A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia
Notas iniciais do capítulo
Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.
Chegando no Templo, o sumo sacerdote vê Olga subindo as escadas em direção a fonte onde foi batizada.
— O que ela está fazendo? Indaga Reuel. Movido por uma curiosidade, ele resolve ir até o templo para saber os objetivos de Olga.
Com levezas em seus passos, o elfo se aproxima das escadas do templo e houve o agitar das águas da fonte. Cuidadosamente ele observa o interior do tempo e nota Olga em pé de frente para a mesma. Uma oração suave é baixa e percebida por ele. Então Olga tira suas roupas ficando completamente nua, protegida apenas por seus longos cabelos.
Reuel sente seu corpo arder e tenta sair do templo, mas algo o impede de se mover. Ele observa Olga adentrar na fonte, e nota que ela está suplicando por um milagre. Banhando a marca da maldição fervorosamente. Tomado pela compaixão, Reuel silenciosamente entra no templo e se aproxima da fonte. Olga de costas não o nota e segue fervorosamente orando e suplicando.
— Oh Deus da Luz, tenha piedade da minha vida, eu que cometi tantos erros imploro e suplico, cometi erros na tentativa desesperada de sobreviver e quebrar essa maldição. Eu aceito qualquer punição, mas me deixe viver para cumpri-las.
— Vossa Santidade…
Assustada Olga grita e se vira. Seus olhos são de pavor ao avistar Reuel. atônita e travada pelo susto, Olga não percebe que expôs seu corpo completamente ao Elfo.
— Vossa Eminência…
Reuel a observa meticulosamente, seu colo, seus seios, sua cintura, seu quadril que por estar submerso o impede de contemplar mais detalhes.
— Diga-me, a verdade, quais erros vossa santidade cometeu?
— Vossa Eminência eu… Lágrimas rolam do seu rosto, ela morde os lábios e tomando coragem lhe diz:
— Eu não sou a dama Sagrada. Eu me chamo Zoya e era dama de companhia da verdadeira Dama Sagrada. Acontece que eu contei para Olga sobre minha maldição e que somente os elfos poderiam salvar minha vida e ela se compadecendo da minha dor se dispôs a me ajudar.
Tomado por uma grande alegria, Reuel se aproxima devagar e adentra na fonte enquanto Zoya conta todos os detalhes sobre a troca e a vinda para Aurethel, sobre como o Cardeal descobriu e por precaução decidiu seguir com a mentira e o quanto isso a estava deixando desesperada. Ele está prestes a tocar seu cabelo quando ela o percebe e tenta se esquivar porém se desequilibra e Reuel a segura novamente, como no dia do batismo.
— Zoya… Você não é uma dama sagrada?
— Não…
— Então eu posso…
Reuel não termina a frase, seu impulso o faz segurar o rosto de Zoya e a beijar desesperadamente. Zoya a princípio segue sem reação mas logo retribui o beijo como quem recebe o perdão divino. Seus corpos tão próximos se unem como um imã potente onde nada é capaz de desatar. Aos poucos ele também tira suas vestes encharcadas e toma Zoya em seus braços com ainda mais fervor. Nesse momento o tempo parece parar. Apenas o pulsar do coração e a respiração ofegante dos dois amantes são ouvidos, para os dois nada mais importa, apenas se unirem até serem apenas um corpo, uma só carne. O êxtase os domina.
— Zoya…
— Reuel…
Exaustos ambos se deitam ao chão se abraçando e dividindo um único manto. Zoya repousa sua cabeça sobre o peito de Reuel e ouve relaxada as batidas de seu coração. Reuel por sua vez acariciava os braços e os cabelos de Zoya admirando as artes no teto do templo. Em um suspiro ele diz:
— Então isso é o amor?
— Amor? Não, não é só isso. Não pode ser apenas isso, seria efêmero demais para ser venerado.
— Tem razão, não deve ser só isso… Zoya eu… eu Sonho com você desde muito antes de te ver. Eu sabia que te encontraria e sabia que passaríamos por grandes dificuldades. Só não sabia que também teríamos momentos de tão profunda paixão. A mim foi profetizado que só um grande poder poderia quebrar a sua maldição e somente eu poderia ter esse grande poder. Seria este o poder do amor?
