Uma Nova Chance escrita por Apenas Patricia


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novinho pra vocês - Babado Babadeira

Dica: Leiam escutando Down - Jason Walker



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Eu não estou pronto para esquecer, porque então eu nunca saberia o que eu poderia estar perdendo – Down - Jason Walker

 

Fevereiro de 2010

 

Rosalie

 

A cadeira do cursinho é tão desconfortável, me remexo tentando me acomodar, mas é totalmente inútil. A professora continua falando sobre como o som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal, que se propaga tridimensionalmente pelo espaço e a em meios materiais, como o ar ou a água. Até tento me concentrar, mas meu pensamento está em Nova York, onde Emmett está gravando cenas para um filme. Faltam apenas dois dias pra ele voltar pra Forks e finalmente poderemos ter tempo pra nós dois, já faz duas semanas que não nos vemos. Meu peito dói de tanta saudade. Acho que acabei me acostumando em estar com ele todos os dias durante a viagem à Paris, agora sofro coma distância.

Sinto o meu celular vibrando, ignoro e tento me concentrar na aula. Novamente ele vibra, pego-o e verifico que é uma ligação de Bella, o que é estranho, já que ela não me liga nos horários do cursinho. Na verdade, ninguém me liga nesse horário, todos sabem que é um momento quase sagrado para mim.

Disfarçadamente, escoro a cabeça na mesa e coloco o celular da orelha.

— Oi, amiga.— Atendo sussurrando. — Aconteceu algo?— Pergunto.

Para meu completo desespero, ela está apavorada e chorando.

— Rose! Rose! A mamãe enlouqueceu. – Ela diz gritando. – Ela quer me enviar para Londres. Vem me ajudar, pelo amor de Deus.

— Oh meu pai eterno, estou indo para casa agora mesmo.— Desligo o celular, pego a minhas coisas e saio tropeçando nos meus próprios pés e entro no primeiro taxi que encontro.

Chego em casa, jogo minha bolsa no sofá da sala e subo as escadas em lances de 2 em 2, abro a porta do quarto de Bella ela está chorando sobre a cama.

— Bella, me explique o que está acontecendo.— Peço a ela, tentando controlar meu nervosismo me sentando ao seu lado na cama.

— Minha mãe, ela está trancada no escritório, ela me disse para arrumar as minhas malas. – Ela me abraça. – Ela disse que vou para Londres em poucas horas.

— Mas porque ela resolveu te enviar para lá assim tão de repente?— pergunto. Esme, não faria isso se não tivesse acontecendo algo estranho, conheço ela o suficiente pra saber que ela nunca se separaria de Bella assim.

— Eu não sei. – Ela me responde em meio aos soluços.

Antes que eu possa pensar em algo, a porta do quarto se abre e Esme entra, com uma expressão que me dá medo. Os olhos dela são de raiva, do tipo que ela pode matar um a qualquer momento.

— Eu confiei em você, Bella.— Diz ela, andando de um lado para o outro. – E o que você fez para retribuir a minha confiança?

— Mãe, o que foi que o eu fiz?— Bella grita desesperada.

Nesse momento Esme joga um envelope sobre a cama e várias fotos de Edward e Bella em Paris se espalham. Pisco várias vezes, tentando fazer meu cérebro entrar nos eixos novamente.

— Foi isso que você fez.— A voz de Esme ecoa pelo quarto.

Bella pega as fotos uma a uma e as aperta contra o peito.

— Mãe, eu posso explicar.— Diz ela, com as lágrimas escorrendo pela face.

— Explicar? Você só pode estar de brincadeira, Bella.— Esbraveja. — Ele é seu irmão. - Esme pega Bella pelos braços e sacode violentamente. — Você enlouqueceu???

— Pare!— Imploro, tentando fazê-la largar Bella. — Eles se amam!— Grito.

— Isso não interessa. Você vai amanhã para Londres, Bella. Vai embarcar no primeiro voo. Você e Edward não podem ficar juntos. – Esme solta Bella em cima da cama.

— Por favor mãe, não faz isso. Eu te imploro. - Bella se ajoelha sobre os pés de sua mãe. - A senhora não pode fazer isso. Eu... Eu... Estou grávida!

Senti o peso das minhas pernas cederem, olhei pra Bella, chorando desesperadamente, implorando para Esme, que colocou as mãos sobre as têmporas e balançou a cabeça.

— Bella! Você faz ideia da burrada que você fez??— Diz ela, se afastando. — Como eu vou resolver isso? — O olhar da minha amiga em minha direção é como um pedido de desculpas e suplica.

— Nós daremos um jeito.— Falo, ajudando minha amiga a se levantar do chão. – Nós somos uma família, vamos conseguir dar um jeito.

O riso nervoso de Esme ecoa pelo quarto. Nunca a vi tão descontrolada, nem mesmo quando recebemos a notícia do acidente dos meus pais e do marido dela.

