Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Como estão?

Desculpem a demora para postar, mas como eu disse pretendo não desistir mais da fic kkkkkkkkkk
Aí está mais um capítulo, espero que gostem!



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 Draco.

Segurei sua mão trêmula e fria. Fazia muito tempo que eu estava sentado ao seu lado, apenas segurando sua mão sem dizer ou fazer nada.

Era estranho vê-la assim, nunca foi do tipo que ficava em silencio e sem dizer nada. Eu já a havia visto extravasar de todas as formas possíveis, mas agora, que ela não esboçava nenhuma reação, me sinto um inútil sem saber o que fazer.

Tirei a carta de seu colo, com certa relutância. Não sabia se ela me impediria, mas sabia que ficar relendo aquilo não era nada bom, era tortura pura. Ela não moveu um musculo, apenas continuo a olhar para a parede.

Tentei puxar assunto, faze-la dormir, comer, tomar um banho, falei mal de Potter para irrita-la, ofereci leva-la para minha casa, mas, nada, nenhuma de minhas tentativas sortiu algum efeito. Nem um mínimo puxar de lábio, nem um grunhido, nem um menear de cabeça ou uma piscada extra. Eu nem tinha certeza se ela estava me escutando.

Mais tarde naquele dia, logo no início da noite, escutei uma gritaria vinda do lado de fora do quarto e logo a porta se abriu, mas a pessoa não entrou.

— Você e sua família são traidores de sangue! – escutei a avó de Pansy berrando. – Não é bem-vindo aqui!

— E você é uma vaca mumificada, que não vai conseguir me tirar daqui! – a pessoa berrou de volta e entrou. – Como está a minha pessoa favorita? – Theo perguntou se voltando para Pansy.

Ela não esboçou reação.

— Não me digam que estão aqui o dia todo. – ele continuou tentando. – A gente tem que sair e ir para bem longe daquele saco de ossos. – apontou para a porta.

O silencio continuou.

— Ou eu poderia cozinhar alguma coisa, talvez aquela megera tente me azarar, mas posso tentar. – riu, mas seu riso morreu quando tudo continuou do mesmo jeito.

Theo me olhou como se pedisse socorro e eu apenas neguei com a cabeça.

Fiquei com eles até Pansy, finalmente, se mexer. Ela se deixou, apagou a luz e dormiu, e eu fui para casa depois de Nott prometer que ficaria com ela e me chamaria se qualquer coisa acontecesse.

****

— Como ela está? – minha mãe saltou do sofá assim que eu passei pela lareira. – Deve estar péssima, coitada. Ela não quer que a tiremos daquela maldita casa? A situação já é ruim, ainda mais com uma avó como aquela... não gosto nem de pensar.

— Oi para você também. - cumprimentei de forma irônica. - Eu estou ótimo e você?

— Você eu vi hoje de manhã, sei que está bem. Agora quero saber dela! - ela revirou os olhos e segurei um sorriso.

Quando eu digo que Pansy é uma irmã para mim, é disso que eu sempre falei. Minha mãe a tem como uma filha.

— Ela está péssima, não falou nada o dia inteiro e a única coisa que fez foi ficar relendo a carta do ministério. - bufei me jogando no sofá. - Theo vai ficar com ela essa noite e amanhã eu volto para vê-la. Blás disse que ia conseguir voltar de sua viagem amanhã, mas não sabe que horas.

— E aquela velha? - minha mãe arregalou os olhos, quando percebeu a palavra usada e pigarreou. - Digo... a Dona Antonella?

Novamente precisei me segurar para não rir.

— Ela está normal eu acho, quer dizer, ela foi um pouco mais atenciosa hoje, mandando o elfo toda hora para ver Pansy, mas quando Theo chegou ela quase o azarou.

— Antonella não tem jeito, bem que Chalotte sempre disse que ela era uma carrasca. – sua voz ficou mais triste quando mencionou sua amiga e ela se sentou ao meu lado suspirando pesadamente.

Um dos motivos para eu, Blás, Theo e Pansy sermos tão próximos é a amizade de nossas mães. Pelo que Dona Narcisa sempre me contava, elas se conheceram em seu primeiro ano em Hogwarts e logo se deram muito bem. Hoje em dia, em decorrência da guerra, acabaram se afastando, mas provavelmente o sentimento continua o mesmo.

Segurei sua mãe demonstrando apoio.

— Vai ficar tudo bem, meu pai já deve ter conseguido algo para anular a decisão. – tentei amenizar a situação, mas nem eu conseguia acreditar nisso.

