Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gente!
Primeiramente, desculpem pelo tempo que eu fiquei sem postar e prometo que vou tentar recompensar com capítulos essa e a proxima semana.
Esse capítulo não está muito bom, fiquei ansiosa para postar e por isso não melhorei ele, mas os próximos serão melhores.
Espero que gostem!



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Draco.

Já era noite quando Hermione entrou em nosso salão comunal e foi direto para o seu quarto. Eu não a tinha visto o dia todo depois da nossa briga pela manhã, nem no jantar ela apareceu e, por mais que eu a estivesse esperando, pensei mil vezes antes de subir para falar com ela. Não queria ter aquela conversa inacabada de novo, mas eu sabia que era preciso.

Subi a escada e a encontrei olhando pela janela, me aproximei devagar e a abracei por trás colocando o rosto em seu pescoço.

— Não gosto de brigar com você. - sussurrei.

— Já cansou da sua nova ficante? - perguntou ácida.

— Vai começar com isso de novo? - bufei soltando-a e indo me sentar em sua cama. - Já te expliquei que só fiquei com ela porque estava nervoso com você grudada no Weasley o tempo todo.

— Então a culpa é minha? - ela perguntou se virando para mim indignada e eu só queria gritar “SIM!”.

— Não quis dizer isso. - menti. - Mas tenta se colocar no meu lugar, não é fácil ficar vendo você se engolir com aquela abóbora.

— Aquela abóbora é meu namorado. - ela disse entredentes.

— Sério? - a olhei irônico. - Jurava que era um boi pelo tamanho dos chifres.

Ela grunhiu, jogou um livro, que estava em sua escrivaninha, em mim e entrou no banheiro batendo a porta. Me deitei em sua cama e fiquei rindo, enquanto ouvia o chuveiro ser ligado. Foi o banho mais demorado que eu já vi, mas por fim ela saiu do banheiro enrolada na toalha e foi se trocar. Como ela estava sem falar comigo, resolvi tentar conversar novamente:

— Sabe, acho legal as pessoas adotarem animaizinhos de estimação, mas você não precisava adotar um boi.

Hermione me olhou irada e estendeu os braços, em minha direção, fechando as mãos em punho, como se apertassem meu pescoço de longe. Ela bufou e saiu batendo a porta. Não ousei ir atras dela, apenas ri feliz com minha conquista, irritá-la era meu passatempo favorito, e fechei os olhos relaxando em sua cama macia, rodeado por seu cheiro inebriante.

Minha mente vagou até a noite passada, quando Hermione me encontrou beijando Daphne. Eu estava tão nervoso e irritado por ter perdido o jogo e ainda ter que ver a minha castanha agarrada com aquele idiota que quando Daphne deu em cima de mim eu ativei meu modo foda-se e retribui o flerte. Tudo o que eu queria era que Hermione me visse dando em cima dela, mas o álcool já estava bem alto no meu sangue e Hermione acabou me pegando aos beijos com a Daphne. No fim precisei de um longo tempo para convencer a grifinória a voltar comigo para o nosso salão comunal na intenção de tentar explicar tudo a ela, mas ainda rendeu uma bela briga pela manhã.

Fiquei pensando nisso e não percebi que eu havia dormido, só me dei conta quando despertei ao sentir a cama ao meu lado afundando. Me virei e vi Hermione deitada de lado me olhando atentamente. Sorri para ela, mas não fui retribuído. Ela estava séria.

— Desculpa. - ela sussurrou e eu franzi o cenho, sem entender o que ela queria dizer. - Eu não deveria ter ficado brava com você por ter beijado a Daphne.

— Eu que tenho é que pedir desculpas. - eu disse acariciando seu rosto.

— Não tem não. - ela retrucou. - Quem está fazendo merda aqui sou eu. Você é solteiro, tem todo o direito de fazer o que quiser da sua vida.

Concordo com tudo o que ela falou, mas ainda assim me sinto culpado por ter beijado Daphne.

— Eu tenho que decidir o que eu quero da minha vida. - ela disse depois de um tempo em silencio, mas parecia estar falando mais para si mesma que para mim.

O silencio voltou a pairar entre nós, eu não sabia o que responder e acho que não tinha nada para responder. Ficamos apenas nos olhando até pegarmos no sono.

****

Na manhã seguinte acordei sozinho em sua cama e meu mau-humor apareceu instantaneamente. Eu detestava acordar sem ela. Soltei um longo suspiro tentando me acalmar e fui me trocar para tomar o café da manhã.