— Rosalie, você que se julga tão inteligente. Já imaginou o que vai acontecer com a carreira do Edward se essa notícia se espalhar?— Ela pega as fotos sobre a cama. – Vocês fazem ideia de como eu e o pai dele tivemos que subornar o jornalista que tirou essas fotos em Paris?— Ela andada pelo quarto. — Vocês sabem o quanto estamos lutando para que ele se consolide como um dos maiores cantores desse país?

— Nós podemos esconder a gravidez, o Edward vai cuidar dela e do bebê.— Respondo em um tom protetor, quase sonhador. – Isso, vai dar tudo certo, não é Bella.

— Sim.— Diz ela. – Mãe, nós nos amamos vai dar tudo certo.

— Tudo certo?— Ela pergunta. – Vocês duas tem o que na cabeça? Edward é um Idol, se algo manchar a carreira dele, todo o esforço que o pai dele e eu estamos fazendo por muitos anos, vai tudo por água baixo. — Ela se senta na cama e passa a mãos pelos cabelos. - Não, isso não pode acontecer. – Esme pela primeira vez olha para mim, seus olhos estão escuros. O tom verde e doce já não existia mais. O tom de voz fica mais amena.

— Você vai para Londres, está decidido. Vai ter o bebê lá e ninguém vai saber.

— Você está grávida?— Levamos um susto ao notar o Senhor Cullen entrando no quarto. – É isso mesmo que eu escutei, Esme, ela está grávida??

— As coisas entre eles foram mais longe do que nós imaginávamos.— Esme se empertiga, mas noto que ela está inda mais nervosa.

— Edward não pode saber. – Diz ele. – Meu Deus, se alguém souber sobre isso, vai estar tudo acabado. Todos nossos planos

— Pai.— Bella o chama. – Por favor, não façam isso comigo e com o meu filho.— Ela implora, mas o Sr. Cullen se mantém firme.

— Vocês duas vão assinar um acordo de confidencialidade e absolutamente ninguém nesse Mundo que o Edward tem um filho, nem mesmo ele. – Ele pega o telefone e ao que parece, está conversando com o advogado. – Faça uma pequena alteração no acordo e acrescente que ela está grávida.— Ele desliga e volta a sua atenção para mim. – Você, Rosalie, pode ficar aqui, desde que cumpra com o acordo, mas Bella viaja amanhã.

— Mãe.— Ela grita. – Você vai separar o meu filho do pai dele?— A dor nas palavras de Bella dilacera o meu coração. — Como eu vou cuidar de um bebê sozinha?

— Tivesse pensado sobre isso antes de fazer essa burrada, Bella. Agora é tarde demais para tentar voltar atrás— Esme é seca com suas palavras.

Me levantei da beirada da cama, onde eu estava sentada com minha amiga e com as lágrimas quentes escorrem sobre a minha face, tirei a pulseira de família que Esme e Sr. Cullen haviam me dado de presente de aniversário e a joguei no chão.

— Eu me recuso a usar uma pulseira que represente essa família. Deus me livre que continuar aqui.— Cuspo as palavras de forma rápida. – Família é um bem precioso, onde um cuida do outro e permanece junto até o fim. Isso aqui.— Gesticulo os dedos nós quatro. — Não é o que eu posso considerar uma família. E eu, Bella, sou sua única família a partir de agora. Vou com você para Londres ou para qualquer lugar.

— Você não pode simplesmente ir para os Estados Unidos junto com ela, Rosalie.— Sr. Cullen, vem em minha direção. – Você ainda é menor de idade e não pode viajar sem autorização.

— Carlisle, falta apenas alguns meses para o mês de maio, que como o sr. bem sabe, é o meu aniversário de 18 anos.— Respondo. – O que significa que em quatro meses poderei assumir a minha herança e ter minhas ações da produtora do meu pai. Minha avó vai amar saber que já estou me mudando para Europa para me adaptar com meus afazerem da produtora, e vai me dar a autorização para viajar no mesmo instante.

Sei que a raiva estampada nos olhos do Sr.Cullen está ligada ao fato de que ele querer muito que eu passe parte das minhas ações para ele. Meu pai morreu muito jovem, mas era sócio de uma das maiores produtoras na Europa. Suas ações são minhas por direito e Esme a e minha avó cuidam delas desde o falecimento dos meus pais. Com parte dessas ações, o Sr. Cullen poderia se tornar sócio majoritário da produtora, já que ele vem comprando algumas ações dela há alguns anos.

— Rosalie, você não pode...— Ele começa a falar, mas eu o interrompo.

— Eu posso e eu vou. – Sou firme em minhas palavras, tentando não me jogar no chão e chorar de desespero.

O Advogado chega com os papéis e os entrega para o Sr. Cullen, que os lê e nos entrega para assinarmos.

Não leio o acordo, apenas assino e o jogo sobre a cama, onde Bella tem o olhar estático para os papeis em suas mãos. Vou até ela e coloco minha mão sobre o seu ombro e dou um aperto leve.

— Eu o amo tanto, Rosie.— Ela diz, com as lágrimas pingando sobre o acordo.