— Acho difícil, querido. – ela deu dois tapinha no dorso de minha mão. – Se ao menos aquela cabeça dura da Chalotte tivesse tido a decência de mentir e falado que se arrependia de seus atos, ela poderia estar apenas cumprindo pena. – seus olhos marejaram e ela sorriu tristemente. – Mas isso nunca foi do feitio dela, sempre soube que se um dia ela morresse seria lutando pelo que acreditava, por mais ruim que a causa fosse. E confesso que eu esperava que ela fosse morta durante a guerra, já que foi louca o suficiente para ir para a linha de frente. – minha mãe tentou mais não conseguiu segurar uma risadinha.

— Nisso a Pansy puxou a ela. – eu ri. – Nunca vi um ser mais cabeça-dura do que a Pans.

— Pode apostar nisso! – ela voltou a rir, deixando uma lágrima escapar rolando pela lateral de seus olhos.

Eu a sequei e abracei minha mãe o mais fortemente. Não queria saber nem imaginar a dor que ela estava sentindo, mas era impossível. Se eu perdesse um dos três provavelmente estaria pior que ela.

Nos separamos quando o barulho de porta batendo nos assustou e logo meu pai apareceu batendo o pé nos degraus da escada. Seu rosto estava vermelho e seu semblante irritado.

— Não tinha ninguém mais competente para pôr de Ministro da Magia que o Kingsley? – ele rosnou.

— Não conseguiu nada? – perguntei.

— Nada. – respondeu. Meu pai se dirigiu até seu pequeno bar, se serviu de uma longa dose de whisky e se sentou em sua poltrona. – O imbecil disse que não tem controle sobre as decisões tomadas que são referentes a Azkaban.  

A tensão pairou sobre nós e estaríamos em um completo silencio, se a maldita coruja anã de minha mãe não tivesse resolvido que seria uma boa hora para começar a desfilar pela sala e bater as malditas garras no chão.

— Se essa coruja não ficar quieta, eu juro que coloco ela na panela.

Aparentemente eu não era o único irritado com aquela coisinha. A coruja o olhou com os olhos mais arregalado que o normal, se é que isso era possível. Foi como se ela o tivesse entendido e, assim, abriu as asas voando para os braços de minha mãe.

— Não seja um monstro, Lucius! Eu apenas esqueci de cortar as garrinhas de Petisco. – ela disse envolvendo a criatura como se fosse um bebê. – Não é, meu amorzinho? – se voltou para a coruja com uma voz fina, como se, de fato, falasse com um bebê.

Meu pai revirou os olhos para a cena que presenciava e, com o pensamento que me atingiu, precisei segurar o riso. Com toda certeza, meu pai tinha inveja da atenção que minha mãe dava a Petisco.

— Como está Pansy? – ele se virou para mim, resolvendo ignorar minha mãe e seu filho favorito.

Contei a ele como havia sido meu dia ao lado da morena e Lucius a compreendeu.

— Deveríamos tira-la da casa daquela Múmia ambulante. Aquela velha é o inferno na terra.

— Lucius! – minha mãe o repreendeu. – Não fale assim dela.

— Você também fala. – ele deu de ombros e minha mãe corou fortemente.

Dessa vez não segurei a risada.

— Nosso apelido acabou pegando, em. – eu disse rindo.

“Nosso”? – meu pai perguntou e soltou uma gargalhada. – Nada disso Draco, esse apelido é mais ultrapassado do que você pensa. É assim que Charlotte e John sempre a chamaram.

— Sempre achei que eles se davam bem com ela. – ri.

— E se dão, mas não negam que ela é uma cobra asquerosa. – minha mãe respondeu.

Meus pais começaram a contar histórias sobre os pais de Pansy e era como eu me lembrava, eles eram pessoas extremamente engraçadas e divertidas, mesmo que, durante a guerra, essa imagem que eu tinha deles de quando eu era criança, tivesse se apagado.

****

No dia seguinte acabei acordando tarde e me amaldiçoando por isso. Eu queria estar ao lado de Pansy antes mesmo dela acordar, mas meu maldito sono pesado não colaborou com isso.

Já estava quase na hora do almoço quando pulei da cama. Não tive tempo para ficar enrolando, então tomei o banho mais rápido da minha vida e desci as escadas em direção a minha lareira. Meus pais já estavam na mesa me esperando para o jantar, mas recusei bem a tempo de escapar da goroba que minha mãe havia feito e para a qual meu pai olhava com uma careta.

Uma das condições para que não fossemos para Azkaban era que tínhamos que libertar todos os elfos que trabalhavam para nós e assim fizemos. Porém não contávamos que seria tão difícil, principalmente com minha mãe não sabendo cozinhar nem com magia.

