A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia
Notas iniciais do capítulo
Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.
Emilio atende ao sumo sacerdote com lágrimas nos olhos. Bethrynna murmura baixinho uma oração de súplica, pedindo aos deuses que recebam Alexei em seus salões. Reuel para informar a Zoya que ele estava por perto, começa a entoar o canto que cantou ao seu lado em Liriel. Zoya Busca por seu rosto em meio a multidão quando seus olhares se encontram. Zoya já estava posicionada embaixo da árvore sagrada que está destruída.
— Sálvia, leve o Sumo Sacerdote até a portadora da maldição… a Profecia só pode ser concluída pelas mãos dele.
Reuel entra em pânico, não estava preparado para isso, nunca imaginou que esse era o preço a ser pago. Sálvia o leva até a árvore, entrega a ele o punhal negro e diz:.
— Você sabia que esse era o preço a ser pago. Só você poderá concluir a profecia e acabar com a maldição. o Grande preço era de vida ou de Morte. Ou você tiraria a vida dela, ou a veria morrer em seus braços.
— Não! não posso fazer isso, nem por toda a eternidade posso conviver com essa angústia.
— Ora então veremos ela morrer, seu tempo se finda em alguns minutos…
Reuel olha para Zoya que está mortalmente pálida, e tão fraca que não consegue mais manter a cabeça erguida. Ela olha para ele sorrindo e diz:
— Se é preciso, faça, eu fui tão feliz ao seu lado. Consigo suportar esse momento.
— Não Zoya… Eu não consigo eu…
— Reuel “Antan órenya tyenna, Antan melmenya tyenna, Ma meluvalyen tenn'oio?”
— Zoya “Nalyë melmë cuilenya”.
Zoya estende as mãos e segurando as mãos de Reuel que está segurando o punhal, desfere em si mesma um golpe fatal.
— NÃO!!!!! ZOYA!!!!!!!!
Desesperado, Reuel retira o Punhal de Zoya e usa ele para libertar Emilio. Sacando sua espada ele Trava uma batalha com Sálvia e outros elfos negros que estavam ao redor. Emilio assobia e um grande exército de elfos rebeldes cercam os Elfos das trevas em uma batalha sangrenta. Emilio liberta a Rainha e com a ajuda de uma guarda levam ela para perto da Árvore Sagrada e de Zoya que está desfalecida junto ao tronco. Uma grande Nuvem se forma com Rajadas de vento, trovões e relâmpagos enquanto uma batalha mortal consome Aurethel.
Reuel e Sálvia lutam furiosamente porém com um descuido Sálvia o corta no flanco. Reuel por sua vez revida e a fere gravemente no braço.
- Está consumado, Sumo Sacerdote! a Maldição enfim foi quebrada e sua amada agora é livre!
— CALE-SE!
— Nós entregamos a medalha de Honra ao nosso Deus Miggs! Enfim a Era dos Elfos das trevas se consolidará!
— ISSO NUNCA IRÁ ACONTECER! olhe para o seu punho!
Como o Cardeal havia profetizado, uma marca nasce no punho de Sálvia que desesperada tenta em vão apagar.
— MÃE! A MALDIÇÃO! MÃE!
A grande Anciã segue sem expressão olhando para Sálvia enquanto é protegida por sua guarda. Sálvia sente a traição de sua própria mãe apunhalando seu peito.
— Mãe… Porque eu… Sempre fui tão leal a você.
Reuel nesse momento saca um arco e mira na Grande Anciã e com uma Flecha certeira acerta seu coração.
— NÃO!!! MÃE!!!!
Sálvia se vira furiosa e descontrolada avança desferindo golpes em Reuel que se defende porém sem vontade de atacar. Sálvia em um descuido abre sua guarda e Reuel finca a espada em seu corpo.
— Porque…
— Ao contrário de vocês, eu jamais permitiria que vocês sofressem a angústia que Zoya sofreu estando amaldiçoada.
