Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi!
Aí está mais um capítulo espero que gostem.
desculpem qualquer erro!



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Segundo Ano – Draco.

Meu primeiro ano foi completamente diferente do que eu pensava que seria. Para começar, Harry Potter, um idiota arrogante, se recusou a ser meu amigo é claro que por influência do ruivo amiguinho dele Ronald Ridículo Weasley.

Não, não queria a amizade dele de verdade, apenas achei que ter uma pessoa famosa como ele por perto seria bom para meu status na escola, mas ele não é tão  inteligente quanto eu, porque andar com um Malfoy seria a melhor coisa para ele. Meu ranço por ele só aumentou mais quando aquela cicatriz ambulante conseguiu entrar para o time de quadribol estando apenas no primeiro ano. O Santo Potter vai me pagar por isso!

Conheci, também, Hermione Granger uma nascida trouxa da grifinória. Nos encontrávamos todos os dias na biblioteca, ela também gostava de ficar mais afastada das pessoas na hora de estudar, então, não me importei muito em dividir a mesa com ela, mas com o passar dos dias ela insistiu em querer conversar comigo depois de acabar de estudar. No fim, que Salazar e meu avô nunca escutem, eu gostava de sua companhia e comecei a frequentar a biblioteca mais do que eu precisava apenas para ouvi-la falar, coisa que ela fazia muito.

Ela me contava tudo e me surpreendi quando ela confiou em mim para falar de suas aventuras suicidas com os idiotas que a insultaram no começo do ano. Claro que eu a repreendia por ela aceitar fazer isso e principalmente com eles, os idiotas a chamaram de enxerida e exibida e por causa disso ela quase morreu quando o trasgo foi solto. Como podem ser tão imbecis?

Por mais que não concordasse com ela fazendo essas coisas eu a ajudava como podia. Ninguém sabia de nossa amizade, afinal ela era uma sangue-ruim e eu um Malfoy só seriamos vistos juntos no dia em que a lula gigante do lago negro voasse, então, quando estávamos na presença de outras pessoas eu zoava com os amiguinhos dela e com ela, amava vê-la irritada.

O ano acabou e fui para casa, para, finalmente, descansar e me preparar para o próximo ano. Porém, algo havia mudado. Lucius andava mais inquieto que de costume e minha mãe estava sempre preocupada. Vira e mexe tinha reuniões em casa, sabia que não era do trabalho do meu pai, pois não eram pessoas do ministério.

Um dia meus pais se trancaram na biblioteca, meu pai queria conversar sobre um assunto importante com a minha mãe e sozinhos, mas se tem uma coisa que eu sou é enxerido, então, resolvi ouvir atrás da porta. Graças a Merlin eles realmente estavam conversando, mas eu só consegui ouvir uma pequena parte da conversa:

— Ele vai voltar e não podemos deixar de ajudar. - meu pai dizia.

— Podemos sim, Lucius, é só desistir dessa vida! - minha mãe estava bem nervosa. - Não quero isso para o nosso bebê.

Sério, mãe?

— Você sabia que seria assim, Narcisa, e decidiu ficar. - meu pai elevou a voz. - Fala como se fosse fácil desistir dessa vida. - ele riu irônico. - Sabe o que farão com a gente se desistirmos?

Minha mãe nada respondeu e ficaram alguns minutos em silencio, eu conseguia apenas ouvir a respiração pesada de meu pai, provavelmente tentando se acalmar.

— O que faremos? - minha mãe perguntou com a voz calma.

— Faremos o que temos que fazer e eu irei começar a preparar Draco. - meu pai respondeu.

Ouvi passos se aproximando da porta e a voz de meu pai perto da porta:

— Já está na hora, ele precisa crescer.

Foi a última coisa que eu ouvi antes de sair correndo para que não me vissem lá.

****

Depois daquela conversa as coisas mudaram para mim e minhas férias que eram para serem divertidas se tornaram as piores. Descobri, ouvindo atrás das portas, que a pessoa a quem eles se referiram era Voldemort, então, as reuniões provavelmente eram de comensais.

A primeira tentativa de trazer a múmia de volta falhou graças ao Potter e seus amigos, que agora eram alvos ambulantes. Merda! Eu avisei pra ela que andar com o quatro olhos e o fosforo ambulante não era coisa boa.