Zoya olha para a marca no seu pulso, ela ainda está lá não tão brilhante, porém ainda está lá, persistente, cruel… Zoya levanta seu rosto, encarando Reuel que retribui o olhar de forma serena como ela nunca havia visto.
— Eu tenho esperança que os Deuses pouparão a minha vida e que encontraremos uma forma de quebrar essa maldição. Muito em breve eu completarei 25 anos. Se até esse dia eu não ter quebrado a maldição, quero ter certeza de que apesar da luta eu fui feliz ao seu lado.
Reuel toca os lábios de Zoya silenciando-a, esboça um leve sorriso e confiante diz:
— Vamos quebrar essa maldição, juntos e se você desejar, vamos viver juntos o tempo que nos for permitido viver.
Eles se abraçam e se beijam lentamente se permitindo conhecer cada milímetro de seus corpos. Se conhecendo afoitos como se cada minuto que passasse fosse o último, não tinham tempo a perder. Após mais alguns momentos de amor eles se vestem e retornam aos seus aposentos.
Ao entrarem no quarto Reuel diz:
— Obrigado por me mostrar o amor. Obrigado por retribuir meu amor. Obrigado por me dizer a verdade. Em breve acontecerá algo e eu preciso que confie em mim, agora eu sei da verdade e farei de tudo para te proteger.
— Reuel, do que você está falando?
— Não se aflija, descanse e logo você saberá.
Reuel dá em Zoya com um longo beijo e antes de dormir diz:
— Sonharei com você. Anseio me encontrar com você e seus sonhos. Minha senhora.
— Certamente meu senhor! Certamente verei você em meus sonhos também. E que sejam bons sonhos.
Reuel lança um belo sorriso e deixa Zoya ainda mais encantada com sua beleza. o elfo se acomoda em um aconchegante recamier próximo a varanda, em outros tempos seria possível admirar o brilho das estrelas daquele lugar. Mas agora ele tem algo para admirar, Zoya. Ela muda suas vestes e deita na cama sorrindo e sentindo um grande poder emanando do interior de seu peito. O poder do Amor.
Algumas horas se passaram, Reuel desperta com um barulho semelhante ao de uma flecha. Ele olha rapidamente para a direção do Bosque e entra em alerta.
— Estamos sendo atacados!
Reuel corre para a direção de Zoya que ainda adormece e tenta acordá-la delicadamente para não assustá-la.
— Zoya, temos que ir, por favor minha senhora, levante-se.
— Reuel, o que houve?
— Precisamos partir, estamos sob ataque, aqui não é mais seguro, vista-se com uma roupa que consiga se movimentar, enquanto eu busco suprimentos.
Reuel empunha um Arco que estava próximo a uma coluna e dispara uma flecha certeira em uma elfa negra que estava mirando um disparo em Zoya. Rapidamente eles conseguem pegar uma bolsa para suprimentos e algumas roupas. Reuel pega três livros que estavam sobre a mesa olha para Zoya e diz:
— Vamos!
— Sim!
Empunhando o arco eles descem as escadas se protegendo das saraivadas. Com um Assovio Reuel pede cobertura para que consigam fugir. Emilio rapidamente chega e ao se deparar com Reuel e Zoya vestindo trajes atípicos estranha, mas dá cobertura a eles.
Reuel desfere mais uma flecha certeira em outra elfa, se vira para Emílio e diz:
— Agradeço aos seus serviços, diga a rainha que irei entrar em contato com ela em breve, mas agora preciso cumprir meu destino que é proteger a mulher que eu amo.
— Reuel, mas para onde você vai?
— Não posso informar, estamos sob ataque, por favor, apenas me ajude a fugir.
— Certo! Que o Deus da Luz abençoe vocês.
Emilio aciona sua guarda e intensifica o ataque para que Reuel e Zoya consigam fugir de Longe, Emilio observa Reuel e Zoya correndo pela ponte e pegando um atalho por dentro da muralha de cachoeiras que delimitam Aurethel.
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