A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia
Notas iniciais do capítulo
Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.
Passam-se algumas semanas e Zoya começa a não se sentir bem. Se sente cansada e com dores no corpo. Ao olhar para a marca em seu punho um tremor. A marca já está quase que totalmente coberta pelo vermelho sangue que a desespera. Reuel então decide tentar retornar a Viera para talvez próximo da Árvore Sagrada encontrar uma solução.
Ao se aproximarem são recebidos com flechas negras. O pior aconteceu. Os elfos negros tomaram Viera e aprisionaram ou escravizaram os elfos da luz. Horrorizada, Zoya chora desesperada se culpando por tudo o que aconteceu.
— É tudo culpa minha, eu deveria ter aceitado meu destino, tola! Porque achei que tinha o direito de viver? Olha o estrago que provoquei.
— Zoya, não é sua culpa, você não deve pensar assim. Venha, vamos encontrar um abrigo e uma forma de adentrar Aurethel e encontrar a rainha, Emílio e o Cardeal. Oro para que ainda estejam vivos.
A noite chega Reuel planeja invadir Aurethel durante a madrugada. Zoya está amargurada e desolada, não vê esperança a não ser se entregar.
— NÃO! ISSO NÃO ACONTECERÁ!
— Mas Reuel, é nossa única esperança, você precisa chegar até a Árvore Sagrada para encontrar a cura.
— Zoya, é arriscado demais, eles precisam te matar e vão tentar de todas as formas.
— Não se propormos uma troca.
— O que? Não! Não, não, não, não vou permitir isso jamais.
Zoya acaricia o rosto preocupado de Reuel e diz:
— Uma hora, em algum momento a grande provação virá, não temos mais tempo, precisamos agir.
Ela mostra a marca completamente preenchida e os olhos de Reuel se enchem de lágrimas.
— Ai de mim te perder meu grande amor, ai de mim. Preciso cumprir a promessa. Mas tenho medo.
— Meu Reuel, o medo só nos levará a destruição, precisamos ser fortes e lutarmos juntos pelo nosso destino.
Eles se abraçam e decidem traçar uma estratégia que consiste em Zoya se entregar aos Elfos das Trevas enquanto Reuel entra em Aurethel. Zoya respira fundo, olha para Reuel e diz:
— Vai dar tudo certo, mas se algo acontecer saiba que eu…
— Não vai acontecer nada além do que foi profetizado. Vamos traçar nosso plano novamente. Você seguirá até a entrada principal e Exigirá a presença de Sálvia para que se entregue, enquanto isso eu tentarei entrar pela cachoeira de Liriel e buscarei abrigo na Biblioteca. É o local mais próximo do Santuário e também o mais próximo das celas onde provavelmente os outros deverão estar.
Reuel lança um olhar preocupado para Zoya que está concentrada em seus pensamentos e lhe diz:
— Não hesite em lutar pela sua sobrevivência caso esteja em iminente risco de morte. Confie em seu treino e mantenha a mente em equilíbrio.
— Reuel, nós vamos conseguir.
— Assim que eu adentrar em Aurethel eu irei até você, Prometo.
— Certo. vamos.
— Espera.
Reuel beija Zoya como se fosse a última vez que fosse estar com ela. abraça seu corpo e enquanto a abraça diz:
— Quando tudo isso acabar, eu quero ter uma filha e ela terá traços seus.
Zoya trava, nunca se viu mãe, nunca imaginou que conseguiria viver para a maternidade. Lágrimas rolam do seu rosto e ela olhando a Reuel diz:
— Quando tudo isso acabar, teremos uma criança, com nossos traços.
— Esse é nosso próximo sonho.
— Sim, esse é nosso próximo sonho.
Zoya se volta para a entrada de Aurethel enquanto Reuel segue pela floresta para o caminho combinado.
Ao chegar na porta, com as mãos levantadas Zoya Exclama:
— Vim me entregar a Rainha, mas exijo ser levada por Sálvia a Filha da Grande Anciã.
— Você não tem direito, Humana Insolente.
— Esperem! Ela tem direito sim…
Zoya percebe os olhos dourados de Sálvia observando através dos portões, ela pede que guardas abram os portões e devagar segue em direção a ela dizendo:
— Já faz tempo, dama sagrada…
— Zoya, meu nome é Zoya.
— Ah sim, de fato, você havia me dito seu nome… A que devemos a honra de sua visita.
— Você sabe por que eu vim, Você me prometeu, disse que quebraria a maldição se eu os ajudassem.
— Mas você não nos ajudou.
