A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia


Capítulo 12
Lutando pela Vida.


Notas iniciais do capítulo

Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802470/chapter/12

Passam-se algumas semanas e Zoya começa a não se sentir bem. Se sente cansada e com dores no corpo. Ao olhar para a marca em seu punho um tremor. A marca já está quase que totalmente coberta pelo vermelho sangue que a desespera. Reuel então decide tentar retornar a Viera para talvez próximo da Árvore Sagrada encontrar uma solução. 

Ao se aproximarem são recebidos com flechas negras. O pior aconteceu. Os elfos negros tomaram Viera e aprisionaram ou escravizaram os elfos da luz. Horrorizada, Zoya chora desesperada se culpando por tudo o que aconteceu. 

— É tudo culpa minha, eu deveria ter aceitado meu destino, tola! Porque achei que tinha o direito de viver? Olha o estrago que provoquei.

— Zoya, não é sua culpa, você não deve pensar assim. Venha, vamos encontrar um abrigo e uma forma de adentrar Aurethel e encontrar a rainha, Emílio e o Cardeal. Oro para que ainda estejam vivos.

A noite chega Reuel planeja invadir Aurethel durante a madrugada. Zoya está amargurada e desolada, não vê esperança a não ser se entregar.

— NÃO! ISSO NÃO ACONTECERÁ!

— Mas Reuel, é nossa única esperança, você precisa chegar até a Árvore Sagrada para encontrar a cura.

— Zoya, é arriscado demais, eles precisam te matar e vão tentar de todas as formas.

— Não se propormos uma troca.

— O que? Não! Não, não, não, não vou permitir isso jamais.

Zoya acaricia o rosto preocupado de Reuel e diz:

— Uma hora, em algum momento a grande provação virá, não temos mais tempo, precisamos agir. 

Ela mostra a marca completamente preenchida e os olhos de Reuel se enchem de lágrimas. 

— Ai de mim te perder meu grande amor, ai de mim. Preciso cumprir a promessa. Mas tenho medo.

— Meu Reuel, o medo só nos levará a destruição, precisamos ser fortes e lutarmos juntos pelo nosso destino.

Eles se abraçam e decidem traçar uma estratégia que consiste em Zoya se entregar aos Elfos das Trevas enquanto Reuel entra em Aurethel. Zoya respira fundo, olha para Reuel e diz: 

— Vai dar tudo certo, mas se algo acontecer saiba que eu…

— Não vai acontecer nada além do que foi profetizado. Vamos traçar nosso plano novamente. Você seguirá até a entrada principal e Exigirá a presença de Sálvia para que se entregue, enquanto isso eu tentarei entrar pela cachoeira de Liriel e buscarei abrigo na Biblioteca. É o local mais próximo do Santuário e também o mais próximo das celas onde provavelmente os outros deverão estar.

Reuel lança um olhar preocupado para Zoya que está concentrada em seus pensamentos e lhe diz: 

— Não hesite em lutar pela sua sobrevivência caso esteja em iminente risco de morte. Confie em seu treino e mantenha a mente em equilíbrio.

— Reuel, nós vamos conseguir.

— Assim que eu adentrar em Aurethel eu irei até você, Prometo.

— Certo. vamos.

— Espera.

Reuel beija Zoya como se fosse a última vez que fosse estar com ela. abraça seu corpo e enquanto a abraça diz: 

— Quando tudo isso acabar, eu quero ter uma filha e ela terá traços seus. 

Zoya trava, nunca se viu mãe, nunca imaginou que conseguiria viver para a maternidade. Lágrimas rolam do seu rosto e ela olhando a Reuel diz: 

— Quando tudo isso acabar, teremos uma criança, com nossos traços.

— Esse é nosso próximo sonho.

— Sim, esse é nosso próximo sonho. 

Zoya se volta para a entrada de Aurethel enquanto Reuel segue pela floresta para o caminho combinado.

Ao chegar na porta, com as mãos levantadas Zoya Exclama:

— Vim me entregar a Rainha, mas exijo ser levada por Sálvia a Filha da Grande Anciã.

— Você não tem direito, Humana Insolente.

— Esperem! Ela tem direito sim… 

Zoya percebe os olhos dourados de Sálvia observando através dos portões, ela pede que guardas abram os portões e devagar segue em direção a ela dizendo: 

— Já faz tempo, dama sagrada…

— Zoya, meu nome é Zoya.

— Ah sim, de fato, você havia me dito seu nome… A que devemos a honra de sua visita.

— Você sabe por que eu vim, Você me prometeu, disse que quebraria a maldição se eu os ajudassem.

— Mas você não nos ajudou.

