Recreating Ties escrita por Lettyks


Capítulo 19
Décimo nono capítulo




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20 de agosto de 2020
Em alguns estados de coma a pessoa pode vir a ter sonhos, episódios de reflexos, alguns podem escutar porém não respondem a qualquer estímulo mesmo lutando para isso, é a onde muita das vezes os médicos não sabem se aqueles sinais são reais do corpo se recuperando ou apenas reflexos.
10 anos se passaram, Sara estava exausta, os amigos exaustos nada era tão injusto quanto, ela tinha esperança, todos tinham e apesar do tempo ter feito confiar mais na equipe do namorado ela ainda não se sentia pronta pra abrir seu coração e dizer que aquele ser ali deitado em total inércia era o grande amor da sua vida.

— Sara? - uma voz doce a chamou.
— Lili - sorriu ao vê-la.
— Como você está? Faz  tempo que não a vejo por aqui.
— Estou bem, seguindo a vida - sentou numa das cadeiras — decidi dar um tempo pois estavam já desconfiando, sempre fui de sair tarde, não ter horário de folga e nos últimos anos tudo tem sido motivo pra sair, só não sabem que é pra vir pra. - deu um sorriso ao lembrar das altas escapadas para ver seu homem .
— Aí Sara eu já te disse, você precisa falar, isso tá te fazendo mal, em breve vão descobrir será pior, você é amiga precisa confiar que eles não vão falar pro carecudo botox - também riu.
—Lili , eu não sei o que seria de mim sem você.
— Tudo, você é forte e tenha certeza você tá mantendo o Gil ali presente e lutando - abraçou ela.
— Estou feliz por saber que ele tem uma super babá com ele enquanto eu trabalho - debochou, a esse tempo de convivência as duas já tinha piadas internas, um carinho de irmãs e um apoio imensurável, um que Sara nunca teve na vida.
— Com certeza , olha o muck  - mostrou os braços — ninguém passa por mim. - deu gritinho.
— Louca.. - riu.
Alice e Sara tinham segurado essa barra  desde o acidente. Alice era da pediatria porém meses após o acidente de Gil ela vivia por lá protegendo ele e também fazendo a cabeça do doutor Saenz para que desse a chance dele lutar pela vida com discursos muito motivacionais.

Sara por uns minutos ficou inerte a tudo pode lembrar do terrível dia, tava tudo tão claro em sua mente.

10 anos atrás.....
— Bom eu só sei que hoje não acordei bem, parece que meu coração vai sair pela boca – disse Sara a Catherine, na sala de reuniões enquanto tomava seu café reforçado para aguentar a jornada dupla .
— Calma, as vezes é só cansaço, você não dorme . -  a loira então piscou.
— Não sei, algo me diz que hoje não vai ser uma noite boa.
— Nunca é amiga, lidamos com morte - tomou um gole do café.
— Você é tão sincera, que as vezes me dá medo .
— De nada - riu.
Greg então chegou na sala com um olhar perdido, pálido trêmulo que nem o celular conseguia segurar.
— Greg o que houve? - a morena avançou para segura-lo .
— Eu - eu ... - sentou no sofá de 3 lugares que havia ali.
— Você o que homem - Catherine disse em voz firme.
— Eu recebi uma ligação do Brass, é o Gil.
— O que foi? - Sara então tomou a frente.
— Ele tava vindo pro trabalho parece que um caminhão desgovernado atingiu em cheio o carro dele, por sorte a parte de trás porém ele não tá bem ele foi levado com urgência pro hospital - disse em um só fôlego.
Imediatamente Sara sentou no sofá ao lado de Greg, suas pernas não tinham sequer sustentação, não podia não ia ficar ali enquanto Gil estava sabe se lá como porém não tinha como achar uma desculpa para ir vê-lo, mas como sempre Deus prove as coisas, Catherine logo disse ao fundo que como as duas estavam de plantão porém sem nada a fazer iriam até o hospital.
Ela tomou forças e tentou não demonstrar nada além do normal, e acompanhou a loira.

— Eita Sara, parece que realmente seu pressentimento ruim era real, mas quem diria que seria com o chefe  - a loira então falou de forma que tirou ela do tranzi.
— Eu não sei - era a única coisa que pensou em falar e depois novamente se calou, e foi o caminho todo até hospital perdida em seus pensamentos, queria vê-lo, toca-lo e saber que estava bem porém sabia pouco mas sabia que tinha sido sério e a chances de vê-lo bem era abaixo do esperado porém não perdeu as esperanças de assim que chegasse o visse andando e pertubando todos.
A loira não entendia bem porém sempre desconfiou dos sentimentos de Sara por Gil só não sabia que ambos estavam juntos a 1 ano e meio.

— Oi, tudo bem? - disse  Catherine à recepcionista — Gostaria de ver Gil Grissom, ele foi trazido mais cedo para cá.
— Você é o que do paciente? - indagou.
— Irmã, adotiva! - mentiu.
— Ok, doutor Saenz da UTI irá vir vê-la em breve só aguardar.
— Como assim UTI? - a morena tomou a frente.
— Ele irá explicar pra vocês, por favor esperem na faixa vermelha.
Elas se olharam então fizeram conforme pedido, mas ambas sabiam que coisa boa não iria vir até porque UTI não era algo muito bom.
Dito e feito, após a breve visita do doutor a vida de Sara desmoronou, de Catherine parecia ter se perdido nas palavras, a equipe então nem se fala, foram as horas mais difíceis pra eles, a chance eram grandes dele acordar porém não podiam fantasiar demais, era um em um bilhão que após o acidente igual o dele se recuperava 100%.

Dias atuais ...

— Sara, que bom que chegou, tenho que falar com você seriamente.
— Pode dizer doutor. - suas mãos eram trêmulas e sua boca na mesma hora secou.
— Grissom teve uma melhora, nessa última semana ele teve reações, conseguimos deixá-lo sem aparelhos por 20 minutos - bateu as papeladas na mesa — e queríamos que você autorizasse a gente tirar os aparelhos dele por mais tempo para ver se ele consegue, também a sedação.
— Mas não é perigoso? - indagou.
— Não, será tudo assistido e estará cheio de profissionais da área perto para se caso precisar estarão lá pra assumir. - sorriu e entregou os papéis — e se você quiser pode ficar.
Naquele momento ela só ouviu "você pode ficar " não pensou duas vezes, assinou a papelada e assim que liberada foi atrás de Alice.

— Vão acordar ele - disse eufórica.
— Eu já sabia, eu que vi os sinais que ele havia dado, mas não podia ser anti ética e dizer a você antes do doutor, você me perdoa?
— Só se você estiver lá comigo e com ele.
— Ah mas ... - foi interrompida por Sara, que a puxou até o local.
— Vai sim, ele vai adorar saber e conhecer a super enfermeira dele.
Ok - riu e segurou as mãos da mesma.


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