— Mas vocês destruíram a Árvore Sagrada e tomaram Aurethel, cumpriram o que disseram que fariam.
Sálvia observa ao redor se encontra a presença de Reuel.
— Onde ele está?
— Eu o abandonei.
— Está mentindo, seus olhos apaixonados gritam que você mente.
— Não estou mentindo. Reuel não sabe que estou aqui… ele não me deixaria vir, eu o dopei e o deixei em Liriel.
— Humm, interessante… Guardas, algemem ela. mas com cuidado, ela é um presente especial para minha mãe.
Sem resistência Zoya se deixa ser algemada e Sálvia segurando seu braço a leva até o Santuário. No meio do caminho Sálvia diz:
— Seu cheiro mudou…
— O que disse?
— Seu cheiro mudou… Você se entregou a ele não foi?
— Não tenho que responder isso a ninguém, ainda mais a você.
— Você acaba de responder Zoya.
Zoya se cala mas não abaixa a cabeça apesar de estar com o rosto vermelho. Sálvia ainda atenta ao perímetro decide mudar o trajeto
— Espere, para onde você está me levando?
— Você saberá quando chegar.
De repente elas chegam até as celas da prisão e lá Sálvia grita:
— ORA ORA ORA… OLHA QUEM RETORNOU A AURETHEL?
Das selas distintas Zoya pode ver Bethrynna, Emílio e Alexei. Eles olham assustados para Sálvia e Zoya e seus rostos se enchem de angústia.
— Olga! Como eles conseguiram te pegar, onde está Reuel? Exclamou Emílio.
Zoya fica calada e com um Chute Sálvia a derruba no chão.
— Olga!
— Emilio! Eu me entreguei. Eu vim sozinha.
— Onde está Reuel? Pergunta Sálvia se agachando perto de Zoya. Zoya permanece em silêncio. Então Sálvia puxa seus cabelo e grita:
— ONDE ESTÁ REUEL!!!
— EU VIM SOZINHA!!
— Você mente, humana insolente!
— Respeite a Dama Sagrada Sálvia!! Grita Emílio irado de dentro da cela. Sálvia ri alto e olhando para eles com ar de deboche diz:
— Dama Sagrada é…
— Quando você fugiu daqui não contou seu nome a eles?
— O que você quer dizer? Olga do quê ela está falando?
Acuada, Zoya olha para Sálvia e pergunta:
— Como você descobriu?
— Eu tive meus contatos.
Responde Sálvia olhando para o Cardeal maliciosamente. Alexei desvia o olhar nesse momento e Emílio insiste:
— Olga, do quê ela está falando?
— Diga a eles quem você é e eu penso se poupo a vida da Rainha Caída. DIGA AGORA!
— MEU NOME É ZOYA! Meu nome… É Zoya… Eu não sou a dama Sagrada, nós trocamos de lugar em Lena, para que eu tivesse uma chance de quebrar a maldição. Eu sinto muito eu…
Sálvia gargalha ao ver o rosto perplexo da rainha e Emílio, e o rosto de culpa e desespero do Cardeal.
— Que bela aliança você criou em vossa majestade…
— Sinto muito vossa majestade, eu só queria viver.
— Zoya, não ouso fazer qualquer julgamento acerca de suas atitudes desesperadas, apenas me entristece saber que não fui verdadeira o suficiente para que tivesse confiado em mim e me dito antes de partir. Eu perdoo você.
— Own! Que emocionante! Agora que você tem o perdão da Rainha chegou a hora de ser entregue à Grande Anciã. E não se preocupe, virgem ou não sua marca ainda será muito útil para nós. O dia do sacrifício está próximo.
— Você me traiu Sálvia, eu achei que fosse uma pessoa boa… Eu acreditei em você.
— O que você sabe sobre bondade? O que você sabe sobre a minha vida e sobre a minha linhagem? NADA!! você não sabe NADA! Você viveu míseros 24 anos e nem sequer tocou nos livros das grandes histórias.
— Estudei o suficiente pra perceber meu erro, minha ingenuidade.
— Chega! Vou levar você até minha mãe, e quanto a vocês três, comecem a pedir a bênção dos seus Deuses, porque em breve vocês se juntarão a eles.
Sálvia levanta Zoya pelos cabelos e a leva em direção ao Santuário. Emílio grita desesperado.
— Zoya! Não! Zoya!!!
Escondido, Reuel observa tudo e analisa uma forma de resgatar os três reféns e Zoya. Reuel retorna sorrateiramente a biblioteca analisando em cada lugar quantos soldados dos elfos negros estão a postos.
— Chegou o momento de agir.
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