A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia


Capítulo 14
O Sacrifício e a Angústia


Notas iniciais do capítulo

Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.



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Emilio atende ao sumo sacerdote com lágrimas nos olhos. Bethrynna murmura baixinho uma oração de súplica, pedindo aos deuses que recebam Alexei em seus salões. Reuel para informar a Zoya que ele estava por perto, começa a entoar o canto que cantou ao seu lado em Liriel. Zoya Busca por seu rosto em meio a multidão quando seus olhares se encontram. Zoya já estava posicionada embaixo da árvore sagrada que está destruída. 

— Sálvia, leve o Sumo Sacerdote até a portadora da maldição… a Profecia só pode ser concluída pelas mãos dele.

Reuel entra em pânico, não estava preparado para isso, nunca imaginou que esse era o preço a ser pago. Sálvia o leva até a árvore, entrega a ele o punhal negro e diz:. 

— Você sabia que esse era o preço a ser pago. Só você poderá concluir a profecia e acabar com a maldição. o Grande preço era de vida ou de Morte. Ou você tiraria a vida dela, ou a veria morrer em seus braços.

— Não! não posso fazer isso, nem por toda a eternidade posso conviver com essa angústia.

— Ora então veremos ela morrer, seu tempo se finda em alguns minutos… 

Reuel olha para Zoya que está mortalmente pálida, e tão fraca que não consegue mais manter a cabeça erguida. Ela olha para ele sorrindo e diz: 

— Se é preciso, faça, eu fui tão feliz ao seu lado. Consigo suportar esse momento.

— Não Zoya… Eu não consigo eu… 

— Reuel “Antan órenya tyenna, Antan melmenya tyenna, Ma meluvalyen tenn'oio?”

— Zoya “Nalyë melmë cuilenya”.

Zoya estende as mãos e segurando as mãos de Reuel que está segurando o punhal, desfere em si mesma um golpe fatal. 

— NÃO!!!!! ZOYA!!!!!!!!

Desesperado, Reuel retira o Punhal de Zoya e usa ele para libertar Emilio. Sacando sua espada ele Trava uma batalha com Sálvia e outros elfos negros que estavam ao redor. Emilio assobia e um grande exército de elfos rebeldes cercam os Elfos das trevas em uma batalha sangrenta. Emilio liberta a Rainha e com a ajuda de uma guarda levam ela para perto da Árvore Sagrada e de Zoya que está desfalecida junto ao tronco. Uma grande Nuvem se forma com Rajadas de vento, trovões e relâmpagos enquanto uma batalha mortal consome Aurethel. 

Reuel e Sálvia lutam furiosamente porém com um descuido Sálvia o corta no flanco. Reuel por sua vez revida e a fere gravemente no braço. 

 - Está consumado, Sumo Sacerdote! a Maldição enfim foi quebrada e sua amada agora é livre!

— CALE-SE!

— Nós entregamos a medalha de Honra ao nosso Deus Miggs! Enfim a Era dos Elfos das trevas se consolidará!

— ISSO NUNCA IRÁ ACONTECER! olhe para o seu punho!

Como o Cardeal havia profetizado, uma marca nasce no punho de Sálvia que desesperada tenta em vão apagar. 

— MÃE! A MALDIÇÃO! MÃE!

A grande Anciã segue sem expressão olhando para Sálvia enquanto é protegida por sua guarda. Sálvia sente a traição de sua própria mãe apunhalando seu peito. 

— Mãe… Porque eu… Sempre fui tão leal a você.

Reuel nesse momento saca um arco e mira na Grande Anciã e com uma Flecha certeira acerta seu coração. 

— NÃO!!! MÃE!!!!

Sálvia se vira furiosa e descontrolada avança desferindo golpes em Reuel que se defende porém sem vontade de atacar. Sálvia em um descuido abre sua guarda e Reuel finca a espada em seu corpo. 

— Porque…

— Ao contrário de vocês, eu jamais permitiria que vocês sofressem a angústia que Zoya sofreu estando amaldiçoada.

