Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Esse capítulo ficou um pouco grande e os próximos também, juro que tentei de tudo para diminuí-los mas não deu.
Espero que gostem e desculpem qualquer erro!



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Quarto ano - Draco.

"Terror na Copa Mundial de Quadribol"

Era a manchete na primeira página do Profeta Diário, junto com uma foto da marca negra no céu. Na noite anterior meu pai inventou em me levar para ver a Copa Mundial de Quadribol e claro que aceitei animadamente, meu time iria jogar e eu não perderia por nada essa chance. Porém, estava bom demais para ser verdade.

Para começar, meu time perdeu. Krum até conseguiu pegar o pomo de ouro, mas os outros idiotas do time foram tão ruins que mesmo com o pomo perdemos por 20 pontos para a Irlanda. Que ódio! Blás me zoaria o resto da minha vida. Além disso, quando o jogo acabou meu pai me mandou para casa o mais rápido possível e agora eu descobrira o motivo.

Os comensais não tinham mais o que fazer do que ficar estragando momentos bons? Deveriam se preocupar em trazer seu mestre de volta porque eles haviam falhado miseravelmente duas vezes. Sabe-se lá quantos adultos formados e experientes falhando para três crianças, isso era hilário.

Eu estava agora na casa de Theo, minha mãe havia me mandado para cá assim que eu acordei e não fui o único, pois Blás e Pans também vieram. Hoje o dia seria agitado para os comensais já que alguns foram pegos e poderiam dedurar os outros por isso viemos para a casa dos Nott era a mais segura.

— Fiquei sabendo que esse ano vai ter o Torneio Tribruxo. – tentei mudar de assunto, pois o clima estava estranho com essas coisas de comensais.

O torneio é um campeonato entre Beauxbatons, Hogwarts e Durmstrang onde um aluno de cada escola é sorteado e, ao longo do ano, eles realizam três provas para testar suas habilidades, no fim quem estiver em primeiro lugar nas contagens de pontos leva a Taça Tribruxo.

— Como ficou sabendo? – Theo perguntou interessado no assunto. – Esse torneio não acontece há anos.

— Ouvi Igor Karkaroff comentando em uma das reuniões lá em casa. – respondi.

Karkaroff é um dos comensais da morte mais fiéis de Voldemort e, também, é o diretor de Durmstrang.

— Ele disse que conseguiu convencer os outros diretores a realizar o torneio esse ano.

— Finalmente alguma coisa emocionante em Hogwarts. – Blás disse animado. – Quando eu for sorteado vai chover garotas em cima de mim, mais do que já chove é claro. – completou todo convencido.

Coitado, tão iludido. Theo soltou uma gargalhada.

— Okay Blás, agora volta para a realidade porque EU vou ser escolhido e me tornar o mais popular de Hogwarts. – Theo disse.

Que dó, outro iludido.

— Vocês estão brincando, né? – perguntei rindo da cara dos dois. – Vocês não têm a menor chance! Se é para alguém ser escolhido que seja o mais bonito e o mais inteligente. Eu. – eles me olharam e começaram a rir.

— Em que planeta você é o mais bonito, Malfoy? – Theo perguntou arrumando o cabelo. – Olha pra mim querido, eu sou um arraso e, sem querer ser estraga prazeres, eu sou o mais inteligente.

— Falou o cara que quase reprovou em transfiguração. – Pansy comentou e começamos a rir de Nott.

— Como tu quer que eu preste atenção em uma aula tenho que ficar olhando para a cara da velha da McGonagall? – ele perguntou cruzando os braços e fazendo bico. Nós rimos mais ainda.

— Mas estão mesmo pensando em colocar seus nomes no cálice?

— Claro, por que não colocaríamos? – perguntei.

— Vai dizer que não temos chances contra você? – Theo perguntou debochado.

— Primeiro, Nott, vocês não teriam a mínima chance contra mim – ela respondeu com um sorriso de lado. – e segundo, vocês realmente não desconfiam de nada? Igor Karkaroff basicamente implorou para que o torneio fosse feito. Nada passa na cabeça de vocês?