Durante a refeição tive que aguentar Theo e seu plano mirabolante para ganharmos da Grifinória no próximo jogo, que seria daqui a um mês, e é claro que o plano envolvia trapaça.

— Primeiro, nós batedores vamos mirar todos os balaços nos artilheiros, mais especificamente em suas vassouras para não ter perigo de eles voltarem para o jogo. - Theo começou o plano. - Depois, você Goyle, como nosso goleiro, vai defender as goles tentando atingir os grifinórios.

O sorriso que Goyle abriu foi digno e um sonserino, concordando.

— Acho que não devíamos trapacear. - Emília soltou uma risadinha sarcástica. - Alguém vai acabar se machucando e isso é muito errado.

— Exatamente e nós nunca fazemos coisas erradas. - Pansy disse se juntando a ela no sarcasmo.

Nós rimos e Theo continuou a explicação do plano:

— Bom, nós, também, vamos tentar derrubar o Potter. - ele se virou para o Blás. - E, Zabini, você vai bolar uma ideia com os outros artilheiros para usarmos as goles e o jogo de corpo contra eles.

O moreno parecia nem ter escutado, olhava fixamente para a mesa da Corvinal. Segui seu olhar e vi a loira doidinha, que ele tanto encarava, rindo com Cho Chang.

— Terra chamando, Blás! - Emília disse abanando a mão na frente de seu rosto.

Já Pans resolveu usar um método mais bruto e deu um tapa na cabeça dele, que a olhou irritado.

— Estamos falando com você! - ela anunciou. - Se importa de parar de olhar Luna como se fosse um perseguidor e nos dar um pouco de atenção? Nem o Draco está secando a Granger hoje.

— Ei, eu estava quieto até agora! - reclamei. - Por que me enfiar no assunto?

— Porque eu quis. - ela retrucou.

— Eu sei que você e ela não estão em um momento legal de novo, mas foca na nossa vitória. - Theo disse para Blás, lhe dando um tapinha amigável no ombro.

— Nós estamos bem. - Blás disse entredentes, mas o outro não se deu por vencido e disse:

— Não é vergonha não ser tão bom na cama, nós não vamos rir de você por isso.

Eu e Goyle começamos a rir.

— Vocês transaram? - Emília perguntou chocada.

— Ora ora ora a Luninha não é tão santa assim. - Pansy disse divertida.

— Nós não transamos. - Blás disse irritado. - E é melhor fechar sua boca Nott antes que eu a feche para você. - ele ergueu o punho fechado.

— Calma aí, Flor do dia. - Theo ergueu as mãos em rendição. - Já parei.

****

O resto da manhã foi bem cansativa, tivemos aula até a hora do almoço e sem nenhum horário livre. Passei a manhã toda fugindo de Daphne, que insistia em ficar se jogando em mim, e dei graças a Merlin por não ter tido aula com a Grifinória, meu humor já não está dos melhores e ver Hermione e o Pobretão juntos pioraria as coisas.

Depois do almoço resolvi matar meu tempo no jardim e pensar na merda da situação em que eu me encontrava.

Ela me ama, não é? Então, por que é tão difícil ela me escolher?

Dei meu primeiro beijo e perdi minha virgindade muito jovem e tive uma vida amorosa bem agitada. Antes de eu entender que eu estava apaixonado por Hermione me envolvi com várias garotas, claro que nenhuma seriamente. Já fui amante e já tive amantes nos meus casinhos de uma semana, que as meninas achavam que era um namoro, mas nunca me senti como me sinto sendo amante de Hermione.

Às vezes eu desejo nunca ter me apaixonado por ela. Era tão bom quando éramos amigos e eu roubava um ou outro beijo dela, mas não passava de amizade, como com Pansy. Mas, não, em vez disso beija-la teve que se tornar uma necessidade para mim e eu sei que isso é recíproco.

Só não entendo o porquê de ela estar tão na dúvida.

— Pensando na morte da bezerra? - Theo perguntou sentado ao meu lado no banco, me assustando. Eu estava tão absorto nos meus pensamentos que nem o vi se aproximando.

— Você podia se anunciar quando chega nos lugares. - resmunguei.

— Eu disse oi, mas você resolveu me ignorar. - ele fez uma careta dramática.

— Estava pensando.

— Jura? - ele me olhou irônico. - Não tinha percebido.

— Cala a boca, Nott. - revirei os olhos e voltei a olhar o lago.

Theo riu.

— A dona dos seus pensamentos perguntou por você. - ele me olhou divertido.

— Agora você lê mentes?

— Não, você que é muito previsível. - deu de ombros.

