Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Aí está mais um capítulo espero que gostem!



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Capítulo Bônus - A História de Lucius Malfoy.

As férias na mansão Malfoy eram sempre cansativas e estressantes para Draco. Seu pai lhe forçava a treinar oclumência como se sua vida dependesse disso. Ele tinha que ser o melhor e o loiro não entendia o porquê.

Por que Lucius cismava tanto para que o jovem fosse perfeito em tal ato? Era tudo o que Draco mais queria saber. O mais novo não aguentava mais, era sempre a mesma coisa e voltar para casa havia se tornado uma tortura.

Com a evolução de Draco, Lucius parou de conseguir ver suas memórias e seus pensamentos, mas ainda sentia que seu filho tinha dificuldades em conseguir tal ato. Lucius não parou com as aulas e resolveu ensina-lo a distinguir imagens reais e imagens criadas em sua cabeça e a como bloqueá-las. Era mais fácil bloquear pensamentos e memórias, mas o garoto precisava aprender tudo.

— Tire-me de sua cabeça, Draco! – Lucius ordenou ainda apontando a varinha para seu filho que se contorcia sentado na cadeira de seu escritório.

A imagem que Lucius introduzia em sua mente não era nada legal, pessoas sendo torturadas e mortas de diferentes formas e infelizmente era real, da época em que havia inicia como comensal.

— P-para! – pedia Draco gemendo de dor e agonia. Lucius sabia como era se sentir assim, lembrava das fortes dores na cabeça e da sensação de vazio que ficava depois que alguém entrava em sua mente. – P-para, por favor! – seu pedido foi atendido e o menino enterrou o rosto nas mãos. Já fazia horas que estavam fazendo aquilo e Draco já estava exausto.

— Sabe pelo menos dizer se era real ou não? – o mais velho perguntou ríspido sem obter resposta. – Acabamos por hoje.

Lucius saiu do escritório batendo a porta e rumou para o jardim, ele estava nervoso e lá era o melhor lugar para se relaxar e o sol estava se pondo dando uma linda visão do lago que tinha na frente da mansão. Não culpava Draco por não conseguir fazer aquilo, ele mesmo demorou muito mais que seu filho para chegar onde o garoto conseguiu, mas a volta do Lord das Trevas estava mais próxima do que ele gostaria e não queria que seu filho sofresse nas mãos daquele homem como ele sofreu.

Ele não conseguiu ficar sozinho por muito tempo, pois Narcisa logo se juntou a ele.

— Draco foi se deitar. – disse ela sentando ao lado de seu marido. – Pelo visto as coisas não foram muito bem, né?

Ele a olhou, ela estava linda como sempre. Seus cabelos pretos com apenas duas mechas loiras estavam presos em um coque alto e meio bagunçado, seus olhos castanhos clareavam com a luz do sol batendo neles e ele não pôde deixar de reparar a coruja em seu ombro.

Narcisa a havia comprado quando Draco ia para seu primeiro ano em Hogwarts e desde então ela a alimentava como se alimentasse uma criança, o resultado disso era a coruja que agora mais parecia uma bolinha. Lucius não entendia como ela ainda não havia explodido.

— Ele não consegue me bloquear de sua cabeça completamente. – ele disse sério se voltando para o por do sol. – Ele consegue esconder seus pensamentos e memórias, mas ainda não consegue trancar sua mente é muito fácil colocar imagens em sua cabeça e se eu persistir por um logo período capaz dele acabar me deixando ver tudo.

— Pelo menos ele teve um grande avanço, certo? – disse ela o olhando esperançosa.

— Mas ainda não é suficiente.

— Não acha que está exagerando demais, Lucius? Ele ainda é uma criança, tem 13 anos e vai entrar no quarto ano agora.

— Mas ele tem que crescer, Narcisa. Tem que aprender que a vida não é fácil, você o mimou demais agora eu tenho de concerta-lo. – respondeu grosseiramente, mas depois parou e respirou fundo. Não gostava de ser grosso com ela, pois ela fora a única pessoa que o apoiou do início ao fim desde que o conhecera.

— A volta dele está mais perto do que nunca. – Lucius suspirou cansado. – Ou Draco aprende ou passara pelo que eu passei.

