E as coisas que nos afastam me mantém vivo e as coisas que me mantêm vivo me mantém sozinho - This Is The Thing - Fink

Dezembro / Janeiro 2010

Bella

Me sinto flutuar em um mar de emoções, lá fora o vento frio balançava as arvores enquanto dentro do nosso quarto nossos corpos suavam exalando a mais bela de todas sensações, minha alma retorna ao meu corpo enquanto Edward desaba ao meu lado me puxando para seus braços.

— Eu tentei me controlar.— Sua voz é baixa e tremula. — Te machuquei?— ele puxa meu rosto para o seu.

— Foi a melhor sensação que eu já experimentei. – Fecho meus olhos com vergonha.

— Pequena.— Edward força a abrir meus olhos. — Você é minha. – Há um certo orgulho em sua voz. – Como eu sou seu.— Ele beija meu ombro. – Quando papai e mamãe chegar nós iremos contar sobre nós dois, não terá ninguém nesse mundo que vai nos separar.

E com promessas de um futuro unidos adormecemos profundamente, no outro dia enquanto refazemos nossas juras de amor não percebemos que nossos amigos nos ligaram algumas vezes.

— Acho que Emmett vai nos matar.— Edward diz segurando o telefone. – Tem 20 ligações perdidas dele.— ele me mostra o telefone enquanto saio do banheiro enrolada em um roupão.

— Não temos culpa, ainda são 09:00 da manhã, estávamos dormindo.— lanço para ele um sorriso angelical, caminho até ele que me abraça.

— Acho que estou viciado em você pequena, não quero fazer mais nada a não ser a ficar com você trancado nesse quarto. – Ele me empurra sob a cama e fica sobre mim. – Você é a melhor coisa que me aconteceu eu trocaria tudo por você, é só você pedir.

Seguro seu rosto e vejo seu olhar sincero. — Edward eu só preciso de você e nada mais.— Com essas palavras mergulhamos na nossa bolha esquecendo de um mundo lá fora.

Com muita dificuldade conseguimos sair do nosso quarto e encontrar nossos amigos, eu mal conseguia esperar para ter um tempo a sós com a minha amiga para contar a ela, mas pelos olhares que ela me deu creio que ela já tenha percebido.

Os dias passaram tranquilamente, nossas férias na França estavam maravilhosas, Edward e eu aproveitamos cada segundo juntos, no Natal eu liguei para minha mãe e passamos bons minutos matando as saudades enquanto Edward e Carlisle conversavam sobre os detalhes da carreira do filho.

No ano novo nós quatro viajamos para uma vila no interior, o clima estava mais quente mesmo ainda tendo neve, havia uma praça com muitas flores querendo surgir em meio ao clima frio.

— Esse lugar é muito lindo.— Rosalie diz enquanto caminhamos para o mercado, estávamos só nós duas, e isso era bom porque precisávamos pôr a conversa em dia.

— Amiga eu preciso contar algo. – Puxo ela pelas mãos para uma lojinha de café. — Ainda bem que conseguimos esse tempo para nós duas.— Bebo meu café. – Rose quando voltarmos para Forks eu preciso ir a um ginecologista. – Ela engasga com o café.

— Como assim Bella?— ela limpa os respingos sob a mesa e me olha assustada. — Vocês ...— ela tampa a boca com as mãos. – Meu Deus Bella.— Ela fica vermelha e eu tento falar, mas as palavras não saem da minha boca.

— Rose aconteceu.— Consigo soltar. – Foi algo maravilhoso, espontâneo e eu estava preparada, eu não posso contar para minha mãe e eu só tenho você.— Minha amiga está vermelha.

— Bella eu vou com você com certeza, mas tem algo que eu quero falar com você.— Olho para minha amiga que também está vermelha. — Estou com vergonha, mas amiga também aconteceu comigo. — Ela solta sem respirar, ela também está nervosa. — Foi algo maravilho do jeito que planejei.— Seguro suas mãos por cima da mesa e começamos a rir e ali passamos horas conversando sobre nossos planos.

O nosso jantar de ano novo foi feito por nós quatro, como de costume conversamos com nossos pais que nos desejaram um ótimo ano novo e no final bebemos uma garrafa de vinho, ficamos nessa vila por mais alguns dias antes de voltar para Seul.

Nosso retorno a Forks foi um retorno para a realidade e quando menos esperava já tinham se passado 1 mês da nossa viagem a Paris, nossos passeios tiveram que ser reduzido por causa dos jornalistas, Rosalie começou um curso preparatório para conseguir entrar na faculdade enquanto eu iria me preparar para tentar medicina, Emmett tinha começado a gravar um novo filme em Nova York e iria ficar um tempo fora, e Edward tinha voltado as suas programações com a gravadora, nossos dias maravilhosos em Paris ficaram marcado na memória, tudo ia bem, mas o destino sempre reserva surpresas em nossas vidas.

— Isabela Swan, não posso te receitar um anticoncepcional nesse momento..— Olho para a médica a minha frente, minhas mãos estão suando. — A srta. esta gravida!!— minha respiração está presa, mal sinto a assistente da médica me oferecer um copo de água. – Bella nós vamos fazer um ultrassom, você está bem?— tento controlar minhas emoções, eu tinha suspeitado que isso poderia acontecer, mas por negação eu não queria acreditar. A moça me leva para uma sala cheia de aparelhos e por fim realiza o tal exame, no monitor ela mostra uma manchinha. – Essa manchinha aqui Isabella é o seu filho, sua gestação está em torno de 6 semanas. – Faço minhas contas e percebo que Paris foi o palco de tudo. A médica imprime a imagem e me entrega. — Eu imagino que queria isso para mostrar ao papai.— Meu coração salta no peito a imaginar como contar a Edward que isso aconteceu, minha mãe vai querer me matar, dou um sorriso para médica e caminho para fora do hospital ignoro o motorista e sem rumo e sem ligar para ninguém eu tento por minhas ideias no lugar.

Era umas 14:00 quando cheguei em casa, carrego nas mãos uma caixa branca com um laço verde, dentro tem um sapatinho azul, quando Edward chegar daqui três dias eu vou entregar, em minha cabeça faço planos de um futuro maravilhoso.

Guardo a caixinha no meu guarda roupa e vou para cozinha comer alguma coisa, quando encontro minha mãe na sala. Algo em sua expressão faz um arrepio subir pela espinha.

— Mamãe ...— Eu a sondo, indo em sua direção. — Achei que ainda estivesse viajando.— Olho para os lados. – Onde está Carlisle? – Ela me fita antes de responder.

— Você passou longe de todas suas responsabilidades, Isabela Swan. – Ela pega o celular onde digita alguma coisa antes de se virar para mim. -  Arrume suas malas, estou te enviando para Londres. -  Sua voz não tem emoção, em seus olhos não há brilho.

—  Mas mamãe eu não estou entendendo? – Então ela mais uma vez me surpreende.

—  Eu te disse Isabela Swan, arrume suas malas, você não mora mais nessa casa, o avião parte em poucas horas. –  Ela vira as costas e sai, me deixando tonta com suas atitudes, meu estômago se contorce e ligo para Rosalie, o pesadelo tinha começado.