As coisas não ficaram nada boas para mim. Meu pai começou a me ensinar oclumência, a arte de bloquear alguém que entra em sua cabeça, e como já era de se esperar coisa boa não aconteceu... Utilizando a legilimência meu pai entrava em minha cabeça e via tudo, quando digo tudo é tudo mesmo. Ele extraia de mim cada memória e cada sentimento que eu já tive em minha vida e quando me viu com Hermione a coisa ficou feia.

Como castigo por eu sujar o nome da família conversando com uma sangue-ruim, Lucius transformou minhas férias em um verdadeiro inferno. Começou a criar imagens em minha mente a maioria de minha mãe dizendo o quanto estava decepcionada comigo e se tem uma coisa que eu sempre temi era decepcionar minha mãe.

No começo eu sabia que não era ela, pois as imagens eram sempre dela me olhando com nojo e desgosto. Minha mãe nunca me olharia assim e eu sabia disso. Porém, com o passar do tempo eu já não sabia distinguir o que era real e o que era criado. E foi assim as minhas férias todas.

Nunca me simpatizei com nascidos trouxas, Hermione foi a única, mas agora graças a ela estou passando por isso.

Minha família sempre foi extremamente preconceituosa, tanto minha família materna quanto paterna. Meu pai, nem preciso dizer, o preconceito já está estampado em sua cara. Já minha mãe, não creio que ela tenha esse preconceito, ela sempre me diz para eu ser quem eu sou e não deixar as crenças antigas de minha família interferirem em minhas escolhas, mas isso é meio impossível com base na família da qual eu venho.

As férias finalmente chegaram ao fim e uma semana antes do retorno à Hogwarts recebi a lista de materiais do ano. Finalmente, o dia em que me livraria de meu pai estava chegando. Fomos ao beco diagonal comprar as coisas e dessa vez meu pai insistiu em ir comigo.

Nossa primeira parada foi na livraria Floreio e Borrões, onde um idiota estava se vangloriando de suas experiências com a magia e dando autógrafos. Eu estava na parte de cima da livraria, observando as pessoas impressionadas com seus relatos, quando vi Hermione com os dois imbecis e um exército de ruivos. Ela olhava o homem suspirando e aquilo me irritou profundamente. Como podia ser considerada a garota mais inteligente de Hogwarts e ainda assim acreditar nesse otário?

Eu e meu pai descemos e não pude perder a chance de encher o saco do Potter. Logo seus amiguinhos chegaram para defende-los e meu pai pegou o livro da Wesley Fêmea dizendo ser um livro de segunda mão digno dos Weasley, mas quando ele o pôs de volta no caldeirão da menina eu vi que ele também havia colocado um livro preto fino, que passou despercebido por todos. Saímos da livraria e perguntei a ele o que era aquele livro, ele se fez de idiota e fingiu não saber do que eu estava falando. Até porque eu nasci ontem, né?

****

Depois do episódio na Floreio e Borrões, chegou o dia de voltar para Hogwarts e eu estava mais animado que nunca. Não aguentava mais ficar em casa e ter as aulas de oclumência.

— O que aconteceu que você sumiu, Draco? – Blás perguntou. Já estávamos na cabine do expresso a caminho de Hogwarts.

Essas férias eu havia me afastado deles por causa das aulas de oclumência, o máximo que eu fazia era responder algumas cartas.

— Meus pais resolveram que iriamos viajar de última hora. – inventei.

— E para onde foram, Draquinho? – perguntou Pans. 

— É, Draquinho, –Théo fez uma voz melosa. – conte-nos tudo!

Blás começou a rir.

— Não nos esconda nada, Draquinho. – foi a vez dele fazer uma voz afeminada e abraçar meu braço pondo a cabeça em meu ombro.

Pans fechou a cara para os dois e deu um tapa na cabeça de Theo, que estava ao seu lado, e um chute na canela de Blás, que estava a sua frente. Os dois reclamaram de dor e eu ri.

— Sabe Blás, essa sua nova voz combinou mais que a sua normal. – eu disse divertido.

— Gostou, amiga? – ele perguntou ainda com a voz nos fazendo rir. - Acho que vou aderir.

Inventei uma viagem à praia e contei a eles brevemente, depois ficamos conversando por um tempo até que Pans resolveu ir se trocar e ficamos só nós três.

