Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Como estão?

Estou postando hoje de novo porque estou com tempo e durante a semana duvido que terei tempo para escrever, então já estou adiantando mais um capítulo!

Espero que gostem!



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Harry.

Será que ela detestou? Eu forcei muito a barra fazendo ela visitar o mundo trouxa comigo? Provavelmente sim. Mas ela parecia que ela tinha gostado! Eu não entendo...

Rabisquei o rascunho que eu tinha em mãos. Ela deve estar me odiando agora.

— Potter! Será que dá para você fazer alguma coisa, pelo menos? – Gina gritou, me tirando de meus devaneios.

— Calma, já estou indo. – disse erguendo as mãos em sinal de rendição. – Você acordou hoje com o pé errado, não?

— Que?

— É uma fala trouxa para quem acorda de mau-humor. – dei de ombros.

— Não acordei de mau-humor, o que está me deixando assim é ver você sentado aí mandando cartas a manhã inteira, enquanto eu me mato para organizar essa loja!

Era mentira. Depois da Sra. Weasley, Gina era a pessoa mais animada no café da manhã, mas hoje ela apenas se sentou na mesa sem cumprimentar ninguém e com o bico do tamanho do mundo. Mas é claro que eu jamais contestaria ela, principalmente naquele momento. Em menos de um segundo eu provavelmente estaria morto, se o fizesse.

Me levantei apressadamente e comecei a ajudá-la. E, realmente, ela tinha razão de estar mais irritada. A loja estava uma bagunça.

— Malditas crianças! – Gina rosnou ao meu lado. – Eu falei “não mexe aí”, e elas mexeram. Isso me faz repensar mil vezes sobre ter filhos!

Eu ri.

— Você vai ter um monte. – respondi. – Nunca vi alguém amar mais crianças do que você.

— Não é verdade! Às vezes eu as detesto, como agora.

— Posso ser sincero?

— Não.

— Victória é pior que essas crianças e você ajuda a mima-la mais. – ignorei sua resposta.

— É diferente. Ela é minha sobrinha, eu tenho que estraga-la e não tenho culpa se os pais me ajudam nisso. – Gina riu. – Ela é um monstrinho, mas é meu monstrinho.

A acompanhei na risada. Ver Gina falar de Victória, era quase como ver uma mãe falar de seu filho. Ela ama tanto aquela garotinha e acho que acho impossível que alguém consiga descrever esse tanto.

 Tinha me esquecido do quanto ela ficava linda com aquele brilho no olhar.

— O que foi? – ela perguntou. – Estou com alguma coisa no rosto?

Eu não tinha percebido que estava encarando demais.

— Tem só esse brilho que te deixa mais bonita, toda vez que fala de Victória. – não percebi as palavras saindo da minha boca, só me dei conta do que falei quando a vi corar e olhar para o chão. – Quer dizer... – pigarreei. – É fofinho, parece uma mãe falando da filha.

Gina sempre havia sido a pessoa, além de Hermione, com quem eu mais conseguia me expressar. Então dizer as coisas para ela era mais natural do que eu gostaria que fosse.

— Que Merlin me livre! – ela gargalhou. – Eu amo aquela criança, mas se um dia eu tiver um filho ou filha tão chatos como ela, pode me internar.

Não pude deixar de rir.

— Eu sempre te falei que se um dia nossos filhos fossem iguais eu os daria para a adoção. – ela continuou e eu gargalhei lembrando de cada detalhe daquele dia.

Gui e Fleur tinham vindo passar o natal conosco na Toca e, por motivos de quererem um dia sem sua filha, mas com a desculpa de saírem para fazer compras para sua nova casa, deixaram Victória por conta nossa. E, como Molly e Arthur os acompanharam e os gêmeos sumiram na primeira oportunidade, sobrou para nós cuidarmos dela.

É meio constrangedor falar, mas Gina, Ron, Mione e eu não demos conta de uma criança de quase dois anos. Rony, com sua paciência zero, teria dado sonífero a ela, na primeira birra, se não fosse por Hermione o pegar bem na hora que ele estava tentando fazer isso.

Por mais que a criança fosse um monstrinho, graças a ela aquele foi o dia em que eu mais me diverti na Toca depois da guerra.

— Eu te ajudaria. – respondi e voltamos a rir.

Sentia falta disso, desses momentos que eu tinha com ela antes, momentos estes que fizeram eu me apaixonar por aquela garota.

