Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi!
Aí está mais um capítulo, espero que gostem!
Desculpem qualquer erro.



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Terceiro Ano – Hermione.

— Mantenha esse monstro longe do Perebas, Hermione! – Rony gritou ao ver Bichento, meu gato, arrastando seu rato pelo rabo.

— Mantenha, você, esse rato perebento longe do Bichento, Ronald! – reclamei pegando meu gato no colo em quanto Rony pegava seu rato.

Bichento era meu mais novo bichinho de estimação. Eu o havia comprado nessas férias, pois seria preciso ter um mascote, ou um sapo ou um rato ou uma coruja ou um gato, para as aulas de transfiguração desse ano.

— Como ousa falar assim de Perebas? – o ruivo me olhou indignado. – Ele pode ser esquisito e ter esse nome, mas é bem cuidado. – ele acariciava o rato e murmurava para que o mesmo me ignorasse e não se sentisse mal.

— Só o mantenha longe de Bichento. – respondi virando a cara para que Rony não me visse rindo. – Harry! – exclamei ao ver o moreno atrás de mim.

Harry havia acabado de sair de uma reunião com Cornélio Fudge, o Ministro da Magia, e estava com uma aparecia cansada. Meu amigo havia usado magia fora da escola ao transformar a irmã de seu tio em um balão e a reunião com o Ministro era para decidir se o perdoariam ou não, caso não fosse perdoado seria expulso de Hogwarts.

A reunião ocorreu no Caldeirão Furado, onde Harry se hospedara já que havia saído da casa de seus tios e em vez de irmos para A Toca, como todas as férias, resolvemos nos encontrar lá para dar uma foça a ele. Meus pais também estavam lá, a Sra. Weasley havia insistido para que eu os levasse, pois ela queria conhece-los, e eles nunca perderiam a chance de se despedirem de mim na Plataforma.

— Como foi? – perguntou Rony.

— Fui perdoado. – ele respondeu me abraçando. – Bichinho novo? – perguntou fazendo carinho no meu gato que ronronou.

— Esse é o Bichento. – respondi sorrindo.

— É um monstro comedor de ratos, isso sim! – Ronald exclamou e eu revirei os olhos, enquanto Harry ria.

— Isso se chama instinto felino, seu tonto. – defendi meu bichinho.

Nos sentamos à mesa onde seria servida o café da manhã, Bichento estava em meu colo com as patinhas dianteiras em cima da mesa e o rosto deitado nelas ainda olhando Perebas no colo de Rony. Harry nos contou os detalhes da reunião, ele estava visivelmente aliviado.

O Sr. Weasley apareceu e puxou Harry para uma conversa, aparentemente outra coisa estava acontecendo, pois os adultos ali presentes estavam inquietos e sussurravam pelos cantos, com exceção de Molly que conversava animadamente com meus pais.

Me distraí por um segundo e no outro Rony gritava para que Bichento que estava correndo atrás de Perebas pelo pub o deixasse em paz. Corri atrás do meu gato brigando com Rony para que o mesmo cuidasse melhor de seu rato.

****

Já em Hogwarts, Harry era assunto mais uma vez. No caminho para cá ele foi atacado por um Dementador que estava à procura de Sirius Black. Harry nos contara que ouvira no Caldeirão Furado que ele era um seguidor de Voldemort fugitivo de Azkaban e fora ele quem havia traído seus pais causando suas mortes.

Malfoy foi o primeiro a comentar diretamente com Harry sobre o assunto e aquele idiota teve que tirar sarro por Harry ter desmaiado. Queria saber se o que ele teria feito no lugar de Harry. Não que eu desejasse isso para ele. Por mais idiota e nojento que Malfoy fosse não desejaria esse tipo de coisa a ele e a ninguém.

Contei apenas para Gina sobre minha amizade com Draco no primeiro ano, pois havíamos nos aproximado muito depois de seu primeiro ano conturbado onde ela foi coagida a abrir a câmara secreta e eu confiava nela. Estava disposta a contar a Harry e Rony sobre ele, por mais que eles o odiassem, mas Draco mudou repentinamente e aquele garoto, com o qual eu havia tido as melhores e mais sinceras conversas, desapareceu.