A última coisa que eu escutei foi minha mãe ralhar com meu pai pela careta dirigida a comida e logo em seguida eu já estava na sala de estar da casa de Antonella.

— Preciso, urgentemente, bloquear essa lareira. – escutei a voz da velha vindo da sala de jantar. – Não aguento mais visitas sem avisos. – ela passou pela porta e me viu ao lado da lareira limpando minhas vestes. – Draquinho, querido, claro que eu não disse isso em relação a você, é sempre maravilhoso ter sua presença.

Eu já detestava aquele apelido e na voz dela tornava tudo pior. Precisei me segurar para não fazer careta.

Seus lábios pintados de vermelho sangue se contorceram em um sorriso gigante, que mostrava seus dentes perfeitamente brancos e alinhados.

— Venha vamos almoçar. – ela me puxou, sem me dar tempo para responder. – Não tem lugar, mas você pode ficar no lugar de Nott. – se referiu ao meu amigo com nojo na voz.

— Ele já foi para casa?

— Infelizmente, não. – bufou. – Mas podemos tirar ele da mesa, ele vai adorar comer com os elfos. – disse bem alto.

— Melhor comer com eles do que ter uma indigestão olhando para essa sua cara. – Theo gritou da sala de jantar.

Ela rosnou ao meu lado, mas logo disfarçou a raiva com um sorriso e me levou para lá. Antes mesmo de entrar na sala, me surpreendi ao ver Pansy sentada ao lado de Theo, tentando acalma-lo.

— Ora ora ora, quem é vivo sempre aparece! – ela disse, com um sorriso nos lábios, ao me ver passar pela porta.  

Por um breve segundo eu não tive reação, aquela era a última coisa que eu esperava ver.

— Pois é, a bela adormecida, finalmente foi despertada pelo príncipe encantado. – Blás zoou do outro lado da mesa.

— Não ligue para eles, Draquinho, sente-se onde quiser que eu mandarei os elfos trazerem sua comida. – Antonella disse e saiu gritando por seus elfos.

Eu os cumprimentei, fui até Pans e beijei sua testa, antes de me sentar ao lado de Blás. Logo a velha voltou com um sorriso de orelha a orelha e dois elfos apareceram. Um veio até mim e me entregou meu prato de comida, enquanto o outro foi até Theo e se livrou de seu prato, talheres e taça.

O sorriso de Antonella se alargou mais, quando meu amigo, irritado, soltou um palavrão. Ele e Pansy começaram a brigar com ela, que apenas mantinha o sorriso no rosto e gargalhou quando eles pediram que os elfos trouxessem de volta o prato e não foram obedecidos.

Enquanto o caos se instalava aproveitei para matar minha curiosidade.

— O que aconteceu? – perguntei baixo.

— Eu não faço ideia. Theo disse que ela acordou animada, até jogou suas roupas fora e vai nos arrastar para comprar novas.

Naquele momento eu não sabia se chorava por ter que passar o dia todo fazendo compras, se me preocupava ainda mais com essa melhora repentina de Pansy ou se comemorava por ela estar se comunicando novamente.

****

— Está bom esse vestido? – ela perguntou.

— Sim, Pansy, assim como os outros cindo do mesmo modelo, mas de cores diferentes, que você provou. – Theo respondeu sem ânimo nenhum. Ele estava jogado ao meu lado no sofá da loja e parecia um morto vivo.

Estávamos, finalmente, na última loja que Pans queria passar e a quantidade de coisa que ela já havia comprado estava tendo que ir flutuando atrás de nós, já que eu, Theo e Blás não conseguíamos mais carregar.

— Você nem viu esse direito!

— Pansy, é o mesmo modelo, só muda a cor! – ele exclamou em agonia.

— E por isso você tem que olhar bem! Não posso levar uma cor que me desfavorece.

— Está perfeito, Pansy. – me intrometi, chutando a canela de Nott.

Por mais que eu estivesse na mesma situação que ele, Pans finalmente estava rindo e se divertindo e eu não deixaria ele atrapalhar isso.

— Ótimo! – ele sorriu. – Vou levar todos. – disse para a vendedora que a estava ajudando com as roupas.

E, acabando com a nossa alegria de finalmente poder voltar para casa, Blás apareceu segundos depois com uma montanha de vestidos dos mais variados estilos e tamanhos.

— Pansy, prova esses. – ele jogou as roupas em cima dela.

— Por que? – ela perguntou, fazendo careta enquanto olhava as peças. – Não gostei de nenhum, são muito comportados.

— São para a Luna, ela vai conhecer minha mãe amanhã e estava pirando por não ter roupa adequada para a ocasião. – ele deu de ombros, empurrando os pés de Theo do sofá para que pudesse se sentar ao nosso lado.