O clima entre nós estava leve e descontraído, finalmente voltando a ser o que era, e por um segundo me perguntei como pude ser tão idiota de perder uma garota tão linda e divertida como ela. Eu a olhava e tudo parecia que estava acontecendo mais devagar, me aproximei dela e consegui ver a quase imperceptível covinha que ela tinha na bochecha direita, quando sorria.

Atrás de nós alguém pigarreou, nos assustando. E só aí percebi o quão perto eu estava dela.

— Eu pago vocês para trabalharem e não para se beijarem. – George estava escorado em uma prateleira, nos olhando com um sorrisinho divertido. – Isso vocês podem fazer no intervalo ou horário de almoço.

— N.não íamos nos beijar. – a ruiva gaguejou um pouco.

— Claro que não. – seu tom sarcástico foi como um balde de agua fria. – Apenas disse isso para o caso de vocês estarem pensando, sei que jamais fariam isso. – ele riu e apontou para a bagunça nas prateleiras. - E é melhor terminarem isso logo, Molly vai detestar se atrasarmos para o jantar.

Ele não nos deixou responder, apenas piscou para nós e deu as costas voltando para a parte de baixo.

****

O resto da tarde, por incrível que pareça, foi divertido. George deixou um clima constrangedor, depois de nos deixar sozinhos, que Gina logo tratou de desfazer. Voltamos as nossas conversas que fluíam livremente e nunca acabavam, de um assunto passávamos para outro e do outro para outro e assim ia.

Voltamos para a Toca e fomos recebidos com um banquete no jantar, que não sobraria para o dia seguinte pela quantidade de pessoas que comiam muito. A comida de Molly, sem sombra de dúvidas, era a minha favorita.

Depois da maravilhosa janta e de um longo banho tudo o que eu queria era cair na cama, mas o aviso de Rony, sobre a sobremesa que a Sra. Weasley havia deixado na cozinha, me fez ter que adiar por mais uns minutos o meu sono. Então, desci as escadas indo para a cozinha.

— Ele não me mandou nenhuma carta hoje de manhã. – escutei a voz irritada de Gina, quando eu estava perto da porta. – Ele sempre manda cartas de manhã e de noite. E, também, não mandou ainda.

— Ele deve ter esquecido. – a voz calma e cuidadosa de Hermione respondeu. – É por isso que está irritada o dia todo?

— Não estou irritada! E é claro que ele não esqueceu. Ontem eu mandei mensagem de noite e ele não respondeu, e hoje a mesma coisa. – Gina bufou. – Ou ele está se divertindo com alguma megera ou aconteceu alguma coisa.

Se eu pudesse chutar, diria que estavam falando de Nott e se meu chute estivesse certo, significava que, assim como Pansy fizera comigo, ele não havia retornado nenhuma carta de Gina.

— Mesmo se Theo estivesse com alguma megera, ele iria parar o que estava fazendo para te responder, tenho total certeza disso. – Mione confirmou meus pensamentos. – Quer dizer... não quis dizer isso... ele provavelmente não está com ninguém. – ela começou a gaguejar.

— Que se dane! – a voz raivosa de Gina disse, seguida de um baque alto, que me assustou.

E como eu sou azarado, acabei esbarrando e abrindo a porta.

— Harry? – Hermione chamou.

— Desculpe, vim apenas pegar a sobremesa. Não queria estragar a conversa.

— Não estragou nada. – foi Gina quem respondeu. – Ela já acabou faz tempo!

O olhar preocupado que Mione lançava para a amiga me fez querer dar meia volta.

— Posso voltar depois. – dei um passo para trás.

— Já falei que não estamos falando nada! – a ruiva bradou e eu fiquei petrificado.

A cozinha ficou em total silencio e um clima tenso de instalou.

— Bom, já que Harry saiu do banheiro, eu vou tomar banho. – Hermione quebrou o silencio. – Te espero lá em cima, Gi. – e saiu, nos deixando sozinhos.

A ruiva continuou sentada, sem se mover, e eu não sabia se corria de volta para o quarto ou implorava para Mione voltar. Decidi fazer o que seria mais correto e não acarretaria em Gina me azarando pelas costas. Peguei um prato, sentei ao lado dela e me servi do bolo de cenoura que a Sra. Weasley havia feito.

 Comi em silencio e evitei fazer movimentos bruscos. Ela se levantou e começou a lavar a louça que tinha na pia. Éramos bruxos e, principalmente aqui, com o tanto de gente que tinha na casa, o trabalho não precisava ser manual, mas toda vez que Gina lavava uma louça era algo que a estava incomodando.