— E então, Draco, o que aconteceu nas férias? – Blás voltou no assunto, pois sabia que meus pais não eram de viajar e muito menos para a praia, pois minha mãe detestava areia.

Eu podia me abrir com eles, eram meus amigos de verdade e não me julgariam. Então, contei tudo a eles, os relembrei de minha amizade com Hermione, o que eles já sabiam, contentei sobre a volta de Voldemort e o que meu pai fez comigo as férias inteiras. Eles me contaram que seus pais também começaram a agir de forma estranha e que eles não sabiam o porquê, mas agora o porquê estava bem claro.

Os pais de ambos eram comensais.

Os Nott foram obrigados a se tornarem comensais, mas são completamente contra tudo o que Voldemort presam, sim, eles não têm nenhum tipo de preconceito e as viagens que Theo sempre faz são no mundo trouxa.

Os Zabini já são um pouco diferentes, têm um certo preconceito, mas não creio que seja tão grande a ponto de quererem todos os sangues-ruins mortos. Blás foi criado sem esse preconceito, mas não igual Nott tendo total contato com trouxas.

Já com a Pansy a história é outra. Sua família é ainda mais devota ao Lord das Trevas que a minha, eles seguem cada passo do que aquele homem diz. Então, Pans é um pouco intolerante. Digo um pouco porque ela não presa pela morte de todos e todas aquelas baboseiras, apenas se acha superior e fica na dela.

Ficamos conversando sobre o retorno de Voldemort o caminho todo, pois Pans chegou e nos contou que ouviu seus pais falando de um tal plano para traze-lo esse ano. Na hora lembrei do livro negro que meu pai colocou no caldeirão da Weasley, será que fazia parte do plano?

****

Os primeiros dias em Hogwarts foram meio corridos, eu evitava Hermione ao máximo. Ela havia me encontrado na biblioteca algumas vezes e sempre me questionava o porquê de eu estar tão estranho e distante com ela, eu sempre inventava uma desculpa para sair de perto dela o mais rápido possível.

Porém, no primeiro sábado depois do início das aulas eu estava completamente nervoso e ansioso, pois de tarde seriam os testes para entrar no time de Quadribol da Sonserina e eu tentava me acalmar na biblioteca.

Eu estava olhando as prateleiras a procura de algo que não fosse didático para eu poder relaxar, quando Hermione apareceu.

— Fiquei sabendo que você vai fazer o teste para entrar no time da Sonserina hoje. Vim te desejar boa sorte! – ela disse sorrindo.

Acho que ela não entendeu que eu não queria mais falar com ela, mesmo depois das minhas desculpas esfarrapadas para me livrar dela.

— Você já disse e eu agradeço, agora tchau. – respondi seco passando por ela, mas insistente do jeito que era claro que não facilitaria as coisas. Ela segurou meu braço me fazendo parar.

— Por que você está sedo tão estúpido? – perguntou irritada. – Já faz um tempo que eu estou tentando falar com você e sou ignorada sempre.

— Já parou para pensar que talvez seja porque eu não quero falar com você, Granger? – perguntei estressado. Ela quer que eu desenhe para ela entender?

— E por que não, Malfoy? Achei que éramos amigos. – falou meio confusa.

— Achou errado! – exclamei chegando mais perto e a olhando por cima. – Achou mesmo que eu, sendo um Malfoy, um sangue-puro, seria amigo de uma nascida trouxa como você? Estava esperando o que, Granger? Que seriamos amiguinhos igual você, o Cicatriz e o Cabeça de Fósforo e que sairíamos andando pelos corredores de mãos dadas e subiríamos em um unicórnio rosa que vomita arco-íris? – ri com desdém. – As coisas não funcionam assim. Sou um sangue-puro, um superior e não me misturo com o seu tipo.

Ela não abaixou a cabeça, muito pelo contrário, ela a ergueu e me olhou profundamente. Seu olhar era um misto de nojo, raiva e mágoa.

— Não esperava nada disso, Malfoy. – ela disse firme. – Esperava apenas que você fosse diferente da sua família, que fosse inteligente o bastante para ver que não vivemos mais na era medieval e que, por isso, não existe mais essa história de pessoas que são superiores às outras, mas eu estava enganada. – ela cutucou meu peito com o dedo indicador. – Parabéns, você é idêntico ao seu pai – aquilo soou como um soco na minha cara. -, uma verdadeira e nojenta cria Malfoy. – dito isso ela saiu, mas dessa vez não tinha raiva, nem mágoa e nem nojo eu seus olhos tinha uma coisa que me doeu mais: decepção.