— Tipo o que? – Blás perguntou agora sério.

— Tipo alguma armadilha dos comensais? Ou sabotagem do próprio Karkaroff para que sua escola seja a vencedora? – ela respondeu se jogando na cama dê Theo.

— Qual é, Pans? - Theo disse rindo. – É só um torneio, não precisa vir com essas teorias da conspiração.

— Verdade, não é para tanto. – eu acompanhei Theo na risada.

Blás deve ter concordado com o que Pansy disse, pois ele só soltou uma risada nasal e ficou pensativo.

— Vocês são inocentes demais! – ela revirou os olhos. – Mesmo assim eu amo vocês e vocês não teriam a menor chance se eu colocasse meu nome no cálice. – ele riu mudando de assunto.

— Esquece Pans! Contra o Nott aqui você não tem a menor chance. – Theo deu um tapa no peito todo orgulhoso.

Enquanto eles discutiam parei para pensar no que ela disse sobre Karkaroff. Por um lado, ela tinha razão. Nada que vinha daquele homem era bom, então, se ele estava por trás desse torneio alguma coisa tinha e não era coisa boa.

Nós passamos o dia e a noite conversando e jogando jogos, nós iriamos dormir na casa de Theo já o lance dos comensais se estenderia. Já era tarde quando resolvemos dormir.

— A gente podia brincar um pouquinho antes de dormir. – ela sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei. Eu estava sentado na poltrona que tinha no quarto de Nott e ela estava em meu colo.

Theo já estava até babando no travesseiro e Blás fazia meia hora que tinha entrado para tomar banho e nem sinal dele, então, a ergui em meus braços e a levei para o quarto.

Eu e Pansy tínhamos um ótimo relacionamento, foi com ela meu primeiro beijo e minha primeira transa, mas é claro que ela não era minha única e eu não era seu único e por isso era bom. Tínhamos uma amizade colorida sem apego romantico e ela ainda me ajudava com as meninas surtadas que eu beijava uma vez e já achavam que íamos casar, ela colocava todas para correr.

Nossa noite foi bem quente. Pans e eu nunca daríamos certo como um casal, nos mataríamos na primeira oportunidade, mas o que ninguém podia negar é que tínhamos química na cama.

Por mais que eu estivesse com Pansy não consegui evitar a vontade de ter outra pessoa em meus braços, uma certa grifinória que ocupou minha mente as férias inteiras. Gostava de ficar repassando nossos momentos em minha cabeça, lembrando do toque macio de seus lábios e da sua risada que me encantava.

Nossa relação tinha mudado, desde que eu decidi que me pai não comandaria minha vida. Me reaproximei dela e a beijei duas vezes, não consegui me controlar só simplesmente aconteceu e aconteceria mais vezes, obviamente. Eu só tinha que insistir, porque ela era mestre em fugir de mim.

Dormi pensando nela como eu fazia quase todas as noites desde que eu a beijei pela primeira vez.

****

Assim que chegamos em Hogwarts, como já sabíamos, o Torneio Tribruxo foi anunciado. Dumbledore chamou os alunos das outras escolas para entrarem no salão principal. Cada escola fez uma breve apresentação e é claro que a minha favorita foi a de Beauxbatons, ver as meninas saltitando com aquelas saias não teve preço.

As meninas de Beauxbatons se dividiram entre as mesas e os caras de Durmstrang ficaram na nossa. E ninguém mais, ninguém menos que Vítor Krum veio se sentar ao nosso lado. Me contive e me apresentei como se não me importasse com ele, eu não poderia dar uma de louco e pedir um autógrafo logo de cara, por mais que essa seja minha vontade.

Nosso diretor foi novamente para frente da mesa e nos comunicou que apenas alunos maiores de 17 anos poderiam participar do torneio daquele ano e depois liberou o jantar. Quase que o salão inteiro começou a resmungar e digamos que Blás e Theo eram um dos principais. Olhei para Karkaroff e ele não parecia nada feliz com o comunicado, isso me fez pensar no que Pansy disse.