— Ele vai conseguir, Lucius, sei que vai. – ela disse dando um beijo em sua bochecha e segurando sua mão.

Eles ficaram sentados lá vendo o sol terminar de se por. Lucius agradecia por ter encontrado alguém como Narcisa, ela estivera com ele nos piores e melhores momentos de sua vida e nenhuma vez sequer cogitou a ideia de soltar sua mão. Sabia do desejo de sua mulher de manter Draco fora disso tudo, mas não tinha como, ele era um Malfoy e quando chegasse a hora teria de servir ao seu mestre, o melhor que Lucius poderia fazer era prepara-lo para que o garoto não sofresse tanto no processo.

Flashback On.

Lucius estava com seus 15 anos e estava completando seu quinto ano em Hogwarts. Sua família era muito influente no mundo bruxo o que fazia com que fosse muito popular. Ele andava distraído pelos corredores da escola quando esbarrou em uma garota de sua casa.

— Desculpe. – pediu ela erguendo o rosto para ele. Ele a reconheceu era Narcisa Rosier Black, irmã de uma de suas amigas, ela era dois anos mais nova e não tinha o mesmo olhar doentio da irmã. – Sou Narcisa. – ela se apresentou erguendo uma mão para ele que a apertou.

— Sei quem você é, sou Lucius. – ele sorriu. – Conheço sua irmã.

— Eu sei, só achei que não me reconheceria.

— Por que não a reconheceria? – perguntou o loiro curioso.

— Sou meio anônima, ninguém me conhece. – ela riu e voltou a caminhar.

— Está enganada. – Lucius se apressou para alcança-la. – Muita gente te conhece, você é a irmã de Bellatrix. – ela riu novamente.

— Sabe, Malfoy, amo minha irmã, mas prefiro me considerar anônima do que ser conhecida por causa dela.

— E por que isso? – indagou curioso.

Eles chegaram aos jardins do castelo e se sentaram em um banco de frente para o lago negro.

— Por que eu sou muito mais de só a irmã de Bellatrix, não acha? – ela se virou para ele sorrindo. – Gosta de ser conhecido apenas pelo nome de sua família? – foi a vez dele rir.

— Olha, não é nada mau ser um Malfoy, para começar os privilégios são ótimos, sem contar que as garotas caem matando. – ela riu.

— Vocês garotos são sempre todos iguais. – ela fez uma cara de falsa decepção, mas logo voltou a sorrir. – Mas você gosta que te conheçam e queiram estar com você por ser um Malfoy e não por quem você realmente é?

Aquela pergunta soou como um tapa, ele nunca havia realmente parado para pensar nisso. Ser um Malfoy significava ter vários amigos, mas será que ele tinha amigos de verdade? Quantos amigos ele poderia de fato considerar? Seu pai sempre lhe falava que um Malfoy não precisava de amigos, então era esse seu pensamento a maior parte do tempo.

— Desculpe não queria que isso te incomodasse. – ela disse percebendo a mudança no semblante do loiro que estava com o cenho franzido.

— Não, - ele saiu de seus devaneios. – não me incomodou, é só que eu nunca parei para pensar nisso. Além disso, não poderiam me conhecer de verdade.

— Então Lucius Malfoy é uma pessoa misteriosa? – ela o olhou com um brilho de curiosidade no olhar.

— Não vai querer saber. – ele desviou o olhar para suas mãos.

— Experimenta, pode se surpreender.

Não sabia dizer o porquê, mas Lucius confiava naquela garota. O loiro voltou a erguer o rosto pronto para desabafar.

— Minha família é bem rigorosa em questão de sangue. Você deve entender, sua família também é assim, né?

— É, tirando minha irmã, Andrômeda, e meu primo, Sirius, que são totalmente contra esses pensamentos. – ela respondeu.

— E você? O que pensa sobre isso?

— Não sei, - respondeu sincera. – eu realmente acredito que haja uma diferença, mas não ao ponto de destratar alguém nascido trouxa por isso.

— Eu não entendo o porquê de tanto preconceito. – ele admitiu olhando o lago. – Meus pais sempre me disseram para nunca me relacionar com algum nascido trouxa, mas eu não entendo. São pessoas como a gente, são bruxos. Por que têm que ser tratados como diferentes por causa de seus pais?