— Mas vocês destruíram a Árvore Sagrada e tomaram Aurethel, cumpriram o que disseram que fariam. 

Sálvia observa ao redor se encontra a presença de Reuel.

— Onde ele está?

— Eu o abandonei.

— Está mentindo, seus olhos apaixonados gritam que você mente.

— Não estou mentindo. Reuel não sabe que estou aqui… ele não me deixaria vir, eu o dopei e o deixei em Liriel.

— Humm, interessante… Guardas, algemem ela. mas com cuidado, ela é um presente especial para minha mãe.

Sem resistência Zoya se deixa ser algemada e Sálvia segurando seu braço a leva até o Santuário. No meio do caminho Sálvia diz: 

— Seu cheiro mudou…

— O que disse?

— Seu cheiro mudou… Você se entregou a ele não foi?

— Não tenho que responder isso a ninguém, ainda mais a você.

— Você acaba de responder Zoya. 

Zoya se cala mas não abaixa a cabeça apesar de estar com o rosto vermelho. Sálvia ainda atenta ao perímetro decide mudar o trajeto

— Espere, para onde você está me levando?

— Você saberá quando chegar. 

De repente elas chegam até as celas da prisão e lá Sálvia grita: 

— ORA ORA ORA… OLHA QUEM RETORNOU A AURETHEL?

Das  selas distintas Zoya pode ver Bethrynna, Emílio e Alexei. Eles olham assustados para Sálvia e Zoya e seus rostos se enchem de angústia. 

— Olga! Como eles conseguiram te pegar, onde está Reuel? Exclamou Emílio.

Zoya fica calada e com um Chute Sálvia a derruba no chão. 

— Olga!

— Emilio! Eu me entreguei. Eu vim sozinha.

— Onde está Reuel? Pergunta Sálvia se agachando perto de Zoya. Zoya permanece em silêncio. Então Sálvia puxa seus cabelo e grita:

— ONDE ESTÁ REUEL!!!

— EU VIM SOZINHA!!

— Você mente, humana insolente!

— Respeite a Dama Sagrada Sálvia!! Grita Emílio irado de dentro da cela. Sálvia ri alto e olhando para eles com ar de deboche diz:

— Dama Sagrada é…

— Quando você fugiu daqui não contou seu nome a eles?

— O que você quer dizer? Olga do quê ela está falando? 

Acuada, Zoya olha para Sálvia e pergunta:

— Como você descobriu?

— Eu tive meus contatos. 

Responde Sálvia olhando para o Cardeal maliciosamente. Alexei desvia o olhar nesse momento e Emílio insiste:

— Olga, do quê ela está falando?

— Diga a eles quem você é e eu penso se poupo a vida da Rainha Caída. DIGA AGORA!

— MEU NOME É ZOYA! Meu nome… É Zoya… Eu não sou a dama Sagrada, nós trocamos de lugar em Lena, para que eu tivesse uma chance de quebrar a maldição. Eu sinto muito eu… 

Sálvia gargalha ao ver o rosto perplexo da rainha e Emílio, e o rosto de culpa e desespero do Cardeal. 

— Que bela aliança você criou em vossa majestade…

— Sinto muito vossa majestade, eu só queria viver.

— Zoya, não ouso fazer qualquer julgamento acerca de suas atitudes desesperadas, apenas me entristece saber que não fui verdadeira o suficiente para que tivesse confiado em mim e me dito antes de partir. Eu perdoo você.

— Own! Que emocionante! Agora que você tem o perdão da Rainha chegou a hora de ser entregue à Grande Anciã. E não se preocupe, virgem ou não sua marca ainda será muito útil para nós. O dia do sacrifício está próximo.

— Você me traiu Sálvia, eu achei que fosse uma pessoa boa… Eu acreditei em você.

— O que você sabe sobre bondade? O que você sabe sobre a minha vida e sobre a minha linhagem? NADA!! você não sabe NADA! Você viveu míseros 24 anos e nem sequer tocou nos livros das grandes histórias.

— Estudei o suficiente pra perceber meu erro, minha ingenuidade.

— Chega! Vou levar você até minha mãe, e quanto a vocês três, comecem a pedir a bênção dos seus Deuses, porque em breve vocês se juntarão a eles. 

Sálvia levanta Zoya pelos cabelos e a leva em direção ao Santuário. Emílio grita desesperado.

— Zoya! Não! Zoya!!!

Escondido, Reuel observa tudo e analisa uma forma de resgatar os três reféns e Zoya. Reuel retorna sorrateiramente a biblioteca analisando em cada lugar quantos soldados dos elfos negros estão a postos. 

— Chegou o momento de agir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A angústia de Reuel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.