— Isso não faz sentido… não faz… senti… 

Sálvia cai morta no chão e Reuel murmura uma oração de piedade, fechando os olhos da elfa.

Vendo que tanto a Grande anciã e a sua única herdeira estão mortas, os poucos elfos das trevas se entregam e são levados às celas de Aurethel. Reuel volta seu rosto para a Árvore Sagrada e percebe uma Luz suave emanando dela e envolvendo o corpo de Zoya. Ele corre desesperado para libertar o corpo de Zoya das amarras que a prendia no tronco da árvore e aos prantos grita seu nome.

— ZOYA!!!!!! Zoya!!!!!! Zoya… 

Bethrynna se aproxima com seu Jarro de prata cheio de água e enquanto ora, começa a regar a Árvore Sagrada na esperança de que a mesma reviva. A luz emanando da árvore fica cada vez mais forte e intensa e uma Voz Etérea Ecoa: 

— A grande Maldição foi quebrada e a portadora enfim poderá fazer sua escolha. 

Reuel percebe que o corpo de Zoya está desaparecendo e tenta em vão se agarrar a ele

— NÃO! NÃO! NÃO! ZOYA! VOLTE! ZOYA ESCOLHA A MIM! NÃO ME ABANDONE! ZOYA!!

Zoya desaparece completamente e Reuel se prostra no tronco da Árvore Sagrada chorando amargamente sua perda. Emilio se aproxima consternado com a dor do Sumo Sacerdote e se ajoelha ao seu lado. Zoya se fora.

A rainha Bethrynna entoa um canto fúnebre enquanto Reuel chora copiosamente. Os Elfos de Aurethel em silêncio e grande pesar se aproximam  da grande Árvore Sagrada que aos poucos se reaviva e volta a florescer.  Emílio em Grande reverência demanda que o Corpo do Cardeal seja embalsamado e posto em uma caravana Fúnebre até Lena com Declarações de paz e pesar sobre o que aconteceu em Aurethel. 

Reuel se levanta e em silêncio se dirige ao templo sem expressão nenhuma. Aurethel aos poucos é reerguida e concertada. Emilio em uma nobre celebração é condecorado General de Aurethel e Reuel entrega o cargo de Sumo Sacerdote. Desde então o templo é o lugar onde Reuel faz permanente morada, saindo em alguns poucos momentos até a biblioteca. 

A dor e a Angustia do grande Sumo Sacerdote é percebida e sentida por todos os cidadãos de Viera… Emilio vendo Reuel abatido seguindo novamente até o templo resolve ter com ele. 

— Reuel, espere… 

Reuel segue em silencio e adentra ao templo se pondo em frente a fonte sagrada. Lágrimas são percebidas em seus olhos.

— Reuel, já estamos completando 7 dias desde a morte de Zoya e você ainda não se alimentou… Você precisa…

— Aqui… Nesse lugar eu a tive pela primeira vez…

— O quê?

— Naquele momento eu descobri que ela não era a dama sagrada, eu estava tão feliz, feliz por saber que se eu a tivesse não estaria cometendo um grande pecado, eu provei do seu amor, aqui, pela primeira vez...

Emilio permanece em silencio, ouvindo Reuel com compaixão e empatia. 

— Nós prometemos que nosso futuro sonho seria um herdeiro… Eu queria ter uma filha, com o rosto que me lembrasse Zoya…

— Sinto muito por sua perda Reuel… Não consigo mensurar sua dor… Se ao menos tivéssemos acesso aos Salões dos Grande Deuses, talvez pudéssemos implorar…

— Os Salões… Dos grandes Deuses… É isso! Eu preciso encontrar a rainha.


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Notas finais do capítulo

Aqui você tem a tradução do dialogo em Elfico.

— Reuel “Antan órenya tyenna, Antan melmenya tyenna, Ma meluvalyen tenn'oio?”
— Reuel "Eu te dou meu coração, Eu te dou meu amor, Você me amará pela eternidade?"

— Zoya "Nalyë melmë cuilenya".
— Zoya "Você é o amor da minha vida".

Referencia: OchalédoMago (Blogspot)



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