****

Depois da minha conversa com Hermione eu nunca mais a vi fora os horários de aula e quando eu estava implicando com ela e seus amiguinhos. De vez em quando eu a pegava me olhando, pois fazia o mesmo não conseguia evitar. Eu sentia falta de nossas conversas e de sua amizade, mas nunca a perdoaria pelo que ela me fez passar.

Eu entrei para o time da Sonserina, junto com Theo e Blás e como meu time precisava treinar novos jogadores cancelaram o treino da Grifinória para que tivéssemos um tempo a mais. Claro que Potter não ficou nada feliz o que me alegrou muito.

O time da Grifinória foi tirar satisfação com a gente e não perdi a oportunidade de esfregar na cara do Potter nossas novas vassouras Nimbus 2001, uma versão melhor e mais atual da vassoura dele, que meu pai deu de presente para o nosso time por eu ter sido aprovado.

Granger, para defender o amiguinho, foi logo dizendo que ele tinha entrado para o time por ter talento e não pagado para entrar, se referindo ao presente de meu pai. Aquilo para mim foi a gota d'água, primeiro ela diz que sou igual ao meu pai e agora vem falar que eu entrei pagando e não por talento. Quem ela pensa que é?

A raiva me consumiu, ela ia pagar por ter dito aquilo. Fiz o melhor que pude fazer por hora e a chamei de sangue-ruim. Vi seus olhos marejarem e por um mísero segundo me arrependi de ter dito aquilo, mas esse arrependimento logo passou quando o Cabeça de Fósforo tentou me lançar uma maldição e o feitiço saiu pela culatra. Hermione e o Cicatriz saíram correndo com o Weasley vomitando lesma e eu e o meu time fomos rindo até o campo.

****

O ano teria sido bem parado se não fosse por uma tal coisa que andava petrificando os sangues-ruins e pelos jogos de Quadribol, os quais ganhamos de todas as casas menos da Grifinória e isso só aumentou meu ódio pelo santo Potter.

Fazer parte do time tinha suas vantagens: ser convidado para as festas clandestinas que os alunos mais velhos faziam, as garotas mais velhas que davam em cima de mim direto e os professores que amenizavam nossas tarefas e trabalhos ou davam uma data maior de entrega para que pudéssemos treinar.

Hermione não olhou mais na minha cara depois do ocorrido, ela apenas me olhava com ódio quando eu implicava com ela e os dois idiotas e a chamava de sangue-ruim, o que eu passei a fazer com mais frequência. Como não conseguia detesta-la mesmo depois de tudo passei a falar para quem quisesse e não quisesse ouvir que eu amaria que ela fosse petrificada. Eu tinha que tentar me enganar.

As férias de inverno chegaram e fui obrigado a passar as festas em casa treinando oclumência. Lucius ficou satisfeito por ter visto o que eu falava para ela, mas ele não conseguiu extrair o que eu sentia de verdade. Ponto para mim!

Voltei para Hogwarts, mais uma vez agradecido por me livrar de meu pai. O resto do ano letivo foi ainda mais conturbado a coisa que petrificava as pessoas estava atacando mais constantemente e uma de suas vítimas foi Hermione Granger, que estava na ala hospitalar.

Assim que soube que ela havia sido uma das vítimas, não me importei com o que as pessoas diziam sobre eu ser o tal herdeiro que abriu a câmara secreta. Se eu fosse ela jamais seria uma das vítimas, mas disso ninguém jamais saberá. Fiquei desesperado para vê-la e na primeira oportunidade que tive despistei meus despistei meus amigos e fui até ela.

Madame Pomfrey não estava na ala hospitalar quando cheguei lá, ótimo ninguém para perguntar o porquê de eu estar lá. Me sentei na beirada da cama a qual Hermione estava e segurei sua mão, ela estava muito gelada, parecia morta. Fiquei a olhando por um tempo, estava preocupado. Queria que ela soubesse que não a queria daquele jeito de verdade.