O resto do jantar foi muito empolgante, ficamos conversando com Krum sobre Quadribol e Pans, que não entende nada, estava muito interessada na conversa. Ela não parava de olhar Krum e fazia várias perguntas diretamente a ele. Fomos para o salão comunal escutando o caminho todo o quão Krum era lindo e gostoso.

****

No dia seguinte, os alunos colocaram seus nomes no Cálice e claro que os gêmeos Weasley não puderam deixar de tentar burlar as regras. Não deu certo, como já era de se esperar, e como castigo os dois ficaram idosos por um dia inteiro.

Enquanto aplaudiam e saudavam os alunos que colocavam seus nomes eu fiquei observando Hermione que estava lendo perto de seus amigos. Estava linda, o cabelo ondulado estava solto com uma mecha atras da orelha e ela mordiscava o lábio inferior, algo que sempre fazia quando lia.

Ela percebeu que alguém a observava, então, ergueu a cabeça procurando quem poderia ser. Quando seus olhos pararam nos meus eu sorri de lado, já tinha percebido que ela gostava quando eu fazia isso, pois ela sempre mordia o lábio inferior demoradamente me olhando e dessa vez não foi diferente. Sorri com isso e ainda mais depois que percebi que ela ficou com um sorrisinho quando baixou a cabeça.

Estava feliz em saber que mexia com ela, mas minha felicidade se esvaiu quando Krum a olhou e ela sorriu para ele e ficou o encarando até ele sair da sala. Era só o que me faltava, meu ídolo querendo algo com a minha garota.

Comecei a pensar seriamente em torcer para a Irlanda.

Na hora do jantar Dumbledore sorteou os nomes que foram recebidos com diversos gritos de animação e palmas. Cedrico Diggory foi o campeão de Hogwarts, Fleur Delacour a campeã de Beauxbatons e Vítor Krum o campeão de Durmstrang. Olhei para a mesa da Grifinória e Hermione aplaudia animada e sorria timidamente para ele, que piscou para a mesma.

Minha torcida com toda certeza iria para o Diggory, afinal eu tinha que torcer pela minha escola, né?

Depois do devido parabéns aos campeões Dumbledore estava prestes a anunciar o banquete quando o fogo do Cálice passou de azul para vermelho e mais um papel foi atirado em direção ao diretor que o olhou sem entender nada.

—Harry Potter! - o velhote gritou nervoso e o menino foi até ele sem entender nada e sem nenhum aplauso.

Ninguém no salão parecia estar entendendo como era possível. Olhei para meus amigos procurando saber se alguém tinha entendido alguma coisa, mas apenas vi Nott reclamar, Blás olhar indignado para o Cicatriz e Pans olhava atentamente para a mesa dos diretores. Segui seu olhar e vi no canto da mesa Karkaroff contendo um sorriso frio. Ela percebeu que eu olhava o mesmo que ela e me olhou com um olhar que dizia: "Está vendo?".

****

O torneio seguiu e junto a ele o burburinho de que Harry Potter havia trapaceado também. É claro que eu ajudava a passar a diante esse boato, nunca que eu perderia a chance de deixar Potter lá embaixo. Porém, esse inútil estava muito bem protegido e quando fui zoar com a cara dele o no professor Alastor Moody me transformou em uma doninha na frente de todos e me colocou nas calças de Crabbe, um idiota que insistia em me seguir e me idolatrar. Essa é uma cena que eu, infelizmente, nunca vou me esquecer e que vai tomar conta de meus pesadelos o resto da minha vida.

Com o torneio veio o baile de inverno, que é uma tradição em todos os Torneios Tribruxos com o intuito de que haja uma maior aproximação entre as três escolas. Várias das garotas com quem eu ficava praticamente me imploravam para leva-las ao baile, acho que não entendiam que eram os garotos que tinham que convidar as garotas e só tinha uma com quem eu gostaria de ir, mas isso seria impossível.