— Já terminou? – ela perguntou impaciente, bem na hora que eu ia me servir de mais um pedaço.

— Já. – soltei um muxoxo e lhe entreguei meu prato, que era o ultimo a ser lavado.

Guardei o bolo na geladeira, mas, na hora de sair dali, algo me impediu de deixa-la naquele estado. Voltei a me sentar na mesa da cozinha e tentei criar coragem para dizer algo. A coragem nunca veio, pois quando a ruiva finalizou a louça, foi ela quem quebrou o silêncio ao se surpreender por me ver lá.

— O que ainda faz aqui?

— Pansy também não me responde desde ontem. – disparei, antes que a fração de coragem, que apareceu naquele instante, sumisse.

— Da um tempo Harry! Você saiu com ela ontem e só voltou de madrugada, ela tem mais o que fazer. – revirou os olhos.

Voltamos a ficar em silêncio. Ela tinha razão, eu devia estar forçando muito a barra, nos vimos não faz nem vinte e quatro horas e eu devia estar enchendo o saco dela.

Gina suspirou pesadamente e se sentou ao meu lado.

— Desculpe, não devia ter dito isso.

— Não se desculpe, você deve estar certa. Talvez ela até tenha enjoado de mim. – dei de ombros tentando não soar muito magoado.

— Não estou certa e Pansy é do tipo de garota que enjoa das coisas rápido, a prova disso é a penca de namorados que ela já teve. Se ele fosse enjoar de você, já tinha deixado de te ver faz tempo.

Em partes, o que ela me disse me aliviou um pouco, mas então outro pensamento me veio na cabeça. Se Pansy não estava querendo se livrar de mim, algo tinha acontecido. 

— Sabe, Nott não deve estar com ninguém. Ele não faria isso, principalmente logo depois de conhecer sua família. Algo de muito grave deve ter acontecido. – tentei ajudar, mas acabei piorando as coisas e, novamente, só percebi o que eu havia dito quando vi sua cara. – Ou ele pode ter caído em um sono profundo.

— Ah sim, um sono de 24 horas. – ela riu sarcástica. Seu tom estava nervoso de preocupação e me amaldiçoei por deixa-la assim.

— Piorei as coisas, não é? – bufei frustrado. – Desculpe. Se quiser podemos pensar que ele está com alguma garota. – ela me encarou com as sobrancelhas erguidas.

De novo, Harry? Qual é?

— Ou podemos não pensar. – dei um sorriso amarelo.

— Acho melhor. – concordou, rindo.

Ficamos em silencio, cada um absorto em pensamentos. Eu queria dizer algo para não deixa-la com paranoias, mas eu já havia piorado as coisas até aqui, não queria fazer mais merda. Então resolvi perguntar o que estava me deixando curioso desde que Nott jantara aqui.

— Você gosta dele?

Ela me encarou, mas não respondeu de imediato.

— Claro que gosto, quer dizer... ele é meu melhor amigo.

— Olha, Pansy é minha melhor amiga também. – comentei.

Gina abriu a boca para responder, mas hesitou. Sua mente parecia trabalhar para encontrar as palavras certas.

— Não é a mesma coisa. – ela forçou uma risada, que deixou bem claro o seu nervosismo perante a minha pergunta.

— Pansy para mim era só diversão. – eu disse. – Eu sabia que ela não queria nada comigo e era recíproco, mas nessas férias eu ando sentindo muita falta dela. Então, acho que não é mais só o que eu pensei que fosse.

— Comigo e Nott não é assim, se é isso que está pensando. – ela deu de ombros. – Somos só amigos. Eu fico com quem eu quero e ele faz o mesmo, mas as vezes ficamos também. Eu não me incomodo e ele também não.

Eu olhei para ela com certa diversão e ela corou, percebendo meu olhar.

Talvez você não se incomode. – estiquei o “talvez” para que ela soubesse que eu sabia da verdade. – Mas Nott se incomoda que eu sei.

Ela me olhou com o cenho franzido e eu continuei:

— Fiquei sabendo que tinha um cara da Lufa-Lufa com quem ele conversava e depois que viu vocês juntos ele nunca mais olhou na cara do garoto.

— Já se incomodou com Pansy? – mudou de assunto. Gina sabia que eu estava certo.

— Me incomodava ver ela e o Nott, mas aí eu entendi que o nível da amizade deles, que é tipo eu e Hermione, quer dizer, um pouco diferente...

Ela riu entendendo o que eu queria dizer.