Será que ela ficaria bem? Já estavam trabalhando em uma cura para desfazer a petrificação, mas será que realmente funcionaria? Ali com ela, sozinho, me senti novamente no primeiro quando tínhamos nossas conversas e eu me sentia livre para ser quem eu era. Escutei vozes e passos e tratei de sair depressa de lá, não podia ser visto com ela.

****

O ano acabou idêntico ao ano passado com Harry Potter salvando o dia. Ele e o pobretão Weasley enfrentaram o Basilisco, a coisa, cobra gigante, que petrificava as pessoas, e por isso basicamente: "dez mil pontos para a Grifinória!". Eu só queria saber o que esse velhote do Dumbledore tem com o Potter, porque é só o menino respirar que já ganha ponto. Bom, como já era de se esperar a Taça das Casas foi para a Grifinória, maldito Santo Potter!

As pessoas petrificadas foram salvas e fiquei aliviado ao ver uma Hermione sorridente entrando no Salão Principal e abraçando seus amigos. Na última noite a encontrei na biblioteca.

— Como é voltar dos mortos, Granger? - perguntei rindo parando a sua frente.

Ela estava no lugar de sempre lendo um livro. Sabia que deveria ser a primeira vez que ela voltou para esse lugar depois da nossa briga no começo do ano, pois eu havia vindo aqui todos os dias ver se ela estava aqui.

— Vai para o inferno, Malfoy. - ela disse com desdém sem tirar os olhos do livro.

— Que feio, Granger, isso não é jeito de responder uma pessoa. - eu me sentei e coloquei os pés em cima da mesa projetando o corpo para trás. - Seus pais não te deram bons modos?

Ela revirou os olhos e me olhou fechando o livro e o colocando de lado.

— O que você quer, Draco? - ela disse com a voz um pouco abalada. Parecia cansada.

Aquilo me pegou de surpresa, não esperava ela falando comigo daquele jeito e muito menos esperava ela me chamar pelo meu nome. Ela só havia me chamado de Draco uma vez e lembrar daquele sussurro e meu ouvido fazia eu me arrepiar.

— Vim compensar o tempo perdido enquanto você estava igual uma estátua e vim te irritar uma última vez antes das férias. - eu sorri divertido, mas em vez de ela rebater ou me xingar ela apenas suspirou e se levantou com o livro em mãos.

— Não gaste seu tempo comigo. - respondeu e sumiu entre as estantes.

Eu a segui, era a primeira conversa que tínhamos depois de um longo ano e eu não ia deixar acabar assim. Ela parou em uma prateleira e devolveu o livro. Hermione já estava indo embora quando segurei seu braço, a puxei e prensei ela contra a prateleira.

— Não vai me deixar falando sozinho. - eu disse olhando em seus olhos.

— Não ferra, Malfoy! - ela me olhava com raiva. - O que quer de mim? No começo do ano me insulta e diz que não somos e agora quer conversar? Você é louco!

Eu sorri e acariciei seu rosto instintivamente. Ela inclinou o rosto de encontro a minha mão e ficou olhando em meus olhos com os lábios entreabertos. Meus olhos intercalavam entre admirar seus lábios carnudos e seus olhos castanhos.

— Só queria que você soubesse que eu nunca desejei de verdade que você fosse petrificada. - sussurrei com a testa colada na sua. Ela mordeu o lábio inferior ainda olhando em meus olhos.

— Eu sei. - ela sussurrou colocando sua mão pequena e quente em meu rosto.

Não me aguentei, eu a beijei de início só um selinho, mas que quando pedi passagem com a língua ela acabou aceitando hesitante. Devia ser seu primeiro beijo, pois ela não sabia o que fazer o com a língua, mas depois de um tempo ela começou a seguir meus movimentos entrelaçando sua língua na minha. Ela aprende rápido, não é à toa que é a sabe tudo de Hogwarts.

Um barulho alto de livros caindo a fez "despertar", ela me empurrou me olhando indignada e saiu da biblioteca praguejando contra mim. Encostei na prateleira e escorreguei até o chão me sentando com um sorriso enorme rachando meu rosto.

Quer saber? Que se dane meu pai, vou aprender oclumência e ele nunca vai saber sobre ela, mas não vou deixar de vê-la. 

 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Eai gente o que estão achando?
Espero que tenham gostado!
Beijos



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