Sinceramente, eu não entendia Malfoy. Nós tínhamos uma boa amizade e de repente, sem mais nem menos, ele me afasta completamente e se torna um idiota. Me chamava de sangue-ruim sempre que tinha a chance e foi o motivo dos meus choros durante o ano todo até que do nada ele resolve me beijar no fim do ano. Bipolaridade descreve muito bem Draco Malfoy.

Descobrimos na primeira noite que Hagrid seria nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas e eu estava muito ansiosa para a nossa primeira aula com ele, que eu conseguia ter graças ao vira-tempo que Minerva me dera. Harry e Rony, finalmente, começaram a pensar e perceber que não era possível eu assistir a todas as aulas, afinal era impossível alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo, e eu sempre inventava desculpas esfarrapadas.

Hagrid em sua primeira aula nos apresentou ao Bicuço, um hipogrifo. Ele nos ensinou sobre essa espécie que era extremamente orgulhosa, mas que se tratada bem lhe dará sua confiança e lealdade. Hagrid perguntou quem queria ser o primeiro a tentar ganhar a confiança do animal e todos deram um passo para trás com exceção de Harry que ainda olhava o animal encantado.

O professor o chamou para se aproximar de Bicuço, mas ele estava inseguro, então, Rony o empurrou, provavelmente com medo dele recusar e Hagrid chamar outro aluno podendo ser uma das opções. Como grifinório Ron era um ótimo poeta.

Harry arrasou conseguindo rapidamente a confiança de Bicuço e Hagrid o fez voar nele. Quando eles voltaram, Bicuço aterrizou um pouco bruscamente fazendo Harry quase cair. Fiquei tensa na hora e não percebi que segurava a mão de Rony até Malfoy passar irritado entre nós dois, nos separando bruscamente, e indo em direção ao Bicuço dizendo que se Harry conseguiu qualquer um conseguia. O hipogrifo não gostou da atitude e deu uma patada no loiro que caiu no chão segurando o braço e gemendo de dor.

Avancei em direção a ele, queria ir ajuda-lo, estava muito preocupada, mas parei. Se eu fosse até ele provavelmente me humilharia novamente. Falei para Hagrid o levar para a enfermaria imediatamente e foi o que ele fez, saiu carregando Malfoy no colo e dizendo que a aula havia acabado. Qual o meu problema? Por que ainda me preocupo com o idiota?

Resumindo o que aconteceu em seguida: Draco quebrou o braço e, por causa disso, Bicuço foi condenado à morte.

Malfoy enquanto estava com o braço enfaixado fazia o maior drama e era paparicado por todos da Sonserina especialmente as meninas que não saiam do pé dele e faziam tudo o que ele queria.

Um dia o peguei beijando aquela amiguinha dele, a Parkinson, em um corredor afastado, eles eram nojentos, e é claro que não perdi a chance de ser uma boa aluna. Corri até um monitor, os dedurei e levaram detenção. Ri disso por uma semana toda vez que via os dois irem até a sala da Minerva, que os dava um castigo diferente por dia, praguejando contra o coitado do monitor.

****

— Você é difícil de ser encontrada, sabia?

Eu estava na biblioteca tentando terminar de estudar, mas Bicuço não saia de minha cabeça. Sua execução seria amanhã e isso me deixava triste, até que, para piorar meu humor, Malfoy apareceu para me encher o saco.

Fiquei evitando ele o máximo que eu podia depois que ele tinha me beijado. Eu não sabia como reagir àquele beijo, claro que eu não o perdoaria pelo que ele fez comigo o ano todo, mas não posso negar que aquele beijo me desconcertou. Deve ser porque foi meu primeiro.

— Já parou para pensar que talvez eu não queira ser encontrada, principalmente por você? - respondi seca usando o mesmo estilo de frase que ele me respondeu ano passado quando brigamos. Ele sorriu de lado.