Ela o olhava admirada, nunca imaginou que ele, sendo da família que era, pudesse ter esse pensamento. Narcisa amava ouvir sobre o assunto, Sirius e Andrômeda sempre lhe diziam sobre o assunto. Eles falavam que por ela ser a mais nova dos primos eles teriam chance de fazer a família Black mudar, pois eles já não eram muito bem vistos na família.

— Você precisa conhecer Sirius e Andromeda, vai amar eles. – ela disse animada e ele riu.

— Não deve ser fácil ser um Black e ter esse pensamento.

— Não é, por isso escondo. Sirius foi deserdado por fugir para a casa dos Potter, por não aguentar a pressão em casa, e Andromeda tem um namorado nascido trouxa – ela sussurrou essa ultima parte. – vai ser deserdada também assim que minha mãe descobrir.

— Entendo essa pressão. – Lucius disse cabisbaixo. – Meu pai sabe o que penso e diz que sou uma desonra para a família.

— E você não foi deserdado? – ela questionou chocada. - Que sorte!

— Sou o único herdeiro, meu pai me fez prometer fingir que seguia os princípios da família para que eu não lhe desse mais desgosto. Ele nem olha mais na minha cara.

— Sinto muito. – ela colocou a mão em seu braço. – Não ter o apoio dos pais deve ser péssimo. – ele deu de ombros.

— Eu já me acostumei. Só não tenho ninguém para falar sobre isso, porque é o que você disse não tenho amigos de verdade.

— Agora tem. - ela lhe olhou sorrindo e ele fez o mesmo. Os dois voltaram a olhar o lago e começaram conversar sobre outras coisas.

Flashback Off.

Lucius olhou novamente para a mulher ao seu lado, que agora acariciava a coruja em seu ombro, e agradeceu mais uma vez por tê-la. Ele soube na primeira conversa que tiveram que ela seria a pessoa a qual ele nunca abriria mão, pois ela a única pessoa verdadeira ao seu lado.

Narcisa e Lucius não ficaram juntos logo de cara. É claro que um sentimento surgiu logo na primeira conversa, porém ainda tinham muito para saber um sobre o outro, então, esse sentimento se iniciou como uma amizade que foi se intensificando com o passar dos anos. O loiro só soube que a amava e que a queria como sua mulher em seu sétimo ano, o pior de sua vida.

Flashback On.

Lucius estava em sua mansão ajoelhado em sua sala de estar diante a uma figura bizarra, um homem extremamente pálido, quase careca, com alguns fiapos de cabelo espalhados na cabeça, o nariz era um pouco para dentro, os olhos pretos eram fundos e tinha enormes olheiras.

Não sabia o porquê de estar ajoelhado perante àquele homem ele foi criado com os dizeres de que os Malfoy nunca se rebaixavam a ninguém. Por que agora tinha que se ajoelhar? Lucius não pode deixar de pensar, também, que aquele homem precisava urgentemente que uma bela noite de sono, de uma plástica no nariz e de uma peruca.

O homem se titulava Lord Voldemort e o garoto já tinha ouvido falar dele. Em Hogwarts ele era considerado uma piada, o homem que estava a tentar conseguir seguidores para uma batalha a favor da supremacia dos sangues-puros e da morte ou escravidão de todos os sangues-ruins e mestiços. Ninguém acreditava ser possível o que ele queria, sabiam que existia tal preconceito, mas ninguém imaginava a grandiosidade da quantidade de pessoas as quais se juntariam a ele.

Lucius, que rira e duvidara dessa possibilidade há uns anos atrás, agora sabia exatamente a grandiosidade desse ato de Lord Voldemort e temia mais que tudo. Neste exato momento, se encontravam, no mínimo, 100 comensais da morte, como eram chamados esses seguidores, ajoelhados perante ao homem em sua mansão, a qual seus pais haviam liberado, com grande orgulho, para ser sede dos comensais.