Bufei, irritado.

Detestava o fato de ele ter razão. Só tinha uma única pessoa que rondava meus pensamentos constantemente.

— O que ela queria? - não me contive.

— Ela estava se queixando de não ter te visto a manhã toda.

— Ela quem fugiu de manhã, não eu. - reclamei.

— Bem, isso é entre os dois. - ele riu. - Quem diria que eu te veria resmungando feito um bebê por uma garota.

— Dá um tempo, Nott!

Ele riu novamente e ficamos olhando o lago em silêncio por um longo tempo, até que eu decidi mudar de assunto. Pensar nela o tempo todo já estava me cansando.

— E você e a Weasley fêmea?

— Estamos bem. - ele disse com um sorriso bobo nos lábios. - Quer dizer, não estamos juntos, que isso fique bem claro, somos só amigos.

— Claro, claro. - dei um sorrisinho irônico. - E eu tenho uma paixão secreta pelo Potter.

— Ha! - ele gritou. - Eu sabia! - e gargalhou.

Me juntei a ele na risada.

— Juro que eu tentei esconder. - suspirei falsamente.

— Não se preocupe. - Theo colocou a mão no meu ombro. - Seu segredo está guardado, mas sinto que terá que brigar com Pansy por ele.

Nós voltamos a gargalhar.

— Brincadeiras à parte. - ele disse ao parar de rir. - Eu e Ruiva não temos nada sério, apenas uma amizade meio que colorida.

— Meio?

— Sim, nós nos beijamos duas vezes, a primeira que eu te contei que ela saiu correndo e a segunda nessa festa quando ela me atacou, desesperada para me levar para a cama, mas tive que impedir, já que era o álcool falando por ela. - ele suspirou. - Mas nas duas vezes ela pareceu arrependida depois do ocorrido. Ela mal me olha desde a noite da festa.

— Ela deve estar envergonhada. Igual a Luna. - comentei.

— Não sei porque. Lembra quando ela pegava geral nas festas, antes de namorar o Potter, e não estava nem aí? - ele perguntou e eu assenti.

Ele tinha uma certa razão. Gina não era do tipo de ficar envergonhada, ela só ficava envergonhada ao lado do Cicatriz. Talvez estivesse apaixonada por Theo igual esteve pelo Potter.

Abri a boca para lhe dizer minha teoria, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa algum louco resolveu começar a gritar.

— Luna! Volta aqui! - olhei para a entrada do castelo e vi que o louco era meu outro melhor amigo. Ele gritava para a loira que corria dele. - Para de fugir, Lovegood! - ele berrou, mas a loira nem sequer o olhou.

Todos os olhavam curiosos.

— O Blás precisa melhorar seu condicionamento físico. - Theo comentou observando nosso amigo que não consegui alcançar a garota.

— Chega a ser patético. - comentei rindo e Theo riu concordando.

Blás continuou a gritar atrás dela, mas já estavam um pouco longe e não dava para entender muito bem. Eu e Theo continuamos a rir dos dois, até que ouvimos um grito mais alto.

— Petrificus Totalus! - o grito veio do moreno e Luna foi ao chão igual uma pedra.

Eu arregalei os olhos e Theo gargalhou mais ainda. Ficamos observando Blás a colocar em seu ombro como se ela fosse um saco de batata e a levar de volta para o castelo reclamando que se ela tivesse parado ele não precisaria fazer aquilo.

— Eu amaria ver o tapa que ela vai dar na cara dele. - Theo disse quando eles sumiram da nossa visão.

— Luna não é de bater, ela provavelmente vai enfeitiçar ele também. - eu disse rindo.

Avistamos Pansy, Goyle e Emília vindo em nossa direção com caras de interrogação.

— Por que o Blás está segurando a Luna como um saco de batatas? - Pansy perguntou quando estavam bem próximos.

— Ela, provavelmente, estava fugindo dele de novo e ele cansou de ser pacifico. - Theo respondeu rindo.

Ele, Goyle e Emília ficaram estipulando motivos para Luna ter fugido de Blás e Pans sussurrou para mim:

— Preciso de ajuda.

— Com o que?

— Uma poção que não consigo desenvolver. - respondeu. - Me ajuda por favor?

Não tive como negar, ela já estava me puxando para dentro do castelo.

****

— Vocês são loucos. - eu disse olhando uma aranha se contorcer e agonizar. Isso me fez lembrar dos dias que eu passei na mansão com Voldemort e suas diversas vítimas, que ele torturava todo jantar.

