanos. responde Reuel Firmemente.

— As Maldições realmente existem?

— Uma maldição é, em essência, uma marca de um espírito poderoso. Após a última grande guerra as criaturas que tinham tal poder deixaram de existir ou seu poder diminuiu. Da mesma forma, as maldições também desapareceram. 

Reuel percebe que Olga olha para seu pulso, mas não diz nada, apenas segue andando quando novamente é abordado por ela.

— E se as maldições ainda existirem? Questiona a Dama Sagrada.

— Humana, o que deseja perguntar? Questiona Reuel agora intrigado com a insistência de Olga.

— Eu.. Eu estou meramente curiosa, se não desejar responder, não será um problema.

Reuel a observa intrigado, porém decide não seguir adiante com a conversa se calando. Um súbito silêncio se inicia até que Emílio quebra o silêncio seguindo contando a lenda dos elfos aliviando a tensão. O passeio segue agora sem mais questionamentos por Aurethel. Ao fim do passeio Reuel informa que precisa resolver assuntos pessoais e solicita que Emílio os leve aos seus aposentos. 

— Tenha uma boa noite de descanso senhores. nos veremos novamente um um outro momento.

Assim que se despede, as lembranças dos questionamentos de Olga voltam a sua mente, deixando Reuel consternado e reflexivo. Soldados passam correndo nos arredores, rumores de que fora avistado uma elfa da trevas é mencionado. Reuel se recolhe aos seus aposentos cansado e pensativo sobre o dia em que conheceu melhor a dama sagrada. Decide buscar o conhecimento dos antepassados acerca de seus sonhos na Biblioteca de Aurethel.


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