Olhando em volta ele viu Bella e Narcisa, também ajoelhadas, ao lado seus pais. Bella tinha um sorriso de admiração no rosto enquanto ouvia atentamente o que Voldemort dizia, o brilho doentio e psicótico que sempre brilhava em seus olhos estava mais intenso e mais assustador. Já Narcisa tinha o semblante triste, que disfarçava abaixando a cabeça ou sorrindo minimamente quando sua irmã segurava sua mão e sorria ansiosa para ela. Lucius a conhecia muito bem e lá era o último lugar no qual ela gostaria de estar.

Ele viu também seus outros amigos, Anthony Zabini, Ethan Parkinson e Christopher Nott, sentiu pena do último, pois sabia que ele era completamente contra tudo aquilo que lhes era dito. Anthony, não estava ali por vontade própria também, mas não era totalmente contra isso, só não queria que sujasse para o seu lado depois. Já Ethan era outro doente, não tanto quanto Bellatrix, mas era outro seguidor das palavras daquele homem.

Depois de um tempo, que se pareceram anos, Voldemort deixou sua marca registrada, uma cobra que saia da boca de uma caveira e se enrolava, no antebraço dos novatos, dentre eles Lucius, Narcisa, Bella, e os outros amigos do loiro, e liberou todos. Alguns começaram a aparatar e outros foram se acomodar nos quartos de hospedes da mansão.

Quando Lucius foi se retirar viu seu pai lhe olhando e sussurrando com Voldemort, mas resolveu ignorar e ir se deitar, não queria ficar mais nenhum segundo na presença daquela figura bizarra que o olhava como se visse seus segredos mais profundos.

O que era para ser um boa noite de sono para Lucius se tornou o começo de um pesadelo. Ele demorou para dormir, ficava se perguntando o que aconteceria a partir daquele dia, e quando finalmente conseguiu não dormiu bem.

Sonhou com aquele homem e no sonho ele estava presente em cada momento de sua vida, que ele revivia, e em cada pensamento que ecoava em sua cabeça. O sonho foi focado em seus momentos com Narcisa, os quais ele liberava toda a angustia de conviver com seus pais e pensar diferente deles e, então, ele acordou assustado com seu pai o puxando para fora da cama.

Abraxas Malfoy tinha um olhar de puro desgosto e arrastava seu filho pelos corredores da mansão dizendo que aquela seria a última vez que ele traria desgosto e desonra à sua família. Lucius ainda grogue de sono não estava entendendo nada até que viu Narcisa que se escondia atrás de uma parede, não sabia que ela havia ficado.

Ela o olhava com medo nos olhos, medo por ele, a garota sabia que algo de ruim o aconteceria, e isso fez com que ele temesse também. Eles adentraram a sala de estar e Abraxas o soltou mandando-o ajoelhar-se, o que Lucius o fez sem contestar e, então, Voldemort apareceu.

Flashback Off.

O que aconteceu ali foi algo que não vale a pena ser dito e que ficou marcado em Lucius para sempre. Mesmo depois de anos ele ainda sentia a dor daquela noite e das próximas que se seguiram como se fossem recentes. Ele revivia aquele momento e só conseguia sentir, além da dor cruciante, ódio.

Por causa de um pensamento diferente, por causa de pessoas inferiores ele passou pelo inferno na Terra, graças aquele tipo de gente ele passara por isso e agora seu filho estava prestes a passar pelo mesmo, mas Lucius não cometeria o mesmo erro de Abraxas. Ele lutaria para que seu filho não passasse pelo mesmo e não ajudaria um verme a tortura-lo. Faria de tudo para Draco aprendesse a esconder o que sente, mesmo que isso lhe causasse dor, pois essa dor não chegaria nem perto da dor que ele sentiria caso o Lord descobrisse seus verdadeiros sentimentos.

A única coisa boa que veio de tudo aquilo foi Narcisa, que em todas as noites que ele passava por aquilo o esperava em seu quarto e cuidava dele. Ela lhe disse na primeira noite que nunca sairia de seu lado, independente do que acontecesse e assim o fez. Depois de 24 anos, Narcisa se mantinha como uma rocha ao lado de Lucius, sempre o apoiando e cuidando dele e do filho deles. 

 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Espero de coração que tenham gostado e desculpem qualquer erro



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