Supernova escrita por Lady Anna, Morgan


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Sirius esgueirou-se da mesa da Grifinória logo que viu McGonagall na mesa dos professores. Assim que chegou no corredor, achou seu irmão. Regulus estava no canto, distante dos outros alunos, sempre observando, nunca querendo ser observado. Regulus havia passado o verão anterior com uma tia na Alemanha e quando vieram para a plataforma 9 ¾ estavam com os pais o tempo todo. O verão de Sirius havia sido conturbado – fora proibido de enviar cartas para os seus amigos depois que Narcisa deixou de escapar que um dos amigos de Sirius era mestiço. As coisas apenas pioraram depois que eles souberam que James Potter era um deles também. Aparentemente a família Potter não era bem vista dentro do Sagrado Vinte e Oito, mesmo sendo uma família puro-sangue.

— As ideias corrompem o sangue. – Dissera Walburga Black.

E no trem, Regulus logo fora levado para a cabine do primeiro ano. Só agora, no jantar, Sirius pudera ir atrás do irmão mais novo, puxando-o para o lado antes que alguém notasse um aluno consideravelmente alto no meio de crianças.

— Ei! Como está se sentindo? Está nervoso?

— É claro que não! – Retrucou Regulus, altivo como sempre. Sirius riu, porque sempre conseguira farejar a mentira do irmão de longe.

— Sabe, é só um Chapéu velho. Não é nada como eles dizem. – Disse ao notar o olhar do irmão mais novo para uma dupla que conversava sobre terem que lutar um contra o outro em razão de descobrirem a Casa para qual seriam selecionadas. – Ele é colocado na sua cabeça, pensa um pouquinho e boom! Grifinória. Foi assim comigo.

— Eu vou para Sonserina.

Sirius revirou os olhos, passando a mão pelos fios de cabelo.

— Só estou dizendo como funciona, não estou dizendo que você não vai, idiota. Mas se vier para Grifinória posso te apresentar todo mundo.

— Não. – Soltou ele na mesma hora, deixando seus olhos castanho-escuros presos nos do irmão. – Vou para Sonserina. Não vou me misturar com seus amigos sangue-ruins.

Antes que pudesse perceber, Sirius puxou o irmão pela gola das vestes.

— Não use essa palavra aqui!

— Mamãe me disse para ficar longe de você e de seus amigos sujos! – Continuou. – Você estragou tudo e agora eu preciso consertar! Vou para Sonserina e vou me manter longe dessa gente!

Sirius piscou, desconcertado. Soltou Regulus como se o tecido queimasse a ponta de seus dedos.

— Você está soando exatamente como eles.

Toujurs pur. Foi o que papai disse.

— E por que ele disse acha que está certo?

Regulus não respondeu. Manteve o nariz empinado, as mãos tremulas no bolso e fitou o irmão como se visse através dele. Sirius olhou em volta, para os primeiranistas conversando animados, sentindo que os cantos de seus olhos ardiam.

— Quer saber, Reg? Você tem a mesma idade que eu tinha. Não precisa repetir o que eles dizem como a porcaria de um disco arranhado. Mas – Sirius hesitou por um momento – se mesmo assim você repete, é mesmo igualzinho a eles. Então é melhor ir para Sonserina mesmo. Vai ajudar a ficar longe de mim.

A postura de Regulus falhou por um momento, seus ombros caíram e de repente ele não parecia mais ver algo além de seu irmão mais velho.

A porta se abriu quando Sirius deu o primeiro passo para trás.

— Sr. Black! O que está fazendo aqui?! – Exclamou McGonagall antes de notar Regulus. – Veio desejar boa sorte ao seu irmão?

Sirius crispou os lábios, e com os olhos ainda fixos no mais novo, negou com a cabeça, respondendo em alto e bom som, como fazia com tudo, antes de dar costas e ir embora.

— Não. Não vim. 


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