— Está bem, mas isso – ela pegou um vestido amarelo, que parecia um queijo cheddar gigante com ombreiras, com as pontas dos dedos, o mantendo afastado de seu corpo, como se fosse algo tóxico. – eu jamais vou deixar você dar de presente para ela. – e se virando para a vendedora disse: - Vocês deveriam ser presos por vender isso!

E lá se foram mais horas e horas provando vestidos que eram para serem para Luna, mas que alguns acabavam indo para a pilha de compras de Pans.

No final, graças a morena, o vestido escolhido para Luna foi um azul claro, rodado e com um pequeno decote. O vestido não favoreceu Pansy, mas cada um de nós conseguiu ver Luna dentro dele.

Podemos dizer que ela salvou o relacionamento deles, porque se eu fosse Luna terminaria com Blás na hora, pela sua falta de senso para escolher um vestido.

****

Quando saímos da loja já era noite, então jantamos e voltamos para a casa de Pansy.

— Sabe, o dia não foi tão ruim assim. – Theo disse, se sentado na escrivaninha, abrindo e fechando as gavetas. – Só acho que você podia ter me deixado comprar aquele vestido para Gina, ficaria lindo nela.

— Conhecendo Gina, pelo pouco que conheço, já sei que se você desse aquele vestido caríssimo para ela, ela jogaria ele na sua cara e você a perderia antes de começar a namora-la. – a morena respondeu.

— Não quero namorar com ela!

— Claro, - eu ri irônico. – também não quero a Hermione.

Blás gargalhou.

— E eu não quero a Luna. – disse no mesmo tom.

— E a Pansy não quer o Potter. – Theo entrou na brincadeira, mas ganhou um travesseiro na cara.

Nós rimos da vermelhidão que atingiu Pans.

— Vai negar agora? – Nott continuou a implicar. – Essas cartas dizem que estão bem próximos. – ele pegou um maço de cartas da gaveta.

— Nott! – ela pulou da cama e arrancou as cartas da mão dele. – Para de mexer nas minhas coisas!

— Deixa eu ver. – Blás pegou o maço da mão dela. – Nossa já estão tão íntimos assim? – ele perguntou rindo, ao ler a primeira carta. – Se tratando por “Querida Pansy”.

Gargalhei pegando outra carta par a ler.

“Prezada querida Pansy...”. – eu li o começo da carta e voltei a rir.

— Vocês são muito imbecis! E daí que ele gosta de ser cordial em cartas? – ela ralhou e recolheu as cartas. – Mas isso não importa mais, ele não me mandou nenhuma carta ainda.

— Por que você não manda para ele? – Theo perguntou.

— São meus pais que estão com a sentença de morte estampadas em todos os jornais e lugares!

— Achei que você não tivesse visto. – comentei lembrando de quase termos nos matado para evitar que Pans visse as notícias.

— Valeu a intenção, meninos. Mas é impossível não ver quando todos estão te olhando com dó ou como se você tivesse que ter o mesmo fim. – ela bufou.

Ficamos em silencio. Nenhum de nós três sabia o que dizer e Pansy parecia ter ficado triste o suficiente para não conseguir dar continuidade na conversa.

— Talvez ele queira te dar um tempo. – Blás arriscou.

— Acho que essa era a melhor hora para ele ficar do meu lado. – ela cruzou os braços parecendo um criança birrenta.

— Estávamos do seu lado ontem e parecia que você não queria a gente. – Theo retrucou.

— Eu precisei do meu tempo!

— Exatamente! – ele exclamou.

Pans ficou quieta, um pouco pensativa.

— Não importa, ele não mandou nenhuma carta! – ela deu de ombros. – Se eu precisasse do meu tempo eu não responderia, mas o braço dele não iria cair se me perguntasse como eu estava.

Eu e Blás seguramos a risada, assistindo a birra da morena, enquanto Theo continuou teimando com ela.

Era assim que eu gostava de vê-la, sendo mimada, birrenta, esbaforida e engraçada, mas eu sabia que aquela Pansy não era sua versão mais autêntica, era apenas uma imitação para que não víssemos sua dor.  


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!

Sei que o capítulo era para ser do Draco, mas enrolei demais na história da Pansy e resolvi dar uma adiantada, então desculpem não ser um capítulo inteiramente voltado para o Draco ou Dramione.

Espero de coração que tenham gostado! Desculpem qualquer erro e até o próximo capítulo!

MINHA OUTRA FIC:
https://fanfiction.com.br/historia/807766/Sete_dias_para_matar_Draco_Malfoy/



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