— Não sei o que eu sinto. – admitiu. – Antes eu tinha a plena certeza que éramos só amigos, até eu começar a me irritar por vê-lo dando em cima de outras garotas, mas ao mesmo tempo não sei se seria o ideal ficarmos juntos.

— Por que não?

— Ele é meu melhor amigo e da última vez que eu namorei meu melhor amigo perdi nossa amizade, e a dele eu não quero perder. – assenti entendendo a referência. - Ele é o único com quem eu consigo me abrir completamente, ele sabe de coisas que nem para Luna e Mione eu contei. Sem contar que eu posso ir atrás dele a qualquer hora, porque ele vai parar o que estiver fazendo para ficar comigo. Também temos uma intimidade muito além. Eu já arrotei na frente dele Harry! – ela gargalhou. – Eu nunca arrotei na sua frente!

Me juntei a ela na risada.

— Ele cozinha para mim, - continuou. - ele me espera na frente do salão principal só para me dar bom dia antes do café, porque as vezes a gente corre para a aula e não dá tempo de conversar, e ele, também, fica do meu lado o tempo todo, mesmo que eu esteja a um passo de dar um soco nele. E...

Eu a interrompi selando nossos lábios. Gina hesitou, mas segurei seu rosto a impedindo de se afastar. Demorou um pouco, mas ela retribuiu entreabrindo os lábios, me dando passagem para a profundar o beijo. Não demorou muito para nos separarmos, mas foi o suficiente para eu provar minha teoria.

— Sentiu algo? – perguntei.

Ela titubeou e gaguejou um pouco antes de responder:

— Olha, Harry, você beija muito bem e não me leve a mal, mas... não.

— É a prova de que com vocês vai ser diferente. – sorri.

— Como assim?

— Nunca fomos amigos no nível que sua amizade com o Nott é, nunca te vi tão feliz ao meu lado como te vejo ao lado dele e você não sente mais nada por mim. Então, vai ser diferente. – respondi. – E, também, - baixei o rosto um pouco sem graça por falar aquilo. – eu nunca te olhei do jeito que ele te olha, na verdade, nenhum cara nunca vai te olhar assim.

Ela estava estática com as minhas palavras e eu não sabia se tinha ido longe demais ao me meter na situação ou se eu estava ajudando.

— Tenho medo de dar errado e perder ele, como perdi você.

— Não me perdeu, eu estou aqui, e, sim, isso pode ser uma possibilidade, mas não creio que vocês vão terminar se ficarem juntos.

Gina não respondeu e eu não continuei a falar. Apenas ficamos absorvendo as palavras trocadas nessa conversa.

Detestava que ela sentisse como se tivesse me perdido, mas eu dei vários motivos para ela e fui um grande imbecil. E agora era minha chance de consertar, estando ao lado dela para o que ela precisar.

— Você... – a ruiva começou e percebi um tom envergonhado em sua voz. – sentiu algo?

Demorei um pouco para entender que ela falava sobre o beijo. Franzi o cenho pensando sobre o assunto. Eu estava tão focado em tentar faze-la entender o que todos nós já tínhamos entendido, que eu não me concentrei em ver o meu lado também.  

Nessas semanas que estivemos de férias eu e Gina havíamos voltado a conversar de verdade e confesso que em vários momentos pensei estar voltando a me apaixonar por ela. Mas ao beija-la não senti meu coração disparar igual sentia antes, sua língua na minha não me causava mais os choques de arrepios que casavam e seu gosto não era mais o meu preferido.

— Não. – eu ri quando finalmente entendi o porquê eu comecei a confundir as coisas. – Nesse tempo em que ficamos longe esqueci do porque eu tinha me apaixonado por você e esses dias em que nos aproximamos você me fez lembrar e me fez entender que continuo apaixonado por você, mas não do mesmo jeito de antes. Eu sempre vou ser apaixonado pela pessoa incrível que você é e pela amiga maravilhosa que sempre esteve do meu lado, mesmo quando eu não merecia. Meu amor por você nunca sumiu, só mudou.

Seus olhos estavam marejados e suas bochechas vermelhas. Ela me deu um soco no braço e por uma fração de segundos pensei que tinha falado merda, mas então ela me abraçou.

— Por que demorou tanto para voltar a ser o meu Harry? – ela fungou.

— Porque sou um idiota. – respondi a apertando em meus braços.

****

Naquela noite voltei para o meu quarto com um certo alivio no peito. As coisas com Gina finalmente estavam resolvidas, e dessa vez para valer, mas ainda tinha outra questão que não me fazia estar cem por cento bem.