Esse ano eu havia me afastado de Hermione, nem sequer tivemos uma conversa eu apenas tirava sarro nela como de costume, mas isso não foi decisão minha. Granger fugia de mim, igual um Dementador foge de um Patrono, desde que eu a havia beijado pela primeira vez. Ano passado eu a achava na biblioteca sozinha, o único lugar onde poderíamos ficar juntos, mas este ano toda vez que eu vou lá para vê-la Vítor Krum está sentado em meu lugar a observando estudar. Esse idiota não tem mais o que fazer não?

Pansy foi minha acompanhante para o baile, nem sob mil crucius eu levaria uma das chatas que insistiam em grudar em mim feito chiclete.

Quando vi Pansy eu quase cai para trás, ela estava incrível e todos param para vê-la chagar. Seu cabelo agora grande estava preso em um coque alto e ela usava um vestido longo prateado, com pedras brilhantes e um lenço prateado por cima dos ombros. Pans não economizava no quesito se mostrar ela amava que as pessoas a olhassem e babassem por ela e dessa vez ela tinha se superado. Não economizei elogios, não tinha como, ela estava maravilhosa. Blás e Theo me acompanharam a enchendo de elogios.

—O que vocês estão querendo? - ela nos olhou desconfiada. - Se for grana, ninguém toca no meu dinheirinho. - ela disse e nós rimos.

Seriamos o casal mais bonito da festa, pois eu tinha posto meu melhor e mais elegante smoking e estava um verdadeiro príncipe.

Estávamos esperando as acompanhantes deles chegarem para podermos entrar no salão quando ouvimos vários burburinhos e vimos pessoas apontando para o início da escada. Segui os olhares e meu queixo quase caiu quando eu a vi.

Hermione estava parada no topo da escada olhando envergonhada para todos. Ela usava um vestido rosa cheio de babados com um laço na cintura e seus cabelos estavam presos em uma trança lateral. Seu vestido não era tão bonito quanto o de Pansy, mas nela ele tinha ficado maravilhoso e claro ela estava incrível.

—Cara, dá para se controlar? - Blás perguntou baixinho, só para que eu ouvisse, me cutucando. - Você está quase babando.

Fechei minha boca que nem percebi que estava entreaberta, mas não consegui tirar meus olhos dela. Granger desceu as escadas sorrindo e deu a mão para um cara da Durmstrang que estendia a mão para ela. Não, não pode ser ele. Não é ele!

Os dois se viraram para a Weasley Fêmea e a Di-Lua que se aproximaram com seus pares e então eu o vi. Era ele, Vítor Krum. Ele só pode estar de brincadeira com a minha cara!

As acompanhantes atrasadas de meus amigos chegaram e dividiam os olhares de inveja entre Pansy e Hermione que se destacavam dentre os alunos que ainda não estavam no salão. Minerva apareceu mandando todos entrarem menos os campeões e seus pares, mas antes de entrar não me segurei e olhei para o casal. Dessa vez Hermione me olhou de volta e sorriu para mim, mas fechei minha cara ao ver ele colocar a mão em sua cintura e entrei com Pans segurando meu braço.

****

O baile foi ótimo com exceção de Hermione e Krum terem sido a atração da noite, não por serem lindos juntos, coisa que não eram, mas porque era a sabe tudo de Hogwarts rata de biblioteca se soltando, se divertindo e paquerando um dos caras mais bonitos do castelo.

—Ainda não acredito que ele a trouxe! - Pans estava do meu lado no bar e olhava o casal extremamente irritada. - Eu dei todas as dicas para ele me chamar, quase pulei nos braços dele.

Krum e seus amigos haviam se aproximado de nós e ele até que era legal se não fosse pelo fato de estar de olho em quem já tinha dono.

—Você está acompanhada do cara mais gato de Hogwarts e ainda ousa reclamar? - a olhei irritado.

Ele já estava com a garota que eu queria e agora estava roubando minha melhor amiga também. Estou achando que isso é pessoal. A morena ao meu lado me olhou risonha e me deu um selinho.

—Você não é o mais bonito de Hogwarts, é um dos. - eu a olhei irritado e ela riu completando: - E vai ser sempre meu favorito, mas ele é Vítor Krum!

