Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Espero que tenham passado um ótimo natal e uma ótima virada de ano. Desculpem a demora para atualizar a fic.
Está aí mais um capítulo, espero que gostem!



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Theodore.

Seu corpo é perfeito, sua boca convidativa, sua voz fina e angelical e seu cabelo sempre está impecável. Ela nunca se exalta, sempre sorri, jamais sobe meio tom sequer de sua voz e faz tudo o que eu quero na cama.

Eu me arriscaria dizer que é a garota perfeita.

Caminhei até a loira sentada, de costas para mim, no banco, em que havíamos combinado, em frente à casa dos gritos. Antes de me aproximar apoiei um buquê, com uma flor de lótus envolta por peônias, embaixo de uma árvore e me aproximei com um buquê de rosas vermelhas, minha marca registrada.

Ela estava distraída olhando a casa e só percebeu minha aproximação quando pigarreei ao seu lado.

— Theo! – ela sorriu com uma animação contida.

— Desculpa a demora, mas precisei passar em um lugar antes. – me desculpei e indiquei o buquê. – São para você.

Abri o sorriso mais cordial que eu consegui e vi sua animação ir embora. Eu não precisava dizer nada, ela já havia entendido.

— Então é verdade. – ela forçou um sorriso. – Achei que suas flores eram um mito.

— Gosto de ser um cavalheiro. – respondi, lhe estendendo o buquê.

— Fico grata por isso. – ela sorriu tristemente aceitando e o cheirando.

— Bem, nos vemos por aí então. – me despedi e virei para ir embora.

— Theo? – ela me chamou e me voltei para ela novamente.

— Sim?

— Eu fiz alguma coisa? – ela perguntou sem graça. – Ou não fiz?

Eu ri e lhe dei meu melhor sorriso tranquilizador.

— Você é perfeita. – respondi o que ela gostaria de ouvir e ela sorriu confiante. Me virei para ir embora, mas desisti no meio do caminho. - Na verdade, você é perfeita demais. Tente ser mais você mesma e tenho certeza que arranjará alguém que goste de você de verdade.  

Ela ficou um pouco pensativa, mas no fim me deu um sorriso sincero e concordou. Peguei o outro buquê e fui até minha outra vítima.

****

— Bom dia, flor do dia. – eu sussurrei no ouvido da ruiva carrancuda, que tirava meu fôlego e, no momento, apreciava um sorvete em uma das mesas do lado de fora da sorveteia. Ela cruzou os braços me olhando desconfiada e eu continuei. – Uma flor para outra flor.

Lhe estendi o buquê e ela o aceitou, ainda com o olhar desconfiado. Sentei na cadeira ao seu lado e sorri para ela.

— O que você quer, Nott? Não tenho dinheiro.

— Só quis te dar um presente. – respondi e me fingi de ofendido. – Agora gentileza virou interesse?

— Não quis te ofender. – ela amenizou o olhar e soltou uma risada. – Só não estou acostumada com isso. – cheirou as flores. – São lindas.

— Como você. – lhe lancei um olhar sedutor e ela revirou os olhos me dando um tapa na cabeça.

— Não seja tolo. – sorriu divertida. – Não adianta, já falei que não você não vai conseguir me levar para a cama.

— E para o altar? – me arrisquei lhe olhando divertido. – Não me importo de esperar até a lua de mel.

Ela gargalhou.

— Talvez se você nascer de novo.

— Isso é um desafio? – perguntei sorrindo maliciosamente. 

— Não! Isso é uma afirmação metafórica de que isso – ela indicou nós dois. – não vai acontecer.

A ruiva revirou os olhos, mas um sorriso divertido brotava em seus lábios e ela abaixou a cabeça brincando com uma das pétalas da flor de lótus em uma tentativa de esconder esse sorriso. Eu ia insistir no assunto, dizendo que daríamos um ótimo casal, mas vozes de um grupo de garotas, que passavam a nossa frente, atraiu atenção dela.

