Mulher-Maravilha: Guerra e Paz escrita por Max Lake


Capítulo 4
Trono usurpado




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A sala do trono era enorme, composta por utensílios presenteados pelos deuses. Diana reconhecia o par de sapatos de Hermes à esquerda, seguido pelo espelho mágico de Afrodite, a réplica do tridente de Poseidon e, talvez o presente mais valioso, o machado do deus Ares, concedido por Atena para punir o deus da guerra. Também podia ser visto um par de lâminas flamejantes, mas Diana jamais ousou questionar a quem pertenciam.

A cadeira do trono, por algum motivo, estava virada para o outro lado, escondendo a presença da rainha Hipólita. Diana foi forçada a se ajoelhar enquanto Artemis batia o punho contra o peito e apresentava-se formalmente e militarmente.

—Minha rainha, eu, general Artemis, lhe trago Diana, a princesa de Themyscira, como solicitado. Não oferece resistência, está totalmente desarmada e algemada.

—Muito bem, minha fiel general. - A voz fez Diana arrepiar-se, criando uma tensão maior ao ver a cadeira real girando e revelando quem sentava ali. - Gostaria de ficar a sós com a princesa. - Artemis obedeceu, curvou-se e saiu, mas largou os pertences de Diana.

Ao ver o cabelo púrpura, os trajes verdes e a aura roxeada que emanava da mulher que ocupava o trono, Diana passou a entender o que acontecia em Themyscira. Era ninguém menos que a feiticeira Circe em mais um de seus planos traiçoeiros para governar a Ilha Paraíso. Sorria de satisfação ao ver Diana, a única capaz de derrotá-la, capturada e rendida na casa das amazonas. A fúria tomava conta da princesa e iniciou a gritaria.

—Bruxa! Como ousa usurpar o trono da rainha Hipólita?! Como ousa escravizar minhas irmãs?! Como ousa… - A aura roxa cobriu a boca de Diana, calando-a.

—Você não está em posição de me confrontar, princesinha. - Circe se levantou e desceu a escadaria até aproximar-se de Diana. Tocou no rosto enfurecido da princesa. - A Mulher-Maravilha sob minha posse é bom demais para ser verdade.

Diana tentava resistir, libertar-se do feitiço que a calava. Circe continuou seu discurso.

—Mas prometo que é algo temporário. - Ela estalou os dedos, liberando a boca da heroína. Em simultâneo, também libertou-se das algemas que a prendiam. - Odeio estar aqui tanto quanto odeia me ver no trono de sua amada mamãe.

—O que fez com ela? - A raiva ainda era percebida em seu tom de voz.

—Nada demais, só a mandei para o reino de Hades.

—Você fez o quê? - Diana se levantou e ameaçou avançar, mas Circe conjurou uma corrente que prendeu a princesa.

—É, fiz isso. Devia um favor ao Hades e ele pediu a alma de Hipólita. Enviei-a para o Submundo. Como o trono estava vago, já que você estava fora daqui, o tomei para mim e cá estamos nós tendo essa agradável conversa.

—Você é mesmo uma bruxa!

—Hum. Posso ser uma bruxa, mas também sou sua rainha e deve me obedecer agora.

—Se acha que farei isso, é melhor esperar sentada!

—Pena. Realmente queria que colaborasse comigo. Por outro lado, acredito que lorde Hades vai gostar de ter mãe e filha sob seu domínio.

Sob a gargalhada maligna de Circe, um portal foi invocado atrás de Diana. Podia sentir o cheiro do mundo dos mortos invadindo a sala. O calor do tártaro sufocava Diana.

—Não ouse fazer isso, Circe! - Diana tentava resistir. - Se fizer, eu volto para te matar.

—Pode tentar, princesa. Como você disse, estarei esperando sentada.

A mão da feiticeira subiu e uma névoa saiu do chão, socando o queixo da Mulher-Maravilha, jogando-a para trás, caindo no portal juntamente com seus itens - algo os sugou para dentro, o que não estava nos planos de Circe. Apesar disso, quando o portal ao Submundo se fechou, apenas a satisfatória gargalhada de Circe era ouvida no interior da sala do trono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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