Pansy havia me arrastado até a sala precisa, onde nos encontramos com Potter, e os dois estavam me mostrando a nova descoberta deles: uma poção que corrói quem a toma sem deixar vestígios do corpo.

Em pouquíssimo tempo a aranha já havia sumido. Pansy se manteve o tempo todo afastada e com os ouvidos tampados, para não ouvir o chiar da aranha, já Potter olhava como se fosse uma partida de Quadribol.

— Nós precisamos de uma cura para isso. - Pansy apontou para a caixa com nojo. - E você é o melhor em poções que eu conheço.

— Onde vocês acharam essa poção? - perguntei. - Nunca vi nada parecido.

Potter me estendeu um livro grande preto, bem velho.

— Hermione descobriu esse livro pesquisando sobre as horcuxes no sexto ano. - ele disse. - Tem as piores poções e os piores feitiços.

Abri o livro e comecei a ler os títulos dos capítulos e só por eles pude imaginar que o Cicatriz tinha razão.

— Potter e eu tivemos a ideia de descobrir a cura para essas poções, mas estamos apanhando feio para descobrir a cura para essa. - Pansy disse.

— Sim, estamos usando o livro de Snape para ajudar, mas ainda não deu certo. - Potter explicou e me entregou um livro de poções igual ao que usávamos nas aulas. Na primeira página tinha os dizeres: “Este livro pertence ao Príncipe Mestiço”.

Eu conhecia esse livro muito bem. Descobri ele em uma das vezes em que fiquei de detenção, no primeiro ano, e tive que limpar a sala de poções. Esse livro me ajudou a melhorar minhas habilidades em poção, antes eu disputava o lugar de melhor do ano em poções com a Hermione e depois que encontrei esse livro ela nunca mais me alcançou.

— Snape era o Príncipe Mestiço? - perguntei. Eu nunca havia descoberto quem era o Príncipe Mestiço e sempre devi minha excelência na matéria a ele.

— Sim. - Pans respondeu e pegou o livro preto, o abrindo no verso da última página. Ela apontou a varinha para a página, sussurro “Revelio” e me entregou o livro apontando para o canto inferior direito. - E esse livro pertence a Voldemort.

“Escrito por Lord Voldemort” era o que estava escrito onde ela apontava.

— Vocês encontraram um livro com feitiços e poções das trevas e que foi escrito por Voldemort e não entregaram para as autoridades? - perguntei encarando Potter chocado. Não acredito que pela primeira vez ele fez algo que não fosse o certo a se fazer.

— Não consegui me livrar dele, como Hermione mandou. - o Cicatriz assumiu. - Achei interessante.

— Achou um livro que tem como tema tortura e morte interessante? - perguntei e ele assentiu minimamente. Olhei Pans e pelo olhar que ela me lançava algo não estava certo. - Okay, vamos tentar achar uma cura para esse negócio. - eu disse apontando a poção.

Ergui as mangas da minha camisa, peguei o livro de Voldemort para eu ler sobre a poção e fui listando aos dois o que eu precisava. Eles me trouxeram tudo e depois de ler a teoria daquela poção tive uma base do usar e não usar e comecei despejando mel e sangue de salamandra no caldeirão.

— Não vai precisar desse livro? - Pansy perguntou erguendo o livro de Snape.

— Não, - sorri confiante. - esse livro eu sei de traz para frente.

— Você já o conhecia? - Potter perguntou.

Sorri de lado.

— Como acha que me tornei disparado o melhor em poções?

— Seu ladrãozinho! - Pans disse rindo. - Sempre achei que você era bom e você estava roubando.

— Eu não roubava, só tive uma ajudinha, mas eu sempre fui o melhor. - dei meu melhor sorriso arrogante e quando terminei de mexer o sangue e o mel, até deixá-los uniforme, comecei a adicionar os outros ingredientes. - Preciso de Bezoar.

— Não temos aqui. - Potter respondeu.

— Então vai buscar. - retruquei sem parar de mexer a poção.

— Mas só tem na sala do professor Slughorn. Eu teria que pegar escondido.

— Você está mantendo um livro, que pode ameaçar a paz no mundo bruxo se estiver em mãos erradas, escondido das autoridades e está preocupado em roubar um Bezoar? - perguntei lhe olhando com uma sobrancelha erguida.

— Okay, eu vou buscar. - ele disse bufando e saiu da sala.

Olhei para Pansy.

— Ele está sucumbindo à magia, não é? - perguntei e ela respondeu:

— Não está em um estágio avançado, mas sim. 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
E ai? O que acharam?
Espero de coração que tenham gostado.
Desculpem qualquer erro!



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