Uma das garotas era o meu ex casinho e ela segurava o buquê que eu a havia dado. Gina olhou para ela e riu.

— As rosas de Theodore Nott. – ela me olhou divertida. – Eu havia me esquecido delas.

— Não sabia que eram tão famosas. – respondi fechando a cara. – Eu sou tão previsível assim?

— Previsível não. – ela sorriu. – Contando com a longa lista de garotas com quem você tem casos e com o fato de que você é o único garoto que tem a decência de dar flores antes de chutar a bunda delas, digamos que você é inesquecível.

Eu ri.

— Não são tantas assim.

— Eu posso começar listando as garotas da Grifinória e digo com toda certeza que você já deu flores para quase todas do quinto ano para cima, e não vamos nos esquecer das garotas das outras casas que você já deve ter...

— Está bem, já entendi. – a cortei. – A lista é longa, eu sei, mas não tenho culpa se todas me querem.

— Claro, Senhor Gostosão. – a ruiva riu e logo em seguida fingiu uma cara de preocupada. – Devo me preocupar por você estar me dando um fora?

 Ela apontou para o seu buquê e eu revirei os olhos.

— Claro que não! Elas claramente não são rosas e se eu tivesse lhe dando um fora, coisa que eu jamais faria, eu estaria lhe dando rosas vermelhas.

Gina me olhou curiosa.

— Por que rosas vermelhas?

— As rosas vermelhas significam amor, desejo, paixão e sedução. – expliquei. – Toda vez que dou o fora em alguém eu as presenteio com essas rosas no intuito de expressar o desejo e o amor que senti por essa pessoa.

— Amor? – ela ergueu as sobrancelhas. – Você amou todas?

— Eu amo todas as mulheres ruiva. – respondi maliciosamente e ela revirou os olhos, mas acabou rindo.

— E essas? O que significam? – perguntou.

“Peônias rosas expressam o sentimento amoroso que eu sinto por você e a lótus vermelha expressa minha paixão e toda a beleza que eu vejo em você.”

Era o que eu queria dizer, mas não era atoa que eu não havia sido selecionado para a casa dos leões.

— Na Asia as peônias são uma ótima escolha de presente, já que simbolizam riqueza e nobreza e a lótus significa força, pois é uma flor que nasce em meio a lama e se mantém linda. 

O sorriso que se abriu em seus lábios quase me fez cair para trás, mas ela estragou nosso lindo momento.

— Sabe, Neville iria amar você. – ela me olhou empolgada. – Deveria tentar conversar com ele.

— Eu conversando com o projeto de botânico? Sem chance!

Ela bufou.

— Você é tão cabeça dura que me irrita!

Passamos o resto da tarde toda juntos, depois da sorveteria fomos comprar doces e em seguida fomos ao Três Vassouras, onde encontramos Blás e Luna e passamos o resto do passeio. Não me dei ao trabalho de ir para o jantar naquela noite, eu só queria uma bela noite de sono para eu poder arrasar no jogo do dia seguinte.

Me joguei em minha cama e dormi pensando no porquê de eu ter terminado com aquela garota se ela era tão perfeita.

Sim, ela era perfeita, mas era apenas mais uma das várias garotas perfeitas de sangue puro, criadas para agradar a sociedade, que eu conheço. Sua voz angelical, era angelical demais, seu cabelo impecável, era impecável demais, e o fato de ela fazer tudo o que eu queria na cama só provava o quão sem opinião ela era.

Eu não quero alguém assim. Quero alguém que grite comigo quando precisar, que não sorria o tempo todo igual uma boneca, que não se preocupe com a aparência o tempo todo. Quero alguém que corte o cabelo e o pinte de ruivo mesmo ele já sendo ruivo, alguém que revire os olhos para as minhas piadas e não ria se realmente não as ache engraçadas, alguém com uma fome fora do normal e que tenha um temperamento incomum, um temperamento Weasley.