— Então, Hermione Granger é uma pessoa rancorosa. - ele riu. - Interessante.

Minha mão coçou muito para eu socar aquela cara arrogante. Ele estava sentado com os pés em cima da mesa e com o corpo projetado para trás como sempre fazia, infelizmente eu achava aquilo extremamente sexy.

— O que quer, Malfoy? - perguntei irritada. - Não tem mais o que fazer, não? Tipo beijar aquela cara de buldogue? - me referi a sua amiguinha e ele soltou uma gargalhada.

— Ciúmes, Granger? - perguntou tirando os pés da mesa e se inclinando em cima da mesma em minha direção com as sobrancelhas erguidas. Ele estava se divertindo com a minha cara, esse filho da mãe!

— De você, Malfoy? - perguntei me inclinando em sua direção e ficando com o rosto a centímetros do seu para, então, rir na sua cara. - Nunca!

Ele ficou me olhando divertido e, então, seu olhar desceu para minha boca. Eu sabia o que ele ia fazer e juro que tentei me afastar, mas ele foi mais rápido e segurou meu rosto me beijando. Tentei empurra-lo, só para desencargo de consciência, mas em pouco tempo eu já estava retribuindo. Quando eu estava quase subindo em cima de mesa para me aproximar dele ouvimos alguém pigarrear e nos separamos rapidamente.

— Aqui não é lugar para isso, Senhores! - Madame Pince nos repreendeu, mas em seus olhos tinha diversão.

Corei brutalmente e juntei minhas coisas o mais rápido possível passando pela bibliotecária murmurei um "desculpe" para a mesma e saí correndo em direção ao meu salão comunal. Gina precisava saber o que esse idiota fez.

Chegando lá a ruiva estava sentada em uma poltrona olhando apaixonadamente Harry que jogava xadrez bruxo com Rony. Se ela queria disfarçar sua queda pelo amigo do irmão não seria daquele jeito. Eu ri da cena, mas a puxei escada a cima desesperada para contar tudo a ela e foi o que eu fiz.

A primeira coisa que Gina fez foi soltar um gritinho animado que logo tratei de calar batendo com o travessei em sua cara. Estávamos sentadas em minha cama, eu havia fechado as cortinas e feito o feitiço Abaffiato para que ninguém nos ouvisse, mas ela gritou tão alto que temi o feitiço não aguentar.

— Cara, ele está tão na sua! - ela disse soltando outro gritinho sem se conter.

Gina era um ano mais nova que eu, mas era bem mais experiente nessa coisa de ficar. Depois do ocorrido em seu primeiro ano ela ganhou uma certa fama e pelo tanto de garotos que ela contava para mim e para Luna que já havia ficado ela ficou com mais da metade dos garotos de seu ano e alguns garotos mais velhos também. Se Rony soubesse que sua "irmãzinha inocente", como ele a chama, é mais experiente que ele, acho que infartava.

— Não está não, Gina! - disse irritada. - Ele é só um bipolar extremamente idiota, nojento...

— Lindo, gostoso e sexy. - ela me cortou e eu a olhei indignada.

— Gina!

— Ah Mione, vem me dizer que nunca reparou o quanto o Malfoy mudou desde o ano passado por causa do quadribol? - ela sorriu travessa. - Claro que ele não está no nível Cedrico Diggory ou Olívio Wood, mas ele está bem mais encorpado.

— Cedrico Diggory? Olívio Wood? Achei que você gostasse do Harry, Gina. - disse rindo.

— E gosto, mas o fato de eu gostar de alguém não me faz ser cega. - ela respondeu dando de ombros.

— Gina! - gritei gargalhando, mas eu tinha que defende-lo. - Harry não é feio.

— Não quis dizer que ele é feio. - ela arregalou os olhos, mas riu ao perceber o que tinha dito. - Quis dizer que ele não tem corpão.

— Nem o Malfoy. - respondi.

— Ah Hermione, mas que ele está no caminho para isso ele está e muito. - ela me olhou maliciosa e eu bati com o travessei nela de novo. - Da pra parar, inferno?