—E você nem sabia quem ele era até a noite de volta a Hogwarts. - a olhei indignado.

—Acontece. - ela riu sem graça e desviou os olhos para o casal novamente. - Não acredito. - ela os olhava com os olhos esbugalhados e a boca aberta.

Olhei para eles e os dois estavam se beijando. Senti meu sangue ferver, se eu ficasse ali olhando aquela cena eu socaria aquela fuça búlgara com todo prazer do mundo. Peguei uma garrafa de Whisky de Fogo que estava bobeando em cima do balcão e tomei o máximo que eu consegui de uma vez. Puxei Pansy pela mão a levando até a pista de dança junto com a garrafa, eu não estava nem aí caso os professores me vissem bebendo só queria não ter visto aquilo.

****

No fim, apesar de tudo, o baile foi realmente bom. Acabei com aquela garrafa e bebi mais ficando extremamente alegre e tonto, me diverti com Pansy dançando até não poder mais e dei uns amassos nela e em algumas meninas por aí, já que a morena havia me abandonado para dar uns pegas em um amigo do Krum que estava dando muito mole para ela.

Já era tarde quando a garota que eu estava ficando tentava tirar minha roupa ali mesmo no meio do salão. Era Astória Greengrass uma garota de minha casa que era louca por mim. Eu a parei e a mandei ir para o quarto dela dizendo que a encontraria lá depois e a coitada acreditou indo quase saltitando para nosso salão comunal. Finalmente eu conseguiria respirar um pouco, aquela garota grudava mais que chiclete.

Eu estava bêbado e queria um pouco de ar, para onde eu olhava tinha gente se agarrando e aquilo já estava me irritando, Nott estava quase engolindo uma garota de Beauxbatons em uma das mesas do salão e Blásio estava pegando a Di Lua no começo da escada. Okay, isso para mim é novidade! Uma vez ele comentou comigo que a achava bonita, mas não achei que fosse nesse nível.

Peguei mais uma garrafa de Whisky de Fogo e resolvi ir para um lugar que sempre me acalmou, a Torre de Astronomia. Cheguei lá com uma certa dificuldade, pois eu estava completamente embriagado e não lembrava de ter tantas escadas. Tropecei no último degrau e fui para a frente me estatelando no chão, mas é claro que tive o cuidado de não derrubar a garrafa. Fiquei sentado no chão xingando o degrau.

—Draco? - ouvi uma voz doce, mas chorosa. Eu sabia de quem era, mas tinha que me fazer de difícil ela tinha acabado de beijar o meu antigo ídolo.

—Sim, eu mesmo, o amor da sua vida chegou! - eu ri percebendo que minha voz estava bem arrastada e tentei me levantar, mas falhei miseravelmente. Ela veio até mim e parou em minha frente com as mãos na cintura.

—Você está bêbado! - ela exclamou me olhando brava, mas seus olhos estavam vermelhos e seu rosto manchado por lágrimas secas.

—Ah não me diga! - disse debochado tentando me levantar mais uma vez, mas a gravidade não queria isso. - Juro que se você não tivesse falado eu nem teria percebido.

—Você é... - ela tentou responder, mas eu a cortei.

—Detestável, chato, irritante, - comecei listando tudo que ela já havia dito para mim, mas terminei com o que gostaria que ela dissesse. - lindo, gostoso, irresistível.

Ela riu estendendo a mão para mim e eu aceitei de bom grado. Com uma certa dificuldade a castanha me ajudou a levantar murmurando um "Você pesa" quando me apoiei nela. A torre girava.

Estendi a mão para pegar a garrafa do chão e eu comecei a cair em direção à bebida, mas ela me segurou e deu um tapa no meu braço esticado me olhando com uma cara de não se atreva. Hermione me levou até o canto da torre e conjurou um puff grande e nos sentamos.

—Por que estava chorando? - perguntei mexendo em seus cabelos agora soltos. - O Krum fez algo com você? - perguntei irritado. - Porque se ele fez eu juro que...

—Não, não Draco. - ela me cortou e me olhou com um sorriso tranquilizador. - Ele não fez nada.