Só Merlin sabe o quanto eu já deitei com loiras, morenas e até ruivas e desejei que fossem uma ruiva em específico.

****

— O jogo foi ótimo, gente. - Blás elogiou o time. - Temos grandes chances de vencer a Grifinória essa tarde e se os vencermos empatamos com eles.

— Tem o jogo contra a Corvinal também. - Goyle lembrou.

— Como se precisássemos nos preocupar com eles. - uma atacante comentou e todos rimos. 

Alguém pigarreou, fazendo todos pararem de rir e se virarem para ver quem era e lá estava Luna Lovegood com os braços cruzados nos olhando com cara de poucos amigos.

— Oi, meu bem. - Blás sorriu sem graça, mas ela fechou mais a cara. - Bom, como eu estava dizendo... - ele se virou para nós com uma leve expressão de pânico, enquanto tentávamos não rir. - O treino de hoje foi ótimo, só precisamos melhorar um pouco o jogo de corpo. Quero algo mais pesado, afinal somos sonserinos ou não?

O time bradou em resposta e Blás nos liberou.

— Achei que o Senhor Capitão não queria jogo sujo. - eu disse quando o pessoal foi para o vestiário e ficamos apenas eu, ele, e Draco. 

— Só falei isso falei isso porque a Weasley e o Potter estavam perto. - ele riu.

— Esse jogo sujo é só de corpo? - Draco perguntou. - Eu andei comprando umas coisinhas na Zonko's Joke Shop que podem ser úteis.

— Isso seria ótimo. - Blás disse e nos viramos em direção ao vestiário dando de cara com Luna novamente. Tinha até esquecido que ela estava ali.

— Não vão trapacear, né? - ela perguntou com as sobrancelhas erguidas.

— Claro que não, querida. - o moreno foi até ela.

— Vocês parecem homens das cavernas bradando por aí. - ela disse rindo.

Eu e Draco rumamos até o vestiário, conversando sobre um chá que ele comprou e que deixa a pessoa inchada.

— Seria ótimo para dar ao Weasley. - o loiro comentou e eu ri.

— Você comprou com esse propósito, não foi?

— Claro.

Nós rimos.

— Meninos! - Emília veio gritando. - Vocês precisam vir correndo, a Pansy está surtando.

— O que aconteceu? - Draco perguntou.

— O cadáver ambulante da avó dela mandou outra carta.

— Essa velha está fazendo hora extra já. - bufei e fomos correndo para o nosso salão comunal, enquanto Emília foi chamar Blás, que nos alcançou rapidamente.

Chegamos em no salão comunal, subimos para o dormitório feminino e fomos até o quarto de Pansy, mas logo na entrada tinha uma roda de garotas cochichando.

— O que está acontecendo? - perguntei.

— A louca da sua amiga está gritando lá dentro. - Daphne respondeu revirando os olhos e então viu Draco. - Ah, oi Draquinho! - ela se pendurou em seu pescoço e ele tentou se afastar.

— Ei, meninas! - chamei a atenção de todas. - Que tal darem um tempo e arranjarem algo para fazer bem longe daqui? - elas me olharam com raiva. - Não se preocupem eu conto a fofoca mais tarde. – menti.

Elas se animaram e resolveram sair, mas não sem antes eu virar para uma morena linda e pedir para ela me encontrar depois.

— Se concentra, Nott. - Blás resmungou e bateu na porta. - Pansy, abre a porta, somos nós!

— Por que você não vai com elas? - Draco soltou a loira de seu pescoço. - Eu te encontro mais tarde.

— Promete?

— Claro. - ele disse com o sorriso típico de quando está mentindo, mas ela acreditou e saiu alegremente.