— Gina, você é muito nova para ficar prestando atenção nos garotos assim. - fingi adverti-la e me levantei abrindo a cortina da cama dando o assunto por encerrado.

— Você que é muito careta e cabeça dura e não assume que está caidinha por Draco Malfoy. - ela disse ainda deitada em minha cama.

— Cala a boca, Ginerva! - olhei para a porta preocupada de alguém ter ouvido.

— Ginerva não! - ela disse brava se levantando. - Vou mandar uma carta para Luna nos encontrar depois do jantar, não podemos deixar de contar a ela sobre seu ficante.

Ela saiu correndo para seu quarto antes que eu pudesse xinga-la e eu desci para o salão comunal para esperar a hora do jantar.

****

No dia seguinte, eu e os meninos resolvemos visitar Hagrid já que seria a execução de Bicuço e queríamos dar uma força ao nosso amigo. Estávamos indo escondidos, pois não era mais aconselhável andar fora do castelo sem um adulto. Sirius Black havia conseguido entrar em Hogwarts.

No caminho, vimos Malfoy e seus dois amigos rindo do hipogrifo e falando que merecia o fim que teria. Não me aguentei, aquela foi a gota d'água, aquele oxigenado mesquinho ia pagar por isso.

Avancei contra ele, que se virou para mim rindo perguntando se também estávamos lá para "apreciar o show", e eu apontei a varinha para a o rosto dele que, com medo, tentou se afastar batendo em uma pedra. Ron me disse para deixa-lo quieto e que ele não valia meu esforço, concordei dando as costas para ele, mas o ouvi rir de mim e então me virei e o soquei com todo a minha força. Seu nariz começou a sangrar e ele e os amigos saíram correndo, praguejando contra mim. O ruivo elogiou meu soco, enquanto Harry ria, e sorri sem graça para ele orgulhosa do que havia feito.

Isso, Malfoy, foi por ter me feito gostar de você, por ter se transformado em um imbecil, por ter me beijado duas vezes e pelo Bicuço!

Depois desse meu belo feito fomos para a casa de Hagrid que estava muito abalado com o que aconteceria. Demos nosso maior apoio a ele e por fim saímos antes das autoridades nos verem ali, mas antes de sairmos Hagrid devolveu o bicho perebento de Ron que ele havia perdido.

Voltamos ao castelo correndo, mas antes paramos no caminho e olhamos para a casa de Hagrid bem na hora em que o carrasco abaixava o machado no devia ser a cabeça de Bicuço. As lagrimas desceram sem eu perceber, abracei Rony escondendo o rosto em seu pescoço e Harry me abraçou também. Ficamos um tempo abraçados e em silencio, e depois disso foi confusão atrás de confusão.

Descobrimos que Sírius Black não estava caçando Harry e sim Pedro Pettigwe que, na verdade, era o Perebas. Pettigrwe foi quem entregou os pais de Harry para Voldemort e jogou toda a culpa no padrinho de Harry que passou 17 ano em Askaban.

Infelizmente não conseguimos a prova para a libertação de Sírius, pois tivemos um pequeno problema com o nosso professor de DCAT, Lupin, que era um Lobisomem e acabou se transformando e tentando nos atacar. Durante o infeliz incidente o perebento do Pettigrwe conseguiu se transformar no rato novamente e fugir.

Consequentemente, ninguém acreditou no que dizíamos e Sírius voltaria para Askaban se eu e Harry não voltássemos no tempo, com meu vira-tempo, e salvássemos ele e Bicuço.

****

— Como vocês estavam ali agorinha e estão aí agora? - tínhamos acabado de retornar à Ala Hospitalar depois de voltarmos no tempo.

— Não sei do que está falando, Rony. – disse me fazendo de desentendida. – Harry?

— Também não tenho ideia. – o moreno concordou comigo e rimos. – Acho que o efeito da mordida na sua perna está te deixando pirado.

— Minha perna, – Rony esqueceu o antigo assunto. – minha linda perninha que quase teve que ser amputada. – ele dizia fazendo carinho na perna.