Ron já estava roncando quando entrei no quarto e para minha sorte ele dormia tranquilamente com a luz acesa, na verdade, ele dormia tranquilamente de qualquer jeito. Então, antes de dormir, me sentei na escrivaninha que dividíamos e escrevi mais uma carta para a garota que não saia da minha cabeça.

No dia seguinte, fiz exatamente o que fazia todos os dias. Me levantei e a primeira coisa que fiz foi vasculhar em cima da escrivaninha para ver se a coruja havia deixado alguma carta, mas não tinha nada, além da bagunça de Rony.

Fui tomar banho, tomar café da manhã e, antes de ir para o trabalho, me arrisquei em mandar mais uma carta. Eu poderia estar sendo chato, mas aquilo estava me preocupando no nível em que eu torcia para que ela estivesse enjoada de mim.

****

— Harry vai almoçar, eu termino isso! – Gina apareceu atrás de mim, enquanto eu guardava, com magia é claro, os novos produtos que haviam chegado na loja. – Já são duas da tarde e você ainda não foi.

— Não estou com fome, Gi. Comi dois daqueles lanchinhos que sua mãe fez e três fatias de bolo.

Ela me olhou impressionada.

— Bom, pelo menos use sua hora de almoço para descansar um pouco. – sugeriu e isso me pareceu uma ótima ideia.

Concordei e resolvi dar uma volta no beco diagonal, mas, antes que eu o pudesse fazer, outra entrega chegou.

— Profeta Diário! – o entregador gritou da porta loja e eu e Gina fomos ao seu encontro.

Três pacos do jornal apareceram flutuando atrás dele e nós fomos organiza-los, na prateleira do balcão do caixa.

— Ai meu Merlin! Acabou de sair a lista dos próximos comensais que receberão o beijo do Dementador. – ela anunciou, pegando um dos Profetas. Me juntei a ela para ler.

— Nunca pedi por isso. – eu disse tristemente, sentindo um aperto no peito ao ler os nomes anunciados.

— Harry... – ela chamou minha atenção.

— O que?

— Não são os pais da Pansy? – perguntou apontando para um dos últimos anunciados na lista.

— “John e Charllote Parkinson.” – eu li em voz alta, sentindo minhas pernas ficarem bambas. – Sim, são eles.

Me apoiei no balcão para não cair no chão.

Por isso ela não me respondia. Será que estava com raiva de mim? Será que me culpava por isso?

Eu jamais quis que isso acontecesse, cumprir pena em Azkaban já era suficiente, não precisavam mata-los. Implorei a Kingsley que impedisse isso logo que ele anunciou a primeira leva, mas foi em vão.

— Harry, vai! – Gina me chacoalhou e eu a olhei sem entender o que ela queria dizer. – Vai atrás da Pansy ela precisa de você!

Concordei e corri para fora da loja, aparatando logo em seguida.

****

A mansão Parkinson era enorme, não tão grande como a mansão Malfoy, mas com certeza mais escura e sombria. Parei na frente da enorme porta de entrada e bati.

Demorou um tempo e quando eu estava para bater novamente uma senhora abriu a porta.

— Elfos idiotas! Não conseguem atender uma mísera porta? – ela gritou para dentro da casa antes de se virar para mim.

Pela pele enrugada e a magreza extrema, aquela com certeza era Antonella Parkinson.

Ela demorou para me reconhecer, mas quando o fez seus olhos se tornaram quase chamas de tanto ódio que emanava deles.

— O que faz aqui, mestiço nojento? – gritou. – Sorte sua eu não estar com a minha varinha, senão eu faria o que aquele imprestável não conseguiu.

Resolvi ignorar suas farpas e fui direto ao assunto.

— Pansy está? Eu gostaria de ver como ela está. – tentei ser direto e cordial.

— Considerando que, graças a você, os pais dela serão executados, ela está péssima!

— Eu não queria que nada disso acontecesse, tentei impedir, mas...

— Nada disso aconteceria se você estivesse morto, então não banque o bom moço. Era para você ter morrido junto com a escória do mundo bruxo. – ela me olhou com nojo. – Pansy não está e mesmo se estivesse aqui duvido que gostaria de olhar na cara do garoto que é a razão para os pais serem mortos.

Dito isto ela bateu a porta na minha cara.


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!

Espero de coração que tenham gostado do capítulo! Desculpem qualquer erro e até o próximo capítulo!

MINHA OUTRA FIC:
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