Blás precisou insistir mais um pouco para que Pansy abrisse a porta e assim que entramos encontramos o quarto completamente bagunçado. Pedaços do que provavelmente foi um vaso estavam espalhados no chão, os lençóis das duas camas rasgados e jogados no pé da cama, o colchão foi rasgado também, a cortina das camas arrancadas, as roupas do armário espalhadas pelo quarto e as penas do travesseiro estavam voando pelo quarto, enquanto a morena o socava.

— Pans. - Draco a chamou se aproximando cautelosamente. - Falar com a gente vai ser melhor que socar o travesseiro.

— Socar a cara de vocês vai ser melhor que o travesseiro. - ela o corrigiu entredentes.

Me afastei e fiquei estrategicamente atrás de Blás e perto da porta. Se ela surtasse teria o Draco e o Blás para ela bater antes de chegar em mim e daria tempo de eu sair correndo.

— Mas se você tentar conversar com a gente eu te garanto que não vai se arrepender. - Draco tentou mais uma vez e ela se levantou grunhindo e indo até ele.

O loiro se afastou colocando as mãos na frente do rosto de forma protetora, o moreno correu para um canto e eu já estava com a mão na maçaneta da porta quando ela bufou.

— Não sejam imbecis, não vou bater em vocês. - ela suspirou e sentou na cama. - Só tem uma pessoa em quem eu quero bater, mas infelizmente não posso porque ela já tem 70 anos.

— O que ela fez dessa vez? – Blás perguntou se recompondo.

— Mandou uma carta dizendo que eu preciso terminar Hogwarts casada ou no mínimo noiva e que já arrumou um encontro com um pretendente rico. – sua voz embargou.

Ela começou a chorar e nós fomos até ela. Sentei ao seu lado e deixei que chorasse em meu ombro.

— Se quiser eu caso com você. – eu disse quando ela se acalmou um pouco.

— Eca, não! – ela disse levantando a cabeça de meu ombro e limpando o rosto.

Os meninos começaram a rir, eu me fingi de ofendido e cruzei os braços:

— Ei! Eu estava tentando ajudar não precisa ofender.

— Não é pessoal, Nott, mas casar com um de vocês é algo que está fora de cogitação. – ela fez uma careta.

— Agora ela ofende a gente. – Draco comentou com Blás, que concordou fingindo estar bravo.

— Vocês são muito dramáticos. – Pansy riu, mas seus olhos voltaram a marejar. – O que eu vou fazer?

— Posso tentar falar com a minha mãe, talvez ela consiga fazer sua avó mudar de ideia. – Draco sugeriu.

— Não vai dar certo. – a morena suspirou tristemente. - Você sabe como ela, é capaz de ela convencer sua mãe a casar a gente.

 - Já pensou no Potter? – Blás perguntou deixando todos nós chocado. – Ele é rico.

— Ficou louco? – Pans o olhou incrédula. – Não vou casar com ele. – fez cara de nojo.

— Como se não dormisse com ele. – ri irônico e recebi um tapa por isso. – Ai! Só quis dizer que a pior parte, a de ter que vez o Cicatriz nu, você já faz.

Os meninos riram concordando e ela trincou os dentes, mais vermelha que um pimentão.

— Cale a boca! – rosnou. – Eu nunca vou me casar com ele, ele ainda é um mestiço. – ela desdenhou.

— Desde quando o Potter é rico? – Draco indagou.

— Não tenho ideia, Luna que me disse.

— Desde sempre, idiota, mas ele só descobriu quando entrou em Hogwarts. – Pansy respondeu revirando os olhos.

— Você sabe muito da vida dele para alguém que não quer casar com o mestiço. – me atrevi e ela me olhou com ódio.

— Vai para o inferno, Nott!   

Passamos o resto da manhã tentando acalmar a morena e depois fomos nos preparar para o jogo. Vou amar jogar na cara daqueles grifinórios quando arrasarmos com eles.


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Espero de coração que tenham gostado.
Desculpem qualquer erro.
Feliz ano novo, pessoas!



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