—Então o que aconteceu? - perguntei acariciando sua bochecha. Ela sorriu tristemente segurando minha mão e esfregando o rosto contra ela.

—Foi o Rony.

—Aquele fósforo ambulante? - perguntei tirando a mão de seu rosto irritado. - O que ele te fez?

—Ele ficou com raivinha por eu não ter ido no baile com ele e disse que Vítor estava me usando, fora que ficou me tratando mal o baile todo. - ela suspirou cansada e tirou os sapatos. - Ele só tinha que ter me chamado primeiro e não me deixado como última opção. - ela disse a última parte triste.

Então ela queria ir ao baile com o ruivo? Confesso que isso me doeu um pouco.

— Eu vou quebrar a cara dele, ninguém te trata mal! - já ia me levantar pra ir atrás daquele pobretão quando ela segurou meu braço me olhando divertida.

—Você vai atrás dele? - perguntou contendo o riso e eu assenti. - Desse jeito? - assenti de novo e ela soltou uma gargalhada. - Vai ter sorte se chegar até a escada. - disse rindo.

Ela estava zoando com a minha cara e em outros momentos eu revidaria com toda certeza, mas vê-la rir estava me dando uma paz fora do normal. Hermione parou de rir e me olhou sem entender, mas com um sorrisinho envergonhado nos lábios. Eu deveria estar com a maior cara de panaca do mundo.

—Porque está me olhando assim?

Nada respondi apenas me inclinei para beija-la, mas ela virou o rosto e o meu foi de encontro ao seu pescoço. Ela riu acariciando meus cabelos.

—Agora não Draco, você está péssimo. - sorri contra seu pescoço. Minha cabeça girava, duvido muito que eu conseguiria levanta-la e, também, não estava com a mínima vontade de fazer isso, seu cheiro era inebriante.

—Se quiser que eu levante vai ter que me empurrar. - eu disse suspirando seu cheiro.

—Não quero. - pude perceber em suas palavras que ela sorria.

Sorri mais ainda e deitei fazendo a se deitar comigo, puxei sua cintura para que ela se aproximasse mais. Ficamos deitados ali por um tempo ela fazendo carinho em meus cabelos e eu com o rosto ainda em seu pescoço brincando com um dos babados de seu vestido que estava na altura da cintura.

Depois de um tempo levantei meu rosto deitando na altura do seu e como nos afastei um pouco a puxei mais para mim colocando sua perna em cima de minha cintura, não queria perder nosso contato. Ela se assustou um pouco, mas sorriu para mim. Seu rosto estava bem perto do meu e ela brincava com minha gravata que agora estava apenas passada pelo meu pescoço sem o nó de antes.

—Gosta dele? - não resisti, as palavras saíram de minha boca e eu nem me dei conta.

—De quem?

—Dos dois.

—Vítor é mais como um amigo colorido, - não, eu sou seu amigo colorido! - mas ele não é de falar muito. - isso me irritou profundamente. - Ele fica me vendo estudar e confesso que é um pouco irritante. Já o Ron eu realmente não sei, nos aproximamos quando ele estava com a perna machucada, mas depois foi como se tivesse vergonha que nos vissem tão próximos.

Esse morto de fome é uma piada, tem a garota mais bonita ao seu lado e tem vergonha que os vejam juntos? Queria eu tê-la ao meu lado, eu andaria com ela em todos os lugares para que vissem a quem ela pertence. Eu ri pensando quão engraçado isso seria: Draco Malfoy sangue-puro e príncipe da Sonserina com Hermione Granger a sangue-ruim, rata de biblioteca. Eu amaria ver a cara de todos vendo que ela é só minha.

—Que foi? - ela perguntou sem entender o porquê de eu ter rido.

—Waesley é um otário que não consegue perceber a preciosidade que está ao seu lado. - eu disse sem conseguir me controlar.

—Draco. - ela sussurrou meu nome sorrindo bobamente.