— Isso não faz sentido… não faz… senti…
Sálvia cai morta no chão e Reuel murmura uma oração de piedade, fechando os olhos da elfa.
Vendo que tanto a Grande anciã e a sua única herdeira estão mortas, os poucos elfos das trevas se entregam e são levados às celas de Aurethel. Reuel volta seu rosto para a Árvore Sagrada e percebe uma Luz suave emanando dela e envolvendo o corpo de Zoya. Ele corre desesperado para libertar o corpo de Zoya das amarras que a prendia no tronco da árvore e aos prantos grita seu nome.
— ZOYA!!!!!! Zoya!!!!!! Zoya…
Bethrynna se aproxima com seu Jarro de prata cheio de água e enquanto ora, começa a regar a Árvore Sagrada na esperança de que a mesma reviva. A luz emanando da árvore fica cada vez mais forte e intensa e uma Voz Etérea Ecoa:
— A grande Maldição foi quebrada e a portadora enfim poderá fazer sua escolha.
Reuel percebe que o corpo de Zoya está desaparecendo e tenta em vão se agarrar a ele
— NÃO! NÃO! NÃO! ZOYA! VOLTE! ZOYA ESCOLHA A MIM! NÃO ME ABANDONE! ZOYA!!
Zoya desaparece completamente e Reuel se prostra no tronco da Árvore Sagrada chorando amargamente sua perda. Emilio se aproxima consternado com a dor do Sumo Sacerdote e se ajoelha ao seu lado. Zoya se fora.
A rainha Bethrynna entoa um canto fúnebre enquanto Reuel chora copiosamente. Os Elfos de Aurethel em silêncio e grande pesar se aproximam da grande Árvore Sagrada que aos poucos se reaviva e volta a florescer. Emílio em Grande reverência demanda que o Corpo do Cardeal seja embalsamado e posto em uma caravana Fúnebre até Lena com Declarações de paz e pesar sobre o que aconteceu em Aurethel.
Reuel se levanta e em silêncio se dirige ao templo sem expressão nenhuma. Aurethel aos poucos é reerguida e concertada. Emilio em uma nobre celebração é condecorado General de Aurethel e Reuel entrega o cargo de Sumo Sacerdote. Desde então o templo é o lugar onde Reuel faz permanente morada, saindo em alguns poucos momentos até a biblioteca.
A dor e a Angustia do grande Sumo Sacerdote é percebida e sentida por todos os cidadãos de Viera… Emilio vendo Reuel abatido seguindo novamente até o templo resolve ter com ele.
— Reuel, espere…
Reuel segue em silencio e adentra ao templo se pondo em frente a fonte sagrada. Lágrimas são percebidas em seus olhos.
— Reuel, já estamos completando 7 dias desde a morte de Zoya e você ainda não se alimentou… Você precisa…
— Aqui… Nesse lugar eu a tive pela primeira vez…
— O quê?
— Naquele momento eu descobri que ela não era a dama sagrada, eu estava tão feliz, feliz por saber que se eu a tivesse não estaria cometendo um grande pecado, eu provei do seu amor, aqui, pela primeira vez...
Emilio permanece em silencio, ouvindo Reuel com compaixão e empatia.
— Nós prometemos que nosso futuro sonho seria um herdeiro… Eu queria ter uma filha, com o rosto que me lembrasse Zoya…
— Sinto muito por sua perda Reuel… Não consigo mensurar sua dor… Se ao menos tivéssemos acesso aos Salões dos Grande Deuses, talvez pudéssemos implorar…
— Os Salões… Dos grandes Deuses… É isso! Eu preciso encontrar a rainha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Aqui você tem a tradução do dialogo em Elfico.
— Reuel “Antan órenya tyenna, Antan melmenya tyenna, Ma meluvalyen tenn'oio?”
— Reuel "Eu te dou meu coração, Eu te dou meu amor, Você me amará pela eternidade?"
— Zoya "Nalyë melmë cuilenya".
— Zoya "Você é o amor da minha vida".
Referencia: OchalédoMago (Blogspot)