— Eu sei, amiga. Mas é por ele que estamos fazendo isso, certo?— Sei que minhas palavras são vazias, mas preciso me manter forte. Bella e o bebê são minha família agora. Vou lutar por eles até o fim.

Bella assina o acordo, suas mãos estão tremulas e suando muito, eu a abraço. Sr. Cullen e o advogado pegam os documentos e o celular de Bella e o meu, que estavam sobre a cama e saem do quarto. Esme nos observa por um tempo e finalmente diz as palavras que eu não queria ouvir no momento. As palavras que eu afastei da minha cabeça durante toda a discussão.

— Rosalie, Emmett também não pode saber de nada do que aconteceu aqui.— Diz e saí do quarto.

— O que faremos agora, Rosalie? — Bella me indaga. Seus olhos estão inchados de tanto chorar. Coloco a minha mão sobre a sua barriga e sorrio, tentando parecer que estou bem.

— Não sei ainda, mas arrume as suas malas. Vou arrumar as minhas e tomar um remédio para dor de cabeça.— Respondo. — Depois, vamos pedir para alguém trazer um lanche, agora você precisa se alimentar direito.

— Desculpa não ter te contado sobre bebê. – Diz ela. — Eu ia contar para o Edward primeiro.— Ela vai até o armário e pega uma pequena caixa branca com um laço verde água, de onde tira um par de sapatinhos de tricô, ele é azul com detalhes em marrom claro, com um ursinho na ponta. — Eu ia dar de presente para ele.— Diz, entre os soluços e volto a abraça-la.

— Nós ficaremos bem, Bella. Eu juro para você.— Me levanto e lhe dou um beijo na testa. — Só precisamos de um tempo.

Minha amiga abraça a caixa com os sapatinhos e balança a cabeça em sinal de consentimento.

Deixo-a em seu quarto e caminho até o meu, sentindo as minhas pernas vacilarem pelo caminho. Pego uma mala e começo a jogar algumas roupas aleatórias dentro dela. O que farei com o Emmett? Meu peito dói, sinto minha garganta queimar e as lágrimas saem de forma descontrolada. Pego o ramal telefônico do meu quarto e o ligo, faz tempo desde a última vez que o usei. Dou graças a Deus por ele estar carregado e disco o número do Emmett.

Alô. – Ele atende, e só pela sua voz, sei que ele está cansado.

— Sou eu.— Respondo, tentado segurar o choro.

— Oi, princesa. – Diz ele, mudando o tom de voz. — Estou com saudades.

— Emmett, preciso de falar algo importante.— Digo, o mais firme que posso ser.

— Pode falar, estou no meu momento de descanso e tenho bastante tempo para conversar com você.

Respiro fundo, uma vez.,. duas vezes... três vezes...

— Rosie, o que aconteceu?— ele me pergunta.

— Por favor, não me odeie.— Respondo, olhando pela janela do meu quarto e sentindo meu corpo inteiro se dissolver em nada.

— Você está me assustando. – Me reponde.

— Eu não quero mais namorar você.— Cuspo as palavras de uma vez, não dando tempo para respirar, ou para desistir.

— O que você está falando?— Ele parece assustado.

Nesse instante Bella entra no meu quarto e se escora na porta. Ela também chora.

— Isso mesmo que você escutou Emmett.— Fungo. — Estou terminando o nosso namoro.

— Rosalie, pelo amor de Deus. Você enlouqueceu? — Ele grita ao telefone. – Espera eu voltar, vamos conversar com calma, faltam só dois dias.

— Não, Emmett. – Minha voz falha. — Não quero te ver nunca mais.— Não posso deixar qualquer brecha para que ele me procure.

Bella escorrega pela porta e se senta no chão, balbuciando pedidos de desculpas. Meu autocontrole vai para o brejo, começo a chorar junto com ela.

— Rosalie, não faz isso, por favor.— Diz ele, em desespero.

— Não me procure mais, Emmett. Estou indo embora. Por favor...— Neste exato momento ouço o meu coração se quebrar. A dor que é dilacerante, eu nunca pensei que o amor me traria tanta dor. – Apenas me esqueça.

— Rosalie por fav...— Desligo o telefone, antes que ele pudesse terminar a frase... Meu amado Ursão. Peço a Deus para que um dia ele me perdoe. Eu o amo tanto, que sinto que minha alma vai sair do corpo. Quero acordar e descobrir que tudo foi um pesadelo, mas Bella chorando ao meu lado é a prova de que tudo aquilo é real. Eu acabei de abandonar o amor da minha vida, para tentar proteger a minha família.

Me agacho ao lado de Bella e choramos abraçadas, sabendo que de agora em diante, só poderemos contar uma com a outra, para seguir em frente e superar o buraco que se formou dentro do coração de nós duas.


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Notas finais do capítulo

E ai o que vocês acharam?
Confesso que tive taquicardia escrevendo essa parte
Beijos e ate breve

Quem quiser escutar a Playlist dessa historia, segue ai no spotify ♥

https://open.spotify.com/playlist/6ByOQLT92dAiYQQLCvlg9o?si=4dd961e82a0a44c3



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