Eu amava quando ela dizia meu nome. Me aproximei dela sorrindo e dessa vez ela não me parou, eu a beijei calmamente e ela retribuiu levando a mão em meus cabelos os puxando. Esse simples gesto acendeu uma chama dentro de mim e quando me dei conta já estava por cima dela a beijando desesperadamente.

Ela me prendia entre suas pernas com o vestido erguido na cintura. Desci meus beijos para seu pescoço, depois para seu colo arrancando um suspiro dela e voltei a beijar sua boca. Ela tirou meu paletó, minha lapela e minha camisa tudo sem desgrudar seus lábios dos meus, depois nos separou e ficou me admirando.

Meu amiguinho lá embaixo já reclamava com a falta de espaço e, então, inverti as posições colocando-a por cima para ficar mais fácil de tirar seu vestido. Ergui meu tronco para continuar a beija-la enquanto descia o zíper de seu vestido com uma mão e com a outra a puxava de encontro ao meu membro.

Eu tinha descido as duas alças de seu vestido quase liberando seus seios, que eu estava louco pra ver, quando ela se deu conta do que aconteceria. Segurou o vestido bloqueando meu ato e parou de me beijar ofegante. Eu a olhei sem entender e ela juntou nossas testas.

—Não posso fazer isso agora. - sussurrou me olhando nos olhos. - Não agora, não aqui e não com você desse jeito.

Pelo menos ela não disse apenas: "E não com você". Eu concordei e ela subiu as alças de seu vestido. Me deitei e a puxei para deitar em meu peito ficamos um tempo ali apenas ditados com a respiração ainda ofegante.

—Draco?

—Sim?

—O que vai fazer com o seu amiguinho? - ela perguntou calmamente e eu olhei para meu membro duro que pedia desesperadamente para sair. Hoje não meu amigo, sinto muito!

—Daqui a pouco ele abaixa. - eu disse rindo e ela soltou uma risadinha envergonhada.

Aquela foi a melhor noite da minha vida, dormi acariciando suas costas, onde o vestido ainda estava aberto, e sentindo seu cheiro maravilhoso. Nunca pensei que pudesse dormir tão bem, mas em compensação a minha noite maravilhosa acordei, na manhã seguinte, sem Hermione, com uma puta dor de cabeça e com frio, já que não tinha mais o calor de seu corpo me aquecendo.

****

Se Hermione já fugia de mim depois de eu beija-a imagina agora depois de quase transarmos. Estávamos na última prova do torneio e eu a via de longe gritando animadamente para o Cicatriz que estava prestes a entrar no labirinto. Nunca mais havia ficado sozinho com ela direito nem para conseguir provoca-la junto com os amigos, só a via nas refeições onde trocávamos olhares de vez em quando.

Depois de Potter ter entrado no labirinto ela finamente pareceu perceber meu olhar e me olhou sorrindo um pouco envergonhada e eu sorri de lado.

—Vocês têm que disfarçar mais esses olhares. - Theo sussurrou para mim, mas não conseguia desgrudar meus olhos dos dela. - Tanto aqui quanto no salão principal, as pessoas vão acabar percebendo.

—Cala a boca, Nott. - sussurrei de volta entredentes ainda sem tirar os olhos dela. Theo resmungou algo, mas ficou quieto.

Depois do que se pareceram horas, finalmente o Santo Potter apareceu. Fleur e Krum foram tirados da prova deixando Potter e Diggory na disputa. Potter apareceu e todos vibraram, mas eu percebi algo estranho. Ele estava em cima de Cedrico e parecia estar chorando.

Dumbledore e os professores foram até ele ao perceberem a mesma coisa e quando o tiraram de cima do lufano aquele não era mais Cedrico Diggory e sim apenas seu corpo sem vida. Todos ficaram em um silencio mortal e choros aos poucos foram ouvidos.

—Ele o matou! - Potter começou a gritar. - Voldemort o matou!

Olhei instintivamente para Pansy e ela sussurrou me encarando de volta com lágrimas descendo por seu rosto vermelho:

—Eu avisei. 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Eai? O que estão achando?
Espero que tenham gostado!
Até sexta. Beijos!



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