— Não é para tanto, Ronald. – eu disse rindo. – Foi só um arranhão.

E novamente nós três terminávamos o ano em um lugar que já era mais do que familiar, na enfermaria. Esse ano não foi diferente dos outros em quesito a nossas aventuras, mas foi um ano cheio de reviravoltas.

Me sentei na beirada da cama de Rony e Harry se aproximou colocando a mão em meu ombro. Eu amava esses nossos momentos, por mais que a maioria deles fossem quando um de nós se machucava, como era o caso de Ron agora, me davam paz e me traziam a tranquilidade de saber que em meio a todas essas mentiras e traições eu podia confiar neles.

— Hermione! - Ron me chamou. - Devia ter deixado seu gato engolir o Perebas! - disse como se me repreendesse e Harry começou a rir.

— Olha, Ronald, eu não vou nem te falar nada! - cruzei os braços fingindo estar brava com ele.

— Nunca pensei que eu concordaria com esse tipo de coisa, mas eu concordo com o Rony. - Harry disse risonho. - Por que não deixou Bichento engolir o perebento?

— Ah tá, até porque era eu que defendia com unhas e dentes aquela coisa, né? - eles riram e não pude deixar de acompanha-los.

****

Eu tinha acordado bem cedo, como era costume eu fazer no dia de ir para casa, ainda estava escuro lá fora então eu teria um bom tempo para curtir meu salão comunal vazio uma última vez antes das férias. Me levantei fiz minha higiene matinal, tomei um bom banho relaxante e desci para o salão comunal.

Quando os primeiros alunos começaram a descer eu já tinha terminado de ler meu livro e por algum milagre de Merlin Gina foi uma desses alunos.

— Caiu da cama, Gi? - perguntei abismada por vê-la acordada tão cedo. Geralmente eu precisava invadir seu quarto e arranca-la de lá no último segundo.

— Digamos que sim. - ela disse se jogando no sofá ao meu lado e bufou. - Uma das minhas colegas de quarto não sabe o que significa deixar as amigas dormir e estava lá parecendo minha mãe batendo panela domingo de manhã.

— Bom, pelo menos ela me poupou o trabalho de ter que ir te acordar. - eu ri de sua cara inchada de sono.

Ficamos conversando sobre o que faríamos nas férias. Gina iria com a família para o Egito e estava extremamente animada, e eu iria com meus pais para a Austrália. Depois de anos fazendo viagens de carro pela Europa minha mãe finalmente conseguiu convencer meu pai a fazer algo diferente. O salão já estava com bastante gente se abraçando e pondo os últimos papos do ano em dia e já estava quase na hora do café, mas nada de Harry e Rony aparecerem.

— Gina, preciso devolver esse livro para a Madame Pince, prometi que entregaria antes de ir embora. - disse me levantando. - Vejo vocês no Salão Principal.

— Do jeito que os dois bonitões estão demorando você vai chegar lá antes da gente. - ela resmungou e eu ri.

Sai do salão comunal dando bom dia à Mulher Gorda que resmungou algo em resposta sempre com seu mau-humor matinal. Levei o livro à Madame Pince que agradeceu me desejando boas férias e estava me encaminhando para o Salão Principal quando alguém me puxou para um corredor vazio e me prensou na parede.

— Bom dia Granger! - Malfoy me olhava com um sorriso de orelha a orelha e tinha suas mãos escoradas na parede, cada uma de um lado da minha cabeça bloqueando minha suposta fuga. - O dia está lindo, não?

— Bom dia Malfoy. Eu não sei, você está bloqueando minha visão. - respondi mal-humorada e ele riu.

— Não, querida, eu apenas estou aqui para melhorar o dia. – ele sorriu de lado e meu Merlin como aquele sorriso era maravilhoso. - Por isso o dia está lindo. - completou como se disse algo óbvio.

— Ah é? E quem disse que você melhora o dia? Sua mãe, né? - debochei.

— Sim, ela tem muito bom gosto. - ele disse todo convencido aproximando o rosto do meu.

Merlin, como é possível que eu possa ter tanta vontade de soca-lo quanto de beija-lo?

— Sinto lhe dizer, mas ela precisa de óculos!

— Ela e você então, já que fica toda desconcertada quando eu estou perto e fica sempre me olhando e babando.

— Eu não... - ele me calou com um beijo de tirar o folego, mas estávamos em um corredor e para algum alguém nos ver seria fácil. Eu o empurrei. - Malfoy, alguém pode nos ver. - disse ofegante.

— Não seja por isso! - ele disse e começou a me puxar em direção a uma porta e me empurrou para dentro. Era um armário de vassouras.

— Drac... - ele me calou novamente me jogando na parede e me beijando ferozmente, logo depois começou a descer beijando e chupando meu pescoço. Eu só conseguia pensar em uma única coisa: - Me chama de lagartixa e me taca na parede.

Draco parou e começou a rir em meu pescoço, logo depois se afastou de mim e ainda rindo perguntou:

— O que?

Droga, droga, droga! Não era para ter saído em voz alta.

— Nada! - me apressei em dizer. - Não é nada é só uma coisa que os trouxas falam e que... - minha voz foi morrendo conforme ele voltava a se aproximar.

Ele segurou meu rosto o puxando para perto do seu, me fazendo ficar na ponta do pé e sorrindo disse:

— Você é estranha, Granger, - ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha. - muito, muito estranha!

Seus lábios foram famintamente de encontro aos meus e me ergueu, instintivamente enlacei minhas pernas em sua cintura e suas mãos ficaram passeando em minhas coxas e subiam para minha bunda. Só paramos quando ouvimos um barulho lá fora e nos demos conta de que já estava ficando tarde. Eu sai primeiro e rumei para o salão principal, depois ele faria o mesmo.

****

— Onde você estava? - Gina perguntou quando sentei ao seu lado. - Estávamos ficando preocupados, você demorou muito. - os meninos estavam com a boca cheia, então, apenas concordaram com a cabeça, o que me deixou surpresa já que Ron sempre falava de boca cheia.

— Enrolei na biblioteca e perdi o horário. - menti. - Bom dia, meninos! - me virei para eles que sorriram de volta. Gina me olhava desconfiada, mas depois seus olhos seguiram para a porta e eu a imitei.

Draco entrava no salão chamando atenção como sempre, garotas suspiravam quando ele passava e ainda mais agora que ele estava com o cabelo bagunçado, a roupa amarrotada, sua boca vermelha e inchada e a aparência radiante, essa junção o deixava incrivelmente atraente.

Gina puxou meu rosto e olhou diretamente para minha boca apertando os lábios para conter um gritinho. Minha boca provavelmente estava inchada e vermelha também.

— Parece que o Malfoy estava curtindo seu último dia com alguma garota. - Harry comentou e fiquei tensa.

— Com toda certeza! - Gina disse e me olhou com um sorrisinho malicioso e eu abaixei a cabeça envergonhada. Depois eu teria que lhe contar detalhe por detalhe.

— O que é isso em seu pescoço Hermione? - Rony disse com a boca cheia. Ele não conseguia se segurar e ter um pouco de classe na mesa. Arregalei os olhos olhando para Gina que disfarçou um riso com um copo de suco de abobora.

— Está bem vermelho, Mione. - Harry disse se inclinando e tocando onde momentos atrás estava a boca de Draco. Se ele soubesse disso iria correndo incinerar a mão.

— N-não sei, - gaguejei. - algum inseto deve ter me picado. - inventei e Rony disse para eu ir à Ala Hospitalar porque estava bem feio. Os dois começaram um assunto aleatório e Gina sussurrou para mm:

— Um inseto albino bem gostoso.

— Cala a boca, Ginerva! - disse tentando conter o riso.

Senti que alguém me encarava e já até suspeitava quem seria quando olhei para a mesa da Sonserina minhas suspeitas foram confirmadas. Draco me olhava com o sorrisinho de lado que eu tanto amava. 

 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Espero que tenham gostado!
Até sexta que vem, beijos!



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